Se você ficou até o final dos créditos de Superman esperando uma participação especial bombástica ou um grande gancho para o próximo filme da DC, pode ter se surpreendido. As duas cenas pós-créditos do longa são momentos pequenos e divertidos, e agora o diretor e chefe da DC Studios, James Gunn, explicou o porquê: sua filosofia é priorizar histórias independentes e evitar criar expectativas que podem não se concretizar.
Em uma nova entrevista ao site ScreenRant, Gunn revelou que, em sua vasta experiência com filmes de heróis, as cenas pós-créditos que o público mais gostou foram sempre as “mais idiotas” e descompromissadas, citando como exemplo as participações de Howard, o Pato, e Stan Lee em seus filmes de Guardiões da Galáxia.
O problema dos “ganchos” que não dão em nada
O cineasta admitiu que o modelo de usar cenas pós-créditos para criar “ganchos” para o futuro é arriscado. “Eu realmente descobri – e já disse isso antes – que eu já criei coisas nas cenas pós-créditos, e a Marvel criou coisas nas cenas pós-créditos que nunca dão resultado”, confessou, sobre promessas que acabam não sendo cumpridas por mudanças de planos no estúdio.
Por isso, sua nova regra é clara. “Não quero criar situações só porque é uma cena pós-crédito chocante que nunca vai valer a pena”, afirmou. A exceção, segundo ele, seria para projetos já garantidos. “Se fosse uma recompensa no final dos créditos que tivesse a ver com algo do filme da Supergirl, eu estaria aberto a isso. Sabemos que isso está acontecendo.”
Para Gunn, o objetivo principal da cena pós-créditos é recompensar o público que ficou até o fim. “Gosto de dar ao público algo por ter assistido até os créditos. […] E então, dar algo a eles, eu acho, é divertido. E foi o que eu fiz”, concluiu.
O coração secreto do DCU e a pista em ‘Pacificador’
Embora as cenas de Superman não entreguem o futuro, Gunn confirmou que existe, sim, um grande plano para o Universo DC. Assim como o personagem Rocket Raccoon foi o coração de sua trilogia de Guardiões da Galáxia, ele revelou que há um personagem central cuja jornada guiará a saga do DCU, mas que “provavelmente não é de alguém que alguém esperaria”.
E onde estará a principal pista para descobrir esse plano? Segundo o próprio diretor, na segunda temporada da série Pacificador. “Acho que se as pessoas assistirem à próxima temporada de Pacificador, verão para onde muitas dessas coisas estão indo e terão uma noção um pouco melhor do que talvez possa acontecer”, adiantou.
Descrições de trailers da nova temporada, que estreia em 21 de agosto na HBO Max, sugerem que a trama envolverá o anti-herói pulando entre diferentes universos, encontrando versões alternativas de personagens e, possivelmente, abrindo o caminho para um evento multiversal que definirá o futuro da DC.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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