Canção de Adele é bloqueada no país após processo de plágio de música brasileira

A Justiça do Rio de Janeiro determinou a retirada da música “Million Years Ago” de Adele das plataformas devido à alegação de plágio com “Mulheres” de Toninho Geraes.
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Justiça do Rio de Janeiro retira “Million Years Ago” de Adele das plataformas de música devido a alegação de plágio

Decisão histórica a favor do compositor Toninho Geraes, autor de “Mulheres”, consagrada por Martinho da Vila

A defesa de Toninho Geraes celebrou como “histórica” a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que determinou a retirada da música “Million Years Ago”, de Adele, de todas as plataformas de música no Brasil e no exterior, em meio a uma ação por plágio. A denúncia de semelhança com “Mulheres”, consagrada na voz de Martinho da Vila, data de 2020, mas chegou à Justiça do Rio em fevereiro de 2024.

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A decisão e os próximos passos
A sentença, que ainda não declarou oficialmente que houve plágio, baseou-se na semelhança “indisfarçável” entre as músicas. “Obtivemos uma vitória histórica não só para o caso, como para a música brasileira”, disse o advogado Fredimio Biasotto Trotta, que representa Toninho Geraes, ao portal Splash. A decisão, dada na sexta-feira (13), prevê que as plataformas de streaming serão comunicadas da proibição. Após o comunicado, a multa será de R$ 50 mil por dia de descumprimento.

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Os próximos passos envolvem intimar os donos dos direitos de “Million Years Ago”: Adele, o produtor Greg Kurstin, e as empresas Sony, Universal e Beggars Group. Eles poderão recorrer contra a decisão de derrubar a música no mundo todo. Toninho Geraes solicita R$ 1 milhão por danos morais, além de danos materiais que serão calculados com base nos royalties recebidos pela cantora e pelo produtor, mais o valor auferido pelas gravadoras e editoras com o lucro.

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Impacto internacional
Mesmo com uma decisão local, as empresas terão que derrubar a música globalmente. “O Brasil é signatário da convenção que protege os direitos autorais globalmente. Uma decisão da justiça de um dos países é cumprida pelos demais”, explica o advogado Fredimio Biasotto Trotta. “A decisão é histórica, dado o seu alcance, porque foi tomada no início do processo. Ela foi fundamentada, em grande parte, na prova que produzimos [em vídeo que compara as músicas], citada pela decisão do juiz.”

Sobre o autor

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa. Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer. Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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