Assassinato de CEO da UnitedHealthcare levanta teorias sobre mensagem deixada pelo atirador

O CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, foi morto a tiros em Manhattan em um ataque que o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) descreveu como “premeditado e direcionado”. O crime, ocorrido no início da manhã, desencadeou uma intensa busca pelo atirador, cuja identidade ainda não foi divulgada.

O detalhe que chama atenção é a mensagem enigmática deixada pelo assassino. Segundo a ABC News, as palavras “Negar”, “Depor” e “Defender” estavam escritas nas cápsulas usadas no crime. Essas palavras despertaram teorias online, sendo associadas ao título de um livro crítico às práticas de seguradoras, como a UnitedHealthcare.

Ligação com livro crítico às seguradoras

O livro em questão, “Delay, Deny, Defend” (Atrasar, Negar, Defender), foi escrito pelo professor Jay M. Feinman, da Universidade Rutgers, e examina como algumas seguradoras dificultam o pagamento de indenizações. Apesar de não haver qualquer confirmação de que o assassino conhecia ou se inspirou no livro, as palavras escritas nas cápsulas coincidem com termos do título, o que gerou especulações sobre a motivação do crime.

A UnitedHealthcare, maior conglomerado de seguros de saúde do mundo, tem enfrentado críticas por sua alta taxa de negação de reivindicações. Um estudo recente apontou que a empresa rejeitou 32% das solicitações de seguro, a maior taxa entre grandes seguradoras, e tem sido alvo de protestos por suas práticas consideradas prejudiciais aos consumidores.

Polícia investiga possíveis motivações

A comissária de polícia Jessica Tisch declarou que o ataque foi claramente planejado, mas ainda não há confirmação oficial sobre as motivações do assassino. A relação entre a mensagem nas balas e a posição de Thompson na UnitedHealthcare continua sendo uma linha de investigação, especialmente devido às críticas frequentes que o setor enfrenta por suas práticas.

O assassinato também reacendeu debates sobre a atuação de seguradoras no sistema de saúde americano, com o caso de Thompson servindo como catalisador para discussões sobre justiça e acessibilidade na cobertura de saúde.

Mostrar menosContinuar lendo