Dan Houser, o cofundador da Rockstar Games e principal mente criativa por trás de Grand Theft Auto e Red Dead Redemption, fez uma comparação surpreendente para descrever o impacto da franquia The Legend of Zelda, colocando os jogos recentes da série no mesmo patamar artístico dos filmes do mestre do suspense, Alfred Hitchcock.
Em uma entrevista ao podcast de Lex Fridman, Houser discutia os primórdios dos jogos 3D e como a Nintendo sempre se destacou por garantir que “nenhum pixel fosse desperdiçado”. Foi então que ele destacou especificamente Breath of the Wild e Tears of the Kingdom como obras-primas que definem a própria mídia.
A genialidade de ‘Zelda’
“Os novos [Zeldas], para mim, parecem quase como Hitchcock. Eles estão apenas falando a linguagem dos videogames”, elogiou Houser. Ele explicou que a magia dos jogos está em sua jogabilidade sistêmica, onde o jogador entende as regras do mundo e sabe como tudo vai interagir.
Ele aprofundou a comparação com o lendário cineasta: “Parece como quando você assiste a um filme de Hitchcock: não é a realidade, ele está falando a linguagem do cinema com um sotaque muito forte. É muito, muito cinematográfico, não é realismo de forma alguma.”
Para Houser, os Zelda recentes atingiram esse mesmo nível de pureza artística, mas em sua própria mídia. “São essas coisas incríveis que só poderiam ser videogames, não poderiam ser nenhuma outra coisa”, concluiu. A declaração, ironicamente, levanta questões sobre a opinião dele a respeito do recém-anunciado filme live-action de Zelda.
Fazer ‘Red Dead 2’ não foi ‘tão divertido’
Na mesma entrevista, Houser também refletiu sobre seu último grande projeto na Rockstar, Red Dead Redemption 2, admitindo que a produção foi extremamente desgastante. Ele revelou que criar o jogo “não foi tão divertido” porque o projeto “não estava se encaixando” e estava “tão acima do orçamento que eu nem queria pensar sobre isso”.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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