A comunidade de modders respondeu a um antigo e famoso desafio. A pergunta é: “Será que roda Doom?”. Aparentemente, a resposta é quase sempre “sim”. Desta vez, o modder Aaron Christophel conseguiu uma proeza impressionante. Ele fez o clássico jogo de tiro de 1993 rodar em um carregador portátil. O dispositivo, portanto, é uma estação de carregamento da marca Anker Prime.
O feito se junta a uma longa lista de aparelhos inusitados que já rodaram Doom. A lista, por exemplo, inclui testes de gravidez e calculadoras.
Atirando com o botão de girar
Christophel usou a pequena tela de LCD do próprio carregador. O display, de 200×480 pixels, foi o suficiente para exibir o jogo. A parte mais engenhosa, no entanto, foi a criação dos controles. O carregador possui apenas um botão giratório. Mesmo assim, o modder criou um esquema funcional.
Para se mover para frente e para trás, basta girar o botão. Para virar para os lados, o jogador pressiona e gira o botão. Por fim, para atirar e abrir portas, é só pressionar o botão sem girar.
Sem modificação de hardware
O mais impressionante é que Christophel conseguiu tudo isso sem modificar o hardware. Ele, em vez disso, usou a porta de depuração do aparelho. Através dela, o modder conseguiu acessar o sistema e instalar o jogo. O carregador possui um pequeno processador e 8 MB de RAM. Essas especificações, aliás, são suficientes para o clássico Doom.
O legado de ‘Doom’
“Será que roda Doom?” é um dos memes mais antigos e queridos da cultura gamer. O desafio consiste em portar o jogo para os dispositivos mais improváveis. A simplicidade do código do jogo original, de fato, permite essa flexibilidade.
O feito de Aaron Christophel, portanto, é mais um capítulo glorioso nesta tradição. Embora não seja a forma mais confortável de jogar, a demonstração é um testemunho da criatividade. Ela, por fim, mostra a genialidade da comunidade de modders.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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