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Crítica | Jason X - Tão ridículo que diverte

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•1 de dezembro de 2017•6 Minutes

Chega um momento em toda franquia duradoura que aquela pergunta que não quer calar acaba saindo da boca de algum produtor roteirista: e se levarmos ao espaço? Foi assim quando James Bond forçou a re-entrada em 007 contra o Foguete da Morte, quando o imortal conde vampiro assombrou uma tripulação em Drácula 3000 e os rumores sobre Vin Diesel e sua família de Velozes e Furiosos apostarem raxa no espaço sideral ficam mais fortes a cada dia. Com a New Line ainda lutando para Freddy vs Jason realmente acontecer, Sean S. Cunningham exigiu que algum novo filme de Sexta-Feira 13 fosse lançado, para que o interesse popular em relação a Jason Voorhees – que estava adormecido desde 1993 – não se extinguisse. Juntando o útil ao agradável, foi aí que o nosso assassino slasher fez a viagem definitiva com o infame Jason X.

A trama começa alguns anos no futuro de 2008, com Jason Voorhees (Kane Hodder) sendo enviado para criogenia após uma série de experimentos liderados por um burocrata (David Cronenberg, em uma participação aleatória e hilária). Quando o assassino se revolta e começa a matar todos, a agente Lowe (Lexa Doig) contém a situação, mas acaba congelada com Jason. Após 455 anos, Lowe e Jason são resgatados por uma equipe de exploração espacial, que leva os dois para sua nave, onde seguem para Terra 2. Claro, não demora para que Jason acorde novamente e inicie uma nova série de assassinatos… dentro de uma nave espacial!

Esse filme é simplesmente divertidíssimo. Talvez a melhor forma de comparação seja com a série de filmes Sharknado, onde temos algo tão ruim e ridículo, que a experiência acaba por tornar-se agradável, mas com uma grande diferença: ao contrário da pavorosa franquia de tubarões voadores (essa magia nunca me atingiu, me desculpem), o décimo filme de Jason Voorhees tem uma certa qualidade em sua realização, quase como um episódio antigo de Stargate ou Andromeda; não por acaso, a atriz Lexa Doig é a protagonista. É mais uma paródia B de sci-fi do que um filme de terror propriamente dito, tanto que Jason X não faz muito sentido dentro da cronologia oficial, afinal, Jason deveria estar no inferno e não sendo usado como cobaia de cientistas no futuro, então quando uma das personagens comenta que “uma criatura que não pode ser morta seria valiosa demais para ser despejada”, sabemos que o texto de Todd Farmer é uma metalinguagem sobre a própria franquia e suas continuações intermináveis.

É divertido e bizarro ver como Farmer mistura personagens típicos de filmes de exploração espacial, com os clichês banais do slasher movie da franquia Sexta-Feira 13. Pois onde mais você imaginaria ver cientistas adolescentes cheio de tesão em pleno convés de comando de uma espaçonave? Ou talvez que as oficiais da nave todas usam tops? Novamente, é mais uma paródia do que um filme sério, e Farmer realmente força a barra ao explorar uma personagem andróide (vivida por Melyssa Ade), mas confesso que me diverti quando a história requer uma luta pesada entre a inteligência artificial (com metralhadoras e roupas de couro) e Jason. É um guilty pleasure dos grandes.

Em quesitos visuais, é um filme que lembra muito as produções do Syfy, especialmente as séries de ficção científica mencionadas acima. James Isaac cria um mundo verossímil e suficientemente futurista, sem nunca chamar muita atenção para si. Claro que o CGI usado em algumas sequências (como o bizarro tratamento com formigas) envelheceu terrivelmente, mas os cenários e a ambientação funcionam. Ver Jason nesse contexto tão diferente é animador, especialmente quando o assassino usa algumas armas improvisadas (vide o congelamento da cabeça) para executar suas vítimas, e algumas sequências envolvendo locais escuros quase são capazes de nos lembrar de Alien, O Oitavo Passageiro – ou, no pior dos casos, de Alien – A Ressurreição.

Um festival do ridículo que acaba sendo uma diversão involuntária (ou não?), Jason X é um rumo bizarro para a série Sexta-Feira 13, e explora bem a mistura do gênero slasher com a ficção científica. De cabeça aberta e sem pretensões, o espectador pode encontrar muito para se divertir.

Jason X (EUA – 2003)

Direção: James Isaac
Roteiro: Todd Farmer, baseado nos personagens de Victor Miller
Elenco: Lexa Doig, Kane Hodder, Lisa Ryder, Chuck Campbell, Melyssa Ade, Peter Mensah, Melody Johnson, Jonathan Potts, Derwin Jordan, Phillip Williams, Dov Tiefenbach, David Cronenberg
Gênero: Terror, Ficção Científica
Duração: 93 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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