A perseguição de carros de “Bullitt”: o legado que redefiniu o cinema de ação
A perseguição de carros em Bullitt (1968), estrelado por Steve McQueen, não apenas marcou uma época, mas também redefiniu o gênero de ação no cinema. A cena, que se desenrola nas ruas íngremes de São Francisco, ainda é considerada o padrão ouro para sequências de alta velocidade. Além de seu impacto cultural, a perseguição inovou ao mesclar autenticidade e tecnologia, elementos que continuam a influenciar produções modernas.
O duelo entre muscle cars
Na perseguição, o icônico Ford Mustang GT 390 de McQueen enfrenta o poderoso Dodge Charger R/T 440, um duelo que é tanto sobre habilidade de direção quanto sobre o domínio de máquinas americanas clássicas. O Mustang, com sua pintura verde Highland e perfil esportivo, representava o auge dos pony cars, enquanto o Charger simbolizava a força bruta dos muscle cars.
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Tecnologia que mudou o jogo
Além dos carros, o uso da câmera Arriflex 35 II foi um divisor de águas. Mais compacta e robusta, permitiu que os cineastas capturassem cenas realistas nas ruas, algo raro até então. O resultado foi uma experiência imersiva para o público, que podia sentir cada curva, derrapagem e salto.
A evolução das perseguições de carros
Se Bullitt estabeleceu o alicerce, filmes posteriores elevaram o nível com novas tecnologias e métodos. Um dos avanços mais significativos veio com Seabiscuit (2003), que introduziu o “biscoito”, um equipamento que simula o ator dirigindo enquanto o carro é rebocado. Isso permitiu maior liberdade criativa e segurança nas filmagens, além de ângulos de câmera inéditos.
Atualmente, franquias como Velozes e Furiosos continuam a elevar a fasquia, utilizando CGI, efeitos práticos e sequências cada vez mais espetaculares. No entanto, a autenticidade e o impacto visceral de Bullitt permanecem insuperáveis, consolidando seu lugar na história do cinema.