As bruxas de Oz fizeram mágica nas bilheterias. Wicked: For Good, a superprodução musical da Universal Pictures, estreou com uma arrecadação recorde de US$ 150 milhões na América do Norte e US$ 226 milhões globalmente, superando em muito as expectativas. O filme se tornou a maior abertura da história para uma adaptação de musical da Broadway e a segunda maior estreia de 2025 até o momento.

O sucesso estrondoso, impulsionado por um público majoritariamente feminino, injetou a energia necessária para salvar um período de outono que vinha sofrendo com fracassos de dramas adultos e filmes voltados para o público masculino.

Recordes quebrados por Ariana Grande e Cynthia Erivo

O sucesso da Universal, dirigido por Jon M. Chu e estrelado por Ariana Grande (Glinda) e Cynthia Erivo (Elphaba), quebrou múltiplos recordes:

  • Maior Abertura Doméstica para Musical da Broadway: Bateu o filme anterior, Wicked (2024), que havia estreado com US$ 112,5 milhões.
  • Maiores Notas do Público: Recebeu nota A no CinemaScore e 95% de aprovação do público no Rotten Tomatoes.
  • Maior Estreia da Universal: É a segunda maior abertura da história da Universal na América do Norte, atrás apenas de Jurassic World (2015).
  • Maior Abertura Global: Com US$ 226 milhões, é a maior estreia mundial de uma adaptação da Broadway.
  • Ranking 2025: É a segunda maior estreia de 2025 nos EUA e Canadá, ficando atrás apenas de Um Filme Minecraft.

A Universal celebrou o sucesso, que prova o poder de compra do público feminino: quase 70% da audiência do filme foi composta por mulheres.

O contraste: o fracasso dos dramas ‘adultos’

O sucesso de Wicked se deu em um fim de semana que marcou o fracasso de filmes de prestígio e dramas adultos, que não conseguiram atrair o público para fora de casa:

  • Die My Love (Jennifer Lawrence): O psicodrama da Mubi, que estreou em 8º lugar, foi rejeitado pelo público, recebendo uma nota D+ no CinemaScore, raramente vista, e 44% no ranking de audiência do Rotten Tomatoes.
  • Christy (Sydney Sweeney): O filme que gerou burburinho para o Oscar sequer entrou no Top 10, com uma estreia de apenas US$ 1,3 milhão.

O bom desempenho dos “holdovers”

Apesar dos fracassos, outros filmes que já estavam em cartaz demonstraram força:

  • Regretting You: A adaptação de Colleen Hoover continuou a mostrar longevidade, subindo para o segundo lugar após cair apenas 9% nas vendas, e acumulando mais de US$ 70 milhões globalmente.
  • Predator: Badlands: O sucesso de Trachtenberg se recuperou na bilheteria, subindo para o terceiro lugar e alcançando US$ 159,6 milhões globalmente, tornando-se o filme de maior arrecadação da franquia.

O resultado final reforça a crença da Universal de que há um grande público para musicais de qualidade e eventos cinematográficos voltados para a família, algo que a indústria precisava desesperadamente após um outono de resultados negativos.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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