The Last of Us inspirou Alien: Romulus
Fede Alvarez, diretor de Alien: Romulus, revelou que a personagem interpretada por Isabela Merced no filme foi inspirada em The Last of Us Part 2. O cineasta afirmou que estava jogando o jogo enquanto escrevia o roteiro do novo filme da franquia Alien, e a história de Dina, uma personagem grávida no jogo, influenciou a criação da personagem Kay, que também está grávida no longa.
Alvarez compartilhou essa curiosidade no Twitter, destacando a coincidência de ter escalado Isabela Merced para interpretar Kay antes mesmo de ela ser escolhida para o papel de Dina na segunda temporada da série da HBO, baseada em The Last of Us. Ele escreveu: “Curiosidade: eu estava jogando The Last of Us 2 enquanto escrevia Alien: Romulus. A história de uma Dina grávida me fez pensar em ter a personagem Kay grávida também. Então, escalei Isabela Merced para interpretar Kay... Um ano depois, ela foi escalada para interpretar Dina na série da HBO... História real.”
A coincidência foi apontada por Alvarez em resposta a um fã que comentou sobre as semelhanças entre os personagens de Alien: Romulus e o estilo visual de The Last of Us, observando que Cailee Spaeny, uma das protagonistas do filme, se parecia com Ellie, a personagem principal do jogo.
Merced foi anunciada no início de 2024 como intérprete de Dina na série da HBO, uma personagem fundamental para a vida adulta de Ellie. Embora a gravidez de Dina seja um elemento importante na narrativa de The Last of Us Part 2, a situação de sua personagem em Alien: Romulus promete explorar esse tema em um contexto bem diferente, com a tensão característica do universo da franquia Alien.
Alien: Romulus está em cartaz nos cinemas enquanto a 2ª temporada de The Last of Us chega em 2025 na HBO.
O Corvo fracassa em estreia na bilheteria americana
"Deadpool & Wolverine" voltou ao topo das bilheterias em seu quinto final de semana, recuperando a primeira posição após um breve deslize que permitiu que outro filme liderasse as vendas. A aventura de super-heróis da Marvel dominou a competição, que, apesar de fraca, incluiu dois novos lançamentos, "O Corvo" e "Pisque Duas Vezes", ambos com estreias decepcionantes.
O destaque entre os novos lançamentos foi "Pisque Duas Vezes", o thriller dirigido por Zoe Kravitz, que conquistou o quarto lugar com US$ 7,3 milhões em 3.067 cinemas. Já o reboot de "O Corvo", estrelado por Bill Skarsgård, estreou em oitavo lugar, arrecadando apenas US$ 4,6 milhões em 2.752 cinemas. Ambos os filmes receberam recepções mistas por parte do público, com uma nota "B-" no CinemaScore, embora "Pisque Duas Vezes" tenha agradado mais aos críticos com 79% de aprovação no Rotten Tomatoes, em comparação aos 20% obtidos por "O Corvo".
O fraco desempenho de "The Crow" é um golpe para a Lionsgate, que enfrenta um segundo fracasso consecutivo após "Borderlands", uma adaptação de videogame que também fracassou nas bilheterias. Por outro lado, "Pisque Duas Vezes", distribuído pela Amazon MGM nos EUA e pela Warner Bros. no restante do mundo, ainda pode se recuperar nos mercados auxiliares, aumentando seu perfil global.
Um mercado competitivo, mas com quedas significativas
Em um final de semana que gerou US$ 94 milhões em receitas totais no mercado, o desempenho geral foi um dos mais baixos do verão. Mesmo com sucessos recentes como "Divertida Mente 2", a bilheteria doméstica ainda está atrás dos números de 2023 e 2019. A expectativa é de que o público retorne aos cinemas com o lançamento de "Beetlejuice Beetlejuice" em setembro.
"Deadpool & Wolverine", que liderou as bilheterias com US$ 18,3 milhões em 3.840 cinemas, continua a ser um sucesso gigantesco, com US$ 577,2 milhões arrecadados na América do Norte e US$ 1,21 bilhão globalmente. Este desempenho coloca o filme como o segundo de maior bilheteria do ano, logo atrás de "Divertida Mente 2", e o coloca entre os maiores sucessos do Universo Cinematográfico Marvel.
Por sua vez, "Alien: Romulus" caiu para a segunda posição com US$ 16,2 milhões em seu segundo final de semana, registrando uma queda de 62% em relação à estreia. Mesmo assim, o novo capítulo da franquia de terror conseguiu arrecadar US$ 72,6 milhões no mercado interno e US$ 225 milhões no mundo todo.
"É assim que acaba", uma adaptação do best-seller de Colleen Hoover, ficou em terceiro lugar, com US$ 11,8 milhões arrecadados no final de semana. O filme já alcançou US$ 120,8 milhões na América do Norte e US$ 240 milhões globalmente, se consolidando como um sucesso de bilheteria.
Fechando o top 5, o drama bíblico "The Forge" arrecadou US$ 6,6 milhões em 1.818 cinemas. O filme, apoiado pela Affirm Films e lançado pela Sony, foi bem recebido pelo público, que o avaliou com um "A+" no CinemaScore, indicando que o boca a boca pode ajudar a sustentar o seu desempenho nas próximas semanas.
Sotaque de Gambit era para ser ininteligível, diz Channing Tatum
Channing Tatum finalmente teve a chance de interpretar Gambit, o icônico mutante da Marvel, no filme Deadpool & Wolverine, depois de anos tentando trazer o personagem à vida em um projeto solo. Em uma recente entrevista à Vanity Fair, Tatum revelou que o papel era tão significativo para ele que ficou com receio de pedir para levar o traje de Gambit para casa após as filmagens, algo que normalmente faz com os figurinos dos seus personagens. "Eu estava com muito medo de pedir", confessou Tatum. "Geralmente, eu roubo a última roupa que estou usando em todos os filmes, mas dessa vez fiquei com muito medo."
Sotaque cajun de Gambit vira piada no filme
Uma das piadas recorrentes de Deadpool & Wolverine é o forte sotaque cajun de Gambit, interpretado por Tatum. Em uma cena, Deadpool, vivido por Ryan Reynolds, brinca com o sotaque de Gambit, perguntando: "Quem é seu treinador de dialeto? Os Minions?" Tatum comentou sobre essas críticas de forma descontraída, explicando que tudo fazia parte da intenção cômica do filme.
Em outra entrevista, desta vez ao Access Hollywood, Tatum disse: "O dialeto cajun é muito particular. Eu cresci no Mississippi, e meu pai é de Nova Orleans, então é algo com o qual eu sempre tive contato, mas nunca fiz. Existem certos 'ismos' que são muito próprios dos Cajuns, mas queríamos que o sotaque fosse um pouco ininteligível. Essa era meio que a piada." Ele ainda contou que Ryan Reynolds às vezes pedia para que o sotaque fosse exagerado a ponto de ser incompreensível, enquanto em outras cenas, pedia para moderar um pouco.
Gratidão e desejo de um filme solo
Após o sucesso de bilheteria de Deadpool & Wolverine, Tatum compartilhou nas redes sociais uma mensagem emocional sobre finalmente interpretar Gambit, agradecendo a Ryan Reynolds por lutar para que ele tivesse a oportunidade. “Eu pensei que tinha perdido Gambit para sempre. Mas Ryan lutou por mim e pelo personagem. Eu provavelmente ficarei em dívida com ele para sempre”, escreveu Tatum. Ele descreveu o filme como uma "obra-prima" e expressou sua gratidão por fazer parte dele.
Mesmo com essa realização, o ator ainda não desistiu de sua antiga ambição: estrelar um filme solo de Gambit. Em entrevista à Variety, ele afirmou que ainda está interessado no projeto e disse: "Eu venho dizendo que quero isso pelos últimos 10 anos. Está nas mãos de Bob Iger e Kevin Feige. Eu rezo a Deus."
Denzel Washington tem se interessado cada vez menos em atuar
Denzel Washington, um dos maiores astros de Hollywood, tem dado sinais de que sua trajetória na tela grande pode estar se aproximando de um fim. Em uma recente entrevista à revista Empire, o ator de 68 anos revelou que há poucos filmes que ainda o interessam. Durante a conversa, ele destacou que seu mais recente projeto, Gladiador 2, de Ridley Scott, era uma das poucas produções que o motivavam a continuar atuando.
"Restam muito poucos filmes para eu fazer que me interessem, e tenho que me inspirar no cineasta, e fui tremendamente inspirado por Ridley", disse Washington. O ator expressou admiração pelo diretor de 86 anos, com quem já havia trabalhado anteriormente em American Gangster (2007), destacando a energia e paixão de Scott pelo cinema, que ele considera uma verdadeira inspiração.
Um reencontro com Ridley Scott
A relação entre Washington e Scott parece ter sido um fator decisivo para o ator aceitar o papel em Gladiador 2. Ele descreveu a experiência anterior com o diretor como positiva e destacou a dedicação de Scott ao projeto atual. "Ele está noivo. Ele está animado com a vida e seu próximo filme", comentou Washington, sugerindo que a conexão com o cineasta foi um dos principais motivos para sua participação na sequência do aclamado épico.
Ridley Scott, por sua vez, também está confiante em relação ao novo filme, afirmando que Gladiador 2 é uma das melhores coisas que já fez em sua extensa carreira. A sequência promete trazer de volta a grandiosidade do original, com um elenco estrelado que inclui Paul Mescal, interpretando um Lucius adulto, e Washington no papel de Macrinus, um poderoso aristocrata romano.
O papel de Washington em Gladiador 2
No filme, Denzel Washington dará vida a Macrinus, um rico corretor de poder em Roma que possui gladiadores por esporte. A trama se desenrola anos após os eventos do primeiro Gladiador, com Lucius, agora adulto, retornando a Roma como gladiador após ter vivido no norte da África. Além de se reunir com sua mãe, Lucilla (interpretada por Connie Nielsen), ele enfrenta novos desafios e inimigos dentro da arena.
O filme, que tem estreia marcada para 22 de novembro pela Paramount, é uma das produções mais aguardadas do ano e promete entregar mais uma narrativa épica no estilo característico de Ridley Scott.
Com essa participação, Washington parece estar caminhando para um possível adeus às grandes produções, destacando que seus futuros projetos dependem muito de sua inspiração e da qualidade dos cineastas envolvidos. Para os fãs, resta apreciar o talento do ator enquanto ele ainda brilha na tela grande.
Publicitário usou IA ao inventar citações contra Coppola em trailer de Megalópolis
A Lionsgate se viu envolvida em uma polêmica recentemente após a divulgação de um trailer do aguardado filme Megalópolis, de Francis Ford Coppola, que incluía citações falsas atribuídas a críticos de cinema renomados. O consultor de marketing responsável pela peça, Eddie Egan, foi afastado após a descoberta de que as citações negativas sobre o trabalho anterior do cineasta não eram autênticas, mas fabricadas.
O trailer foi retirado pelo estúdio na última quarta-feira, após surgirem denúncias de que as críticas atribuídas a nomes influentes do cinema, como Pauline Kael, nunca foram realmente publicadas. O objetivo do material era ilustrar que os filmes de Coppola, incluindo Megalópolis, enfrentaram duras críticas iniciais, apenas para se tornarem obras reverenciadas posteriormente. No entanto, o uso de citações falsas comprometeu a integridade da campanha de marketing.
Erro na verificação do trailer de Megalópolis
Fontes afirmam que a Lionsgate e Egan não tinham a intenção de enganar o público com citações falsas. Em vez disso, o erro foi atribuído a uma falha no processo de verificação de fatos e na checagem das informações fornecidas por Egan. Suspeita-se que a inteligência artificial (IA) tenha sido usada para gerar as falsas críticas, o que levantou questionamentos sobre a responsabilidade e a ética no uso de ferramentas automatizadas para criar conteúdo promocional.
Um exemplo destacado pela Variety envolveu uma suposta crítica de Pauline Kael, que, segundo o trailer, teria dito que O Poderoso Chefão foi "diminuído por sua arte". No entanto, Kael, uma das mais influentes críticas de cinema da história, de fato elogiou o filme em suas resenhas publicadas na época.
Ao investigar mais a fundo, a Variety descobriu que citações semelhantes às do trailer podem ser geradas por ferramentas de IA, como o ChatGPT, o que sugere que a tecnologia pode ter sido usada para criar as falsas declarações.
Histórico do consultor
Egan, que atuou como consultor independente desde que deixou a STX em 2019, tem uma longa história de colaboração com Adam Fogelson, presidente do grupo de cinema da Lionsgate. Os dois trabalharam juntos por mais de duas décadas, tanto na Universal Pictures quanto na STX Entertainment. A relação profissional entre Fogelson e Egan ajudou a moldar várias campanhas de marketing bem-sucedidas ao longo dos anos, o que torna esse erro particularmente surpreendente.
Em resposta ao incidente, a Lionsgate emitiu um pedido de desculpas público, retirando imediatamente o trailer e reconhecendo o erro. "Oferecemos nossas sinceras desculpas aos críticos envolvidos e a Francis Ford Coppola e à American Zoetrope por esse erro indesculpável em nosso processo de verificação. Nós erramos. Lamentamos", declarou a empresa em um comunicado oficial.
A Lionsgate optou por não comentar mais detalhes sobre a situação, e Egan não respondeu aos pedidos de esclarecimento. Esse incidente ressalta a importância de uma verificação rigorosa e a cautela necessária ao usar novas tecnologias, como IA, no marketing de grandes produções cinematográficas.
Por algumas horas, Borderlands não foi o filme pior avaliado do ano
O filme Borderlands viveu uma montanha-russa de reações desde seu lançamento, inicialmente estreando com uma crítica devastadora de 0% no Rotten Tomatoes. Nenhum dos 23 críticos que assistiram ao filme no começo entregou uma avaliação positiva, resultando no título nada invejável de "pior filme do mês". No entanto, a situação deu uma leve reviravolta quando a pontuação subiu para 10%, o que, por um breve período, afastou o filme do último lugar no ranking.
A estreia de O Corvo, um reboot da franquia gótica de super-heróis de 1995, trouxe um breve alívio para Borderlands. O Corvo começou com uma pontuação de apenas 6% no Rotten Tomatoes, posicionando-o como o filme com pior avaliação do mês. Com isso, o filme baseado no popular jogo da Gearbox parecia estar em uma posição um pouco mais confortável, pelo menos temporariamente.
Mudança de sorte
Infelizmente para Borderlands, essa tranquilidade não durou muito. O Corvo também teve uma leve recuperação, subindo para 24% no Rotten Tomatoes, o que o afastou das últimas posições e devolveu a Borderlands o título de filme com a pior avaliação do mês. Mesmo essa pontuação mais alta de The Crow ainda é considerada decepcionante, mas foi suficiente para tirar o reboot do fundo do poço.
Para a equipe de Borderlands, o cenário não é promissor. Além das críticas negativas, o filme enfrenta sérias dificuldades nas bilheterias. Com um orçamento de US$ 110 milhões, a produção arrecadou cerca de US$ 20 milhões, um resultado alarmante que pode selar seu destino nas salas de cinema. Como consequência, há rumores de que o filme será retirado dos cinemas após apenas três semanas de exibição, sendo direcionado para plataformas de streaming na tentativa de minimizar as perdas.
Enquanto o filme luta para encontrar seu público, Randy Pitchford, CEO da Gearbox, parece ter tomado uma abordagem diferente. Apesar da recepção ruim, Pitchford desviou a atenção para a recente revelação de Borderlands 4, que foi bem recebida pela comunidade de jogadores. Essa jogada estratégica, que poderia ser vista como uma tentativa de mudar o foco para o futuro da franquia de games, mostra que a Gearbox está determinada a não deixar o fracasso do filme prejudicar a marca Borderlands.
Com a iminente transição para o streaming, o destino do filme ainda é incerto, mas uma coisa é clara: o mundo dos videogames e do cinema nem sempre se alinham em termos de sucesso, e Borderlands é um exemplo contundente dessa realidade.
Del Toro diz ter sido assombrado durante produção de Frankenstein
Guillermo del Toro, diretor vencedor do Oscar, compartilhou recentemente sua experiência assustadora enquanto filmava sua nova adaptação de Frankenstein em Aberdeen, na Escócia. Del Toro tem utilizado sua conta no X (anteriormente Twitter) para documentar o que ele descreveu como uma estadia peculiar no "quarto mais mal-assombrado" de um hotel antigo, datado do século XIX.
O cineasta relatou que uma das produtoras do filme saiu apressadamente do quarto após vivenciar eventos "estranhos" de natureza elétrica e física, que a deixaram bastante assustada. Entretanto, del Toro, conhecido por seu fascínio pelo sobrenatural, resolveu investigar o quarto pessoalmente para entender o que estava acontecendo.
"Estou hospedado em um antigo hotel de 1800, no quarto mais mal-assombrado dele", escreveu del Toro em uma das postagens. "Estranhas ocorrências assustaram uma das nossas produtoras, que saiu o mais rápido possível. Fique ligado, se algo acontecer, eu reportarei."
Atmosfera opressiva e eventos inexplicáveis
Apesar de sua curiosidade, o diretor de The Shape of Water relatou que, até o momento, não havia experimentado nada sobrenatural diretamente, mas a atmosfera no quarto parecia "opressiva" e indicava que "algo estava lá" com ele. Del Toro, que já havia se hospedado em quartos supostamente assombrados anteriormente, expressou que, embora raramente tenha testemunhado algo de fato paranormal, dessa vez sentiu uma presença mais intensa no local.
“Eu sempre fico nos 'quartos mais assombrados', mas só uma vez experimentei algo sobrenatural”, revelou o diretor. Ele também mencionou que, por precaução, decidiu dormir em outro quarto para garantir as horas de descanso necessárias para enfrentar os longos dias de filmagem, mas continuou a visitar o local durante a manhã e à noite.
Relato de uma presença "raivosa"
Em uma das atualizações mais recentes, del Toro relatou que, após um longo dia de filmagem, retornou ao quarto e sentiu "mais do que apenas vibrações", descrevendo a presença no ambiente como "raivosa e territorial". Ele também compartilhou uma foto intrigante de algo que viu no espelho e comentou sobre suas tentativas de captar um EVP (fenômeno de voz eletrônica) em seu telefone.
Del Toro está atualmente filmando uma nova adaptação de Frankenstein para a Netflix, baseada no clássico de Mary Shelley. O elenco conta com Oscar Isaac como o Dr. Victor Frankenstein, Jacob Elordi como a criatura, além de Mia Goth, Christoph Waltz e Felix Kammerer.
Tim Burton não vai voltar a dirigir filmes de heróis
Tim Burton, que ajudou a pavimentar o sucesso de bilheteria dos filmes de super-heróis no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, declarou recentemente que não tem interesse em voltar ao gênero na indústria cinematográfica atual. Conhecido por dirigir os icônicos "Batman" (1989) e "Batman Returns" (1992) com Michael Keaton, Burton compartilhou sua relutância em trabalhar com o foco em continuidade de longo prazo e universos cinematográficos que dominam os estúdios hoje.
Em entrevista à Variety, o cineasta comentou: "No momento, eu diria não. Eu vejo as coisas de diferentes pontos de vista, então nunca diria nunca a nada. Mas, no momento, não é algo em que eu estaria interessado."
Enquanto promovia sua nova sequência, Beetlejuice Beetlejuice, Burton relembrou o processo criativo por trás de "Batman". Ele destacou que teve certa liberdade criativa e enfrentou uma supervisão de estúdio relativamente modesta durante a produção do filme na Inglaterra, em 1988. "Tive sorte porque, naquela época, a palavra 'franquia' não existia", explicou Burton. "'Batman' parecia um pouco experimental na época. Ele se desviou do que a percepção de um filme de super-herói poderia ser. Estando na Inglaterra, fomos ainda mais afastados do controle dos estúdios, o que nos permitiu focar no filme."
A transição do cineasta e a mudança do foco dos estúdios
Burton também revelou que, inicialmente, não tinha interesse em dirigir uma sequência para "Batman", mas a atração pelos vilões Pinguim e Mulher-Gato o fez mudar de ideia. Isso levou ao lançamento de "Batman Returns", em 1992, que trouxe Danny DeVito e Michelle Pfeiffer nos papéis dos vilões. No entanto, após esse filme, tanto Burton quanto Keaton se afastaram da franquia, com Joel Schumacher assumindo a direção e Val Kilmer interpretando o Cavaleiro das Trevas em "Batman Forever", de 1995.
O cineasta comentou sobre o impacto crescente das franquias nos estúdios de cinema durante esse período. "Foi quando começamos a ouvir a palavra franquia", disse Burton, "e onde o estúdio começou a pensar: 'O que é essa coisa preta saindo da boca do Pinguim?' Foi a primeira vez que o vento frio desse tipo de coisa veio até mim."
Além de "Batman", Burton também esteve envolvido em outro grande projeto da DC Comics: um filme do Superman estrelado por Nicolas Cage. Embora o projeto nunca tenha sido finalizado, o filme The Flash, lançado em 2023, fez uma homenagem a esse trabalho não realizado, apresentando uma versão em CGI de Cage lutando contra uma aranha gigante em uma sequência multiversal.
Refletindo sobre os projetos não concretizados
Burton falou sobre a experiência de trabalhar em filmes que nunca foram realizados, descrevendo-a como uma jornada similar à de "Jasão e os Argonautas". Ele admitiu que esses projetos não concretizados podem ser traumatizantes, mas destacou a importância de se concentrar em histórias pelas quais ele sente uma forte conexão. "Trabalhei em alguns filmes que não aconteceram após anos de dedicação, e esses são bem traumáticos. Eu apenas tento me concentrar em coisas que eu sinto fortemente e me livrar de todo o barulho que as cerca", refletiu o diretor.
Agora, com o lançamento de seu 20º longa-metragem, Beetlejuice Beetlejuice, que chega aos cinemas em 6 de setembro, Tim Burton continua a seguir sua visão criativa única, sem ceder às pressões da indústria por franquias contínuas e universos compartilhados.
Michael Keaton fez pegadinha com Jenna Ortega antes das gravações de Beetlejuice 2
Jenna Ortega revelou uma curiosa e um tanto assustadora experiência ao conhecer Michael Keaton pela primeira vez no set de Beetlejuice Beetlejuice, aguardada sequência dirigida por Tim Burton. Em entrevista ao The Tonight Show, a atriz contou que seu primeiro encontro com Keaton aconteceu de forma inesperada, durante um teste de cabelo e maquiagem. Sem aviso, ela recebeu um leve tapinha no ombro e, ao se virar, deparou-se com Keaton caracterizado como o icônico personagem Beetlejuice, completo com mofo descascando de seu rosto.
"Eu me virei e levei um susto. Ele disse: 'Oi, eu sou o Michael'. Eu fingi estar tranquila, mas estava realmente impressionada. Depois, quando o encontrei pela segunda vez, fora da caracterização, me apresentei de novo porque havia esquecido que já o tinha conhecido", contou Ortega, rindo da situação.
A nova produção reúne Keaton com o diretor Tim Burton e outros membros do elenco original, como Winona Ryder e Catherine O'Hara. Desta vez, Ortega se junta ao elenco como Astrid, filha da icônica personagem Lydia Deetz, interpretada por Ryder. A trama do filme se concentra no relacionamento complicado entre Lydia e sua filha, revelando o que aconteceu com Lydia desde o primeiro Beetlejuice.
https://www.youtube.com/watch?v=4j2lkfEET-0
Novas camadas e a estética gótica para um novo público
Em entrevista à Vanity Fair no início do ano, Jenna Ortega destacou a importância da relação entre Astrid e Lydia para a narrativa da sequência. Ela descreveu sua personagem como "estranha, mas de uma maneira diferente do que se poderia esperar", sugerindo que o filme explorará novas camadas de esquisitice que definem a franquia.
Ortega também comentou sobre o desafio e a empolgação de trazer a estética gótica e peculiar de Beetlejuice para uma nova geração de espectadores. "Hoje em dia, os estúdios querem garantir que as pessoas ocupem as salas de cinema, e isso muitas vezes significa fazer remakes ou sequências", disse a atriz. "Mas trazer Beetlejuice de volta é incrível, porque as pessoas precisam revisitar histórias estranhas e bizarras novamente. Precisamos apresentar novas ideias artísticas e criativas para a geração mais jovem, que está sempre no telefone."
Para ela, quanto mais ousada e peculiar for a abordagem, maior será o impacto no público. "Acredito que esse tipo de história pode fazer muito pelo cinema em geral, incentivando as pessoas a se aventurarem fora do comum e explorarem narrativas diferentes", acrescentou.
Com estreia marcada para 6 de setembro, Beetlejuice Beetlejuice chega aos cinemas pela Warner Bros., após sua exibição mundial no prestigiado Festival de Cinema de Veneza. O filme é um dos lançamentos mais esperados do ano, prometendo reacender o fascínio pelo excêntrico universo criado por Burton.
Anaconda vai ganhar novo filme com Jack Black e Paul Rudd
Jack Black e Paul Rudd estão em negociações iniciais para estrelar uma nova releitura de Anaconda, da Columbia Pictures, que será dirigida e escrita por Tom Gormican. Conhecido pelo sucesso metalinguístico The Unbearable Weight of Massive Talent, Gormican está colaborando novamente com o roteirista Kevin Etten para dar uma abordagem cômica à história da famosa serpente gigante.
Ao contrário do filme original de 1997, estrelado por Jennifer Lopez, Ice Cube e Jon Voight, a nova versão não será um remake direto. Em vez disso, será uma releitura que gira em torno de um grupo de amigos enfrentando crises de meia-idade, que decidem recriar o filme favorito de sua juventude. No entanto, as coisas rapidamente saem do controle quando eles se aventuram na selva, resultando em uma série de eventos inesperados e perigosos.
Os papéis de Black e Rudd ainda não foram confirmados, mas há rumores de que eles interpretarão personagens principais, como um diretor de cinema que também trabalha em casamentos e um ator cujo auge foi em um antigo programa policial.
A produção está a cargo de Brad Fuller e Andrew Form, conhecidos por seu trabalho na franquia Um Lugar Silencioso. Este projeto está em desenvolvimento há algum tempo e, com o envolvimento de Black e Rudd, a expectativa é que o filme consiga equilibrar humor e aventura, mantendo o público entretido enquanto homenageia o sucesso original.
Até o momento, a Sony não comentou oficialmente o elenco, mas, considerando o sucesso de Black com a franquia Jumanji e de Rudd com Ghostbusters, ambos estreitamente ligados ao estúdio, a colaboração parece promissora.