As Marvels custou US$ 378 milhões elevando ainda mais estimativa de prejuízo
As Marvels: orçamento real revela prejuízo milionário para a Marvel Studios e Disney
Longa arrecadou apenas 206 milhões de dólares, marcando um dos maiores fracassos do MCU nos cinemas
O verdadeiro orçamento do filme As Marvels foi divulgado, revelando um prejuízo significativo para a Marvel Studios e a Disney. O longa, que arrecadou apenas US$ 206 milhões em bilheteria mundial, foi classificado como um dos maiores fracassos do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). De acordo com informações do World of Reel, o orçamento originalmente divulgado, de US$ 270 milhões, era, na verdade, de US$ 378 milhões, valor que supera em mais de 100 milhões o montante arrecadado nos Estados Unidos.
Prejuízo bilionário
Com uma arrecadação que representa apenas pouco mais de 50% do valor total investido na produção, As Marvels registrou um prejuízo estimado de mais de US$ 170 milhões. Mesmo sendo uma sequência do sucesso bilionário de 2019, o filme encerrou sua temporada em cartaz no ano passado com apenas US$ 205,8 milhões em bilheteria global.
Direção de Nia DaCosta e futuro no Disney+
Dirigido por Nia DaCosta, conhecida pelo remake bem-recebido de Candyman, As Marvels trouxe à tona os desafios que a Marvel enfrenta em manter o mesmo sucesso de bilheteria que os primeiros filmes do MCU alcançaram. Agora, disponível no Disney+, a produção tem a chance de conquistar um público mais amplo na plataforma de streaming.
A revelação do orçamento real e do fracasso nas bilheterias destaca a necessidade de mudanças na estratégia de produção e marketing da Marvel Studios para futuros lançamentos do MCU.
Público abandona sessões do novo filme com Demi Moore por ser violento demais
Novo filme de terror estrelado por Demi Moore causa reações extremas e faz espectadores abandonarem sessões
O novo filme de terror estrelado por Demi Moore, A Substância, vem causando polêmica nos cinemas e tem gerado reações extremas por parte dos espectadores, com alguns abandonando as sessões antes do término devido ao conteúdo considerado perturbador. Lançado em 20 de setembro, o longa, que também conta com a participação de Margaret Qualley e Dennis Quaid, apresenta uma narrativa intensa sobre uma celebridade em declínio (Moore) que recorre a uma droga do mercado negro para se transformar em uma versão mais jovem e perfeita de si mesma. No entanto, os efeitos colaterais dessa transformação trazem consequências horríveis e chocantes.
Filme mistura terror e sátira com elementos de horror corporal com Demi Moore
A Substância tem sido descrito como um dos trabalhos mais ousados da carreira de Demi Moore, com muitos espectadores destacando o caráter gráfico e chocante do filme. A trama explora temas como vaidade e a busca incessante pela juventude, utilizando elementos do terror corporal para contar a história de uma forma que é ao mesmo tempo provocativa e aterrorizante.
O filme, que tem uma abordagem satírica, foi rapidamente rotulado como “f**ido” e “alucinante” por vários espectadores, que utilizaram as redes sociais para expressar suas impressões após assistirem. Um dos relatos mais marcantes veio de um espectador que compartilhou no X: “Acabei de sair de 'The Substance'. Uma experiência realmente arrebatadora. Duas pessoas saíram. Eu estava dobrado de rir várias vezes. Nunca recomendaria a ninguém que eu amo ou nunca mais veria. Adorei toda a experiência e estou tão feliz por ter visto nos cinemas.”
Reações polarizadas dos espectadores
Enquanto alguns elogiam o filme por sua ousadia e performances — em especial a atuação de Demi Moore, considerada por muitos como possivelmente seu melhor trabalho —, outros admitiram que a experiência foi simplesmente demais para suportar. Um espectador comentou que a sessão foi marcada por pessoas abandonando a exibição, destacando que poucos filmes atualmente são capazes de causar esse tipo de reação. Outro relato descreveu que um acompanhante do espectador recusou a carona para casa após assistir ao filme, preferindo caminhar na chuva para vomitar “com dignidade.”
No Rotten Tomatoes, A Substância tem uma aprovação de 90% no Tomatometer, embora a pontuação do público esteja em 71%, mostrando a divisão nas opiniões. Alguns elogiam o filme como “louco no bom sentido” e “excelente,” enquanto outros o classificam como o “filme mais nojento” que já assistiram.
Uma experiência para quem tem estômago forte
A intensidade das cenas fez com que muitos alertassem os espectadores que não estão acostumados a filmes de terror mais gráficos. Como descreveu um fã: “Eu não estava preparado para The Substance. Todos saíram do cinema em silêncio, tentando compreender o que todos nós acabamos de testemunhar. É tão bom, mas tão sangrento, então se você tem estômago fraco, este provavelmente não é o filme para você. Demi Moore é espetacular.”
Demi Moore também comentou sobre o desafio de participar do filme, admitindo que sabia que o projeto poderia polarizar opiniões. Ela revelou: “Quando li The Substance, pensei, uau, isso pode ser realmente incrível — ou pode ser um desastre do caralho. Então, é claro, eu tive que dizer sim.”
A Substância está se consolidando como uma experiência única e divisiva, destinada a se tornar um dos filmes mais comentados do gênero em 2024. Com cenas gráficas e uma abordagem ousada, o longa é indicado para quem busca algo fora do comum no gênero de terror. Resta saber se o impacto causado por suas cenas perturbadoras o tornará um clássico cult ou apenas um dos filmes mais chocantes da temporada.
Bruce Willis ligou para ex-ator mirim por um ano após lançamento de O Sexto Sentido
Haley Joel Osment relembra laço especial com Bruce Willis durante e após 'O Sexto Sentido'
Atores desenvolveram amizade que ultrapassou o sucesso do filme, mas não se falam desde a aposentadoria de Willis
Há 25 anos, Bruce Willis e Haley Joel Osment se encontraram no set de O Sexto Sentido, um dos filmes mais marcantes de suas carreiras. Na época, as trajetórias dos dois atores eram muito diferentes: Osment, com apenas 10 anos, já tinha encantado o público em uma breve, porém memorável, aparição em Forrest Gump – O contador de histórias (1994). Por outro lado, Willis, que já era um astro consagrado por filmes como Duro de matar (1988) e Pulp Fiction – Tempo de violência (1994), buscava mais um grande sucesso para manter seu reinado em Hollywood.
O suspense dirigido por M. Night Shyamalan, que arrecadou surpreendentes 670 milhões de dólares nas bilheterias contra um orçamento de 40 milhões, uniu a dupla em uma relação de amizade que se manteve além do set. Em recente entrevista à revista Entertainment Weekly, Osment, agora com 36 anos, revelou que Willis se preocupava com o impacto que o sucesso de O Sexto Sentido teria sobre ele enquanto criança e o mantinha sob sua atenção.
"Falei muito com Bruce nos anos seguintes ao lançamento do filme. Ele também deixava mensagens de voz em casa de vez em quando, apenas checando como eu estava. Ele simplesmente ligava do nada. Fomos juntos ao Japão duas vezes para eventos de 'O Sexto Sentido', em cidades diferentes. Então, [Bruce] ligava antes disso. Às vezes, eu simplesmente chegava da escola e a secretária eletrônica estava piscando e era ele dizendo, 'Ei, Haley Joel, sou eu. Só para dar um oi'", relembrou Osment.
Uma parceria que marcou a carreira
Para Osment, que já havia trabalhado com Tom Hanks aos 5 anos, contracenar com Bruce Willis foi uma experiência única. "Naquela época, eu tinha idade suficiente para ter visto muitos filmes de Bruce, o que acrescentou muita emoção na equação. E isso é algo que dura toda a sua carreira, onde você trabalha com pessoas que gostou de ver em outras coisas. Isso me impressionou muito porque foi a primeira celebridade gigantesca com quem trabalhei, numa idade em que tinha consciência do seu tamanho."
Apesar da forte conexão construída durante e após O Sexto Sentido, Osment não manteve contato com Willis nos últimos anos, especialmente após o anúncio de sua aposentadoria devido a problemas de saúde. Em março de 2022, a família de Willis revelou que o ator sofria de afasia, condição que afeta as habilidades cognitivas. Em fevereiro de 2023, a situação foi agravada com o diagnóstico de demência.
"Conheço um pouquinho as filhas dele, mas não falo com Bruce desde as notícias sobre a saúde dele que aconteceram nos últimos anos", comentou Osment, referindo-se às filhas de Willis com sua ex-esposa Demi Moore – Rumer, Scout e Tallulah – e às duas meninas que ele teve com sua atual esposa, Emma Heming – Mabel, de 11 anos, e Evelyn, de 9 anos.
Haley Joel Osment, que foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em O Sexto Sentido, segue sua trajetória em Hollywood e guarda com carinho as memórias do período que compartilhou com Bruce Willis, um ícone que marcou profundamente sua vida e carreira.
John Ashton, de Um Tira da Pesada, morre aos 76 anos
Morre John Ashton, ator de 'Um tira da pesada', aos 76 anos
Ator lutava contra o câncer e deixa legado de mais de 50 anos de atuação em filmes e séries de TV
John Ashton, conhecido por seu papel como o detetive John Taggart na franquia Um tira da pesada, faleceu na última quinta-feira (28), em Fort Collins, Colorado, após uma breve batalha contra o câncer. A notícia foi confirmada por seu empresário, Alan Somers, ao The Hollywood Reporter. Ashton tinha 76 anos.
O ator ficou famoso ao interpretar o detetive sargento Taggart nos dois primeiros filmes de Um tira da pesada (1984 e 1987), ao lado de Eddie Murphy e Judge Reinhold. Ele retornou ao papel, agora como chefe de polícia, em Um tira da pesada: Axel F, lançado em 2024. Sua atuação carismática e sua química com Murphy fizeram de Taggart um dos personagens mais queridos da franquia.
Além de seu papel icônico na série de filmes, Ashton teve uma carreira diversificada que se estendeu por mais de meio século. Entre seus trabalhos no cinema, destacam-se atuações em Olho por olho (1973), So Evil, My Sister (1974), Cat Murkil and the Silks (1976), Borderline (1979) e Honky Tonk Freeway (1981). Mais recentemente, ele participou de filmes como Sweet Deadly Dreams (2006), Medo da verdade (2007), Homens de meia-idade (2009) e Lonesome Soldier (2023).
Carreira marcante na televisão
Na TV, John Ashton foi presença frequente em séries como Columbo, Police Story, Barnaby Jones e MASH*. Ele também teve um papel recorrente em Dallas (1978-79), interpretando Willie Jo Garr, um sócio comercial do personagem JR (Larry Hagman).
Nascido em 22 de fevereiro de 1948, em Springfield, Massachusetts, Ashton foi criado em Enfield, Connecticut, pelos pais Edward Richard Ashton Sr. e Eva May Ashton. Ele estudou na Enfield High School e depois na Defiance College, antes de se transferir para a Universidade do Sul da Califórnia (USC), onde se formou em artes cênicas.
John Ashton deixa suas duas irmãs, Sharon Ann Ashton (casada com o juiz distrital estadual de Montana, Kenneth R. Neill) e Linda Jean Ashton, além de seu irmão, Edward Richard Ashton Jr. Seu legado como ator e a marca que deixou em tantas produções ao longo dos anos certamente serão lembrados pelos fãs e colegas da indústria do entretenimento.
Megalópolis tem estreia fracassada nos EUA enquanto Robô Selvagem é sucesso
Robô Selvagem supera expectativas nas bilheteiras, enquanto Megalopolis enfrenta dificuldades
Filme da DreamWorks anima o público, enquanto a nova obra de Francis Ford Coppola é mal recebida
O filme familiar Robô Selvagem, produzido pela DreamWorks Animation e Universal, tem conquistado tanto críticos quanto o público, registrando uma impressionante pontuação de 98% no Rotten Tomatoes, tanto entre os críticos quanto entre os espectadores. Com um CinemaScore A, o filme estreou em primeiro lugar nas bilheteiras, arrecadando cerca de US$ 35 milhões em seu fim de semana de abertura, impulsionado pelo excelente boca a boca.
Robô Selvagem é uma adaptação do best-seller de Peter Brown, que narra a história de um robô chamado ROZ que estabelece laços inesperados com um ganso órfão e outras criaturas após naufragar em uma ilha isolada. Dirigido e escrito pelo indicado ao Oscar Chris Sanders, conhecido por Como Treinar o Seu Dragão e Os Croods, o filme conta com um elenco de dubladores renomados, incluindo Lupita Nyong'o, Kit Connor, Pedro Pascal, Catherine O'Hara, Bill Nighy e Mark Hamill. O sucesso do filme foi ainda mais reforçado pelo desempenho no exterior, onde arrecadou US$ 9,9 milhões em 29 mercados, totalizando US$ 18,1 milhões internacionalmente e US$ 53,1 milhões globalmente.
Por outro lado, Francis Ford Coppola enfrenta um momento desafiador com seu novo filme, Megalopolis. A produção teve uma recepção desastrosa, arrecadando apenas US$ 4 milhões em sua estreia nos Estados Unidos e recebendo um CinemaScore D+ do público. As expectativas da Lionsgate eram de que o filme arrecadaria entre US$ 5 milhões e US$ 7 milhões. Apesar do prestígio do diretor, a recepção negativa fez com que muitos estúdios se mostrassem relutantes em financiar ou distribuir o filme, que tem um custo estimado de US$ 120 milhões.
O contexto de Megalopolis e a recepção do público
Megalopolis é uma ambiciosa releitura moderna da queda do Império Romano, ambientada em Nova York. O filme conta com um elenco estrelado, incluindo Adam Driver, Giancarlo Esposito e Aubrey Plaza, mas foi recebido com críticas mistas no Festival de Cinema de Cannes, o que pode ter contribuído para sua fraca performance nas bilheteiras. A Lionsgate decidiu lançar o filme, mas não está responsável pelos custos de distribuição ou marketing, o que levanta dúvidas sobre a viabilidade financeira da produção.
Coppola, em uma tentativa de contextualizar a narrativa de Megalopolis, comparou sua trama à situação política atual dos Estados Unidos, sugerindo que a eleição presidencial de 2024 poderia refletir a queda de Roma. Seus comentários foram transmitidos para 65 cinemas nos EUA e Canadá, mas não conseguiram atrair o público desejado.
Outras estreias e o panorama das bilheteiras
Enquanto The Wild Robot se destacava, outros filmes também estavam nas bilheteiras. A sequência de Beetlejuice, dirigida por Tim Burton, ficou em terceiro lugar, arrecadando US$ 16 milhões, totalizando US$ 258,1 milhões domésticos. Transformers One caiu 62% em sua segunda semana, arrecadando apenas US$ 9,3 milhões, enquanto o filme indiano Devara: Parte 1 surpreendeu ao ficar em quarto lugar com US$ 5,5 milhões. Speak No Evil da Blumhouse fechou o top cinco com um total doméstico de US$ 28,1 milhões.
Por fim, o documentário Vindicating Trump, produzido por Dinesh D'Souza, não obteve uma boa performance nas bilheteiras, arrecadando menos de US$ 1 milhão, evidenciando um cenário desafiador para lançamentos de temática política.
A diversidade de reações do público e a performance nas bilheteiras revelam um panorama complexo e dinâmico para a indústria cinematográfica, onde o sucesso e o fracasso podem coexistir em um mesmo fim de semana.
Diretor culpa Trump por fracasso de Caça-Fantasmas feminino
Paul Feig fala sobre críticas ao reboot de Ghostbusters e culpa retórica de Trump
Paul Feig, diretor do reboot de Ghostbusters (2016), recentemente relembrou as duras críticas que o filme enfrentou após seu lançamento, mencionando o papel de Donald Trump na intensificação dos ataques online. Em uma entrevista ao The Guardian, Feig destacou que a comédia de ação, estrelada por um elenco feminino com Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon e Leslie Jones, foi alvo de comentários sexistas e racistas, em parte devido ao clima político da época.
Impacto da política de 2016
Feig afirmou que a corrida presidencial de 2016, que tinha Hillary Clinton como candidata, gerou um ambiente hostil. "Havia muitos caras querendo briga", lembrou o diretor. Ele comentou que, ao verificar os perfis de seus críticos no Twitter, muitos eram apoiadores de Trump, o que refletia o clima político acirrado.
Trump entra no debate sobre Ghostbusters
Segundo Feig, Trump agravou a situação ao se pronunciar contra o reboot. "Ele estava chateado e dizia coisas como: ‘Eles estão refazendo Indiana Jones sem Harrison Ford. E agora estão fazendo Ghostbusters só com mulheres. O que está acontecendo?’", explicou o cineasta, lembrando que a retórica de Trump alimentou ainda mais o ódio direcionado ao filme.
Feig destacou como o projeto foi politizado: “Isso transformou o filme em uma declaração política. Como se dissesse: ‘Se você apoia as mulheres, você vai assistir a isso. Se não, então...’”. Para ele, o fato de os personagens principais serem mulheres não deveria ter sido um problema, mas muitas pessoas trouxeram preconceitos para o debate.
Decisão por um reboot e não uma sequência
Feig também falou sobre sua escolha de fazer um reboot em vez de uma sequência dos filmes originais de 1984 e 1989, estrelados por Bill Murray, Dan Aykroyd, e Sigourney Weaver. "Bill disse publicamente que não queria fazer outro Ghostbusters naquele momento", explicou Feig, referindo-se à resistência de parte do elenco original. Com a morte de Harold Ramis e a relutância de Murray, Feig sentiu que era melhor não mexer nos filmes icônicos dos anos 80.
Diretor de Não Fale o Mal original detona remake: 'Hollywood deve ter problemas'
Não Fale o Mal: as polêmicas do remake norte-americano e as críticas do diretor original
SPOILERS NA MATÉRIA
Não Fale o Mal (Speak No Evil) é considerado um dos filmes de terror mais intrigantes de 2022. Apesar de seu lançamento recente, o longa dinamarquês já ganhou uma versão remake norte-americana, que chegou às telonas apenas dois anos depois. No entanto, as mudanças na narrativa, especialmente no final, geraram descontentamento por parte do diretor original, Christian Tafdrup.
Dirigido por James Watkins, conhecido por A Mulher de Preto (2012), o remake estreou no Brasil em 12 de setembro, contando com um elenco de peso, incluindo James McAvoy, Scoot McNairy, Mackenzie Davis e Aisling Franciosi. Tafdrup não hesitou em criticar as alterações feitas na nova versão, que, segundo ele, reduziram o impacto emocional da história.
Críticas ao “final feliz” dos filmes americanos
Em entrevista ao Kulturen, Tafdrup expressou sua frustração com a necessidade de filmes estadunidenses de apresentarem "finais felizes" e um sentimento de "heroísmo" nos protagonistas. “Não sei o que há com os americanos, mas eles são criados para uma história heroica, onde o bem deve vencer o mal”, apontou. O cineasta elogiou a produção americana como “extremamente divertida, eficaz e bem atuada”, mas alertou que isso pode resultar em uma narrativa menos impactante. Ele explicou: “Quando vi o filme ontem, percebi que eles nunca teriam sucesso com um filme onde os personagens são apedrejados até a morte, como fazem no nosso filme.”
Tafdrup também mencionou que as reações do público foram bastante distintas entre as duas versões. Enquanto o original provocou reações de choque e traumatização, com o público "aplaudindo, rindo e gritando" na nova versão, a experiência emocional proporcionada pelo filme dinamarquês foi muito mais intensa.
Mudanças na narrativa
A premissa básica dos dois filmes é similar, seguindo duas famílias que se tornam próximas durante uma viagem e que posteriormente se visitam. No entanto, as mortes brutais e o sofrimento dos personagens na versão de 2022 foram suavizados no remake de 2024. No original, as vítimas enfrentam um destino trágico, com mortes apedrejadas e a filha sendo "roubada". Já a versão mais recente cria uma dinâmica de "caça e rato", onde os personagens de Scoot McNairy e Mackenzie Davis conseguem se defender, derrotando os sequestradores e fugindo com as crianças.
Essas mudanças suscitam um debate sobre como o tratamento de temas sombrios e perturbadores pode ser alterado para se adequar às expectativas do público americano, questionando a autenticidade e a intensidade emocional da narrativa original. A crítica de Tafdrup ressalta a diferença de abordagem entre as culturas cinematográficas e como isso pode impactar a recepção de histórias intensas e sombrias.
Jeff Bridges não gostou da aparência digital rejuvenescida em Tron: O Legado
Jeff Bridges compartilha suas impressões sobre Tron: Legacy e o futuro de Tron: Ares
Jeff Bridges, o renomado ator vencedor do Oscar, revelou recentemente suas opiniões sobre sua aparição digital em "Tron: Legacy", lançado em 2010. Em entrevista ao apresentador Josh Horowitz no podcast "Happy Sad Confused", Bridges expressou suas reservas sobre a recriação digital de sua imagem para o filme, dirigido por Joseph Kosinski.
"É a novidade... Fui digitalizado e colocado no computador para quando fizemos 'Tron 2 — como era chamado? — Legacy'", disse Bridges. No entanto, o ator não ficou totalmente satisfeito com o resultado, afirmando que a recriação parecia mais com o comediante Bill Maher do que com ele próprio. No longa, Bridges reprisou o papel de Kevin Flynn, um designer de videogames, quase três décadas após sua atuação no clássico de ficção científica de 1982, "Tron". Na sequência, ele também interpretou uma versão rejuvenescida de seu personagem, Clu (Codified Likeness Utility).
Expectativas para Tron: Ares
Bridges confirmou que retornará ao universo de "Tron" no próximo filme, "Tron: Ares", que será estrelado por Jared Leto, Evan Peters e Greta Lee. No entanto, o ator comentou que sua participação será breve. O novo filme, dirigido por Joachim Rønning, centra-se em Ares, um programa digital sofisticado interpretado por Leto, que é enviado ao mundo real em uma missão perigosa.
Refletindo sobre o filme original "Tron", Bridges descreveu-o como "bizarro", destacando a singularidade da produção. “Coisas que são tão malucas, que não foram feitas, são mais seguras de certa forma. Porque não há nada com que comparar. Simplesmente está lá”, comentou o ator, evidenciando a inovação que "Tron" trouxe ao cinema.
Durante sua participação no D23 no mês passado, Bridges também provocou um pouco sobre "Tron: Ares", que está previsto para estrear nos cinemas em 10 de outubro de 2025. "Tecnologia e IA são onipresentes em nossas vidas", afirmou, sugerindo que este é um momento oportuno para revisitar o universo de "Tron". Ele concluiu, mencionando que no filme, "este mundo nos visita", insinuando uma nova e intrigante narrativa que os fãs poderão esperar.
Sorria 2 terá ideias cortadas do filme original, diretor já tem ideias para terceiro filme
Parker Finn fala sobre a nova abordagem em Sorria 2
O diretor Parker Finn compartilhou detalhes intrigantes sobre a sequência de "Sorria", intitulada "Sorria 2", que promete expandir o universo criado no primeiro filme. Em entrevista à revista SFX, Finn afirmou que, embora o primeiro longa tenha "descoberto" a maldição, o público ainda não viu tudo que essa narrativa pode oferecer. “Havia informações que eu tinha para mim mesmo que não foram expressas no primeiro filme e que aproveitei a oportunidade para trazer para o novo, então o que Sorria 2 está fazendo é nos mostrar coisas novas”, comentou o diretor.
Desenvolvimento de uma franquia de terror
Finn ressaltou a profundidade do enredo que ainda está por vir. "Sentimos que tínhamos descoberto o mistério no primeiro, mas talvez só tenhamos tirado um único copo de água do oceano", refletiu, sugerindo que a nova entrega revelará aspectos ainda mais sombrios e complexos da narrativa. A sequência, que se destaca pelo sucesso comercial do primeiro filme, traz Naomi Scott, conhecida por seu papel em "Aladdin", como uma estrela pop que se vê enredada pela maldição ao iniciar uma turnê mundial. O elenco conta ainda com Rosemarie DeWitt, Lukas Gage, Miles Gutierrez-Riley, Peter Jacobson, Dylan Gelula, Ray Nicholson e Kyle Gallner, este último retornando ao seu papel do primeiro filme.
Finn expressou seu entusiasmo em desenvolver uma possível linhagem de filmes "Sorria", onde cada nova história poderia se distanciar cada vez mais do que foi apresentado anteriormente. Ele comparou essa ideia a franquias clássicas de terror, como "A Nightmare on Elm Street" e "Friday the 13th", onde a exploração de diferentes histórias e personagens se torna uma característica marcante. "O que é realmente interessante sobre Smile é que você pode se encontrar em histórias diferentes, personagens diferentes, mundos diferentes", disse.
O primeiro "Sorria", lançado em 2022, foi um grande sucesso, arrecadando mais de US$ 217 milhões em bilheteira mundial contra um orçamento de apenas US$ 17 milhões, além de ter recebido críticas positivas. A trama original girava em torno de Sosie Bacon, que interpretou uma terapeuta testemunha de um suicídio bizarro. À medida que a história se desenrola, ela percebe que está sendo alvo de uma entidade sobrenatural. A ligação entre os personagens se intensifica, especialmente entre Rose e Joel, interpretado por Gallner, que também luta contra a maldição. O desfecho de "Smile 2" ainda é um mistério, e muitos se perguntam se Joel será a chave para a salvação ou mais uma fonte de terror para a nova protagonista, Skye Riley, vivida por Scott.
Demi Moore ficou feliz de aparecer 'feia' em A Substância
Demi Moore comenta sobre a experiência de filmar 'A Substância' sem pressão estética
Demi Moore revelou que se sentiu "ótima" ao poder participar das filmagens de 'A Substância' sem a preocupação de estar sempre com a aparência impecável. A produção, dirigida por Coralie Fargeat, aborda justamente a pressão estética imposta pela indústria cinematográfica, destacando a crítica à obsessão por juventude e beleza.
Desconstruindo padrões de beleza
No filme, Moore, aos 61 anos, interpreta Elisabeth Sparkle, uma atriz e apresentadora de TV que, no dia de seu aniversário, descobre que será demitida. O motivo é explicado por Harvey, personagem de Dennis Quaid, que encarna os estereótipos misóginos presentes em Hollywood: o desejo de substituí-la por alguém mais jovem. É nesse contexto que Sparkle recorre a uma substância mágica que promete oferecer a ela uma versão mais bonita e rejuvenescida de si mesma.
Durante uma participação no The Graham Norton Show, Moore comentou que o filme é difícil de ser classificado, mas sugeriu que pode ser descrito como uma mistura entre 'O Retrato de Dorian Gray', 'A Morte lhe Cai Bem' e um vídeo de exercícios de Jane Fonda. Ela também compartilhou como foi libertador atuar sem a pressão de manter uma aparência perfeita: "Foi ótimo ter a permissão para aparecer feia!"
Cena intensa e crítica à busca pela perfeição
'A Substância', que possui traços do subgênero body horror, impressionou o público durante sua exibição no Festival de Cannes, em maio. Uma das cenas mais impactantes do filme, segundo Moore, foi refeita 45 vezes. Nela, Elisabeth Sparkle, insatisfeita com as marcas da idade, se prepara para um encontro romântico e aplica maquiagem repetidamente até a exaustão.
“Meu rosto já estava vermelho. Cheguei num ponto em que não conseguia mais fazer aquilo. E Coralie ainda queria gravar mais um take”, relembrou a atriz em entrevista à Variety.