O próximo filme de monstros da Universal, O Lobisomem, dirigido por Leigh Whannell, promete trazer uma abordagem emocional e trágica à transformação do personagem principal, inspirando-se nos icônicos horrores dos anos 80, como The Fly e The Shining. Em entrevista à revista Empire, o cineasta revelou como os efeitos práticos de A Mosca influenciaram sua decisão de retratar a transformação do personagem como uma verdadeira tragédia, ao invés de um espetáculo de horror exagerado.
Whannell, que coescreveu o roteiro com Corbett Tuck, Lauren Schuker Blum e Rebecca Angelo, explicou como o uso de efeitos práticos em The Fly conseguiu ilustrar não apenas o horror físico, mas também a desintegração emocional do protagonista. “O que The Fly fez, que muitos outros filmes de terror movidos a efeitos práticos não fizeram, foi trazer a tragédia desses efeitos práticos”, comentou Whannell. “Não era uma piada em The Fly. Estava lá para ilustrar alguém que estava morrendo de uma doença.” Para o diretor, a transformação do personagem em Wolf Man não se trata apenas de ser grotesco ou sangrento, mas de abordar a dor e a perda associadas ao processo de transformação do corpo humano.
Wolf Man, estrelado por Christopher Abbott e Julia Garner, reinterpreta o clássico de 1941, trazendo uma história focada em Blake, um homem que herda a casa de sua infância em Oregon após o misterioso desaparecimento de seu pai. Em um esforço para reparar seu relacionamento com a esposa Charlotte, eles decidem passar um tempo juntos na propriedade, acompanhados pela filha, Ginger. No entanto, sua visita se transforma em um pesadelo quando a família é atacada por uma criatura invisível e, enquanto se barricando na casa, Blake começa a apresentar comportamentos estranhos.
A sinopse do filme revela que, à medida que a noite avança, Blake se transforma de maneira irreconhecível, levando Charlotte a enfrentar um dilema emocional. “Ela será a bússola emocional deste filme”, disse Whannell sobre a personagem de Garner, comparando seu papel ao de Shelley Duvall em The Shining. “Você não fica assustado em The Shining sem Shelley Duvall”, explicou o cineasta. Whannell enfatizou que a atriz foi escolhida por sua capacidade de absorver a empatia do público, algo que ele acredita ser crucial para o impacto emocional da história.
Wolf Man, com sua proposta de explorar a tragédia da transformação e os efeitos psicológicos desse processo, promete ser uma obra profunda, mantendo as influências de grandes filmes de terror enquanto apresenta uma nova visão sobre o clássico dos monstros. O filme tem estreia marcada para 17 de janeiro de 2025 nos cinemas.