Mahershala Ali se esquiva de pergunta sobre 'Blade' e brinca: 'Essa é uma pergunta para a Scarlett'
Após anos de espera e declarações otimistas, parece que a paciência de Mahershala Ali com o eternamente adiado filme Blade, da Marvel, está começando a se esgotar. Em uma nova entrevista, o ator duas vezes vencedor do Oscar se esquivou de forma bem-humorada de uma pergunta sobre o projeto, indicando um certo cansaço de falar sobre um filme que, seis anos após seu anúncio, ainda não saiu do papel.
A situação ocorreu durante uma entrevista para a Vogue, ao lado de seus colegas de elenco do filme Jurassic World Rebirth, Scarlett Johansson e Jonathan Bailey. Quando Bailey perguntou a Ali e Johansson, uma veterana do MCU, em quantos filmes da Marvel cada um já havia estrelado, Ali rapidamente se desviou da questão. "Me deixe fora disso", brincou. "Essa é uma pergunta da Scarlett."
Jonathan Bailey, então, provocou o colega, referindo-se ao aguardado reboot do caçador de vampiros: "Bem, tem um que nos deixa muito animados". A reação de Ali, de evitar o assunto, contrasta com suas declarações recentes, nas quais ele se mostrava ansioso para começar.
Seis anos de uma produção conturbada
A postura evasiva de Mahershala Ali é compreensível. O reboot de Blade foi anunciado com grande alarde na San Diego Comic-Con de 2019. Desde então, o projeto se tornou uma das sagas de desenvolvimento mais turbulentas de Hollywood. A produção já perdeu múltiplos diretores, como Bassam Tariq e Yann Demanger, e membros do elenco que haviam sido anunciados, como Delroy Lindo, também abandonaram o barco.
Recentemente, uma curiosidade dos bastidores ilustrou o tamanho do limbo em que o filme se encontra: produtores do filme de terror Sinners revelaram que usaram figurinos que foram originalmente criados para Blade, mas que acabaram sendo descartados após mais uma paralisação na produção da Marvel.
A promessa da Marvel e a prontidão do astro
Apesar dos problemas, o chefe da Marvel Studios, Kevin Feige, insiste que o projeto acontecerá. "Adoramos o personagem. Adoramos a interpretação de Mahershala", disse Feige na D23 Brasil em 2024. "E fiquem tranquilos: [...] posso garantir que o personagem realmente chegará ao MCU."
O próprio Mahershala Ali, há poucas semanas, na pré-estreia de Jurassic World Rebirth, havia mandado um recado direto para o estúdio. "Ligue para a Marvel. Estou pronto. Avise-os que estou pronto", declarou na ocasião. Sua nova postura, mais irônica e cansada, sugere que, embora a vontade de interpretar o Caçador de Vampiros permaneça, a paciência para continuar falando sobre um projeto que não avança pode estar chegando ao fim.
O 'Blade' que nunca vimos: Figurinos do filme da Marvel foram usados no sucesso de terror 'Pecadores'
O filme de terror Pecadores, um dos maiores e mais inesperados sucessos de bilheteria de 2025, esconde um segredo que o conecta diretamente ao Universo Cinematográfico Marvel (MCU). Em uma revelação surpreendente, os produtores do longa contaram que muitos dos figurinos vistos no filme foram, na verdade, criados e comprados da produção do aguardado — e eternamente adiado — reboot de Blade, da Marvel.
A história foi revelada por Sev Ohanian, um dos produtores de Sinners, em uma entrevista recente ao site ScreenCrush. Ele explicou que a figurinista vencedora do Oscar, Ruth Carter, estava trabalhando no filme do caçador de vampiros, mas a produção da Marvel enfrentou mais um de seus vários obstáculos e foi paralisada.
Uma "generosa" ajuda da Marvel
Por uma coincidência do destino, uma das versões do roteiro de Blade se passava em um período histórico semelhante ao do filme Sinners, dirigido por Ryan Coogler. Com a produção de Coogler precisando de figurinos de época com urgência, a solução veio de um lugar inesperado. "[Ruth Carter] tinha um estoque cheio de roupas apropriadas para a época, e foi tipo, 'Ei, temos que filmar esse filme amanhã'", explicou Ohanian. "E a Marvel foi generosa e gentil o suficiente para nos deixar basicamente comprá-lo pelo preço de custo."
Ohanian acrescentou que "muitos dos atores de apoio" em Sinners usaram as roupas que eram originalmente destinadas ao filme da Marvel, enquanto as estrelas principais tiveram figurinos originais. A revelação oferece aos fãs um vislumbre de como seria a estética de uma das versões do Blade que nunca chegou a ser filmada.
O sucesso de 'Pecadores' e o limbo de 'Blade'
A curiosidade dos bastidores destaca o contraste gritante entre os dois projetos. Sinners, um filme de terror totalmente original, foi um fenômeno. Lançado em abril, arrecadou impressionantes US$ 364 milhões em todo o mundo e é o único título no top 10 de bilheteria do ano que não é baseado em uma propriedade intelectual preexistente.
Enquanto isso, Blade continua em um "limbo de produção" desde seu anúncio, em 2019. O projeto já perdeu diretores, roteiristas e membros do elenco, e sua data de lançamento segue incerta. Apesar de tudo, seu astro, o ator duas vezes vencedor do Oscar Mahershala Ali, continua comprometido com o papel. Recentemente, ele mandou um recado à Marvel durante a pré-estreia de outro filme: "Liguem para a Marvel. Estou pronto. Avisem que estou pronto."
A história dos figurinos de Blade que "ressuscitaram" em Sinners é um exemplo fascinante da imprevisibilidade de Hollywood, onde o obstáculo de uma produção pode, inadvertidamente, se tornar a salvação de outra.
Dinossauros ainda dominam: 'Jurassic World Rebirth' supera expectativas com estreia global de US$ 312 milhões
Os dinossauros provaram que ainda são os reis da bilheteria. Jurassic World Rebirth, o novo capítulo da icônica franquia da Universal e Amblin, superou todas as expectativas e dominou o feriado de 4 de julho nos cinemas, com uma estreia global avassaladora de US$ 312,5 milhões. O desempenho impressionante, que desafiou críticas mistas, marca um recomeço triunfante para a saga e se posiciona como um dos maiores sucessos do ano.
No mercado norte-americano, o filme arrecadou estimados US$ 141,2 milhões no período de cinco dias do feriado prolongado, sendo US$ 85,4 milhões apenas no fim de semana de três dias. Este é o quinto melhor resultado da história para o feriado de 4 de julho e a quarta maior estreia doméstica de 2025 até agora. O sucesso é ainda mais notável considerando que o feriado caiu em uma sexta-feira este ano, um fator que geralmente distrai o público com viagens.
Um recomeço com novo fôlego
Após a conclusão da trilogia anterior, o estúdio voltou à prancheta para revitalizar a franquia. A aposta foi em uma nova equipe criativa, com o diretor Gareth Edwards (Rogue One) e o roteirista do Jurassic Park original, David Koepp, além de um elenco totalmente novo, liderado por Scarlett Johansson, Mahershala Ali e Jonathan Bailey.
A estratégia se pagou. A estreia global de US$ 312,5 milhões é a segunda melhor da história da franquia e a segunda melhor do ano, atrás apenas de Minecraft: O Filme. O resultado é especialmente positivo considerando o orçamento de produção mais contido, de US$ 180 milhões, significativamente menor que o de seus antecessores, o que o torna um projeto potencialmente mais lucrativo.
A trama de Rebirth se passa cinco anos após Jurassic World: Domínio, em um mundo onde os dinossauros estão morrendo e se tornaram uma espécie em extinção, sobrevivendo apenas em locais isolados. A história acompanha uma equipe em uma perigosa missão de resgate em uma ilha que serviu como um dos locais de teste originais do primeiro Jurassic Park.
O resto do Top 5
Enquanto os dinossauros dominavam, F1: O Filme, de Brad Pitt, mostrou que tem fôlego e se manteve firme na segunda posição em sua segunda semana. O longa da Apple e da Warner Bros. arrecadou mais US$ 25 milhões, ultrapassando a marca de US$ 100 milhões no mercado doméstico e US$ 200 milhões globalmente.
O restante do top 5 foi completado por filmes veteranos. O live-action de Como Treinar o Seu Dragão ficou em terceiro lugar, com US$ 19,4 milhões, seguido pelo problemático Elio, da Pixar, que teve uma queda de quase 50% e arrecadou US$ 10,7 milhões. 28 Anos Depois, da Sony, completou a lista dos cinco mais assistidos, com US$ 9,7 milhões. Enquanto isso, o grande fracasso da semana passada, M3GAN 2.0, teve uma queda drástica e deve sair do top 5.
O impressionante relato do cineasta ganhador da Palma de Ouro sobre a guerra entre Israel e Irã
Jafar Panahi, o diretor de cinema iraniano premiado este ano em Cannes com a Palma de Ouro por Um Simples Acidente, publicou um relato comovente em seu perfil no Instagram (https://www.instagram.com/p/DLr0zGtI_PW/).
A prisão de Evin, reconhecida por abrigar presos políticos da ditadura do Irã, em Teerã, foi bombardeada durante os ataques israelenses na recente guerra entre os dois países.
Durante os ataques, os portões da prisão foram abertos, mas a atitude de muitos prisioneiros surpreendeu a todos.
Escreve o cineasta em tradução livre do original em persa:
No relatório apresentado por Abolfazl Ghadiani e Mehdi Mahmoodian sobre o bombardeio da prisão de Evin, uma cena que é menos provável que vejamos na história do mundo, um momento marcante em que se renova a fronteira entre cativeiro e liberdade, poder e dignidade.
Na narrativa deles, é afirmado:
"Por volta do meio-dia de segunda-feira, a Prisão Evin tremeu com o som de várias explosões consecutivas. Duas ou três explosões ocorreram perto do Portão 4 e quando os detentos saíram do portão, perceberam (...) que o armazenamento de alimentos e suprimentos sanitários da prisão haviam sido destruídos. Um número de presos entrou na detenção para ajudar os feridos e retirar os mortos.
Ao mesmo tempo, a segurança da prisão - que abrigava dezenas de prisioneiros nas suas assustadoras celas solitárias - ficou danificada. As portas se abriram e os presos e os agentes de segurança saíram da cadeia com caras aterrorizadas. Por volta das duas da tarde, enquanto o número de oficiais de prisão e forças de segurança era pequeno, os corpos de cerca de 15-20 funcionários de manutenção, presos, armazéns e oficiais da Banda 209 foram retirados debaixo dos escombros pelos próprios presos.
Neste momento assustador e perigoso, o que parecia natural para os prisioneiros era uma fuga das garras da tirania; mas o que se revelou é toda a história do sacrifício. Num momento de desordem, é natural pensar em escapar. Mas os presos, sem nenhum meio de resgate, se jogam no coração do fogo e da destruição, e tiram os corpos feridos e sem vida do pessoal prisional, mesmo quando os presos e policiais do presídio de segurança 209 saíram com caras assustadoras, sem a mínima discriminação. Prisioneiro e investigados correram para ajudar os feridos.
Nesse dia, os reclusos da Secção 4 enfrentaram a escolha entre resgatar-se das garras da tirania ou resgatar outros seres humanos por qualquer profissão. Eles sacrificaram a sua liberdade física pelas vidas das pessoas que estavam contra eles antes disto. Eles não se vingaram, nem responderam à violência com violência, mas da forma mais simples e nobre, permaneceram "humanos" e deram significado à humanidade. E este é o momento em que a humanidade sobe as paredes alta da prisão e fica na memória da história.
Panahi prossegue em outro trecho:
Mesmo no mesmo dia do ataque a Evin, poucas horas após o choque do atentado à prisão, os guardas e o Ministério da Inteligência apontaram suas armas para os prisioneiros que ainda estavam sendo resgatados. Numa situação em que ainda havia a possibilidade de um segundo ataque, as portas que haviam sido abertas estavam trancadas novamente. A água desligou-se, a luz foi-se e a escuridão estava em todo o lado mais uma vez.
Mas a verdade foi formada antes das portas estarem trancadas.
Presos políticos com corpos feridos, mas corações livres, fizeram algo que a história não vai esquecer. Eles mostraram que a dignidade não pode ser acorrentada e a humanidade não pode ser suprimida.
Agora esta pergunta permanece para sempre:
Quem estava na cadeia e quem estava livre?
James Gunn explica por que Nicholas Hoult não foi escalado como Superman
O diretor James Gunn, chefe do novo Universo DC (DCU) nos cinemas, finalmente revelou por que o ator Nicholas Hoult, que era um dos finalistas para o papel de Superman, não foi o escolhido. Em uma nova entrevista, Gunn explicou que, embora Hoult seja um "ótimo ator", o estilo de David Corenswet simplesmente se encaixava melhor na dinâmica que ele imaginava para o casal Clark Kent e Lois Lane.
A revelação foi feita durante uma participação do cineasta no programa Jake Takes, de Jake Hamilton. Gunn detalhou que a decisão não foi sobre quem era o "melhor" ator de forma isolada, mas sobre a química na tela. "A maioria das pessoas [que fez o teste] não estava fazendo nada de errado; elas simplesmente não se encaixavam na forma como eu imaginava que esse Superman seria", explicou.
A química dos opostos e o ator "controlado"
O processo de escalação, segundo Gunn, envolveu testes de química em que ele misturava diferentes atores para os papéis de Clark e Lois. Foi nesse ponto que a escolha se tornou clara. Ele descreveu Nicholas Hoult como um ator mais "controlado" em sua performance.
"A verdade é que Nick, que é um ator mais controlado, tinha uma química muito boa com outra Lois que era menos controlada, então eles eram opostos", contou. No entanto, a dinâmica que o diretor buscava era outra. "David [Corenswet] tinha uma química melhor com Rachel [Brosnahan, a Lois Lane escolhida] porque ela é uma atriz muito controlada, e David é um pouco mais, sabe, solto, e isso cria um tipo diferente de dinamismo na tela."
O "sinal" no dia do teste, segundo Hoult
Curiosamente, o próprio Nicholas Hoult parece ter tido um "pressentimento" de que o papel não seria seu. Em uma participação recente no programa Jimmy Kimmel Live!, ao lado de Corenswet, ele contou uma história graciosa sobre o dia da audição.
"Saí de uma das minhas cenas de teste e pensei: ‘É, nada mal. OK’. Virei a esquina e vi [...] um raio de sol", lembrou Hoult. "David tinha se sentado sob esse raio de sol e estava lá, se elevando do sol como o Superman, recebendo seu poder... E naquele momento, enquanto apertávamos as mãos, eu pensei: ‘Eu ficaria feliz se esse cara fosse o Superman’. Eu pensei: ‘Você é perfeito para isso’."
De herói a vilão: o destino de Hoult no DCU
Apesar de não ter conseguido o papel do Homem de Aço, Nicholas Hoult não ficou de fora do novo universo da DC. O ator impressionou tanto a equipe que foi escalado para viver o maior inimigo do herói: o vilão Lex Luthor. A decisão foi celebrada pelos fãs, que agora aguardam ansiosamente para ver o confronto entre os dois atores que um dia disputaram o mesmo papel de herói, mas que agora se enfrentarão como arqui-inimigos nas telas.
Novo Superman, David Corenswet, revela conselho de Henry Cavill: 'Não vou dar dicas'
David Corenswet, o ator encarregado de vestir a capa no novo Universo DC (DCU) de James Gunn, revelou que buscou a bênção de seus antecessores no papel, Henry Cavill e Tyler Hoechlin, e recebeu deles um conselho que, segundo ele, é "a cara do Superman". Em uma nova entrevista, o astro contou que trocou cartas com os dois atores e que ambos se recusaram a lhe dar dicas de como interpretar o icônico herói.
A revelação foi feita no tapete vermelho da pré-estreia de Superman, em Londres. Em conversa com a rádio Beat 102 103, Corenswet detalhou a interação. "Ambos, curiosamente, meio que disseram com suas próprias palavras: 'Não vou tentar dar dicas'", contou o ator.
O conselho que é "a cara do Superman"
Para Corenswet, a recusa em dar conselhos foi, na verdade, o melhor conselho que poderia receber. Ele interpretou a atitude como algo que o próprio Superman faria, respeitando a individualidade e o caminho de cada um. "Acho que isso é algo bem típico do Superman. O Superman não é tanto para dar conselhos ou ditar como os outros devem ser", refletiu.
Ele explicou que, em vez de instruções, recebeu uma mensagem de incentivo. "Eles realmente me transmitiram um encorajamento e uma sensação de 'se divertir com isso', que eu acho que também é o jeito do Superman de fazer isso", disse. "Eles foram muito encorajadores e tivemos uma experiência adorável. Estou ansioso para conhecê-los um dia. Vai ser ótimo quando pudermos todos nos reunir em uma sala."
Um novo começo para o Universo DC
David Corenswet será o rosto do primeiro filme do novo DCU, comandado por James Gunn e Peter Safran. Superman, que estreia no próximo dia 11 de julho, dará início ao Capítulo Um: Deuses e Monstros, e apresentará também Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult como o vilão Lex Luthor.
A "passagem de bastão" para Corenswet ocorre após os encerramentos dos ciclos dos atores anteriores. Henry Cavill teve um fim discreto como o Homem de Aço, sendo substituído poucas semanas após sua participação na cena pós-créditos de Adão Negro. Já Tyler Hoechlin se despediu do personagem no ano passado, com o final de sua aclamada série Superman & Lois, que teve quatro temporadas.
A interação amigável entre os três atores sinaliza um começo respeitoso para a nova era do herói nos cinemas, com Corenswet agora oficialmente carregando o manto de um dos personagens mais icônicos da cultura pop, com a bênção daqueles que vieram antes dele.
Luto em Hollywood: Morre Michael Madsen, o icônico Sr. Blonde de 'Cães de Aluguel', aos 67 anos
O ator norte-americano Michael Madsen, um dos rostos mais marcantes do cinema independente e conhecido por seus papéis de "durão enigmático", morreu nesta quinta-feira (3), aos 67 anos. A informação foi confirmada por seus representantes. Segundo as autoridades, o ator foi encontrado inconsciente em sua casa em Malibu, na Califórnia, e a morte foi declarada no local.
O gerente de Madsen, Ron Smith, informou em um e-mail que a causa da morte foi uma parada cardíaca e que não há suspeita de crime. A partida do ator, imortalizado como o sádico e estiloso Sr. Blonde no clássico de Quentin Tarantino, Cães de Aluguel (1992), representa uma grande perda para o cinema.
Uma carreira marcada por personagens icônicos
Com uma carreira de quatro décadas, Michael Madsen se especializou em personagens complexos, perigosos e de moralidade duvidosa, tornando-se um dos atores preferidos de Quentin Tarantino. A parceria entre os dois rendeu alguns dos papéis mais memoráveis de Madsen, incluindo o já citado Sr. Blonde, o assassino Budd em Kill Bill: Vol. 1 (2003), o caubói Joe Gage em Os Oito Odiados (2015) e uma participação em Era Uma Vez... em Hollywood (2019).
Além de seu trabalho com Tarantino, ele deixou sua marca em outros filmes de sucesso, como o clássico feminista Thelma & Louise (1991) e o drama policial Donnie Brasco (1997). Sua carreira em Hollywood começou com um pequeno papel no thriller de ficção científica Jogos de Guerra, de 1983.
O artista além do "durão": a paixão pela poesia
Apesar da imagem de "bad boy" nas telas, Madsen era um artista multifacetado. Irmão da também atriz Virginia Madsen e com origens no teatro de Chicago, na prestigiada Steppenwolf Theatre Company, ele era um poeta publicado, com vários volumes de poesia em seu nome.
Seus representantes revelaram que ele estava se preparando para lançar um novo livro, intitulado "Tears For My Father: Outlaw Thoughts and Poems" (Lágrimas Para o Meu Pai: Pensamentos e Poemas Fora da Lei, em tradução livre), que agora estava em fase de edição.
Um capítulo final em plena atividade
A morte de Madsen foi uma surpresa, pois o ator estava em plena atividade. Em um comunicado, seus empresários e sua assessora de imprensa lamentaram a perda e destacaram que ele estava ansioso por seus próximos projetos. "Nos últimos dois anos, Michael Madsen tem feito um trabalho incrível com filmes independentes, incluindo os próximos longas-metragens 'Resurrection Road', 'Concessions' e 'Cookbook for Southern Housewives'", diz a nota. "Michael estava realmente ansioso por este próximo capítulo de sua vida. [...] Ele foi um dos atores mais icônicos de Hollywood, que fará muita falta."
Rachel Zegler revela depressão após fracasso de 'Branca de Neve'
A atriz Rachel Zegler, de 23 anos, revelou o alto custo emocional que pagou por estrelar o controverso e mal-sucedido remake de Branca de Neve, da Disney. Em uma entrevista sincera e corajosa à revista britânica iD, a jovem estrela contou que a avalanche de críticas e o fracasso do filme a levaram a uma crise de saúde mental, desenvolvendo sintomas de depressão e ansiedade que a forçaram a voltar para a casa dos pais e a iniciar um tratamento com medicação psiquiátrica. "Simplesmente não estava funcionando como pessoa", desabafou.
O longa, que era uma das grandes apostas do estúdio, tornou-se um dos maiores fracassos do ano. Com um orçamento estimado em US$ 270 milhões (R$ 1,4 bilhão), o filme arrecadou apenas cerca de US$ 90 milhões (R$ 490 milhões) mundialmente e amargou uma nota 2 no site especializado IMDb, uma das piores da plataforma.
As controvérsias que cercaram o filme
Grande parte da frustração do público recaiu sobre a própria Rachel Zegler, que se tornou o rosto do projeto e alvo de ataques desde o início da produção. As controvérsias começaram com a sua escalação. Filha de pais colombianos, a atriz de pele parda sofreu críticas por ter sido escolhida para interpretar uma personagem classicamente descrita como tendo a pele "branca como a neve".
A situação se intensificou quando declarações de Zegler em entrevistas viralizaram. Ela afirmou que a animação original de 1937 estava "ultrapassada" e que sua Branca de Neve seria uma princesa "moderna, com voz ativa e independência", o que foi visto por muitos como um desrespeito ao legado da obra clássica.
"Não escolho a mentalidade de vítima"
A combinação das polêmicas com o resultado desastroso nas bilheterias teve um impacto profundo na saúde mental da atriz, que precisou se afastar para se recuperar. Hoje, ela afirma que está em um processo de reconstrução de sua confiança e que busca uma nova perspectiva sobre a experiência traumática.
"Acho que a mentalidade de vítima é uma escolha, e não a escolho", declarou na entrevista, mostrando uma postura resiliente. "Também não escolho a maldade diante disso. Escolho a positividade, a luz e a felicidade", completou, indicando seu foco em superar o episódio.
Glen Powell foge pela vida no primeiro trailer de 'O Sobrevivente', de Edgar Wright; assista
O primeiro trailer da aguardada nova adaptação de O Sobrevivente (The Running Man), baseada no livro de Stephen King, foi finalmente revelado. A prévia eletrizante mostra o astro em ascensão Glen Powell em uma luta desesperada pela vida, no centro de um jogo mortal televisionado. Dirigido pelo aclamado cineasta Edgar Wright (Em Ritmo de Fuga, Scott Pilgrim Contra o Mundo), o filme promete uma visão mais fiel e sombria da obra distópica de King.
Com lançamento previsto para 7 de novembro de 2025, o longa da Paramount se passa em um futuro próximo, onde um reality show sádico domina a audiência. Nele, os participantes precisam sobreviver por 30 dias enquanto são caçados por assassinos profissionais para ganhar um prêmio bilionário. No filme, Powell interpreta um pai que entra na competição para tentar ajudar sua filha doente. "Nunca trabalhei tanto em um filme na minha vida", declarou o ator na CinemaCon, em abril, após a exibição das primeiras cenas.
https://www.youtube.com/watch?v=KD18ddeFuyM&ab_channel=ParamountPictures
Uma nova adaptação, com a bênção do original
É importante notar que o novo filme não é um remake da versão de 1987, estrelada por Arnold Schwarzenegger, mas sim uma adaptação direta do livro de 1982 que Stephen King publicou sob o pseudônimo de Richard Bachman. A obra literária é elogiada por sua visão profética sobre a ascensão da cultura dos reality shows, levada a um extremo mortal.
Apesar de ser uma nova versão, Glen Powell fez questão de buscar a "bênção" do astro original. Ele contou que, através do filho de Arnold, Patrick Schwarzenegger, conseguiu conversar com a lenda do cinema de ação, que deu seu total apoio ao novo projeto. "Podemos dar a Arnold um presente muito específico e divertido do filme", provocou Powell, sugerindo que pode haver alguma homenagem no longa.
Um elenco e equipe de peso
Além de Glen Powell, o filme conta com um elenco estelar, que inclui William H. Macy, Lee Pace, Emilia Jones, Michael Cera, Colman Domingo e Josh Brolin, indicando o prestígio do projeto em Hollywood.
O roteiro foi co-escrito por Edgar Wright e Michael Bacall (Anjos da Lei), com produção de Simon Kinberg (X-Men). A combinação de talentos por trás e na frente das câmeras posiciona O Sobrevivente como um dos lançamentos mais esperados do ano, prometendo uma mistura de ação intensa, suspense e a sátira social afiada que é marca registrada tanto de King quanto de Wright.
Ex-funcionários da Pixar culpam estúdio pelo fracasso de 'Elio' e revelam 'censura' a temas queer
Por trás do fracasso retumbante de Elio, a nova animação da Pixar que amargou a pior estreia da história do estúdio, existe uma história de conflito criativo, troca de diretores e, segundo ex-funcionários, a remoção sistemática de temas queer que eram o coração da versão original do filme. Em uma reportagem investigativa do The Hollywood Reporter, criativos que trabalharam no projeto afirmam que a liderança da Pixar "esvaziou" a obra de sua identidade, o que resultou no desastre de bilheteria e em um "êxodo de talentos" do estúdio.
A versão original de Elio era dirigida por Adrian Molina, cineasta abertamente gay e co-diretor do sucesso vencedor do Oscar, Viva - A Vida é uma Festa. Segundo as fontes, sua visão para o filme retratava o protagonista, Elio, como um personagem com "código queer". Cenas descritas como favoritas pela equipe, como uma em que o garoto criava uma roupa a partir de lixo encontrado na praia e a exibia para um caranguejo, foram cortadas. Outra cena, no quarto do personagem, com fotos que sugeriam uma paixão por um colega do sexo masculino, também foi eliminada.
A troca de diretores e o "êxodo de talentos"
O ponto de virada teria sido em meados de 2023. Após uma exibição-teste no Arizona, onde o público, apesar de gostar do filme, indicou que não o assistiria nos cinemas, a liderança da Pixar, incluindo o chefe do estúdio, Pete Docter, teria dado um feedback duro a Molina. Pouco depois, o diretor deixou o projeto. Ele foi substituído pela dupla Madeline Sharafian e Domee Shi.
A mudança e a nova versão do filme geraram uma onda de descontentamento interno. "Fiquei profundamente triste e magoada com as mudanças que foram feitas", disse Sarah Ligatich, ex-editora assistente da Pixar e membro do grupo LGBTQ+ da empresa. "O êxodo de talentos após essa versão foi realmente indicativo de como muitas pessoas ficaram infelizes por terem alterado e destruído este belo trabalho." Um ex-artista que trabalhou no filme acrescentou: "O Elio que está nos cinemas agora é muito pior do que a melhor versão original de Adrian. [...] O personagem tinha tanta personalidade, e agora ele me parece muito mais genérico."
"Obediência antecipada": a culpa é da Disney ou da Pixar?
A grande questão levantada pela reportagem é de onde partiram as ordens para "suavizar" o filme. Um dos artistas anônimos sugere que a culpa não é necessariamente da empresa-mãe, a Disney, mas da própria liderança da Pixar, em um comportamento de "obediência antecipada" para evitar possíveis controvérsias e boicotes, como os que aconteceram com o filme Lightyear em 2023, por conta de um beijo entre pessoas do mesmo sexo. "Muita gente gosta de culpar a Disney, mas a culpa vem de dentro", afirmou a fonte.
Outros exemplos citados incluem notas para "suavizar" temas de ambientalismo em um futuro filme do estúdio e até uma ordem para que não houvesse divórcio em outra história em desenvolvimento.
O resultado: fracasso histórico
O Elio que chegou aos cinemas, já com uma personagem que era a mãe do protagonista trocada por uma tia (após a saída da atriz America Ferrera do projeto, supostamente em solidariedade a Molina), fracassou. Com uma estreia de apenas US$ 20,8 milhões nos EUA e um orçamento que, segundo as fontes, ultrapassou os US$ 200 milhões, o filme se tornou um desastre financeiro.
A dor de quem trabalhou na versão original permanece. "Eu adoraria perguntar ao Pete [Docter] e aos outros executivos se eles acharam que a reescrita valeu a pena", questionou o artista anônimo. "Eles teriam perdido tanto dinheiro se simplesmente tivessem deixado Adrian contar sua história?"