O irmão da cantora Marília Mendonça (1995 – 2021), João Gustavo, fez um apelo desesperado em suas redes sociais na tarde de terça-feira (1), pedindo o fim dos ataques que sua mãe, Dona Ruth Moreira, vem sofrendo online. A onda de comentários maldosos começou após a repercussão da disputa judicial pela guarda de Léo, de cinco anos, filho de Marília com o cantor Murilo Huff. Horas após o desabafo, no qual apareceu chorando bastante, o perfil de João Gustavo no Instagram ficou fora do ar.

No vídeo, visivelmente abalado, o jovem músico afirmou que aquela era, talvez, “a fala mais difícil” de sua vida. “Estou passando aqui pra pedir pra vocês pararem de fazer esses comentários maldosos com a minha mãe. É um momento muito difícil. Ela está muito mal, muito mal mesmo, e eu estou fazendo o máximo pra ajudar”, disse, com a voz embargada.

Não há informações se a conta de João Gustavo foi derrubada pela plataforma ou se ele mesmo decidiu desativá-la após a repercussão de seu apelo.

O apelo e o medo do “cancelamento”

João Gustavo expressou um medo profundo das consequências que o “linchamento virtual” pode causar em sua mãe. “Estou muito preocupado com o que isso pode causar. A gente tem um exemplo muito grande do que aconteceu com uma vítima desses cancelamentos em massa, dessas páginas… Eu tenho muito medo do que pode acontecer”, declarou, em uma possível referência a outros casos de figuras públicas que sofreram com o ódio na internet.

Ele também falou sobre a dificuldade de carregar o legado da irmã. “A gente tentou continuar carregando uma coisa, que sempre foi muito individual: o legado da Marília. […] De várias formas, a gente errou. E está tudo bem, porque sempre foi uma coisa muito dela”, admitiu, em um raro momento de vulnerabilidade. “Estou aqui pra pedir, por favor, parem com isso”, finalizou.

A reviravolta na disputa pela guarda

A avalanche de ataques contra Dona Ruth começou na última segunda-feira (30), após a Justiça conceder a guarda provisória de Léo ao pai, Murilo Huff, durante uma audiência de conciliação em Goiânia. A decisão representou uma grande reviravolta no caso, já que o menino vivia com a avó materna desde a morte da mãe, em novembro de 2021.

A notícia de que Murilo havia entrado na Justiça para pedir a guarda unilateral, alegando ter “provas e fatos” que seriam apresentados no processo, dividiu opiniões e gerou uma campanha de ódio contra a avó da criança. A equipe do cantor, procurada pela imprensa, afirmou que não pode comentar a decisão por conta do segredo de Justiça.

Enquanto a batalha judicial continua, a família de Marília Mendonça agora enfrenta uma outra luta, desta vez contra os ataques virtuais, em mais um capítulo doloroso desde a perda da Rainha da Sofrência.