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Crítica | Fuga do Planeta dos Macacos

Ayrton Magalhães Ayrton Magalhães
In Catálogo, Cinema, Críticas•2 de agosto de 2017•6 Minutes

Em 1968, foi lançado o primeiro Planeta Dos Macacos. Naquela época, ninguém imaginava que o filme viria a se tornar uma franquia mundialmente conhecida, principalmente depois do horrendo De Volta Ao Planeta Dos Macacos de 1970, que para muitos era o encerramento da história dos macacos inteligentes. Porém em 1971, outra sequência era lançada, chamada de Fuga Do Planeta dos Macacos, que felizmente trouxe o retorno de Roddy McDowall, no papel do primata Cornelius. Ele fora substituído por David Watson no filme anterior, fato que gerou bastante controvérsia entre os fãs do primeiro filme.

O longa se inicia com o exército americano resgatando uma nave espacial que havia caído no mar. Porém, dentro dela não haviam astronautas, mas sim três macacos, respectivamente Cornelius (Roddy McDowall), Zira (Kim Hunter) e o Dr. Millo (Sal Mineo). Eles, primeiramente, são levados até a base do exército, depois para um Zoológico em Los Angeles, onde acabam revelando aos cientistas do local que são capazes de falar.

Diferente dos outros dois filmes, este assume inicialmente um tom mais cômico, com cenas bem leves e divertidas envolvendo a reação dos humanos com a incrível inteligência dos macacos recém-chegados do espaço. Porém, após o primeiro ato, o longa oscila de tom constantemente, com o final apresentando um tom completamente oposto ao que veio antes.

Então, mais para frente, Cornelius e Zira revelam para os cientistas e para o público, como eles sobreviveram à explosão da bomba que destruiu a Terra no futuro. É relatado que Dr. Millo havia aprendido como manusear a nave dos humanos, em algum momento durante o filme anterior, tornando possível que ele, Cornelius e Zira tenham embarcado nela e, estando no espaço durante a explosão da bomba atômica, conseguiram regressar no tempo, chegando até a presente linha temporal.

Trata-se de uma explicação bem aceitável e lógica dentro do contexto estabelecido pela franquia, pois viagem temporal sempre esteve presente e, como nem Cornelius nem Zira foram vistos durante a cena da explosão no filme anterior, há de se reconhecer que fora uma boa sacada para dar continuidade aos eventos de “De Volta ao Planeta dos Macacos”. Logo,”Fuga” não se enquadra na categoria de filme filler, tendo um propósito maior, o de mostrar como os macacos dominaram o planeta.

Primeiro, Cornelius e Zira acabam contando para os humanos como os primatas conseguiram conquistá-lo e, em seguida, é revelado que Zira se encontra grávida. Com isso, os humanos começam a temer pela vinda do bebê e decidem que a gravidez da primata deve ser interrompida. Porém, o casal foge e o filho acaba nascendo em um circo comum. Infelizmente, os dois acabam sendo assassinados, mas não antes de Zira esconderem o filho em segurança no local onde nasceu e pronunciou suas primeiras palavras “mamãe”.

Eis o gancho perfeito para uma terceira sequência, mostrando como os macacos tomaram conta do planeta, com a óbvia participação do filho do casal do futuro. Contudo, há um erro crasso e primário de montagem na mencionada cena do bebê chimpanzé, onde vemos uma repetição desnecessária do primata falando “mamãe”, que acaba por ficar tosca quando notamos que realmente se trata do mesmo frame sendo repetido em loop.

O roteiro do filme, escrito por Paul Dehn, contém vários diálogos expositivos e, mesmo que alguns fossem necessários, muita explicação é jogada de   forma não orgânica para o espectador. Ainda que contenha algumas conveniências – nada muito absurdo que exija demais da suspensão de descrença ou que vá realmente estragar a experiência – o texto se mantém suficientemente redondo. 

Os cientistas interpretados por Bradford Dillman e Natalie Trundy apresentam uma ótima performance, principalmente na cena onde examinam os macacos, demonstrando as mais variadas reações ao seus comportamentos. Roddy McDowall volta ao papel de Cornelius e, assim como no primeiro filme, faz um trabalho exemplar com toda a movimentação, gestos e até os grunhidos tentando emular um macaco de verdade, nunca ficando forçado ou caricato demais. 

Infelizmente, eles desperdiçaram um personagem com bastante potencial logo no início do filme, o chimpanzé Millo (Sal Mineo). Poderiam muito bem ter levado o personagem até o clímax do filme, mas optaram por tirá-lo de cena bem cedo. Realmente, um infeliz desperdício.

A Fuga do Planeta Dos Macacos consegue tirar o gosto ruim que seu antecessor deixou. Explora muito bem alguns conceitos apresentados anteriormente, além de deixar claro que a franquia ainda tem muito a oferecer. As mudanças bruscas de tom e os muitos diálogos expositivos podem incomodar, porém não chegam realmente a desmerecer toda a obra. 

A Fuga do Planeta dos Macacos (Escape from the Planet of the Apes, EUA – 1971)

Direção: Don Taylor
Roteiro: Paul Dehn
Elenco: Roddy McDowall, Kim Hunter, Sal Mineo, Bradford Dillman, Natalie Trundy
Gênero: Aventura, Ficção Científica
Duração: 98 min 

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Ayrton Magalhães

"Todas essas lembranças se apagarão com o tempo, como lágrimas na chuva"

Citação de um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, Blade Runner - O Caçador de Androides.

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1 Comment
EMERSON RICARDO MARTINELLI
22 de abril de 2020

Não sei se sou eu que posso ter compreendido mal, mas o casal de símios não batiza seu filhote de Milo, em homenagem ao personagem morto no início ?

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