A suspensão por tempo indeterminado do programa de Jimmy Kimmel pela ABC/Disney gerou uma onda de revolta em Hollywood. Um número crescente de estrelas, criadores e comediantes está vindo a público para defender o apresentador e condenar a decisão da emissora, que eles veem como um ataque perigoso à liberdade de expressão. O movimento ganhou força com atores da Marvel, como Tatiana Maslany e Marisa Tomei, pedindo um boicote total aos serviços da Disney.
A reação massiva transforma a polêmica, que começou com um monólogo sobre o ativista Charlie Kirk, em uma grande batalha entre a comunidade criativa e um dos maiores conglomerados de mídia do mundo.
O boicote e a defesa da liberdade de expressão
A reação mais forte veio de estrelas ligadas à própria Disney. Tatiana Maslany, a protagonista de She-Hulk, e Marisa Tomei, a Tia May do Homem-Aranha, usaram suas redes para pedir que os fãs “cancelem suas assinaturas do Disney+, Hulu e ESPN!”.
Outros grandes nomes se manifestaram em apoio. O ator Pedro Pascal, de The Last of Us e do futuro Quarteto Fantástico, postou uma foto com Kimmel e a legenda “Defendam a liberdade de expressão”. Mark Ruffalo, o Hulk, declarou que “nossa liberdade de expressão está sendo atacada”.
Criadores e comediantes se unem em apoio
O apoio a Jimmy Kimmel se estendeu por toda a comunidade criativa. O aclamado criador de Lost e Watchmen, Damon Lindelof, fez uma das declarações mais fortes, afirmando que “não poderá, em sã consciência, trabalhar para a empresa” se a suspensão não for revertida, tornando-se o primeiro grande produtor a ameaçar um boicote profissional à Disney.
Centenas de comediantes, incluindo Jimmy Fallon e Chelsea Handler, assinaram uma declaração conjunta. “Quando o governo mira em um de nós, mira em todos nós”, diz o texto. Handler ainda publicou um vídeo comparando a pressão da FCC a Kimmel com o macartismo, um dos períodos mais sombrios da história americana.
Protestos nas ruas e a polêmica original
Além do apoio online, manifestantes foram às ruas em Hollywood e em frente aos estúdios da Disney, em Burbank, para protestar. Uma petição online também ganha força, e um caminhão com outdoor móvel circulará por Los Angeles neste fim de semana com mensagens de apoio ao apresentador.
A crise começou após Jimmy Kimmel, em seu monólogo de segunda-feira, insinuar que o assassino de Charlie Kirk era um apoiador de Donald Trump. A fala gerou uma forte reação do presidente da FCC, Brendan Carr, e uma revolta de emissoras afiliadas que levou a ABC a suspender o programa. Fontes afirmam que Kimmel não pretendia se desculpar, mas sim explicar que sua fala foi tirada de contexto.