A intensa batalha judicial entre os atores Blake Lively e Justin Baldoni teve uma reviravolta dramática nesta segunda-feira, 9 de junho. Em uma decisão contundente, o juiz federal Lewis J. Liman, de Nova York, rejeitou integralmente os processos movidos por Baldoni contra Lively, seu marido Ryan Reynolds, sua assessora e o jornal The New York Times, no que a defesa da atriz classificou como uma “vitória total e um completo reconhecimento”.
O fim dos processos de retaliação de Baldoni
A decisão do juiz Liman arquivou duas ações principais: um processo de US$ 400 milhões por difamação e extorsão contra Blake Lively e Ryan Reynolds, e outro processo de US$ 250 milhões por difamação contra o The New York Times. Para o juiz, a equipe de Baldoni não conseguiu apresentar evidências suficientes de que Lively ou o jornal agiram com malícia ou que duvidavam da veracidade de suas alegações – um requisito legal indispensável para dar continuidade a um processo de difamação nos Estados Unidos.
No caso do New York Times, o juiz considerou que o jornal “não tinha nenhum motivo óbvio para favorecer a versão de Lively dos eventos” e que a reportagem sobre o caso foi feita de forma justa, baseada nas evidências disponíveis na época. Essa dupla derrota foi descrita pelo site Page Six como uma “reviravolta legal chocante”.
A reação da defesa de Lively: “o tribunal enxergou a farsa”
Os advogados de Blake Lively, Esra Hudson e Mike Gottlieb, comemoraram a decisão em um comunicado ao portal TMZ. “A decisão de hoje é uma vitória total e um completo reconhecimento para Blake Lively, assim como para todos que Justin Baldoni e as Partes Wayfarer [produtora de Baldoni] arrastaram para esse processo de retaliação”, afirmaram.
“Como dissemos desde o primeiro dia, esse processo de ‘400 milhões de dólares’ era uma farsa, e o tribunal enxergou isso claramente”, concluíram. A defesa de Justin Baldoni não se manifestou publicamente sobre a decisão até o momento.
O que acontece agora? O processo original de Blake Lively continua
É crucial notar que a decisão desta segunda-feira encerra apenas os processos de contra-ataque de Justin Baldoni. A ação original, movida por Blake Lively contra ele em dezembro de 2024, continua ativa e segue para julgamento.
Nesse processo, Lively acusa Baldoni, que a dirigiu e com quem contracenou no filme “É Assim que Acaba” (2024), de assédio sexual e de criar um ambiente de trabalho tóxico durante as filmagens. Baldoni também havia pedido que essas acusações fossem rejeitadas, mas o juiz ainda não se pronunciou sobre essa parte do caso.
A disputa legal entre os dois atores, que ironicamente interpretaram um casal em um relacionamento abusivo no filme baseado no livro de Colleen Hoover, tem sido acompanhada de perto pela mídia. Com o arquivamento das ações de Baldoni, o foco agora se volta inteiramente para as alegações originais de Blake Lively, em um julgamento que está previsto para começar em março de 2026 e promete continuar sendo um dos casos mais explosivos de Hollywood.