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Crítica | Megatubarão - Jason Statham vale mais do que o tubarão

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•8 de agosto de 2018•7 Minutes

Quando pensamos nos bons filmes de tubarão na História do Cinema, a lista é bem curta. Ela varia entre a obra-prima de Steven Spielberg e a diversão assumidamente trash da franquia Sharknado, com alguns bons filmes como Do Fundo do Mar e Águas Rasas se perdendo no miolo criativo. Eis que a Warner Bros aposta em um tubarão jurássico gigantesco para enfrentar um dos maiores astros de ação da atualidade, e temos Megatubarão. E, no fim, o longa de Jon Turteltaub também pode marcar presença nesse grupo compacto de bons filmes sobre o predador aquático.

A trama nos apresenta ao mergulhador Jonas Taylor (Jason Statham), que é chamado para resgatar uma equipe submarina que acabou presa abaixo das Fossas Marianas. Descobrindo um novo mundo aquático escondido por uma crosta térmica, Jason e a equipe de um laboratório chinês descobrem a presença de um megalodonte: um gigantesco tubarão extinto há mais de 2 milhões de anos. Quando a fera consegue atravessar a barreira das Marianas, Jonas e os cientistas deverão caçar a criatura a fim de impedi-la de seguir ao mar aberto e colocar a existência humana em xeque.

Megaclichê

Jason Statham vs Tubarão gigante. Isso já seria o bastante para nos vender para o filme, e aposto que a franquia Sharknado já deve ter ido muito além em suas propostas absurdas. A diferença é que o roteiro do trio Dean Georgaris e John e Eric Hoeber se esforça para transformar a adaptação da obra de Steve Alten em algo muito mais profundo e dramático, evitando cair diretamente para o trash – chegaremos a esse ponto em instantes. Talvez aí mesmo esteja um dos grandes problemas de Megatubarão, que insiste ao apostar em arcos dramáticos de personagens que realmente não fazem diferença; são todos criados a partir do estereótipo mais batido possível, com a relação pai e filha entre as figuras de Bingbing Li e Winston Chao sendo uma irritante perda de tempo; o momento em que o longa nos força a sentir uma perda nesse núcleo é tão artificial quanto a criatura protagonista.

Os diálogos e alívios cômicos são dos mais insuportáveis, com piadinhas e comentários irônicos que nem ao menos conseguem ser capaz de arrancar um riso – e isso falando de um elenco que traz Rainn Wilson, veterano de The Office desperdiçado em um papel clichê e previsível. Isso além da confusão temática dos roteiristas em guiar o personagem de Statham: o sujeito se vê lutando para salvar a ex-esposa (Jessica McNamee) ao mesmo tempo em que inicia um arco romântico verdadeiramente embaraçoso com a bióloga vivida por Li, daqueles que parecem saídos do diário de um adolescente no colegial, onde os dois simplesmente se olham e trocam frases do tipo “obrigada por me salvar”, “é, eu prefiro você viva.”

Felizmente, Jason Statham tem carisma e presença o suficiente para entregar tais falas e elas terem algum efeito. Poucas vezes vi o astro de Carga Explosiva tão carismático e adorável em tela, visto que o ator britânico geralmente assume papéis mais carrancudos. Justamente por termos o ator contracenando com uma criança (a pequena Shuya Sophia Cai) em diversos momentos de alívio, o personagem de Jonas fica mais humano e identificável, e arrisco a dizer que alguns dos melhores momentos do longa estão nessas pequenas conversas de canto; onde a atriz mirim também merece créditos por sua expressividade notável, e a forma carinhosa como se refere ao mergulhador como “maluco” constantemente.

Diversão em tamanho razoável

Em termos de visual e espetáculo, Megatubarão se sai um pouco melhor. Saído das boas aventuras protagonizadas por Nicolas Cage em A Lenda do Tesouro Perdido, o diretor Jon Turteltaub é eficiente em elaborar sequências de ação e suspense envolvendo o gigantesco antagonista marinho – cujos efeitos visuais infelizmente não surgem tão convincentes. Turteltaub nunca aposta em uma antecipação de roer as unhas como Spielberg fez em Tubarão, mas é bem feliz ao criar cenas onde temos ciência de onde o megalodonte está, mas ainda assim nos preocupamos com os personagens – vide a cena em que Jonas precisa atingir a barbatana da criatura com um rastreador, e então nadar de volta a um barco antes que ele perceba.

Quando a trama deixa o suspense de lado e parte para a ação, a condução fica muito mais dependente de efeitos visuais pouco impressionantes, mas que divertem pelo absurdo. O clímax que envolve Statham e o Meg praticamente saindo na mão (não estou brincando) é extremamente divertido, e rende uma money shot que definitivamente vai ser lembrada como uma das melhores do ano – que Dwayne Johnson preste muita atenção, já que nem em Rampage: Destruição Total o The Rock conseguiu de fato sair na mão com um monstro gigante.

Divertido nas horas certas, Megatubarão comete o erro de querer ser muito mais dramático e sério do que o necessário. O roteiro fraquíssimo peca em oferecer narrativas envolventes, e gasta tempo demais tentando fazer o espectador se importar, quando claramente queremos um foco maior na criatura do título. Um bom entretenimento, e mais uma adição à curta lista de filmes de tubarão que realmente funcionam.

Megatubarão (The Meg, EUA/China – 2018)

Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Dean Georgaris, Jon Hoeber e Eric Hoeber, baseado na obra de Steve Alten
Elenco: Jason Statham, Bingbing Li, Rainn Wilson, Ruby Rose, Cliff Curtis, Winston Chao, Shuya Sophia Cai, Robert Taylor, Page Kennedy, Ólafur Darri Ólafsson, Masi Oka, Jessica McNamee
Gênero: Aventura, Ação
Duração: 113 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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