Pedro Pascal diz que participação em 'Quarteto Fantástico' foi a mais criticada de sua carreira: 'Ele está muito velho'

Pedro Pascal diz que participação em 'Quarteto Fantástico' foi a mais criticada de sua carreira: 'Ele está muito velho'

Pedro Pascal está acostumado a lidar com fandoms apaixonados. Ele é uma figura central no universo de Star Wars como o Mandaloriano e foi indicado ao Emmy por seu papel como Joel em The Last of Us, da HBO. No entanto, em uma nova e sincera matéria de capa da revista Vanity Fair, o ator revelou que foi sua escalação para o Universo Cinematográfico Marvel (MCU) que lhe trouxe mais dor de cabeça, afirmando que nunca enfrentou tantas críticas por um papel.

O ator dará vida a Reed Richards, o Sr. Fantástico, no aguardado Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, que estreia no próximo mês. Apesar de seu status de queridinho de Hollywood, ele confessou que está ciente da rejeição de parte do público. "Estou mais ciente da insatisfação com a minha escalação do que com qualquer outra coisa que já fiz", admitiu Pascal, listando as queixas que mais ouve: "Ele está muito velho. Ele não está bem [para o papel]. Ele precisa se barbear."

A vulnerabilidade de um astro e o apoio do elenco

Apesar da pressão externa, o clima nos bastidores do filme parece ter sido de grande união. A atriz Vanessa Kirby, que interpreta Sue Storm, a Mulher Invisível, elogiou a postura de Pascal durante as filmagens. "A imensa vulnerabilidade dele foi o que nos uniu no set", disse ela à Vanity Fair. "Ele não tem muita armadura, então ele se mostra para você imediatamente, e você confia nessa pessoa porque ela está se revelando de uma forma muito corajosa."

O elenco principal, que também conta com Joseph Quinn como o Tocha Humana e Ebon Moss-Bachrach como o Coisa, já está confirmado para retornar no próximo filme dos Vingadores, Vingadores: Apocalipse, em 2026, mostrando a confiança da Marvel Studios na nova equipe.

A aposta da Marvel em um momento de crise

Quarteto Fantástico chega aos cinemas em um momento delicado para a Marvel. O estúdio enfrenta um período de "fadiga de super-heróis" e resultados mistos em seus últimos lançamentos. Capitão América: Admirável Mundo Novo, por exemplo, foi mal recebido pela crítica e teve um desempenho abaixo do esperado nas bilheterias. Já Thunderbolts*, que abriu a temporada de verão, apesar de ter recebido boas críticas, ainda tem projeção de prejuízo.

O sucesso de Quarteto Fantástico é, portanto, crucial para revitalizar o MCU. O ator Joseph Quinn, no entanto, já havia declarado no ano passado que não se preocupa com a fadiga. "Há aspectos muito diferentes de outros filmes da Marvel aqui. [...] O roteiro é brilhante. É realmente brilhante", afirmou, elogiando também o diretor Matt Shakman.

A declaração de Pedro Pascal mostra que, mesmo para um astro de seu calibre, a pressão de assumir um personagem tão icônico, em um momento tão crucial para a maior franquia do cinema, é imensa. Com a estreia marcada para 25 de julho, resta saber se sua performance como Sr. Fantástico conseguirá silenciar os críticos e conquistar o coração dos fãs, provando que a Marvel acertou em sua aposta.


James Gunn explica resgate do tema de Superman feito por John Williams em teaser do filme

James Gunn defende múltiplos heróis em 'Superman' e compara o filme a 'Oppenheimer'

O diretor e co-chefe da DC Studios, James Gunn, rebateu as preocupações de que seu aguardado filme Superman, que dará o pontapé inicial no novo universo da DC nos cinemas, possa confundir o público com a introdução de um grande número de heróis. Em uma nova entrevista, Gunn se mostrou extremamente confiante com o resultado e afirmou que as exibições-teste já provaram que a história é perfeitamente compreensível, chegando a comparar o tamanho de seu elenco com o do épico vencedor do Oscar, Oppenheimer.

A preocupação de parte dos fãs é que, ao apresentar um mundo já habitado por diversos superseres, o filme pudesse sobrecarregar o espectador e tirar o foco do Homem de Aço. Questionado sobre isso pela Esquire Philippines, Gunn foi direto: "Não, na verdade não, porque já assisti ao filme para muitas pessoas e vi que elas não ficaram confusas. Então, eu sei de fato que não é confuso."

Heróis como "amigos do trabalho"

Para o diretor, a presença de outros heróis não compete com o protagonismo do Superman, interpretado por David Corenswet. Ele os vê como parte do mundo do herói, funcionando como personagens coadjuvantes, assim como em qualquer outro filme.

"Estamos acostumados a ver filmes com protagonistas, e o Superman é definitivamente o protagonista do Superman. E ele tem seus amigos do trabalho e seus amigos de brincadeira", explicou Gunn, com seu humor característico. "Só porque eles têm insígnias em seus trajes ou superpoderes não significa que não sejam como qualquer outro personagem coadjuvante. [...] Acho que Oppenheimer tem três vezes mais papéis com falas do que nós. Então, acho que as pessoas estão bem", argumentou, citando o aclamado filme de Christopher Nolan, conhecido por seu vasto elenco.

O elenco do novo Universo DC

Superman servirá como a apresentação oficial do Capítulo Um do Universo DC: Deuses e Monstros. Além de David Corenswet como o herói titular e Rachel Brosnahan como a jornalista Lois Lane, o filme introduzirá uma série de outros personagens do universo DC.

Entre os nomes já confirmados estão Isabela Merced como a Mulher-Gavião, Edi Gathegi como o Senhor Incrível, Anthony Carrigan como o Metamorfo e Nathan Fillion como o Lanterna Verde Guy Gardner. A estratégia de Gunn é clara: construir um universo rico e interconectado desde o primeiro filme, em vez de apresentar cada herói em projetos solo antes de uni-los.

Com estreia marcada para 11 de julho de 2025, Superman carrega a responsabilidade de estabelecer o tom e a direção para o futuro da DC nos cinemas. 


Sucesso de 'Extermínio 3', Zumbi Alfa retornará na sequência, confirma diretor

Sucesso de 'Extermínio 3', Zumbi Alfa retornará na sequência, confirma diretor

Apesar dos vários personagens memoráveis de Extermínio 3, um em particular capturou a imaginação da internet no fim de semana de estreia do filme: Sansão, o "Zumbi Alfa". E para a alegria dos fãs, o diretor Danny Boyle confirmou ao The Hollywood Reporter que há muito mais do personagem por vir. O imponente infectado, interpretado por Chi Lewis-Parry, estará de volta na já filmada sequência, Extermínio: O Templo dos Ossos.

Sansão se tornou o queridinho da internet graças à sua presença intimidadora, seu método de arrancar cabeças e, como apontado com humor por muitos nas redes, por um detalhe anatômico protético bastante chamativo. Boyle revelou que não apenas Sansão, mas outros personagens importantes do primeiro filme, como Jimmy (Jack O'Connell) e o Dr. Kelson (Ralph Fiennes), terão papéis centrais na continuação. O jovem aventureiro Spike (Alfie Williams) e o astro do filme original, Cillian Murphy, também estão confirmados no segundo longa.

A visão de Nia DaCosta e a liberdade criativa

A Sony filmou Extermínio 3 e O Templo dos Ossos em sequência, uma estratégia para manter o ritmo e a coesão da história. Enquanto Boyle dirigiu o primeiro, a direção do segundo ficou a cargo de Nia DaCosta, conhecida por seu trabalho em A Lenda de Candyman. A escolha de uma nova diretora foi proposital para trazer uma nova visão à franquia, e, segundo Boyle, DaCosta fez questão de imprimir sua própria marca no projeto.

"Lembro-me dela dizendo: 'Não vou fazer um filme do Danny Boyle'. Ela foi absolutamente clara sobre isso. E não fez", contou o diretor. "Ela fez seu próprio filme e ele é muito forte." A experiência de DaCosta em um grande estúdio com As Marvels, onde o controle criativo é notoriamente centralizado, parece tê-la preparado para assumir as rédeas de O Templo dos Ossos com uma visão clara e autoral.

O chefe da Sony, Tom Rothman, reforçou essa distinção de tons entre os filmes. "Eu realmente não considero este um filme de zumbi. Considero um drama emocional em um cenário hostil", disse sobre 28 Anos Depois. "O próximo é muito mais sobre a desumanidade do homem para com o homem", adiantou, sugerindo um segundo capítulo ainda mais sombrio.

O futuro da franquia e a filosofia de Alex Garland

Com uma estreia global de US$ 60 milhões e boas críticas, as esperanças para um terceiro filme, que completaria a trilogia, estão altas. "Não quero dar azar. Mas, com críticas tão boas e um começo tão forte globalmente, esperamos que sim", disse Rothman sobre a possibilidade.

O roteirista e produtor Alex Garland, que iniciou a saga com 28 Dias Depois e agora é um diretor renomado por seus próprios méritos (Ex Machina, Guerra Civil), explicou sua filosofia de "mãos livres" com os diretores da franquia. Ele entrega o roteiro e depois se afasta para não interferir na visão criativa de quem está no comando. "A partir daí, praticamente não tive envolvimento", disse Garland, que raramente visitou os sets de filmagem.

Com a sequência O Templo dos Ossos prevista para estrear já em janeiro de 2026, os fãs não terão que esperar muito para ver o retorno de Sansão e descobrir qual será o novo e sombrio rumo que Nia DaCosta trará para este universo pós-apocalíptico.


Arnold Schwarzenegger, de 77 anos - Foto: Netflix

Arnold Schwarzenegger revela que comédia dos anos 80 foi seu filme mais lucrativo

Quando se pensa no auge da carreira de Arnold Schwarzenegger, filmes como O Exterminador do Futuro ou Predador vêm à mente como suas maiores fontes de sucesso. No entanto, o astro revelou que o maior cachê de sua vida veio de um lugar inesperado: a comédia Irmãos Gêmeos, de 1988. Em uma recente aparição no programa Watch What Happens Live, o ator explicou o acordo financeiro inovador que fez com que o filme se tornasse o mais rentável de toda a sua filmografia.

Questionado sobre qual filme lhe rendeu mais dinheiro, Schwarzenegger surpreendeu a todos ao não citar nenhum de seus blockbusters de ação. "Foi Irmãos Gêmeos, porque não tínhamos recebido dinheiro, nem salário", explicou, para espanto do apresentador Andy Cohen. Ele detalhou que, em vez de um pagamento fixo, ele e seu co-protagonista, Danny DeVito, optaram por receber uma porcentagem dos lucros do filme.

A aposta que valeu mais de US$ 40 milhões

A decisão de abrir mão de um salário garantido foi uma aposta de alto risco, mas que se pagou de forma espetacular. "Foi fantástico. Ganhamos uma fortuna com esse", disse o ator, confirmando que o valor superou os US$ 40 milhões e foi "mais do que em qualquer filme que já fiz".

A comédia de baixo orçamento, que narra a história de um homem fisicamente perfeito, mas ingênuo (Schwarzenegger), que descobre ter um irmão gêmeo vigarista e de baixa estatura (DeVito), foi um sucesso estrondoso. O filme arrecadou mais de US$ 200 milhões em todo o mundo, transformando o acordo de participação nos lucros em um dos mais lucrativos da história de Hollywood até então.

Provando seu valor na comédia

A motivação de Schwarzenegger para aceitar um acordo tão arriscado não foi apenas financeira. Ele já havia compartilhado em outras ocasiões que sua intenção era provar aos estúdios e ao público que ele era mais do que um astro de ação. Ele queria demonstrar sua versatilidade e seu talento para a comédia, um gênero no qual poucos acreditavam que ele poderia ter sucesso. A aposta não só funcionou, consolidando-o como um nome viável para filmes de humor, como também lhe rendeu o maior pagamento de sua carreira.

A sequência que nunca aconteceu

Durante a entrevista, Schwarzenegger também relembrou os planos para uma sequência, que se chamaria Triplets (Trigêmeos). O filme traria de volta a dupla original e adicionaria o comediante Eddie Murphy como o terceiro irmão perdido. Infelizmente, o projeto foi engavetado após a morte do diretor do filme original, Ivan Reitman, que faleceu "pouco antes de querermos começar a filmar". A revelação de Schwarzenegger sobre Irmãos Gêmeos continua sendo uma das histórias mais fascinantes sobre negócios e visão de carreira em Hollywood.


Brad Pitt revela como 'Se7en' salvou sua paixão pela atuação: 'Eu precisava desligar'

Brad Pitt revela como 'Se7en' salvou sua paixão pela atuação: 'Eu precisava desligar'

Brad Pitt, um dos maiores astros de sua geração, revelou que sua paixão pela atuação foi revigorada pelo clássico thriller de David Fincher, Se7en: Os Sete Crimes Capitais (1995), após um período sombrio em sua vida em que ele se sentia perdido e desiludido com a carreira. Em uma rara e sincera confissão, o ator descreveu o verão de 1994 como "o período mais problemático" de sua vida, uma fase de apatia que só foi quebrada pelo roteiro do filme e pela genialidade de seu diretor.

A revelação foi feita durante uma participação no podcast Armchair Expert, de Dax Shepard, na última segunda-feira (23). Pitt contou que, após algumas "experiências não tão boas em alguns trabalhos", ele começou a questionar seu futuro em Hollywood. "Eu simplesmente não tinha certeza do que estava fazendo. Tive um verão muito estranho", admitiu.

O "período mais problemático" de uma carreira em ascensão

O ator pintou um retrato vívido de sua rotina na época, que consistia em uma espécie de torpor autoimposto. "Eu só precisava desligar. Acordava, dava uma tragada, tomava quatro Coca-Colas sem gelo, sem comida naquele verão em particular, e assistia ao julgamento de O.J. [Simpson], tentando descobrir o que fazer a seguir", relatou Pitt, expondo uma vulnerabilidade pouco associada à sua imagem de galã.

Foi nesse cenário de crise pessoal e profissional que o roteiro de Se7en chegou até ele. A insistência de sua empresária e amiga, Cynthia, foi crucial. "Ela disse: 'Você precisa ler isso'", lembrou.

O roteiro e o diretor que mudaram tudo

A reação inicial de Brad Pitt ao roteiro, no entanto, foi de ceticismo. "Li as primeiras sete páginas, liguei para ela e perguntei: 'Você está brincando comigo?'", contou, explicando que a premissa inicial parecia um clichê de filme policial. "[Era] o clichê do policial velho que quer sair e do policial jovem que chega?". Após a insistência da empresária, ele continuou a leitura e, mais importante, foi encontrar o diretor.

O encontro com David Fincher foi o verdadeiro ponto de virada. "Fui encontrar o Finch, e ele estava falando sobre filmes como eu nunca tinha ouvido ninguém falar sobre cinema", disse Pitt, visivelmente admirado. A paixão e a visão do diretor sobre o projeto foram contagiantes. "Acabei de recuperar a energia, e encontrar aquilo revigorou o que eu queria [da carreira]", afirmou.

O legado de 'Se7en'

Se7en: Os Sete Crimes Capitais conta a história de dois detetives, o veterano William Somerset (Morgan Freeman) e o novato David Mills (Pitt), que caçam um serial killer metódico (Kevin Spacey) cujos crimes são baseados nos sete pecados capitais. O filme se tornou um clássico do suspense, aclamado por sua atmosfera sombria e seu final chocante, e recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Edição. Para Brad Pitt, no entanto, seu legado é ainda mais profundo: foi o filme que o resgatou de um "pesadelo" pessoal e o colocou de volta no caminho para se tornar uma lenda de Hollywood.


Michael Cera revela por que recusou papel em 'Animais Fantásticos': 'Tinha medo de ficar famoso demais'

Michael Cera revela por que recusou papel em 'Animais Fantásticos': 'Tinha medo de ficar famoso demais'

O ator Michael Cera, conhecido por seus papéis icônicos em filmes como Superbad e Scott Pilgrim Contra o Mundo, poderia ter feito parte do universo mágico de Harry Potter. Em uma nova entrevista ao podcast de Louis Theroux, o ator canadense revelou que chegou a negociar uma participação na franquia derivada, Animais Fantásticos, mas recusou a oportunidade por um motivo inusitado: o medo de se tornar "famoso demais".

Cera explicou que a decisão foi uma escolha consciente para tentar manter algum controle sobre sua vida e sua carreira, que na época estava no auge da popularidade. "Acho que simplesmente recusei o envolvimento porque seria um compromisso de provavelmente seis anos ou algo assim", disse. "Mas também, de certa forma, fiz uma escolha consciente de limitar um pouco minha exposição. [...] Eu sentia que, ao fazer filmes, especialmente para crianças, tinha um grande medo de fazer coisas que me tornariam famoso demais."

Uma nova perspectiva sobre a fama e as franquias

O universo que Cera recusou foi um sucesso de bilheteria. A série Animais Fantásticos, escrita por J.K. Rowling, centra-se nas aventuras de Newt Scamander (Eddie Redmayne) e expande o mundo bruxo para uma nova era. Embora a saga, planejada para ter cinco filmes, esteja atualmente em hiato, a participação nela teria elevado o perfil de Cera a um novo patamar de estrelato global.

No entanto, o ator, que acaba de estrelar seu primeiro filme com o aclamado diretor Wes Anderson, A Conspiração Fenícia, admite que sua visão sobre o assunto mudou com o tempo. "Acho que superei esse sentimento específico, mas acho que era o que eu tinha naquela época", confessou. Ele agora se diz mais aberto a participar de uma grande franquia, caso o projeto seja interessante. "Não acho que, por ser uma franquia, eu sairia do escritório furioso ou algo assim", brincou.

Questionado se isso significaria uma possível entrada no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), Cera manteve seu humor característico e impôs uma condição. "Um super-herói que seja um grande fã de laticínios, eu poderia interpretar", disse.

O receio de um compromisso de longo prazo

A reflexão de Michael Cera oferece um olhar raro sobre as pressões da fama em Hollywood e as decisões de carreira que os atores tomam longe dos holofotes. A recusa em entrar para o mundo de Animais Fantásticos não foi apenas pelo medo da exposição, mas também pelo longo compromisso que uma franquia desse porte exige.


Mahershala Ali estaria

Quase seis anos após anúncio, Mahershala Ali manda recado à Marvel sobre 'Blade': 'Estou pronto'

Quase seis anos se passaram desde que a Marvel Studios surpreendeu o mundo na San Diego Comic-Con ao anunciar Mahershala Ali como o novo Blade do cinema. Desde então, o projeto se tornou uma verdadeira novela, com trocas de diretores, saídas de elenco e múltiplos adiamentos. Agora, o próprio ator, duas vezes vencedor do Oscar, mandou um recado direto para o estúdio: a longa espera não diminuiu seu entusiasmo, e ele está mais do que pronto para vestir o sobretudo do caçador de vampiros.

Em uma rápida conversa com a Variety durante a estreia de seu novo filme, "Jurassic World Rebirth", em Nova York, Ali foi questionado sobre quando as filmagens poderiam finalmente começar. Sua resposta foi curta e enfática: "Ligue para a Marvel. Estou pronto. Avise-os que estou pronto." A declaração, feita em tom de bom humor, mas com um claro senso de urgência, joga a pressão de volta para a Marvel, que ainda luta para tirar o projeto do papel.

Uma longa e turbulenta espera

O filme do Blade foi anunciado pela primeira vez em 2019, junto com uma série de outros projetos da Fase 4 do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), como WandaVision, Loki, Eternos e Shang-Chi. Todos esses já foram produzidos e lançados há anos, enquanto Blade permanece em um limbo de desenvolvimento.

A produção já perdeu dois diretores: Bassam Tariq, que deixou o projeto em 2022, a poucos meses do início planejado das filmagens, e Yann Demanger, que também entrou e saiu do cargo posteriormente. Atores como Aaron Pierre e Delroy Lindo, que haviam sido escalados para o elenco, também abandonaram o barco. Em abril, Lindo comentou sobre sua saída, dizendo que, embora o conceito fosse "muito emocionante", o projeto "saiu dos trilhos por algum motivo".

O filme, que originalmente deveria estrear em novembro de 2023, foi adiado várias vezes e agora está previsto para 7 de novembro de 2025, uma data que ainda parece incerta.

O compromisso da Marvel e a paciência do astro

Apesar dos problemas, o chefe da Marvel Studios, Kevin Feige, insiste que o estúdio continua comprometido com o filme. Em um evento no Brasil em novembro passado, ele garantiu aos fãs: "Amamos o personagem. Adoramos a interpretação de Mahershala".

O próprio Ali, em dezembro de 2023, havia dito que estava "muito animado com a direção do projeto". Sua nova declaração, no entanto, muda o tom de uma simples atualização para um apelo quase público para que a produção finalmente comece. Fica claro que, da parte do protagonista, a vontade de dar vida ao Daywalker permanece intacta.


'Bem intenso': James Gunn confirma que filme do Cara de Barro será terror corporal para maiores

'Bem intenso': James Gunn confirma que filme do Cara de Barro será terror corporal para maiores

O aguardado filme do vilão Cara de Barro, um dos projetos mais curiosos do novo Universo DC (DCU), não será uma adaptação de super-herói convencional. O chefe da DC Studios, James Gunn, revelou novos e empolgantes detalhes sobre o longa, confirmando que a produção será um filme de terror para maiores de 18 anos, com elementos "bastante intensos" de terror corporal. A notícia, que animou os fãs do gênero, veio logo após o anúncio da escalação de Tom Rhys Harris para o papel principal.

Em uma participação recente no podcast DC Studios Showcase, Gunn descreveu o projeto com entusiasmo. "É simplesmente um ótimo filme de terror, um filme de terror ótimo, inteligente e divertido, que pertence a um gênero que eu adoro, que é o terror corporal", disse, deixando claro que a abordagem será sombria e visceral. "É classificado como R [para maiores de 18 anos]... Quer dizer, não é nada agora porque a MPA [órgão de classificação] precisa assistir, mas provavelmente será classificado como R. É bem intenso", explicou.

Um projeto nascido da paixão de Mike Flanagan

James Gunn também contou a origem do filme, revelando que o personagem não estava nos planos iniciais do estúdio para a nova fase do DCU. A ideia veio do mestre do terror moderno, Mike Flanagan, conhecido por séries da Netflix como A Maldição da Residência Hill e A Queda da Casa de Usher. "Cara de Barro não estava na nossa lista de desejos. Mike [Flanagan] chegou com uma proposta para o personagem que nos fez pensar: 'Uau, isso é muito legal'. E então ele escreveu o roteiro e cumpriu em dobro essa promessa", lembrou Gunn.

Recentemente, Gunn usou as redes sociais para desmentir boatos de que o roteiro de Flanagan estaria sendo reescrito, garantindo a integridade da visão do autor. "É tudo história do Mike. É POR ISSO que estamos fazendo este filme, porque adoramos o roteiro dele. Quaisquer alterações são mínimas", escreveu, declarando-se um fã do trabalho de Flanagan.

A inspiração em 'Batman: A Série Animada'

O próprio Mike Flanagan já havia comentado sobre a principal inspiração para sua abordagem trágica do personagem: o clássico episódio de duas partes "Feat of Clay" (Um Rosto de Barro, no Brasil) da icônica série Batman: A Série Animada. Aquele arco é celebrado por sua narrativa sombria e dramática, que retrata a origem do vilão de forma melancólica, um tom que se alinha perfeitamente com a proposta de um filme de terror corporal.

Embora tenha escrito o roteiro, Flanagan indicou no início do mês que não deve dirigir o longa, mas que espera que "permaneça fiel ao espírito do que eu queria". Com a garantia de James Gunn de que o roteiro original será a base, as expectativas para o filme estão altíssimas.

Cara de Barro tem lançamento previsto para 11 de setembro de 2026 e faz parte do Capítulo Um do DCU: Deuses e Monstros, um título que agora parece ainda mais apropriado para abrigar um projeto tão sombrio e ousado.


Final explicado de 'Até a Última Gota': entenda a reviravolta trágica do filme que conquistou a Netflix

Final explicado de 'Até a Última Gota': entenda a reviravolta trágica do filme que conquistou a Netflix

Atenção: este texto contém grandes spoilers do filme!

Até a Última Gota (Straw), o novo e angustiante thriller dirigido por Tyler Perry, rapidamente escalou para o primeiro lugar no top 10 da Netflix, deixando os espectadores impactados com sua trama tensa e, principalmente, com seu final devastador. Estrelado por uma atuação intensa de Taraji P. Henson, o filme acompanha a espiral de desespero de uma mãe e culmina em uma reviravolta que ressignifica toda a história.

O longa nos apresenta a Janiyah (Henson), uma mãe solteira que trabalha como caixa de supermercado e luta para pagar os caros remédios de sua filha, Aria (Gabby Jackson), que sofre de asma e convulsões. O filme constrói uma narrativa de opressão e desespero, mostrando Janiyah enfrentando um dia infernal que a empurra para o limite.

O dia de fúria de Janiyah

A jornada de Janiyah rumo ao colapso é retratada em uma sequência de eventos catastróficos. Em um único dia, ela tem sua filha levada pelo Conselho Tutelar, é demitida do emprego após um desentendimento com o chefe, Richard (Glynn Turman), é despejada de seu apartamento debaixo de chuva e, como se não bastasse, é assaltada enquanto tentava receber seu último pagamento no supermercado.

É neste ponto que a protagonista cruza uma linha sem volta. Durante o assalto, ela consegue tomar a arma de um dos ladrões e o mata. Em pânico, ao ver seu chefe ligando para a polícia para acusá-la de cumplicidade no roubo, ela o assassina também. Atordoada e com a arma em mãos, Janiyah vai ao banco para tentar sacar o dinheiro do cheque, mas, sem documentos, tem o serviço negado. Ali, ela surta de vez e faz os funcionários do banco de reféns, incluindo a gerente Nicole (Sherri Shepherd), dando início a uma tensa negociação com a polícia, liderada pela detetive Raymond (Teyana Taylor).

O final explicado: a verdade devastadora sobre Aria

Durante o sequestro, Janiyah cria um laço de empatia com a gerente do banco, Nicole, que se comove com a história da mãe desesperada que só quer dinheiro para salvar a filha doente. É neste momento que o filme entrega sua grande e trágica reviravolta.

Através das conversas e da investigação policial, é revelado que Aria, a filha de Janiyah, já estava morta. A menina havia sofrido uma convulsão fatal na noite anterior ao início da onda de crimes. Tudo o que Janiyah vivenciou em relação à filha naquele dia — levá-la à escola, a urgência pelos remédios — era, na verdade, uma alucinação, um colapso psicológico gerado pela dor insuportável da perda.

Sua mente, incapaz de processar o luto, criou uma realidade paralela onde sua filha ainda estava viva e precisava dela. O desespero por dinheiro para um tratamento que já não era mais necessário foi o motor de sua espiral de violência. Ao ser confrontada com essa verdade pela detetive, Janiyah finalmente volta à realidade, desmorona em dor e se entrega à polícia.

O final, embora chocante, não é ambíguo em seu acontecimento principal, mas sim em suas consequências. Janiyah é presa, mas o filme deixa em aberto como o sistema de justiça lidará com uma mulher que cometeu crimes graves em meio a um surto psicótico causado por um trauma inimaginável. O que parecia ser a história de uma criminosa se revela a trágica jornada de uma mãe em luto.


'Cinema Paradiso' levou 11 anos para nascer, revela Giuseppe Tornatore: 'Apenas pensei na história'

'Cinema Paradiso' levou 11 anos para nascer, revela Giuseppe Tornatore: 'Apenas pensei na história'

Giuseppe Tornatore, o aclamado diretor italiano por trás da obra-prima vencedora do Oscar, Cinema Paradiso, revelou um segredo surpreendente sobre seu processo criativo: a história que emocionou o mundo ficou em gestação em sua mente por 11 longos anos antes que ele escrevesse uma única palavra. A confissão ocorreu durante uma masterclass no Festival Internacional de Cinema de Xangai, onde Tornatore atuou como presidente do júri e compartilhou memórias e reflexões sobre sua carreira.

"Quando fiz meu primeiro filme sobre a Máfia [‘O Professor’], eu já estava elaborando o roteiro de ‘Cinema Paradiso’ na minha mente", explicou o diretor. "Foram necessários 11 anos de contemplação antes de eu realmente começar a escrever." Quando finalmente sentiu que a história estava madura, o processo foi incrivelmente rápido: o roteiro ficou pronto em apenas dois meses e meio. "Senti que a história já estava completa na minha mente", disse. Curiosamente, essa filosofia foi validada anos depois em um encontro com o escritor Gabriel García Márquez. "Ele me disse: quando você começa a criar uma história, não a escreva imediatamente, apenas pense nela — quanto mais você pensa, mais rica a história se torna", contou Tornatore.

A vida que imita a arte: a origem do filme

A noite, que se seguiu a uma exibição de Cinema Paradiso, serviu para que o diretor mostrasse como o filme é um espelho de sua própria vida. A paixão do jovem Totò pela magia da projeção foi inspirada diretamente na infância de Tornatore na Sicília. "Eu via esses closes gigantes na tela e ficava me perguntando de onde essas pessoas vinham", lembrou ele sobre sua primeira ida ao cinema, aos seis anos. "Durante o intervalo, quando as luzes se acendiam, essas pessoas desapareciam. Eu me perguntava constantemente: de onde elas vêm e para onde vão?”

Essa curiosidade o levou a fazer amizade com o projecionista local, que, assim como o personagem Alfredo no filme, o ensinou sobre a técnica e a arte da fotografia. Aos 14 anos, o próprio Tornatore já trabalhava como projecionista, aproveitando para estudar edição ao examinar os cortes nas tiras de filme. "Aprendi que a edição de filmes é um trabalho realmente crucial", disse, aconselhando jovens cineastas a aprenderem múltiplos ofícios, especialmente a montagem, que ele considera essencial e ainda pratica pessoalmente na maioria de seus filmes.

Cinema, princípios e o futuro da arte

Na conversa, Tornatore também abordou sua visão sobre o cinema contemporâneo. Embora otimista com o fato de que o público hoje assiste a muito mais filmes do que há 50 anos, ele fez uma defesa enfática da experiência na sala de cinema. "Eu incentivo os jovens a irem ao cinema. A tela grande e a atmosfera que você encontra lá são completamente diferentes de outros métodos de visualização", afirmou.

Ao longo da noite, o diretor reforçou a importância de se manter fiel às próprias convicções, tanto na vida quanto na arte, usando as decisões opostas de seus personagens — Totò, que parte em Cinema Paradiso, versus 1900, que decide permanecer no navio em A Lenda de 1900 — como exemplos da necessidade de seguir princípios. Para ele, cada filme é um registro de uma fase de sua vida, e ele não se arrepende de nenhum. "Cada filme que fiz representa uma parte da minha vida", concluiu, sintetizando uma carreira onde vida e cinema se fundem de maneira inseparável.