Quase metade da Geração Z (43%) agora prefere o YouTube ou plataformas de vídeo social, como o TikTok, como suas principais formas de entretenimento e consumo de notícias, colocando-os acima da TV tradicional e até mesmo dos serviços de streaming pagos, como a Netflix.
A revelação faz parte do relatório “Technology & Media Outlook 2026” da Activate Consulting, apresentado nesta quarta-feira (5) no evento WSJ Tech Live. Os dados apontam para uma mudança sísmica no consumo de mídia, impulsionada por novos formatos, como os “microdramas”, e uma rotina “multitarefa” que permite um dia de 32 horas.
A ascensão dos “Microdramas” do TikTok
Um dos principais motores dessa mudança é a explosão dos “microdramas” — episódios roteirizados de 1 a 2 minutos que dão continuidade a uma história, formato popularizado no TikTok. Segundo a pesquisa, este novo formato já é assistido por 28 milhões de adultos nos Estados Unidos (sendo 52% deles na faixa etária de 18 a 34 anos).
Esse formato rápido e interativo está redefinindo o que a nova geração considera “entretenimento” e “TV”.
O futuro: Streaming sobe, TV tradicional colapsa
O relatório da Activate Consulting projeta um futuro drástico para a mídia até 2029:
- O tempo médio gasto assistindo streaming de vídeo vai subir para 4 horas e 8 minutos por dia.
- O tempo médio gasto assistindo TV tradicional vai colapsar para apenas 1 hora e 17 minutos por dia.
Isso se refletirá diretamente nas receitas: a previsão é que as receitas de streaming (anúncios e assinaturas) cresçam de 18% a 19% anualmente, enquanto as receitas de TV tradicional devem cair de 4% a 6% todos os anos.
O “Dia de 32 horas”
Como as pessoas conseguem consumir tanto conteúdo? Segundo o relatório, os consumidores estão vivendo um “dia de 32 horas e 17 minutos” ao praticar o “multitasking” (múltiplas tarefas simultâneas) ao longo de sua rotina online. Em média, os consumidores passam mais de 13 horas por dia consumindo mídia, utilizando várias plataformas ao mesmo tempo.
Para capitalizar essa tendência, empresas como a Amazon estão se movendo para criar mais conteúdo de vídeo, enquanto serviços como o Spotify expandem para audiobooks, na tentativa de capturar a atenção do consumidor em todas as frentes possíveis.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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