O retorno à icônica e destruída Raccoon City em Resident Evil Requiem não foi motivado por uma grande demanda dos fãs ou uma necessidade da história, mas sim pela pura e mórbida curiosidade dos próprios desenvolvedores da Capcom. A revelação foi feita pelo diretor do jogo, Koshi Nakanishi, que explicou a decisão de revisitar o marco zero da franquia.
‘Arroz esquecido em uma panela elétrica’
Em uma entrevista ao site japonês 4Gamer, o diretor usou uma analogia inusitada para justificar a volta à cidade que foi varrida do mapa. Segundo ele, a ideia de ver as consequências da tragédia era como “arroz esquecido em uma panela elétrica por uma semana – algo que você provavelmente não quer abrir, mas eventualmente a curiosidade te faz levantar a tampa”.
Essa curiosidade sobre o que restou de Raccoon City foi o principal motor para a criação de Resident Evil Requiem, que se passará nas ruínas da cidade anos após a explosão.
Uma história de trauma duplo
Nakanishi revelou que Resident Evil Requiem terá, na prática, dois protagonistas: a nova personagem, Grace Ashcroft, e a própria cidade, ambos marcados por um passado traumático. Enquanto os jogadores acompanham as consequências da morte da mãe de Grace, eles também explorarão como o incidente de Raccoon City impactou os sobreviventes. O título “Requiem”, segundo ele, refere-se a como os vivos lidam com a memória dos mortos.
Um ponto de partida para novos fãs
Apesar de revisitar um local tão importante para a lore da série, o diretor garante que o jogo será um bom ponto de partida para novatos. A protagonista Grace não sabe muito sobre a Umbrella Corporation ou sobre os detalhes do desastre, então os jogadores descobrirão a verdade junto com ela.
Ao mesmo tempo, ele promete que o retorno a Raccoon City trará muitas recompensas e referências para os fãs de longa data, que finalmente poderão ver o que aconteceu com o local que deu início a todo o terror da franquia.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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