Florence Pugh e Andrew Garfield: A química em Todo Tempo que Temos

Florence Pugh é uma atriz que não se deixa definir por rótulos, e seu colega de elenco Andrew Garfield trouxe essa ideia à vida de maneira divertida ao comparecer a uma estreia com um recorte de papelão dela, já que a atriz estava fora filmando outro projeto. A situação emblemática ocorreu durante o Festival de Cinema de Londres, onde Garfield apareceu sozinho para promover We Live In Time, um filme que aborda temas pesados, como a luta contra o câncer.

No longa, Pugh interpreta Almut, uma jovem chef diagnosticada com câncer, enquanto Garfield assume o papel de Tobias, seu parceiro e pai de sua filha de três anos. A história se desenrola quando Tobias, um executivo de marketing, é atropelado por Almut e, após o acidente, se aproxima da jovem. O filme, que já chamou a atenção por sua profundidade emocional, foi filmado na primavera de 2023, o que resultou na mudança de visual de Pugh para o Met Gala daquele ano, onde ela apareceu com a cabeça raspada.

Recepção crítica e temas do filme

We Live In Time foi descrito como uma obra “afirmativa da vida”, embora tenha recebido críticas mistas desde sua estreia no Festival de Toronto. Enquanto alguns críticos, como David Rooney, do The Hollywood Reporter, elogiaram a direção de John Crowley e a abordagem honesta sobre a mortalidade, outros foram menos generosos. Kirsty Puchko, do Mashable, chamou o filme de “a maior decepção cinematográfica do ano”, destacando que, apesar de suas tentativas de ser emotivo, os personagens eram “chatíssimos”.

A dinâmica entre Garfield e Pugh foi bem recebida, e uma das cenas mais tocantes mostra Tobias e sua filha ajudando Almut a raspar a cabeça, uma escolha que Pugh considerou fundamental para dar veracidade ao seu papel. Em suas palavras, a experiência de raspar o cabelo representou “uma honra” e um “apoio à personagem”.

Garfield, por sua vez, admitiu estar nervoso com a cena, brincando sobre a pressão de não arruinar a performance de uma das melhores atrizes de sua geração. A conexão entre os dois atores é palpável, e Pugh, aos 28 anos, reflete sobre a importância do filme em sua vida e carreira, reafirmando seu desejo de viver plenamente, assim como sua personagem.

Com a expectativa de uma recepção mais ampla nas salas de cinema, We Live In Time promete ser uma reflexão sensível sobre amor, perda e a luta pela vida, apesar das críticas diversas. A química entre Pugh e Garfield, junto com a profundidade do enredo, faz do filme uma adição interessante ao panorama cinematográfico atual.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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