O terror em “Silent Hill” sempre foi mais psicológico do que físico, explorando os traumas e a psique fraturada de seus protagonistas. No aguardado “Silent Hill f”, o próximo título principal da icônica franquia da Konami, essa imersão no horror parece ter atingido um novo patamar de intensidade – a ponto de a própria atriz principal sentir os efeitos em sua sanidade.
O preço da imersão: o relato de Kato Konatsu
Kato Konatsu, a atriz que dá vida à protagonista Shimizu Hinako, compartilhou uma mensagem poderosa na conta oficial japonesa de “Silent Hill” no X (antigo Twitter). Seu relato, traduzido pelo site Automaton, oferece um vislumbre do processo de criação perturbador do jogo. “Vivo como Hinako no mundo de Silent Hill há muito tempo”, disse Konatsu. “Em alguns dias, quase senti minha própria sanidade vacilar, mas valeu a pena poder contribuir para este jogo.”
A declaração é um testemunho arrepiante da profundidade do terror psicológico que o jogo promete. A tradição da série sempre foi colocar personagens comuns em situações inimagináveis, forçando-os a confrontar seus demônios internos que se manifestam no mundo grotesco de Silent Hill. O fato de essa angústia ter transbordado para a performance da atriz no mundo real só aumenta a expectativa e o fascínio mórbido em torno do projeto.
Um pesadelo anunciado: a classificação indicativa e o novo trailer
A intensidade do jogo já havia sido sinalizada em março, quando sua classificação etária pelo ESRB (o órgão de classificação dos EUA) foi revelada. A descrição não poupou detalhes, prometendo atrocidades como “rostos dilacerados”, “um personagem queimado vivo dentro de uma gaiola” e “entranhas e tendões expostos em travessas”, deixando claro que “Silent Hill f” não será para os fracos de coração.
Essa promessa de horror visceral foi confirmada no primeiro trailer de gameplay, divulgado no evento PlayStation State of Play desta semana. Embora a grande notícia tenha sido a revelação da data de lançamento para setembro, foram os “designs absolutamente insanos das criaturas” que dominaram as conversas dos fãs desde então. As imagens mostraram um terror corporal grotesco, com formas que misturam elementos florais e carne de maneira perturbadora, em um cenário inédito para a franquia: o Japão rural dos anos 1960.
Otimismo cauteloso e a expectativa crescente
O desenvolvimento de “Silent Hill f” está nas mãos da NeoBards Entertainment, um estúdio de Taiwan conhecido por seu trabalho em títulos multiplayer derivados de outra gigante do terror, como “Resident Evil Resistance” e “Resident Evil Re:Verse”. Como este é o primeiro grande jogo single-player do estúdio neste calibre, parte da comunidade gamer mantém um “otimismo cauteloso”.