O aclamado e premiado filme de terror corporal “The Substance” (2024) pode ter conquistado a crítica e o Oscar, mas definitivamente não agradou a um dos maiores mestres do gênero: John Carpenter. O lendário diretor de clássicos como Halloween e O Enigma de Outro Mundo não mediu palavras ao expressar seu descontentamento com o longa estrelado por Demi Moore, chegando a dizer que odiou “tudo” no filme.

A crítica ácida e direta foi feita durante um painel na FAN EXPO Philadelphia, em uma troca hilária (e constrangedora) com um fã na plateia.

‘O que eu gostei? Zero.’

Durante a sessão de perguntas e respostas, Carpenter perguntou a um fã o que ele havia achado de The Substance. O fã respondeu com entusiasmo: “Eu amei, AMEI!”. A réplica do diretor foi imediata e seca: “Bem, eu não.”

Quando o fã, surpreso, perguntou o que ele não tinha gostado, Carpenter entendeu errado a pergunta e respondeu: “O que eu gostei? Zero.” Percebendo o erro, ele corrigiu com um sorriso irônico: “O que eu não gostei? Tudo.” O momento foi capturado em vídeo e viralizou nas redes sociais.

A ironia: Diretora de ‘The Substance’ citou Carpenter como inspiração

A crítica de Carpenter se torna ainda mais irônica (e talvez dolorosa para a equipe do filme) porque a diretora e roteirista de The Substance, a francesa Coralie Fargeat, citou publicamente o próprio Carpenter como uma de suas maiores influências durante a divulgação do longa.

“Existe David Cronenberg, existe John Carpenter… Quando escrevo, acolho a homenagem que quero fazer a esses cineastas que amo e admiro”, disse Fargeat em uma entrevista na época. Aparentemente, a homenagem não foi suficiente para conquistar o mestre.

O sucesso de ‘The Substance’

Lançado em 2024, The Substance foi um fenômeno. O filme, que acompanha uma estrela de aeróbica (Demi Moore) que usa um produto químico rejuvenescedor com consequências grotescas, foi aclamado pela crítica. No Oscar 2025, recebeu cinco indicações, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz, e levou a estatueta de Melhor Maquiagem e Penteado. A opinião dissonante de John Carpenter, no entanto, adiciona uma nota curiosa ao legado do filme.