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Crítica | Missão: Impossível - Nação Secreta - Um perfeito blockbuster

Matheus Fragata Matheus Fragata
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•26 de julho de 2018•9 Minutes

Enquanto é inegável que há uma crise criativa em Hollywood, não é por mero acaso que o retorno de algumas franquias consagradas aos cinemas esteja transbordando nos lançamentos de 2015. Entretanto, mesmo visto com maus olhos por parte de muita gente, as novas narrativas exploradas nesses filmes podem reservar surpresas magníficas como Mad Max: Estrada da Fúria e outras histórias que não chegam a comprometer como Exterminador do Futuro: Gênesis.

Agora, uma das maiores surpresas do ano, já em seu quinto filme, Missão: Impossível – Nação Secreta entrega, possivelmente, a melhor história da franquia além de ser um entretenimento puríssimo e inteligente. Prepare-se para dar as boas-vindas à Nação Secreta.

Dessa vez, Ethan Hunt e a Força Missão Impossível concentram seus esforços para rastrear uma organização terrorista chamada Sindicato orquestrada pelo gênio do crime Solomon Lane. Entretanto, graças aos danos diplomáticos causados pelos efeitos colaterais das ações que ocorreram em Protocolo Fantasma, o gabinete de segurança nacional adere ao pedido do chefão da CIA, Alan Hunley, para que a FMI seja fechada para sempre. Com isso, Ethan está isolado em sua missão suicida para desmantelar o Sindicato contando apenas com a ajuda de seus poucos amigos.

Mantendo o costume dos filmes Missão: Impossível, diretor e roteirista foram mudados. O lendário diretor Brad Bird cedeu a cadeira para Christopher McQuarrie – que também bolou o argumento e tratou o roteiro do filme. Com isso, mais uma vez, temos uma continuação com cara de reboot. O fato é que Nação Secreta pouco se conecta com eventos dos filmes anteriores. Funciona quase como um filme “original”.

A mudança é sempre bem-vinda, pois traz vida nova a cada filme da série. Aqui, McQuarrie simplesmente eleva Missão: Impossível para o estado de arte dos filmes de espionagem, ou seja, é um thriller de ação e suspense. Uma mistura de 007 de encontro com as tendências narrativas e de ação lançadas por games como Uncharted e Hitman.

A base do argumento é a mesma de sempre. Aliás, dificilmente algum filme de espionagem foge disso. O herói que tenta desmantelar seu inimigo com esforços hercúleos. Entretanto, McQuarrie estudou muito bem para organizar seu roteiro. Já que a história não é nenhuma novidade para ninguém, ele adiciona muitas reviravoltas impressionantes para amarrar perfeitamente sua narrativa em diversos momentos-chave.

Aqui, McQuarrie explora com abundância o jogo de gato e rato de Ethan e Solomon – um dos melhores antagonistas da série graças a peculiar expressão fria do ator Sean Harris. Além disso, outro grande ponto positivo do roteiro são as relações que Ethan tem com seus comparsas. Especialmente no núcleo romântico com Ilsa Faust. McQuarrie pretere bastante o desenvolvimento de personagens. Ele simplesmente aposta em uma característica do personagem e no carisma do ator deixando a narrativa fluir baseada nisso. Isso não quer dizer que só temos bestas humanas em Nação Secreta, muito pelo contrário. O senso de união e cumplicidade entre Ethan e sua trupe nunca foi tão forte. O destaque, claro, fica para a “missão impossível” da vez que demanda um plano muito elaborado.

Felizmente, McQuarrie é alguém capaz de criar uma história extremamente inteligente assim como é mestre na direção cinematográfica. Isso é a união de dois mundos que, na maioria das vezes, é um deleite para nós – o diretor roteirista. Isso ocorre porque o diretor tem o potencial de construir seu filme na maior proximidade possível que ele havia imaginado enquanto escrevia o texto.

A direção é brilhante. Sua encenação é inspirada em mestres como John Woo e beberica consideravelmente das missões extremamente roteirizadas de Uncharted – melhor adiantarem logo a produção do longa baseada no jogo. Para quem pensa que a já histórica sequência na qual Tom Cruise se pendura na porta de um avião durante uma decolagem é a melhor cena que o filme tem a oferecer, está muito enganado. Não quero estragar sua surpresa, mas todas têm seu charme único e são capazes de te deixar na ponta da cadeira com tanta tensão acumulada. O destaque fica por conta da maravilhosa cena que ocorre durante a ópera Turandot – o movimento Nessum Dorma tem destaque recorrente na ótima trilha musical de Joe Kraemer que explora muito bem o tema clássico da franquia.

Aqui, McQuarrie tenta atingir o primor que Sam Mendes conquistou na cena dos arranhas céus em Skyfall. Com seu próprio jeito, ele consegue chegar perto. São estilos de encenação muito diferentes. Enquanto Mendes movimenta a câmera lentamente, saboreando seus planos e deixando a coreografia da luta fluir com poucos cortes, McQuarrie é muito mais old school – na linha dos 007 interpretados por Pierce Brosnan. Ele fragmenta a ação em diversos planos, orienta bastante o olhar do espectador e a mistura com leves tons cômicos. Ele consegue criar o suspense justo com o uso da montagem um tanto frenética graças a sua decupagem sofisticada. Toda a ação é facilmente compreensível, porém é notório que sequencias de tiroteios e perseguições diversas são melhores dirigidas que as cenas voltadas para as lutas mano a mano.

Outro ponto que separa McQuarrie dos diretores mais comerciais é justamente o uso sábio do silêncio em diversas cenas. Ou seja, não há o uso intenso da trilha musical para catalisar a tensão. Já a pegada visual do filme é satisfatória, porém, esperava uma cinematografia mais elaborada de Robert Elswit – para quem não conhece, ele é o gênio que dirigiu a foto de Sangue Negro e que fez um excelente trabalho em Protocolo Fantasma. McQuarrie e Elswit elaboram uma imagem mais granulada e crua com um bom trabalho de iluminação. Caso houvesse uma inspiração ainda maior, a sequência da ópera teria tudo para se destacar entre diversos filmes do gênero.

Os poucos problemas do longa acontecem com a chegada do terceiro ato. Há uma nítida perda de ritmo deixando a impressão que o filme tem algumas cenas a mais do deveriam. Não é algo que prejudique muito a experiência, mas o filme declina e se arrasta em seu clímax. Outro ponto é que, às vezes, ele exige muito da suspensão de descrença por parte do espectador e passa a tornar tudo muito conveniente para o grupo de heróis.

Missão: Impossível – Nação Secreta é o melhor filme da franquia até agora, arrisco-me a dizer. Seu timing excelente de reviravoltas divertidíssimas e imprevisíveis mantém ávido o seu interesse pela narrativa do filme. Não traz somente uma ótima história como também cenas de ação fantásticas que encantam pela complexidade técnica assim como nos fisgam diretamente pela emoção. No fim, este novo Missão: Impossível, tão apaixonado pela ópera, passa a se tornar uma. Afinal, nós sabemos o que iremos encontrar, porém, ainda assim, retornamos para vislumbrar sua beleza e nos surpreender com as interpretações diferentes de cada diretor que trabalha com essas obras.

Espero com muita expectativa pelo próximo.

Missão: Impossível – Nação Secreta (Mission: Impossible – Rogue Nation, EUA – 2015)

Direção: Christopher McQuarrie
Roteiro: Chistopher McQuarrie e Drew Pearce, baseado na série e TV de Bruce Geller
Elenco: Tom Cruise, Simon Pegg, Jeremy Renner, Rebecca Ferguson, Ving Rhames, Alec Baldwin, Sean Harris
Gênero: Aventura, Ação
Duração: 131 min

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Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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