Lorna Raver, atriz do filme 'Arraste-me para o Inferno', morre aos 81 anos
Lorna Raver, a atriz que aterrorizou uma geração de fãs de terror, morreu aos 81 anos. Ela ficou mundialmente conhecida por seu papel arrepiante como a Sra. Ganush. A personagem amaldiçoou a protagonista no clássico de Sam Raimi, Arraste-me para o Inferno (2009).
A notícia do falecimento da atriz foi revelada recentemente. A morte, que ocorreu no dia 12 de maio, foi confirmada na seção "In Memoriam" da revista do sindicato de atores dos EUA, a SAG-AFTRA.
A vilã icônica de 'Arraste-me para o Inferno'
O papel mais memorável da carreira de Lorna Raver foi, sem dúvida, o de Sylvia Ganush. No filme de terror, sua personagem, uma senhora idosa, lança uma maldição sobre a analista de crédito Christine Brown (interpretada por Allison Lohman). Isso acontece depois que a jovem nega a ela uma extensão de sua hipoteca.
Como resultado, a briga entre as duas em um estacionamento se tornou uma das cenas mais icônicas do terror moderno. Raver disse em entrevistas que não conhecia o gênero, mas aceitou o papel por causa do diretor Sam Raimi. No entanto, ela abraçou a força da personagem. "O que eu gostava na personagem", disse ela, "era que ela era poderosa".
Uma carreira prolífica na TV
Antes do sucesso em Arraste-me para o Inferno, Lorna Raver já tinha uma carreira consolidada como atriz de televisão. Ela participou de dezenas de séries de grande sucesso.
Por exemplo, ela teve um papel recorrente na novela The Young and the Restless entre 2006 e 2007. Além disso, a lista de suas participações especiais é imensa. Inclui séries como Plantão Médico, Beverly Hills, 90210 (Barrados no Baile), Star Trek: Voyager, Gilmore Girls, Charmed, Desperate Housewives, Bones e Grey's Anatomy.
A vida e a trajetória da artista
Nascida na Pensilvânia em 1943, Lorna Raver começou sua carreira no teatro. Ela se mudou para Nova York e então para Los Angeles, para continuar sua trajetória nos palcos. Sua estreia nas telas de cinema foi no filme A Oportunidade Bate à Porta (1990).
Além de atuar, ela também foi uma premiada narradora de audiolivros. Seu parceiro por 25 anos, o escritor e produtor de rádio Yuri Rasovsky, faleceu em 2012. A partida de Lorna Raver deixa o legado de uma atriz versátil, que será para sempre lembrada como uma das vilãs mais aterrorizantes do cinema do século XXI.
Kanye West é tema de novo documentário com filmagens íntimas de seus colapsos
Um novo documentário promete oferecer o olhar mais íntimo e sem filtros sobre a vida de Kanye West. O filme, intitulado "Em Nome de Quem?" (In Whose Name?), foi gravado ao longo de seis anos. O jovem diretor Nico Ballesteros teve acesso irrestrito ao círculo íntimo do rapper. Ele capturou alguns dos momentos mais polêmicos e tumultuados de sua vida. O lançamento está marcado para 19 de setembro.
A produção é da AMSI Entertainment. Além disso, a distribuição nos cinemas será feita em parceria com as redes AMC, Regal e Cinemark nos Estados Unidos.
https://www.youtube.com/watch?v=oGN9b_KJb_8&ab_channel=SonyPicturesClassics
"Prefiro estar morto a estar tomando remédios"
O teaser trailer do documentário já revela o tom cru da obra. Nele, Kanye West aparece dizendo: "Estou sem meus remédios há cinco meses". Logo depois, ele acrescenta: "Prefiro estar morto a estar tomando remédios". A ex-esposa do rapper, Kim Kardashian, também aparece em uma narração. Em lágrimas, ela diz: "A personalidade dele não era assim há alguns anos!".
O vídeo também mostra cenas de Kanye West em reuniões de sua marca Yeezy. Ele também aparece liderando seus cultos de domingo e se apresentando em shows. Em um momento marcante, o artista veste um moletom com a frase "Vidas Brancas Importam".
Um olhar "cru e perturbador"
O diretor Nico Ballesteros, que começou a filmar Kanye West aos 18 anos, explicou sua abordagem. "Para um garoto tímido, a câmera se tornou um escudo e uma janela", disse ele. Ballesteros afirma que se conectou com o rapper por ambos usarem as lentes como uma forma de mediação com o mundo. Como resultado, ele conseguiu capturar momentos "fora da apresentação pública".
O produtor Simran A. Singh reforça essa visão. "Este filme apresenta um retrato cru e muitas vezes perturbador, sem comentários ou conclusões", explicou. O objetivo, portanto, é deixar que os espectadores "interpretem os eventos por si mesmos".
Seis anos de acesso irrestrito
O documentário foi filmado durante o período mais caótico da vida de Kanye West. As mais de 3.000 horas de material bruto cobrem sua luta com a saúde mental e o transtorno bipolar. O filme também aborda o fim de seu casamento com Kim Kardashian. Além disso, mostra a perda de seus contratos milionários com grandes marcas. Por fim, a obra documenta as polêmicas sobre suas declarações públicas, que incluíram visões antissemitas e teorias da conspiração.
O documentário sobre Kanye West promete ser um dos lançamentos mais bombásticos e comentados do ano. Ele oferece um olhar sem precedentes sobre a mente complexa de um dos artistas mais geniais e controversos de nossa geração.
Johnny Depp pode voltar como Jack Sparrow em 'Piratas do Caribe 6', diz produtor
O produtor Jerry Bruckheimer, um dos homens mais poderosos de Hollywood, reacendeu a esperança dos fãs da franquia Piratas do Caribe. Em uma nova entrevista, ele afirmou que acredita que o astro Johnny Depp estaria disposto a retornar ao seu papel mais icônico, o Capitão Jack Sparrow, para um sexto filme da saga, mas com uma condição fundamental: a qualidade do roteiro.
"Se ele gostar da forma como o papel está escrito, acho que ele o faria", declarou Bruckheimer à revista Entertainment Weekly. "É tudo uma questão do que está no papel. [...] Ainda estamos trabalhando em um roteiro. [...] Ainda não chegamos lá, mas estamos perto", completou o produtor, confirmando que o projeto segue em desenvolvimento ativo.
O retorno de Depp após as batalhas judiciais
O futuro de Johnny Depp na franquia da Disney se tornou uma grande incógnita após as conturbadas e públicas batalhas judiciais do ator contra sua ex-esposa, Amber Heard. Após perder um processo por difamação contra um jornal britânico em 2020, Depp foi convidado a se retirar da franquia Animais Fantásticos, da Warner Bros.
No entanto, após um resultado mais favorável no julgamento nos Estados Unidos, em 2022, e com seu retorno a Hollywood em andamento com o (fictício) novo filme de ação Bebedor de Um Dia, a especulação sobre um possível perdão da Disney e sua volta a Piratas do Caribe aumentou consideravelmente.
A longa e confusa jornada de 'Piratas 6'
O caminho para um novo filme da franquia tem sido longo e tortuoso. Nos últimos anos, dois projetos paralelos estavam em desenvolvimento: um sexto filme para a saga original e um reboot liderado pela atriz Margot Robbie. Embora o projeto de Robbie tenha sido dado como engavetado, Bruckheimer já afirmou que ainda há espaço para os dois.
Já o roteiro da sequência principal passou por várias mãos. O roteirista Craig Mazin (The Last of Us, Chernobyl) chegou a escrever uma versão que ele descreveu como "muito estranha" e que, surpreendentemente, havia sido aprovada pela Disney antes das greves de Hollywood. Atualmente, o roteirista Jeff Nathanson, que escreveu o quinto filme, estaria trabalhando em uma nova versão.
A criação do Capitão Jack
Jerry Bruckheimer sempre foi um grande defensor de Johnny Depp, e já havia dito no passado que estaria aberto ao seu retorno. O produtor faz questão de lembrar que a criação do personagem foi mérito do ator. "Ele criou o Capitão Jack. Isso не estava no roteiro, era ele fazendo um pouco de Pepé Le Pew e Keith Richards. Essa foi a interpretação dele de Jack Sparrow", disse.
A declaração do produtor é o sinal mais forte até agora de que a porta para o Capitão Jack Sparrow não está fechada na Disney. Com a franquia tendo arrecadado US$ 4,5 bilhões com Depp no papel principal, a questão parece ser menos sobre "se" ele volta, e mais sobre "quando" eles finalmente encontrarão o roteiro certo para trazê-lo de volta.
'Superman' de James Gunn ganha data de lançamento digital e em Blu-ray com curta inédito do Krypto
A espera para rever a aventura mais recente do Homem de Aço em casa será curta. O filme Superman, de James Gunn, que iniciou o novo Universo DC (DCU) nos cinemas, teve suas datas de lançamento para os formatos digital e físico anunciadas. O longa chegará às plataformas digitais de compra e aluguel já nesta sexta-feira, 15 de agosto, pouco mais de um mês após sua estreia nos cinemas.
O lançamento físico, em 4K UHD, Blu-ray e DVD, está marcado para 23 de setembro e virá recheado de conteúdo extra, incluindo um curta-metragem inédito e exclusivo estrelado por Krypto, o Supercão.
As datas e a janela de cinema curta
A chegada do filme em formato digital para este dia 15 de agosto confirma uma janela de exclusividade nos cinemas de aproximadamente 35 dias, uma estratégia cada vez mais comum para os grandes estúdios. A data de estreia do longa no streaming por assinatura, como a HBO Max, ainda não foi anunciada.
O que vem nos extras?
O grande atrativo para os fãs e colecionadores será a vasta lista de conteúdos bônus, que promete um mergulho profundo nos bastidores da produção. O destaque é um curta animado inédito, intitulado "Krypto Salva o Dia!: Briga de Ônibus Escolar".
Confira a lista completa de extras:
- Curta: Krypto Salva o Dia!: Briga de Ônibus Escolar
- Documentário (60 min): Aventuras na Criação do Superman
- Featurettes:
- Ícones para Sempre: O Legado Duradouro do Superman
- Lex Luthor: A Mente de um Mestre Vilão
- Kryptunes: A Música do Superman
- Patas para Pixels: Nasce Krypto
- Notícias de Última Hora: O Planeta Diário Retorna
- O Vilão Supremo
- A Gangue da Justiça
- Uma Nova Era: A DC Decola
- Conteúdo Exclusivo Digital:
- Comentários do diretor James Gunn
- Erros de gravação (Gag Reel)
- Cenas deletadas
O futuro do Homem de Aço
Superman se provou um sucesso de crítica e público, lançando de forma sólida o "Capítulo Um: Deuses e Monstros" do novo DCU. Embora uma sequência direta não tenha sido confirmada, James Gunn já garantiu que o personagem de David Corenswet retornará em breve. O próximo projeto do DCU a ser lançado é a segunda temporada de Pacificador, que estreia em 21 de agosto.
Jennifer Aniston revela que 'lutou' com estúdio para usar peruca em 'Quero Matar Meu Chefe'
A atriz Jennifer Aniston revelou que travou uma verdadeira batalha nos bastidores da comédia de sucesso Quero Matar Meu Chefe (2011). Em uma nova entrevista em vídeo para a revista Vanity Fair, na qual revisita sua carreira, a estrela contou que precisou "lutar" contra o estúdio Warner Bros. para poder usar a peruca morena que se tornou a marca registrada de sua personagem, a dentista ninfomaníaca Dra. Julia Harris.
Segundo a eterna estrela de Friends, o estúdio temia que o público não a reconhecesse sem seus icônicos cabelos loiros. "Eu lutei por aquela peruca. Não foi uma batalha fácil", confessou Aniston.
A batalha pela peruca morena
Aniston explicou que sua intenção era justamente se afastar de sua imagem tradicional para dar vida à personagem. "Eu queria que [minha personagem] tivesse uma aparência diferente", disse. "O argumento do estúdio [...] foi: 'temos medo de que não se pareça com você'". A resposta da atriz na época foi direta: "Esse é o ponto!".
A determinação da atriz prevaleceu, e ela conseguiu usar a peruca. "Ainda acho que pode se parecer um pouco comigo. Mas estou feliz por ter lutado por isso e me mantido firme", celebrou.
Quebrando a imagem de "boa moça"
O papel em Quero Matar Meu Chefe foi um divisor de águas na carreira de Jennifer Aniston. A comédia, com classificação para maiores, junto com outros filmes da mesma época como Família do Bagulho (2013), marcou um esforço consciente da atriz para se desvencilhar da persona de "boa moça" e "menina da casa ao lado" que a consagrou no seriado Friends.
"Eu sempre fui vista como uma menininha da casa ao lado ou a ingênua", disse Aniston. "Foi muito divertido interpretar algo assim porque é tão distante de tudo o que eu sou. [...] É muito diferente do que você esperaria de mim. Essa foi a graça. Foi isso que tornou o filme mais emocionante criativamente para mim."
A aposta se pagou. Quero Matar Meu Chefe, que também contava com Jason Bateman, Jason Sudeikis e Colin Farrell no elenco, foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de US$ 200 milhões em todo o mundo e garantindo uma sequência em 2014, para a qual Aniston e sua peruca morena retornaram. A história dos bastidores mostra a visão criativa da atriz e sua luta para expandir os horizontes de sua carreira, mesmo contra a vontade do estúdio.
Michael Chiklis, o Coisa original, defende Quarteto Fantástico de 2005: 'Os críticos erraram'
O ator Michael Chiklis, que interpretou Ben Grimm, o Coisa, no filme Quarteto Fantástico de 2005, defendeu o legado da obra em uma nova entrevista. Impulsionado pelo lançamento da nova versão do supergrupo no Marvel Studios, o ator afirmou que seu filme e a sequência de 2007 foram "muito subestimados" e que, na sua opinião, "os críticos erraram" em suas duras avaliações na época.
Em uma conversa com o site Collider, o vencedor do Emmy, de 61 anos, refletiu sobre a recepção dos filmes que estrelou ao lado de Ioan Gruffudd, Jessica Alba e Chris Evans. "Acho que muita gente, na crítica, errou", declarou Chiklis. "Eles realmente difamaram nossos filmes."
Críticos vs. Público
Para o ator, a prova de que os filmes tinham valor é a recepção do público, que, segundo ele, sempre foi oposta à da crítica especializada. "Eles eram muito queridos pelo público. Foi um daqueles casos em que os críticos não foram muito bons com esses filmes, mas o público foi, e isso continua", argumentou.
De fato, a crítica da época foi implacável. A resenha do The Hollywood Reporter de 2005, por exemplo, chamou o filme de "um tédio colossal", com "personagens subdesenvolvidos, humor malfeito e enredo malfeito".
Chiklis acredita que, com o passar dos anos, as pessoas começaram a reconhecer as qualidades dos longas. "Agora, depois de todos esses anos, as pessoas estão meio que reconhecendo, tipo, 'ei, esses filmes são divertidos e adequados para toda a família'. [...] Eles acertaram em muita coisa. Podem ser imperfeitos, mas são filmes realmente bons."
Passando o bastão de "Tá na Hora do Pau!"
O ator também mostrou que não guarda ressentimentos e está animado com a nova versão da equipe, que estreou nos cinemas no final de julho. "Tive uma ótima experiência fazendo-os, e eu simplesmente... espero que [o novo filme] arrase. E parece que está indo muito bem", disse.
Ele fez questão de elogiar seu sucessor no papel do Coisa, o ator Ebon Moss-Bachrach. "Eu realmente gosto de Ebon Moss-Bachrach. Ele é um ator incrível, então estou ansioso para ver o que ele fará com o Coisa", declarou, em uma nobre "passagem de bastão".
A defesa apaixonada de Michael Chiklis oferece uma nova perspectiva sobre os filmes que, para uma geração, foram a primeira grande introdução à Primeira Família da Marvel nos cinemas. Para ele, o carinho do público é a prova final de que, no fim das contas, a crítica nem sempre tem a palavra final.
'A Hora do Mal', novo terror do diretor de 'Noites Brutais', pode ganhar prelúdio sobre a Tia Gladys
O novo terror do cineasta Zach Cregger, A Hora do Mal (Weapons), mal chegou aos cinemas e já se tornou um fenômeno de bilheteria. Agora, com o sucesso estrondoso, a Warner Bros. e a New Line já estariam em conversas com o diretor para produzir um prelúdio focado na personagem que roubou a cena no filme: a bizarra e memorável Tia Gladys, interpretada pela atriz Amy Madigan.
A informação, divulgada pelo The Hollywood Reporter, surge em meio a uma recepção calorosa do público e da crítica, que já comparam o impacto de A Hora do Mal ao do clássico moderno Corra! (2017), de Jordan Peele. A atuação de Madigan, inclusive, já está gerando burburinho para uma possível indicação ao Oscar.
O sucesso inesperado de 'A Hora do Mal'
O filme, um terror original com classificação para maiores de 18 anos, superou todas as expectativas em seu fim de semana de estreia, entre 8 e 10 de agosto, arrecadando US$ 43 milhões nos Estados Unidos — mais de US$ 10 milhões acima do projetado. O longa manteve a força durante a semana e, até a última segunda-feira, já somava US$ 83 milhões globalmente, um número expressivo para um terror original no cenário atual.
O "capítulo perdido" da Tia Gladys
De acordo com o THR, a ideia do prelúdio surgiu de um material que já existia. O roteiro original de Zach Cregger para A Hora do Mal continha um capítulo inteiro focado na história de origem da Tia Gladys. O trecho foi cortado da versão final para dar um ritmo melhor ao filme. Agora, com o sucesso do longa e a popularidade da personagem, a ideia seria expandir esse "capítulo perdido" em um filme completo.
Ainda não há nenhum acordo fechado, principalmente porque Cregger já tem a agenda lotada.
A ascensão de Zach Cregger
O diretor, que já havia estourado em 2022 com o aclamado Noites Brutais (Barbarian), se tornou o "diretor do momento" em Hollywood. Seu próximo projeto é um reboot da franquia de games Resident Evil para a Sony, pelo qual ele receberá um cachê de impressionantes US$ 20 milhões.
Apesar do compromisso com a Sony, a Warner Bros. está determinada a manter uma relação próxima com o cineasta. O estúdio travou uma verdadeira guerra de lances no início de 2023 para adquirir o roteiro de A Hora do Mal por US$ 38 milhões. O sucesso do filme agora prova que a aposta valeu a pena, e um prelúdio seria a forma perfeita de solidificar a parceria e criar uma nova e promissora franquia de terror.
Crítica | Corra que a Polícia Vem Aí! traz nostalgia caótica à comédia em 2025
Liam Neeson é a escolha precisa e debochada como protagonista para a retomada de um estilo de comédia que fez muito sucesso na década de 1980 a partir do hoje clássico Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu - e que depois daria origem e influência a uma lista relativamente grande de títulos como o Corra que a Polícia Vem Aí! original, passando por Top Secret!:Superconfidencial, Todo Mundo em Pânico, Não é Mais um Besteirol Americano, entre outros.
O público atual talvez não esteja familiarizado com a abordagem inventada por David e Jerry Zucker e Jim Abrahams, que misturava gags visuais, texto nonsense, uma pitada de incorreção política e a atmosfera subversiva herdada dos Irmãos Marx. Portanto, resta saber como essa audiência (muito mais propensa a ter sua suscetibilidade ferida) irá reagir a uma mistura que é, ao mesmo tempo, despretensiosa e explosiva ao nível do ultraje social.
A nova versão de Corra que a Polícia Vem Aí! acerta em cheio ao fazer de Neeson o filho do personagem original celebrizado por Leslie Nielsen, embora sejam duas personas cinematográficas distintas por natureza (enquanto o primeiro é um astro de primeira grandeza do cinema de ação, o segundo sempre foi no máximo um coadjuvante dedicado até se encontrar na comédia escrachada). O balanço acertado no novo filme certamente tem a marca do produtor Seth MacFarlane, acostumado a um gênero de comédia provocativa como da animação em série Uma Família da Pesada e de longas-metragens como Ted e Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola.
https://www.youtube.com/watch?v=uLguU7WLreA&ab_channel=ParamountPictures
Como retomar um estilo sem assustar o espectador atual
O novo filme corria dois riscos desde o início: o mais óbvio era o de descaracterizar o tom original para não chocar o espectador de 2025; o menos óbvio era, por outro lado, de pesar a mão, desconsiderando que o cinema (assim como a plateia, o mundo, as piadas) mudou e muda o tempo todo. Mas uma direção discreta (embora dedicada) e um roteiro sem medo de mostrar por que veio garantem passar pelo desafio merecendo uma medalha de “policial do mês” ou algo parecido.
Na trama (que, como não poderia deixar de ser, é uma estrutura básica cuja real função é permitir que o humor aconteça), Frank Drebin Jr. (Neeson) é um policial veterano com as esperadas dificuldades em se adaptar aos novos tempos em seu trato com criminosos (reais e imaginários) e a opinião pública que, diante de uma investigação que envolve o magnata da tecnologia Richard Cane (Danny Huston, de Yellowstone e Sucessão), acaba se relacionando com a irmã de uma vítima de conspiração vivida por Pamela Anderson.
Embora trate de temas bastante presentes na discussão pública da atualidade, o enredo não se aprofunda nas questões - o que é um acerto, porque o foco tem que estar necessariamente no exercício de um tipo de humor que, mesmo não tendo desaparecido, hoje é mais difícil de ser encontrado no cinema. Assistimos a uma sequência que não perde o fôlego em pouco menos de uma hora e meia de projeção: são piadas bastante visuais, diálogos que fazem referência a personagens e temas do mundo real e que demandam atenção para compreender e dar risada. Em outros momentos, as piadas vão se revelando camada por camada, num equilíbrio inteligente (embora francamente desafetado) entre refinamento formal e vulgaridade. O resultado é muito divertido e quase o oposto ao que se vê normalmente quando pensamos agora em “humor no cinema”: Corra que a Polícia Vem Aí! não se constrange em fazer piadas com filmes de ação, carros elétricos, violência policial, calças caindo e desventuras intestinais mas, por trás da grosseria colegial, há uma subversiva alternância entre a sátira (social) e a paródia (do próprio cinema) que mesmo o espectador mais mal humorado poderá reconhecer.
Quem estiver atento vai aproveitar melhor as piadas que se sucedem (e se escondem)
Quem não está familiarizado com o estilo de humor pode perder uma parcela considerável das piadas. Por exemplo: quando analisa uma cena de crime, Drebin Jr. calça meticulosamente uma luva plástica para, em seguida, comprometer a perícia usando a mão que está desprotegida para mexer nas provas. É sutil e pode passar despercebido, mas está longe de ser despropositado, evidenciando que o filme - por mais tolo e avacalhado que pareça na superfície - é resultado de uma artesania caprichada, que usa o próprio escracho para ocultar os mecanismos cênicos que estão o tempo todo em pleno funcionamento.
O mais importante, contudo, em se tratando de uma comédia, é sempre perguntar: as piadas funcionam? Os atores são engraçados? Os diálogos, provocativos? Sim: o resultado é um filme curto, divertido, com dois ou três momentos realmente hilários, provocações para todos os lados, grau nulo de proselitismo e uma boa dose de nostalgia de um tempo em que rir de si mesmo e dos amigos não produzia celeumas sociais para ninguém.
Hayden Christensen revela desejo de fazer mais projetos de 'Star Wars', incluindo spin-off de Darth Vader
O ator Hayden Christensen, de 44 anos, parece longe de querer se aposentar de seu sabre de luz. Em uma participação recente na Fan Expo Boston, o intérprete de Anakin Skywalker e Darth Vader revelou sua "lista de desejos" para o futuro de Star Wars, afirmando que adoraria explorar ainda mais o personagem, seja em um spin-off focado no Lorde Sith, em uma história live-action durante as Guerras Clônicas ou até mesmo como um Fantasma da Força.
As declarações do ator, que foram recebidas com grande entusiasmo pelos fãs, acontecem em um momento de alta popularidade para sua versão do personagem, após seus retornos aclamados nas séries do Disney+.
O spin-off de Darth Vader e a era 'Clone Wars'
"Eu adoraria fazer mais coisas na linha do tempo de Darth Vader... Acho que ainda há coisas boas e substanciais para explorar", declarou Christensen, segundo o site Collider. Ele foi enfático sobre sua disposição para um projeto focado no vilão: "Se os poderosos decidirem que um spin-off de Vader é algo que eles querem ver, eu estaria lá num piscar de olhos. 100%."
Outro desejo do ator é interpretar Anakin Skywalker em uma produção live-action ambientada durante as Guerras Clônicas, período que foi amplamente explorado na aclamada série de animação. "Acho que há algumas histórias divertidas para contar", disse ele. "E se isso significasse que eu pudesse usar um sabre de luz com Ewan [McGregor, o Obi-Wan] novamente, seria incrível."
O retorno triunfal do Escolhido
A popularidade de Hayden Christensen no papel vive uma nova e alta fase. Após as críticas mistas que recebeu pela trilogia prequel nos anos 2000, seu retorno nas séries Obi-Wan Kenobi e, principalmente, Ahsoka, foi celebrado pelos fãs como uma redenção, com atuações elogiadas que adicionaram novas e complexas camadas ao personagem.
O ator já está confirmado para retornar na segunda temporada de Ahsoka, prevista para o próximo ano, e, segundo rumores, terá uma participação ainda maior na trama.
O futuro da galáxia
Enquanto a Lucasfilm se prepara para o futuro da saga nos cinemas, com o filme The Mandalorian & Grogu chegando em maio de 2026, a vontade expressa por Hayden Christensen de continuar no papel mostra que ainda há um imenso interesse, tanto do ator quanto do público, em explorar o passado da saga Skywalker. Por enquanto, os projetos são apenas um desejo, mas a porta para o retorno do Escolhido, em qualquer uma de suas formas, parece estar mais aberta do que nunca.
Josh Brolin critica streaming por ter 'toda a mesma m' e elogia originalidade de A Hora do Mal
O ator indicado ao Oscar, Josh Brolin, de 57 anos, fez uma crítica contundente e sem papas na língua ao estado atual do conteúdo oferecido pelos serviços de streaming. Em uma nova entrevista, ele lamentou a falta de originalidade e afirmou que seu novo filme de terror, Weapons, é a solução para a "mesmice" que domina as plataformas. "Você está assistindo a filmes em qualquer serviço de streaming e pensa: 'Prra, por que isso é tão chato, cara? Por quê?' [...] É toda a mesma m", disparou o astro.
A declaração foi dada ao site Collider, durante a divulgação de seu novo filme, dirigido por Zach Cregger, o mesmo cineasta do aclamado Noites Brutais (Barbarian). Para Brolin, a ousadia do novo longa é o que falta no entretenimento hoje.
A "solução" no terror de Zach Cregger
"Você procura ótimos cineastas e espera que apareça outro bom cineasta por aí", disse Brolin, sobre sua busca por projetos originais. Ele elogiou a forma como Weapons subverte o gênero. "E aí alguém não só pega o gênero de terror, mas mexe com ele e faz algo beirando o absurdo, e é meio engraçado, então te deixa desequilibrado o suficiente para que ele tenha um impacto emocional, no final das contas."
O filme, que (de forma fictícia) foi um sucesso de crítica e bilheteria, com uma estreia de US$ 42,5 milhões, conta a história de uma cidade em caos após o desaparecimento misterioso de um grupo de crianças.
O eco do diretor: a falta de filmes para adultos
A visão de Josh Brolin é compartilhada pelo diretor do filme. Zach Cregger já havia declarado que "o terror é uma das poucas saídas para a verdadeira criatividade em grande escala atualmente". Em uma crítica ao domínio dos filmes de super-heróis ("pessoas de meia-calça por US$ 200 milhões"), ele lamentou a falta de espaço para projetos de risco.
"Gostaria muito que pudéssemos ter comédias estranhas, ousadas e divertidas de volta nos cinemas. Ou produções dramáticas para adultos", disse o diretor.
As falas de Josh Brolin e Zach Cregger, juntas, formam uma crítica poderosa ao atual modelo de produção de Hollywood, tanto nos cinemas quanto no streaming. O sucesso de um filme como Weapons serve como argumento de que, apesar da aparente preferência da indústria por fórmulas seguras, o público ainda está faminto por histórias originais, ousadas e, acima de tudo, que não sejam "a mesma m*".