O diretor James Cameron, conhecido por sua meticulosidade, não tem medo de mudar de ideia, mesmo que isso signifique alterar um filme de centenas de milhões de dólares no último minuto. Em uma nova e sincera entrevista à revista Variety, o cineasta revelou que fez uma grande adição à trama de Avatar: Fogo e Cinzas: o retorno do Grande Leonopteryx, o majestoso Toruk. A sequência, que ele estava guardando para um filme posterior, foi incluída para corrigir um furo de roteiro que ele mesmo identificou.

A decisão exigiu a refilmagem de várias cenas e, como era de se esperar, contribuiu para a longa duração do filme, que estreia em 19 de dezembro.

O furo no roteiro e a decisão de trazer o Toruk de volta

Na entrevista, Cameron explicou que, ao revisar a história, percebeu que o público faria uma pergunta óbvia e sem resposta. “Eu sempre esperei pela pergunta: ‘Por que ele [Jake] simplesmente не pega o grande pássaro vermelho e mata todo mundo como costumava fazer?'”, disse o diretor. O Toruk, a criatura que Jake Sully domou no primeiro filme, estava ausente tanto em O Caminho da Água quanto na versão original de Fogo e Cinzas.

A percepção do furo de roteiro levou a um momento de decisão impulsiva. “Eu pensei: ‘F#da-se! Ele deveria pegar o pássaro. Pegar o Toruk'”, contou Cameron, em seu estilo direto. “Tem algo no destino de Jake que exige isso, certo?”

A consequência: refilmagens e um filme com mais de três horas

A decisão de última hora, no entanto, teve consequências na produção. “Eu simplesmente reescrevi, voltamos e filmamos duas ou três cenas em torno desse conceito”, explicou. A adição do novo material, claro, impactou a duração final do longa. “E chegamos a três horas, grande surpresa!”, brincou o diretor, que já havia afirmado que o novo filme seria “um pouco mais longo” que as 3 horas e 12 minutos de O Caminho da Água.

Segundo ele, a mudança “funciona perfeitamente” e deixou o elenco “superanimado” com a nova direção da história.

O legado do ‘Toruk Makto’

O retorno do Toruk é um momento de grande significado para a saga. No primeiro filme, ao domar a criatura mais temida dos céus de Pandora, Jake Sully ganhou o título lendário de “Toruk Makto” (Cavaleiro da Última Sombra), um feito que lhe deu o respeito e a autoridade necessários para unir todos os clãs Na’vi contra os invasores humanos. A ausência da criatura nos conflitos seguintes era uma lacuna que Cameron, agora, decidiu preencher em Avatar: Fogo e Cinzas, que chega aos cinemas em 19 de dezembro.

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Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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