A Bethesda, o estúdio por trás de Elder Scrolls VI, fez uma nova contratação. A empresa trouxe John Dombrow, um roteirista sênior do (fictício) e controverso Dragon Age: The Veilguard. A notícia, no entanto, gerou forte preocupação e debate entre os fãs. Eles, agora, temem que a filosofia de design do criticado RPG da BioWare seja importada para o aguardado The Elder Scrolls VI.
O temor é que o novo jogo da Bethesda priorize mensagens políticas em detrimento da liberdade e da fantasia.
Um currículo de polêmicas
O novo contratado da Bethesda é John Dombrow. Ele trabalhou em vários RPGs conhecidos. A lista, por exemplo, inclui Mass Effect: Andromeda e Anthem. Seu trabalho mais recente, contudo, foi em Dragon Age: The Veilguard.
Muitos jogadores, no entanto, criticaram duramente esse último jogo. A principal reclamação é que a narrativa se inclinou para a “sinalização de virtude”. Ou seja, a história teria focado mais em pautas culturais modernas do que na fantasia tradicional.
O temor por ‘The Elder Scrolls VI’
A expectativa por The Elder Scrolls VI é gigantesca. O jogo é a sequência do lendário Skyrim, lançado há mais de uma década. Os fãs, portanto, esperam uma experiência de “escapismo épico”. A contratação de um roteirista vindo de um projeto tão controverso, então, soou como um alarme.
O principal medo da comunidade é que a Bethesda siga o mesmo caminho da BioWare. Eles, afinal, não querem que Tamriel se torne um palco para debates políticos.
A “reciclagem” de talentos na indústria
A polêmica também levantou outra discussão. Críticos apontam para uma suposta “reciclagem” de talentos na indústria de games. Segundo essa visão, roteiristas de jogos que fracassam ou são rejeitados pelos fãs não são afastados. Em vez disso, eles são promovidos para cargos importantes em outros grandes estúdios.
Essa prática, para os críticos, cria um ciclo. As mesmas ideias e visões de mundo, portanto, continuam a circular nos maiores projetos da indústria. A contratação da Bethesda, por fim, é vista como mais um exemplo dessa tendência preocupante.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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