Como Treinar o Seu Dragão' reina nas bilheterias enquanto 'Elio' amarga a pior estreia da história da Pixar

'Como Treinar o Seu Dragão' reina nas bilheterias enquanto 'Elio' amarga a pior estreia da história da Pixar

O cenário das bilheterias neste fim de semana pintou um retrato claro das atuais preferências do público: enquanto adaptações de propriedades intelectuais conhecidas prosperam, as histórias originais enfrentam uma batalha cada vez mais difícil. A versão em live-action de Como Treinar o Seu Dragão, da Universal, manteve-se com folga no primeiro lugar em sua segunda semana, com uma arrecadação de US$ 37 milhões nos Estados Unidos. Em forte contraste, Elio, a nova aposta original da Pixar, tropeçou feio, registrando a pior estreia da história do aclamado estúdio, com apenas US$ 21 milhões.

O sucesso de Como Treinar o Seu Dragão é inegável. A adaptação do amado filme da DreamWorks já ultrapassou a marca de US$ 350 milhões globalmente, com um faturamento doméstico de US$ 160,5 milhões. O filme continua a dominar as salas de cinema, incluindo as valiosas telas Imax, mostrando a força de uma marca já estabelecida no coração do público.

'28 Anos Depois' tem estreia sólida, mas abaixo do esperado

A aguardada sequência de terror de Danny Boyle, 28 Anos Depois, estreou na segunda posição com US$ 30 milhões. Embora seja a maior estreia da carreira do diretor, o número ficou abaixo das projeções iniciais, que variavam de US$ 35 milhões a US$ 45 milhões. Analistas especulam que o mercado de terror pode estar saturado, especialmente após o recente sucesso de Premonição: Linhagens de Sangue. Com uma estreia global de US$ 60 milhões, o filme precisará de uma boa sustentação nas próximas semanas para justificar a trilogia planejada pela Sony. A recepção do público, com uma nota B no CinemaScore (considerada boa para o gênero de terror), pode ajudar nesse percurso.

A crise da Pixar e a esperança de uma virada

O grande drama do fim de semana foi, sem dúvida, o desempenho de Elio. A estreia de US$ 21 milhões nos EUA ficou muito aquém dos US$ 30 milhões previstos e marcou o pior fim de semana de abertura da história da Pixar, atrás de Elementos (US$ 29,6 milhões) e até mesmo do primeiro Toy Story (US$ 29,1 milhões, sem ajuste de inflação). O resultado reforça a tese de que o estúdio, antes sinônimo de sucesso, enfrenta uma crise com suas histórias originais.

Desde Viva - A Vida é uma Festa (2017), nenhuma animação original de Hollywood conseguiu ultrapassar os US$ 40 milhões em sua estreia doméstica. A estratégia da Disney durante a pandemia, de lançar filmes como Soul, Luca e Red: Crescer é uma Fera diretamente no Disney+, é apontada por analistas como um fator que "ensinou" o público a esperar para assistir às animações em casa.

No entanto, nem tudo está perdido para Elio. O filme recebeu excelentes notas do público — um A no CinemaScore e 90% de aprovação no Rotten Tomatoes —, superiores às que Elementos recebeu inicialmente. A Pixar aposta que, assim como Elementos, que se recuperou de uma estreia fraca e chegou a quase US$ 500 milhões globais, Elio também terá uma longa e resiliente jornada nos cinemas durante o verão.

Franquias estabelecidas completam o Top 5

Completando a lista dos cinco mais assistidos, a força de marcas conhecidas continua evidente. O live-action de Lilo & Stitch, em sua quinta semana, ficou em quarto lugar com US$ 9,7 milhões, ultrapassando a impressionante marca de US$ 900 milhões em todo o mundo. Missão: Impossível — O Julgamento Final mostrou fôlego e garantiu a quinta posição com US$ 6,6 milhões, elevando seu total global para US$ 540,9 milhões. O drama da A24, Materialists, também se destacou, ficando em sexto lugar com uma arrecadação sólida de US$ 5,8 milhões.


Russell Crowe será o mentor de Henry Cavill no novo 'Highlander' do diretor de 'John Wick'

Russell Crowe será o mentor de Henry Cavill no novo 'Highlander' do diretor de 'John Wick'

O aguardado remake do clássico cult Highlander acaba de ganhar um reforço de peso em seu elenco. O ator vencedor do Oscar, Russell Crowe, foi confirmado ao lado de Henry Cavill na nova versão da saga dos guerreiros imortais. Crowe interpretará o mentor do personagem de Cavill, em um papel que será uma variação daquele imortalizado por Sean Connery no filme original de 1986. A escalação une duas gerações de astros de ação sob o comando de Chad Stahelski, a mente por trás da aclamada franquia John Wick, prometendo uma abordagem moderna e intensa para a mitologia.

O projeto, que tem roteiro de Michael Finch (John Wick: Capítulo 4), está sendo desenvolvido pela Amazon MGM Studios em parceria com a United Artists, agora sob a liderança do ex-chefe de cinema da Netflix, Scott Stuber. A intenção é lançar o filme nos cinemas, sinalizando uma aposta de grande orçamento para revitalizar a icônica franquia sobre guerreiros atemporais que só podem ser derrotados pela decapitação.

Uma nova geração de imortais

Com a direção de Chad Stahelski, a expectativa é que o novo Highlander traga coreografias de ação inovadoras e uma construção de mundo mais expansiva, similar ao que foi feito com sucesso em John Wick. A United Artists, inclusive, garantiu os direitos completos da obra original e não descarta a possibilidade de desenvolver também uma nova série de televisão, criando um universo compartilhado em torno da mitologia dos imortais.

O filme original, estrelado por Christopher Lambert, se tornou um fenômeno cult, conhecido por sua premissa única e pela trilha sonora da banda Queen. A nova versão busca honrar esse legado, ao mesmo tempo em que o atualiza para uma nova geração, com Henry Cavill assumindo o papel principal do guerreiro destinado a lutar através dos séculos.

O momento atual de Russell Crowe

A escalação de Russell Crowe para um papel de destaque em um blockbuster de ação marca um momento interessante em sua carreira. Após dominar Hollywood no final dos anos 90 e início dos 2000 com papéis icônicos em filmes como Gladiador, Uma Mente Brilhante e Mestre dos Mares, o ator passou a se dedicar nos últimos anos a papéis de personagem mais complexos e a filmes de menor orçamento, como O Exorcista do Papa e Cães Adormecidos.

Crowe, no entanto, segue extremamente ativo. Ele está prestes a interpretar Hermann Göring, um dos principais oficiais nazistas, no drama histórico Nuremberg, que estreia em novembro. Além disso, ele recentemente concluiu as filmagens de Unabom, da Netflix, sobre o terrorista Ted Kaczynski, e os thrillers O Espião de um Bilhão de Dólares e Terra dos Ursos. Sua participação em Highlander o coloca novamente no centro de uma grande produção de estúdio, agora no papel do veterano mentor, uma posição que se encaixa perfeitamente em sua fase atual na indústria.


Justiceiro de Jon Bernthal é confirmado no novo filme do Homem-Aranha com Tom Holland

O Justiceiro está de volta, e desta vez, na tela grande. A Sony e a Marvel anunciaram que o ator Jon Bernthal reprisará seu aclamado papel como o vigilante Frank Castle no quarto filme da saga do Homem-Aranha, intitulado Homem-Aranha: Um Novo Dia. A inclusão do anti-herói no universo de Peter Parker marca um dos crossovers mais aguardados pelos fãs e promete adicionar uma camada mais sombria e complexa à nova fase do herói interpretado por Tom Holland.

A notícia representa a integração definitiva do personagem, que conquistou o público nas séries da Netflix, ao primeiro escalão do universo cinematográfico da Marvel. Bernthal se tornou o rosto definitivo do Justiceiro após sua estreia na série Demolidor, em 2016, o que lhe rendeu sua própria série solo, O Justiceiro, em 2017. Recentemente, ele retornou ao papel na série Demolidor: Renascido, do Disney+, e já tem presença garantida na segunda temporada, além de um especial solo previsto para 2026.

Um "novo começo" para Peter Parker

Homem-Aranha: Um Novo Dia tem estreia marcada para 31 de julho de 2026 e promete ser, nas palavras do próprio Tom Holland, um "novo começo". "Eu sei que deixamos vocês com um enorme suspense no final de 'Sem Volta para Casa', então 'Um Novo Dia' é um novo começo. É exatamente isso", disse o ator em uma mensagem na CinemaCon no início deste ano. A declaração sugere que o filme explorará a nova realidade de Peter Parker, agora anônimo e solitário.

A direção ficará a cargo de Destin Daniel Cretton, conhecido por seu trabalho em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, indicando uma nova visão criativa para a franquia após a trilogia de Jon Watts. O retorno de Zendaya como MJ e Jacob Batalon como Ned é esperado, e o elenco contará também com a adição de Sadie Sink, estrela de Stranger Things, em um papel ainda não revelado.

A jornada de Frank Castle até o cinema

A chegada do Justiceiro ao cinema ao lado do Homem-Aranha é um evento significativo. Os dois personagens possuem uma dinâmica clássica e complexa nos quadrinhos, onde o idealismo do herói aracnídeo colide diretamente com os métodos brutais e letais do vigilante. A presença de Frank Castle no filme levanta questões sobre o tom da nova aventura, que pode explorar temas mais maduros e violentos.

O crossover também consolida a estratégia da Marvel de unificar suas produções de TV e cinema, trazendo personagens do antigo "universo Netflix" para o centro de suas maiores franquias. Após o sucesso estrondoso de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, que arrecadou US$ 1,9 bilhão globalmente, as expectativas para a quarta sequência são altíssimas. A confirmação de Jon Bernthal no elenco só aumenta a antecipação para o que promete ser um dos filmes mais impactantes da nova fase do MCU.


Spielberg achou que 'Tubarão' seria seu último filme: 'Foi um pesadelo antes do sonho'

Cinquenta anos após as filmagens caóticas que quase afundaram sua carreira, o lendário diretor Steven Spielberg relembrou o "pesadelo" que foi a produção de seu clássico de 1975, Tubarão. Em uma mensagem de vídeo enviada para a estreia mundial do documentário Tubarão aos 50: A História Definitiva, que ocorreu nesta sexta-feira (20) em Martha's Vineyard, local original das filmagens, Spielberg confessou que acreditava piamente que aquele seria o último filme que teria a chance de dirigir.

A declaração sincera expõe a angústia vivida pelo então jovem diretor de 27 anos, que se viu "acima da capacidade" para lidar com os desafios de filmar no Oceano Atlântico. "Na maioria das circunstâncias, o verão em Vineyard é um sonho. Mas quando você está acima do orçamento e do cronograma, [...] aquele verão de 1974 foi um pesadelo antes mesmo de se tornar o sonho de uma vida", disse Spielberg em seu depoimento, revelando a pressão que sentia na época.

O "pesadelo" com um tubarão mecânico temperamental

O novo documentário, dirigido por Laurent Bouzereau, mergulha nos bastidores turbulentos da produção. Spielberg ressaltou que a obra detalha "o quão jovens e despreparados todos nós éramos" para os desafios que enfrentaram. O principal vilão dos bastidores não era um animal real, mas o tubarão mecânico, que o diretor descreveu como "mais temperamental do que qualquer estrela de cinema com quem trabalhei desde então".

Os problemas técnicos com o tubarão, somados às dificuldades de filmar em mar aberto, fizeram com que o cronograma de produção explodisse de 55 para impressionantes 159 dias. O orçamento, por sua vez, triplicou, saltando para US$ 9 milhões – uma cifra exorbitante para a época. Esse caos, segundo Spielberg, o deixou convencido de que sua carreira em Hollywood havia chegado a um fim prematuro.

O "salva-vidas" do público e o legado de 50 anos

Apesar do pesadelo na produção, Tubarão se tornou um fenômeno cultural e um marco na história do cinema, inaugurando a era dos "blockbusters de verão". Spielberg credita ao público a salvação de sua carreira. Em suas palavras, os espectadores do mundo todo lhe jogaram um "salva-vidas" em 1975, resgatando sua reputação após ele quase "encalhar nas margens de Martha's Vineyard". Ele também fez questão de destacar o papel fundamental da trilha sonora de John Williams, cujo tema de duas notas se tornou sinônimo de suspense e medo.

Hoje, olhando para trás, o diretor vê a experiência com outros olhos. "Fazer Tubarão continua sendo uma experiência seminal para cada um de nós, e cinco décadas não fizeram nada para apagar as memórias do que continua sendo uma das experiências mais avassaladoras, emocionantes, aterrorizantes e gratificantes de toda a minha carreira", insistiu. O novo documentário, produzido pela Amblin de Spielberg, estreia no canal National Geographic em 10 de julho, chegando ao Disney+ e Hulu no dia seguinte, prometendo revelar todos os detalhes da produção que quase acabou com um gênio, mas que, no fim, ajudou a criá-lo.


Diretor de 'Quem Quer Ser um Milionário?' diz que filme seria impossível hoje: 'Apropriação cultural'

Diretor de 'Quem Quer Ser um Milionário?' diz que filme seria impossível hoje: 'Apropriação cultural'

No auge de sua carreira, Danny Boyle conquistou o Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor por Quem Quer Ser um Milionário? (2008), mas, em uma reflexão contundente, o cineasta britânico agora acredita que sua obra mais celebrada seria impossível de ser realizada nos dias de hoje. Em uma nova entrevista, Boyle afirmou que as sensibilidades culturais atuais e o debate sobre representatividade impediriam que um diretor ocidental contasse aquela história.

A declaração foi dada ao jornal The Guardian em uma matéria publicada nesta sexta-feira (20), mesma data em que seu novo filme, 28 Anos Depois, chega aos cinemas. "Sim, não seríamos capazes de fazer isso agora. E é assim que deveria ser", declarou Boyle sobre o longa estrelado por Dev Patel. "É hora de refletir sobre tudo isso. Temos que olhar para a bagagem cultural que carregamos e a marca que deixamos no mundo."

Um "método falho" e a autocrítica

Questionado se considerava a produção uma forma de colonialismo, Boyle negou, mas admitiu as complexidades. "Na época, parecia radical. Tomamos a decisão de que apenas alguns de nós iríamos para Mumbai. Trabalharíamos com uma grande equipe indiana e tentaríamos fazer um filme dentro da cultura", explicou. No entanto, ele reconhece os limites dessa abordagem. "Mas você ainda é um estranho. Ainda é um método falho. Esse tipo de apropriação cultural pode ser sancionada em certos momentos. Mas em outros, não pode ser."

O diretor, que se diz orgulhoso do filme, foi enfático ao afirmar que a indústria mudou. "Você nem pensaria em fazer algo assim hoje em dia. Nem mesmo conseguiria financiamento", ponderou. "Mesmo se eu estivesse envolvido, estaria procurando um jovem cineasta indiano para filmá-lo." A fala de Boyle é especialmente poderosa vindo do diretor de um filme que foi um fenômeno global, arrecadando oito estatuetas do Oscar em 2009.

Do Oscar ao retorno de um clássico de terror

A reflexão de Danny Boyle sobre seu passado acontece em um momento de grande expectativa para seu futuro. Nesta sexta-feira, ele retorna às telonas com 28 Anos Depois, uma aguardada sequência de seu clássico de terror 28 Dias Depois (2002). O novo projeto, orçado em US$ 60 milhões, reúne o diretor com o roteirista Alex Garland e o executivo da Sony, Tom Rothman, o mesmo que apoiou Quem Quer Ser um Milionário? na época.

O estúdio já se comprometeu a produzir uma trilogia, com o próximo filme intitulado 28 Anos Depois: O Templo dos Ossos. O retorno de Boyle a uma de suas franquias mais icônicas, ao mesmo tempo em que reavalia seu maior sucesso, ilustra o profundo processo de mudança e autoconsciência que atravessa Hollywood. Suas palavras indicam um novo paradigma na indústria, onde a autenticidade e a origem de quem conta a história se tornaram tão importantes quanto a história em si.


Indústria cinematográfica de Israel está paralisada por conta da guerra contra Irã

Indústria cinematográfica de Israel está paralisada por conta da guerra contra Irã

A já fragilizada indústria de cinema e televisão de Israel, que ainda se recuperava dos impactos dos ataques de 7 de outubro de 2023, entrou em colapso total. Desde o início da retaliação militar do Irã, em 13 de junho, o setor foi completamente paralisado, com cineastas e produtores abrigados em hotéis e porões, enquanto suas casas e estúdios no centro de Tel Aviv sofrem com os ataques. Para muitos artistas, a crise é dupla: uma guerra externa contra mísseis e uma batalha interna contra o próprio governo e o crescente isolamento internacional.

O cenário é de suspensão total. "Neste momento, ninguém está trabalhando, toda a indústria está em espera. Estamos esperando que as coisas se acalmem", afirma Adar Shaffran, chefe da associação de produtores de Israel. Ele descreve a atual onda de ataques, que já disparou cerca de 350 mísseis contra o país, como a mais "assustadora de todas", devido ao poder de destruição do arsenal iraniano. A diretriz é uma só: ficar em casa e tentar sobreviver. O estado de emergência decretado pelo governo se estende até 30 de junho, e pelo menos 24 mortes já foram registradas.

Relatos de uma indústria sob ataque

As histórias pessoais ilustram o drama coletivo. A renomada showrunner Natalie Marcus, cocriadora de sucessos globais como Fauda e Teerã, teve sua casa em Tel Aviv severamente danificada pelas ondas de choque de um míssil que explodiu a 20 metros de distância, forçando-a a se abrigar com a família em um hotel. "Fomos evacuados e temos que ir para o abrigo no porão duas ou três vezes por dia", relata. Outros nomes importantes, como Daniel Sivan e Mor Loushy (diretores de O Diabo da Casa ao Lado), também tiveram suas residências atingidas.

Enquanto o principal aeroporto do país permanece fechado, isolando ainda mais a população, Marcus expressa uma frustração que vai além do medo dos míssees. Ela critica duramente o governo de Benjamin Netanyahu, classificando-o como "insano" e "corrupto". "Há tantas pessoas boas e talentosas aqui, mas temos o governo mais corrupto, e é como se não pudéssemos confiar neles", desabafa.

O paradoxo de ser um artista israelense hoje

Para Marcus e muitos de seus colegas de esquerda, a dor maior vem de um paradoxo cruel. Enquanto participam de manifestações pelo fim da guerra em Gaza, eles se veem cada vez mais isolados pela comunidade artística global. "É de partir o coração ser uma artista israelense hoje em dia", lamenta. "As pessoas dizem que o Irã tem um regime louco e extremista, mas isso não impede que os cineastas deles sejam celebrados, enquanto nós, israelenses, fomos banidos de festivais de TV e cinema."

Esse boicote tem um impacto devastador, já que a indústria local depende vitalmente de coproduções e vendas internacionais para financiar projetos ambiciosos. "Desde o início da guerra em Gaza, muitas coproduções foram interrompidas e ninguém está comprando. Muitas pessoas pararam de atender ligações", explica Marcus. Ela cita como exemplo a decisão da Apple TV+ de não lançar a terceira temporada de Teerã fora de Israel, supostamente para evitar a repercussão negativa.

Nesse cenário desolador, Danna Stern, produtora de renome e ex-diretora do Yes Studios, enxerga uma pequena luz de esperança no fato de o país ter conseguido sediar o festival DocAviv há duas semanas, um "milagre" em meio ao caos. A esperança da comunidade criativa é que as guerras cessem para que possam começar a "construir pontes criativas na região" novamente. Por enquanto, eles seguem sob ataque, por dentro e por fora.


Matt Reeves confirma que sequência de 'The Batman' começa a ser filmada este ano

Roteiro de Batman 2 está quase pronto para avaliação de James Gunn

A espera dos fãs pela continuação de um dos maiores sucessos recentes da DC está perto de um novo capítulo. Três anos após a estreia do primeiro filme, o diretor e roteirista Matt Reeves deve, enfim, entregar o roteiro de Batman 2 (título provisório) para a Warner Bros. e para o DC Studios na próxima semana. A entrega do material é um passo crucial que define o apertado cronograma de produção para que o filme cumpra sua nova data de estreia, agora marcada para 2027.

A notícia, divulgada pelo portal Puck News, indica que o roteiro já é aguardado com certa ansiedade pelos co-chefes da DC, James Gunn e Peter Safran, que supostamente esperavam o material há mais de um ano e meio. Esse atraso, em grande parte justificado pelas greves de roteiristas e atores que paralisaram Hollywood em 2023, foi um dos principais motivos para o adiamento da estreia, que originalmente estava prevista para outubro de 2025. Agora, com o texto em mãos, o estúdio pode finalmente dar andamento ao projeto, mas o tempo é curto.

Um cronograma apertado para 2027

Se o roteiro for aprovado sem grandes ressalvas e tudo ocorrer "perfeitamente", conforme apontam as fontes, a expectativa é que a produção de Batman 2 comece oficialmente em algum momento de 2026. Este prazo permitiria que a equipe tivesse tempo hábil para as filmagens e a complexa fase de pós-produção, visando o lançamento global em 1º de outubro de 2027. Qualquer imprevisto, no entanto, pode colocar essa data em risco.

A pressão sobre a sequência é imensa. Lançado em 2022, The Batman foi um sucesso retumbante. Com Robert Pattinson no papel de um Bruce Wayne mais sombrio e investigativo, o longa-metragem foi aclamado pela crítica e arrecadou US$ 772 milhões nas bilheterias mundiais, a partir de um orçamento de US$ 200 milhões. O filme, que também trouxe performances marcantes de Zoë Kravitz como Mulher-Gato e Paul Dano como o vilão Charada, recebeu três indicações ao Oscar e teve sua continuação aprovada quase que imediatamente, solidificando a visão de Reeves para o personagem.

O peso do sucesso e o universo "Elseworlds"

Com a reestruturação da DC sob o comando de James Gunn e Peter Safran, muitos fãs se preocuparam com o destino da franquia de Reeves. Contudo, foi confirmado que o universo de The Batman seguirá intacto, operando de forma independente do novo Universo DC (DCU). A saga de Robert Pattinson faz parte do selo "Elseworlds" (ou "Outros Mundos", em tradução livre), que abrigará projetos que não se conectam com a cronologia principal do DCU.

Isso garante a Matt Reeves a liberdade criativa para continuar desenvolvendo seu mundo sombrio e realista de Gotham City. Além da sequência direta, este universo já está em expansão com a série O Pinguim, estrelada por Colin Farrell, que estreia ainda este ano e servirá de ponte entre os dois filmes. Outros projetos ambientados neste mesmo universo, como um filme focado no vilão Cara de Barro, também estão em fases iniciais de desenvolvimento, provando que a aposta da Warner Bros. na visão de Reeves continua mais forte do que nunca, apesar dos atrasos.


Kojima não dirigirá filme de 'Death Stranding' e promete não ser 'autoritário' na adaptação

Kojima não dirigirá filme de 'Death Stranding' e promete não ser 'autoritário' na adaptação

Hideo Kojima, o lendário criador por trás de "Death Stranding", revelou que adotará uma abordagem de "mãos livres" na adaptação em live-action de seu aclamado jogo. Em uma nova entrevista, o designer de games afirmou que, embora supervisione o projeto, ele não irá dirigi-lo e confia plenamente na visão do estúdio A24 e do diretor Michael Sarnoski para transformar seu universo em uma nova obra cinematográfica.

"É meu bebê, mas preciso confiar neles"

Em uma conversa com a revista Variety nesta sexta-feira, 20 de junho, Kojima explicou seu papel na produção. "Acho que vou ajudar na produção – preciso meio que guiar o projeto – mas não posso dirigi-lo sozinho, em termos de cronograma", disse, citando seus compromissos com a sequência do jogo, "Death Stranding 2: On The Beach".

Mais importante do que a agenda, no entanto, é sua filosofia sobre a adaptação. "Eu fiz Death Stranding como um jogo, então, para transformá-lo em um filme, será algo totalmente diferente", refletiu. Ele reconhece a necessidade de dar liberdade aos novos criadores. "É meu bebê, então eu gostaria de supervisionar o projeto", continuou. "Mas estou me unindo à A24 e ao Michael Sarnoski [...] Vou deixá-los trabalhar sem muita minha contribuição, porque isso pode atrapalhar. Não quero entrar e pedir que façam um monte de mudanças; isso não é legal."

"Tenho que confiar nessas pessoas, e confio na A24 e no Michael", concluiu, em uma demonstração de respeito pela nova equipe.

A escolha de A24 e Michael Sarnoski

A confiança de Kojima é depositada em uma equipe de alto calibre. A A24 é um dos estúdios mais prestigiados e "descolados" de Hollywood, conhecido por produzir filmes autorais e aclamados pela crítica, como "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo", "Hereditário" e "A Baleia". A escolha pela A24, em vez de um grande estúdio de blockbusters, sugere que o filme buscará um tom mais artístico e introspectivo.

O diretor, Michael Sarnoski, é um talento em ascensão, aclamado por seu trabalho de estreia, o drama "Pig - A Vingança" (2021), estrelado por Nicolas Cage, e pelo recente "Um Lugar Silencioso: Dia Um". Segundo Kojima, Sarnoski é fã de seus jogos e já jogou "Death Stranding" e "Metal Gear Solid 1".

Um universo em expansão

A adaptação em live-action é apenas uma parte da ambiciosa expansão do universo de "Death Stranding". Além do novo jogo, que será lançado na próxima semana, em 26 de junho, um filme de animação com uma história original também está em desenvolvimento. O roteiro da animação está a cargo de Aaron Guzikowski, o criador da série de ficção científica "Raised by Wolves".

"Eu amo o mundo de Death Stranding, é tão criativamente libertador", disse Guzikowski em um comunicado recente. "Estou muito animado e honrado que Hideo Kojima [...] tenha me convidado a mergulhar em sua criação."


Allison Williams espera que 'M3GAN 2.0' alerte sobre os perigos da IA para crianças

Allison Williams espera que 'M3GAN 2.0' alerte sobre os perigos da IA para crianças

Apesar de "M3GAN 2.0" prometer ser uma sequência com mais ação e ficção científica do que o terror de seu antecessor, a mensagem de alerta sobre os perigos da tecnologia para os jovens continua sendo o coração da franquia. A estrela e produtora do filme, Allison Williams, afirmou que espera que o longa, além de divertir, faça o público refletir sobre nossa complexa e, por vezes, perigosa relação com a inteligência artificial.

"Exagera a conversa, o que a torna mais fácil de ter"

Em uma nova entrevista ao GamesRadar+, a atriz, que interpreta a roboticista Gemma, criadora de M3GAN, explicou que o filme possui temas muito reais sob sua camada de entretenimento. "Espero que as pessoas saiam do filme rindo [...] e, mais tarde, falem sobre as coisas reais", disse Williams. "Porque há temas reais subjacentes a este filme, como se cada segundo dele fosse realmente baseado em algo urgente para se falar... Isso exagera a conversa, o que às vezes a torna mais fácil de ter."

Para a atriz, a franquia tem um papel importante, especialmente por atingir um público mais jovem, que está na faixa etária mais vulnerável aos efeitos nocivos da tecnologia.

O paralelo com a série "Adolescence" e os perigos da internet

Williams traçou um paralelo entre "M3GAN 2.0" e a série fictícia da Netflix, "Adolescence", para ilustrar seu ponto. Na série mencionada, um adolescente comete um assassinato após ser radicalizado por conteúdo misógino online. "Estou pensando em Adolescence", disse a atriz. "Há uma conversa tão grande, importante e necessária acontecendo agora sobre o que acontece quando as crianças interagem com a tecnologia. E acho que estamos todos aprendendo juntos. A tecnologia evoluiu mais rápido do que conseguimos falar sobre ela."

Embora as tramas sejam diferentes, Williams acredita que ambos os projetos compartilham o mesmo alerta sobre os perigos de substituir o contato humano pela tecnologia. Assim como o personagem de "Adolescence" é prejudicado ao se isolar com seu celular, a jovem Cady (interpretada por Violet McGraw) em "M3GAN" é afetada negativamente por passar todo o seu tempo com uma boneca de IA.

Como ter uma relação saudável com a tecnologia?

Allison Williams, conhecida por seu papel no aclamado filme "Corra!", acredita que a ficção pode ajudar os pais a iniciarem conversas importantes. "É fácil para um pai dizer, tipo, 'obviamente, uma M3GAN seria uma má ideia', mas depois, para a próxima etapa da conversa, 'ok, como é uma relação saudável entre IA e tecnologia?'", explica. "Com este filme, falamos muito sobre isso".

A jovem atriz Violet McGraw, de 14 anos, que interpreta Cady, também deixou um conselho para o público de sua idade. "Só sejam mais cautelosos, eu acho, com IA e tecnologia e para onde elas podem ir", disse.

"M3GAN 2.0" estreia nos cinemas brasileiros em 27 de junho


Cena dos portais de

Marvel Studios agenda quarto filme para 2028 e gera debate sobre sua nova estratégia

A Marvel Studios adicionou uma nova data de lançamento ao seu calendário, agendando um filme ainda sem título para 15 de dezembro de 2028. O anúncio, feito pela Disney na última quarta-feira, 18, surpreendeu analistas e fãs, pois este seria o quarto longa do estúdio previsto para aquele ano, um volume de produção que parece contradizer a recente e muito divulgada nova filosofia de "qualidade sobre quantidade" da empresa.

Quatro filmes em um ano: um retorno à antiga fórmula?

Caso todas as quatro datas para 2028 (fevereiro, maio, novembro e agora dezembro) sejam mantidas, seria um retorno ao ritmo de produção intenso que marcou a Fase 4 do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). Essa estratégia, no entanto, foi recentemente criticada pelo próprio CEO da Disney, Bob Iger.

Em maio deste ano, durante uma conferência com investidores, Iger admitiu que a Marvel "perdeu um pouco o foco ao produzir demais". "Todos sabemos que, em nosso zelo por inundar nossa plataforma de streaming com mais conteúdo, recorremos a todos os nossos motores criativos, incluindo a Marvel, e os fizemos produzir muito mais", disse ele. "Aprendemos com o tempo que quantidade não necessariamente gera qualidade. [...] Ao consolidar um pouco e fazer com que a Marvel se concentre muito mais em seus filmes, acreditamos que isso resultará em melhor qualidade."

A estratégia por trás das datas "placeholder"

Apesar da aparente contradição, não está claro se a Marvel de fato lançará quatro filmes em 2028. A Disney tem um histórico de reservar datas de lançamento com anos de antecedência, uma prática comum em Hollywood para garantir as melhores janelas no calendário e impedir que estúdios concorrentes ocupem esses espaços.

Muitas vezes, essas datas funcionam como "placeholders" (marcadores de posição) e são alteradas ou canceladas conforme os projetos evoluem. Um exemplo recente foi o filme "Blade", que só foi oficialmente removido de sua data de novembro de 2025 depois que a Disney estava pronta para encaixar "Predador: Terras Ermas", da 20th Century Studios, no mesmo lugar.

O futuro do MCU: menos filmes e o foco nos X-Men

A estratégia de "menos é mais" é visível nos cronogramas de 2026 e 2027. Após a estreia de "O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos" em julho do próximo ano, a Marvel planeja lançar apenas dois filmes em 2026: "Homem-Aranha: Um Novo Dia" em julho e "Vingadores: Apocalipse" em dezembro. Para 2027, o plano é o mesmo: um filme sem título em julho e o grandioso final da saga, "Vingadores: Guerras Secretas", em dezembro.

Após "Guerras Secretas", que encerrará a Saga do Multiverso, a expectativa é que o foco da Marvel se volte para os mutantes. O diretor de "Thunderbolts*", Jake Schreier, já foi escolhido para dirigir o primeiro filme dos X-Men no MCU. Outros projetos em desenvolvimento que poderiam ocupar as datas de 2028 incluem o adiado "Blade", um possível "Pantera Negra 3" e uma sequência de "O Quarteto Fantástico".

O agendamento de um quarto filme para 2028, portanto, pode ser mais uma jogada de negócios para garantir flexibilidade do que um abandono da nova filosofia. Resta saber quais desses muitos projetos em desenvolvimento realmente verão a luz do dia e em que ritmo a Marvel escolherá para contar suas próximas grandes histórias.