Após um longo período de silêncio, o chefe da DC Studios, James Gunn, deu a atualização mais promissora até agora sobre o aguardado filme do Batman do novo Universo DC (DCU), The Brave and the Bold. Em uma nova entrevista, ele confirmou que a equipe finalmente chegou a uma “história muito, muito boa” para o projeto e, de quebra, deu uma grande pista sobre o tom do filme ao revelar sua HQ favorita de todos os tempos do Cavaleiro das Trevas.

A escolha de Gunn aponta para uma versão mais sombria e com toques de terror sobrenatural para o Batman, algo inédito nas adaptações para o cinema, e se conecta diretamente com a premissa já anunciada do longa.

Um Batman ‘sobrenatural’ e a HQ favorita de Gunn

Em participação no podcast 2 Bears, 1 Cave, James Gunn falou sobre as várias facetas do Batman, mas revelou sua preferência pessoal. “Minha experiência com o Batman, quando criança, foi ler aquelas HQs do Batman do Neal Adams do início dos anos 70, que eram muito mais sombrias e cruas”, disse ele.

Ele então apontou para uma capa específica, de Batman #225 (1970), e declarou: “Essa era minha história favorita (…). Era o Batman – um Batman sobrenatural também, algo que nunca vimos. Batman em um ambiente meio sobrenatural.”

A conexão com Ra’s al Ghul e Damian Wayne

A escolha de Gunn por essa era específica dos quadrinhos é extremamente significativa. A fase do roteirista Dennis O’Neil e do artista Neal Adams nos anos 70 foi responsável por redefinir o Batman como um herói sombrio e detetivesco. Mais importante ainda, foi nessa era que eles criaram e introduziram o vilão Ra’s al Ghul e sua filha, Talia al Ghul.

Essa conexão é crucial, pois The Brave and the Bold já foi confirmado por Gunn como um filme que focará na relação entre Bruce Wayne e seu filho, Damian Wayne — que nos quadrinhos é filho de Bruce com Talia. A admiração de Gunn pela era que criou a família al Ghul é o maior indício até agora de que a Liga das Sombras e elementos místicos, como o Poço de Lázaro, devem ter um papel central na trama.

‘O que importa é o personagem, a história’

Apesar da pista, Gunn fez questão de dizer que, para ele, os detalhes visuais que tanto geram debate entre os fãs — como a cor do uniforme ou os olhos brancos na máscara — não são o mais importante. “O que importa é o personagem, a história”, afirmou.

Ele celebrou a diversidade de interpretações que o herói permite. “Acho que uma das coisas divertidas sobre o Batman é que existem tantas expressões dele que são legais. (…) Gosto do Batman detetive, mas também gosto muito do Batman lutador. (…) Gosto do Batman bobo da Era de Prata”, disse, mostrando que está aberto a todas as facetas do personagem. The Brave and the Bold ainda não tem data de lançamento definida.