A primeira grande expansão para o aclamado Assassin’s Creed Shadows, intitulada Claws of Awaji, irá quebrar a tradição recente da franquia. Em vez de oferecer uma aventura paralela e independente, o novo conteúdo será uma continuação direta da história principal, projetada especificamente para jogadores que já concluíram a campanha do jogo base.
A revelação foi feita pelo diretor de conteúdo da Ubisoft Bordeaux, Simon Arsenault, em uma nova entrevista. Ele explicou que a decisão foi uma resposta direta ao feedback e à experiência com os DLCs de jogos massivos como Assassin’s Creed Valhalla, buscando criar uma experiência narrativa mais coesa e satisfatória.
Uma mudança para evitar um ‘jogo monstruoso’
Arsenault explicou que as expansões anteriores, que muitas vezes podiam ser acessadas em qualquer ponto do jogo, acabavam tornando a experiência confusa para os jogadores que retornavam ao game meses depois.
“Estava ficando mais confuso”, disse ele sobre a abordagem de Valhalla. “Em certo momento, tornou-se um jogo monstruoso. Já era um monstro, mas se tornou um jogo monstruoso muito maior no final.” Com a nova abordagem de Claws of Awaji como um conteúdo “realmente final”, a equipe acredita que a sensação de sobrecarga é “um pouco aliviada”, pois a narrativa é retomada no momento certo.
O clima ‘assustador e opressivo’ da Ilha de Awaji
A expansão levará os jogadores para a ilha de Awaji, que terá um tom muito mais sombrio e pessoal. Enquanto a guerra no Japão continental é o pano de fundo do jogo principal, em Awaji a ameaça se torna direta ao jogador. “Torna-se uma história pessoal assim que a tensão é focada em você”, explicou Arsenault.
Para criar essa atmosfera “assustadora e opressiva”, a equipe tomou decisões de design sutis, mas impactantes. “Você pode descobrir, por exemplo, que vê pouquíssimas crianças em suas viagens”, revelou o diretor. O perigo constante as mantém dentro de casa, “porque quando você não vê crianças ou pessoas rindo na rua, de repente o clima muda”.
‘Design por restrições’ e a liberdade criativa
Arsenault também ofereceu um olhar sobre a realidade de seu estúdio, a Ubisoft Bordeaux, que liderou o desenvolvimento de Assassin’s Creed Mirage e agora desta expansão. Com uma equipe de cerca de 400 pessoas, ele fala sobre o “design por restrições”, a necessidade de projetar com o tempo e o dinheiro disponíveis.
Apesar disso, ele ressalta que o estúdio principal, em Quebec, deu grande liberdade criativa à sua equipe. Em vez de receberem “instruções firmes”, eles recebem “orientação geral”. Foi a equipe de Bordeaux, por exemplo, que escolheu a nova arma Bō para a protagonista Naoe. “Há momentos em que posso me divertir”, diz Arsenault. “Se estivermos animados, [Quebec] vai sentir isso, e eles também ficarão animados. E normalmente, quando estamos animados, os jogadores também ficam.”
A DLC já está disponível em todas as plataformas.