“Ainda Estou Aqui” conquista Goya e prêmio do público em festival de Roterdã

Ainda Estou Aqui, filme brasileiro dirigido por Walter Salles, vence prêmios em Roterdã e Goya e gera expectativas para o Oscar 2025.
Vereadora pede exibição gratuita do filme "Ainda Estou Aqui" em salas públicas de São Paulo Vereadora pede exibição gratuita do filme "Ainda Estou Aqui" em salas públicas de São Paulo
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O filme brasileiro Ainda Estou Aqui conquistou dois importantes prêmios internacionais no último sábado (8): o prêmio de público no Festival de Cinema de Roterdã, na Holanda, e o prêmio Goya de Melhor Filme Ibero-Americano, considerado o Oscar espanhol. Com esses feitos, a produção dirigida por Walter Salles fortalece ainda mais seu caminho rumo ao Oscar 2025, onde está indicada em três categorias.

Vitoria no Festival de Cinema de Roterdã

O longa-metragem Ainda Estou Aqui foi eleito pelo público do Festival de Cinema de Roterdã como o vencedor da edição deste ano, após conquistar a maior média de votos. O prêmio de público é um dos mais prestigiados do festival, refletindo a conexão do filme com os espectadores internacionais. Essa vitória coloca ainda mais luz sobre o trabalho do diretor Walter Salles, conhecido por sua habilidade em contar histórias com grande carga emocional e histórica.

Prêmio Goya: uma conquista importante para o cinema brasileiro

No mesmo dia, Ainda Estou Aqui levou o prêmio Goya de Melhor Filme Ibero-Americano, destacando-se na cena cinematográfica internacional. O Goya é um dos prêmios mais importantes do cinema hispano-americano, e a vitória do filme brasileiro demonstra o reconhecimento crescente da produção nacional em festivais globais. A cerimônia do Goya ocorreu logo após o Critics Choice Awards, onde o filme também competia, mas não conquistou o prêmio, que foi para Emilia Pérez.

Expectativa para o Oscar 2025

A premiação do Goya aumenta ainda mais as expectativas para o Oscar 2025, já que Ainda Estou Aqui acumula três indicações ao prêmio máximo do cinema, em categorias que serão reveladas na cerimônia de 2 de março. A produção, que narra um período delicado da história do Brasil, é vista como uma forte candidata em sua busca por reconhecimento internacional, principalmente após o sucesso nos prêmios do Festival de Cinema de Roterdã e do Goya.

A história de “Ainda Estou Aqui”: uma adaptação emocionante

Ainda Estou Aqui é uma adaptação cinematográfica do livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva. Ambientada nos anos 1970, o filme se passa no contexto da ditadura militar brasileira, um dos períodos mais sombrios da história do país. A trama acompanha a trajetória da família Paiva, formada por Rubens (interpretado por Selton Mello), Eunice (vivida por Fernanda Torres) e seus filhos. A vida da família muda drasticamente quando, em um dia fatídico, Rubens Paiva é sequestrado por militares à paisana e desaparece sem deixar vestígios.

Com um roteiro impactante e atuações marcantes, o filme tem sido amplamente elogiado por sua profundidade emocional e pela forma como retrata a luta e o sofrimento durante um dos momentos mais difíceis da história recente do Brasil.

Em exibição nos cinemas

Atualmente, Ainda Estou Aqui segue em exibição nos cinemas brasileiros, continuando a emocionar o público e a conquistar prêmios. A produção tem sido considerada uma das mais fortes do cinema nacional nos últimos anos, e seu sucesso no circuito internacional é uma confirmação do talento de sua equipe e da importância de sua história.

Sobre o autor

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa. Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer. Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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