Roteirista do 'Blade' original critica Marvel pela demora do reboot: 'Não é complicado'
David S. Goyer, o roteirista que ajudou a dar o pontapé inicial na era moderna dos filmes de super-heróis com "Blade, o Caçador de Vampiros" (1998), expressou sua perplexidade com o desenvolvimento conturbado do reboot do personagem no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). Em uma nova entrevista, Goyer afirmou não entender por que um projeto com uma premissa tão simples está demorando tanto para sair do papel.
"Uma história relativamente simples"
Durante uma participação no podcast Happy Sad Confused, Goyer, que também co-escreveu a trilogia "O Cavaleiro das Trevas", de Christopher Nolan, foi direto ao ponto. "Na minha opinião, acho que Blade é uma história relativamente simples", disse ele. "Não é complicado, e eu sempre penso que, quando você embarca em um filme como este, você precisa destilar: qual é a promessa do filme?".
Para o roteirista, a fórmula para um novo "Blade" de sucesso é clara. "A promessa de Blade, um novo Blade, é que ele deve ter uma pancadaria insana. Deve ser bem assustador, pode ser classificado como R [para maiores de 18 anos], e não deve ser complicado. Então, não sei por que tem sido tão difícil", desabafou.
O desenvolvimento conturbado do "Blade" do MCU
A crítica de Goyer ecoa a frustração de muitos fãs. A nova versão de "Blade", estrelada pelo ator vencedor do Oscar Mahershala Ali, foi anunciada pela primeira vez com grande alarde na San Diego Comic-Con de 2019. No entanto, nos seis anos que se seguiram, o projeto se tornou um dos mais problemáticos da história da Marvel Studios.
O filme já passou por múltiplos diretores, incluindo Bassam Tariq e Yann Demange, e teve seu roteiro reescrito diversas vezes por diferentes equipes de roteiristas. A produção, que estava prevista para começar várias vezes, foi repetidamente adiada e, atualmente, o filme foi removido do calendário de lançamentos da Marvel, sem uma nova data definida.
Goyer retornaria à franquia?
Apesar de sua visão clara para o personagem, Goyer revelou sentimentos mistos sobre a possibilidade de trabalhar no reboot. "Parte de mim acha que seria divertido, mas parte de mim acha que eu fiz, até agora, o Blade definitivo, e [seria] um erro", disse ele.
Ele relembrou um conselho que recebeu de Christopher Nolan sobre não trabalhar no Batman de Ben Affleck após ter feito a trilogia com Christian Bale. "Lembro-me de Chris [Nolan] me aconselhando a não trabalhar no Batman de Affleck só porque é confuso, sabe? Fizemos um, vamos continuar com ele."
Enquanto isso, o chefe da Marvel Studios, Kevin Feige, continua a garantir que o projeto acontecerá. "Estamos comprometidos com Blade. Adoramos o personagem, adoramos a interpretação de Mahershala", disse Feige no ano passado, pedindo paciência ao público.
James Gunn diz que demissão da Marvel o preparou para escrever 'Superman'
O diretor e roteirista James Gunn, hoje um dos homens mais poderosos da indústria de quadrinhos no cinema, revelou que sua controversa demissão da Marvel, em 2018, foi uma experiência transformadora e fundamental para que ele pudesse, anos depois, escrever a versão do "Superman" que chegará aos cinemas no próximo mês. Em uma entrevista profundamente pessoal à revista Rolling Stone, Gunn confessou que a crise o fez abandonar a necessidade de agradar e o permitiu abraçar a pureza do Homem de Aço.
"Não estaria fazendo este trabalho se não tivesse sido demitido"
Em 2018, a Disney demitiu Gunn da direção de "Guardiões da Galáxia Vol. 3" após tweets antigos com piadas ofensivas virem à tona. A decisão gerou uma onda de apoio ao diretor por parte do elenco e de fãs, e a Marvel o recontratou meses depois. Segundo Gunn, a experiência de se sentir "verdadeiramente amado" pela primeira vez, mesmo em seu pior momento, mudou sua perspectiva criativa.
"Não há dúvida de que, sem essa experiência, acho que não teria escrito o Superman que escrevi", declarou. "Definitivamente, não estaria fazendo este trabalho [na DC] se não tivesse sido demitido, mas não sei se estaria fazendo este trabalho [especificamente 'Superman'] mesmo se não fosse por isso. Simplesmente não acho que um personagem tão puro me teria atraído tanto."
Ele explica que a crise o libertou. "Isso me abriu a porta para parar de criar para que as pessoas gostassem de mim [...] para que as pessoas me amassem", admitiu. "Acho que, em algum nível, tudo o que fiz veio de um lugar agradável."
A jornada de um criador: da raiva à pureza
Gunn revelou que a DC lhe ofereceu o filme do Superman pela primeira vez há sete anos, mas ele recusou por não se sentir pronto. "Eu precisava do caminho certo", explicou. Para ele, sua carreira foi um "abrandamento gradual das arestas".
"Eu ainda gosto de humor negro. Ainda tenho arestas. Mas eu costumava gostar muito de provocar. E hoje, embora pareça que ainda faço isso, não gosto muito de fazer isso", refletiu. "No meu coração, sou bastante sentimental. Eu simplesmente acredito em valores humanos básicos. Acho que 'Guardiões da Galáxia' foi um bom ponto de partida para isso."
Ele vê seu trabalho com os Guardiões – personagens com "garra", "esquisitices" e "nervosismo" – como uma preparação para abraçar a pureza de Superman. "Superman não é isso [...] Ele é bem puro. Então, chegar ao ponto em que eu consegui escrever esse personagem foi uma jornada. No passado, eu teria feito isso zombando do personagem, e não acho que seja isso que eu faça aqui."
Um Superman sentimental e até "bobo"
Essa nova autoconfiança criativa permitiu a Gunn abraçar todos os aspectos de Superman, incluindo os mais fantásticos e, para alguns, "bobos". "Um cachorro voador com uma capa é estranho. Robôs gigantes andantes e kaijus – tudo isso é estranho", disse, referindo-se aos elementos clássicos dos quadrinhos que ele trará para o filme.
"Tenho menos medo agora do que antes. Permito-me ser puramente criativo mais do que antes. E eu pensava que estava sendo puramente criativo, mas muitas vezes era apenas a raiva se liberando de outra forma", concluiu. "Tenho menos medo de ser bobo ou sentimental".
Versão original e proibida de 'Star Wars' é exibida e choca público com sua 'pobreza'
Após 47 anos sendo mantida longe das telas por seu próprio criador, uma cópia original e não alterada de "Star Wars" de 1977 foi finalmente exibida para um público de fãs e cinéfilos em Londres. O evento histórico, parte do BFI Film on Film Festival, foi apresentado pela presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, e a experiência de assistir ao filme em sua forma mais pura gerou uma reação complexa e surpreendente: uma nova apreciação por muitas das controversas mudanças feitas por George Lucas ao longo dos anos.
"Parece horrível": a beleza de um filme "sujo e carpinteiro"
A exibição da raríssima cópia, preservada por quatro décadas em temperaturas negativas, foi descrita como uma viagem no tempo. Para os padrões modernos de blockbusters polidos, o filme original é visivelmente mais cru. "Senti como se estivesse assistindo a um filme completamente diferente", escreveu Robbie Collin, crítico do jornal britânico The Telegraph, que admitiu que o original "parece horrível" em comparação, mas de uma forma fascinante.
Ele descreveu a versão como um "espetáculo alegremente escarpado, sujo e impassivelmente carpinteiro", que se assemelha mais a uma "fantasia do que a um grande épico de ficção científica". Segundo o crítico, a ausência de polimento digital confere ao filme uma sensação visceral e artesanal. "Os painéis da Estrela da Morte pareciam menos supercomputadores do que tábuas de madeira com luzes acesas, e, portanto, mais sintonizados com a frequência do faz de conta", explicou.
As pequenas nuances que fazem toda a diferença
George Aldridge, um vlogger do canal Cinema Savvy que afirma ter assistido ao filme mais de 100 vezes, disse que a experiência foi "incrivelmente especial" e o fez perceber que "há tantas mudanças incríveis nos filmes de Star Wars; são aquelas de que não gostamos que sempre as ofuscaram".
Ele notou inúmeras pequenas diferenças que, somadas, criam uma experiência totalmente nova. "Foram os efeitos sonoros, os mínimos detalhes — que você não percebe até que não os veja", disse. Aldridge citou como exemplos a ausência de uma pedra para R2-D2 se esconder dos Tusken Raiders, diferenças sutis na cena da cantina e, principalmente, uma versão menos processada e mais "crua" da voz de James Earl Jones como Darth Vader.
"Han atirou primeiro" e a ironia do legado de Lucas
O momento mais catártico da exibição, segundo todos os relatos, foi a cena do confronto na cantina. Quando Han Solo (Harrison Ford) atirou primeiro em Greedo – uma cena que George Lucas alterou nas Edições Especiais para fazer o caçador de recompensas atirar antes –, o cinema "explodiu em aplausos". "Han Solo foi muito mais legal", resumiu Aldridge.
A grande ironia da noite foi que, ao exibir a versão que Lucas por tanto tempo renegou, muitos na plateia saíram com um novo respeito pelo trabalho de polimento do diretor. "Desde o primeiro dia, George Lucas vem fazendo mudanças nesses filmes", observou Aldridge, reconhecendo que muitas das alterações posteriores melhoraram o filme.
O próprio Lucas, em uma famosa entrevista de 2004, justificou sua recusa em lançar o original. "A Edição Especial é a que eu queria que fosse lançada. O outro filme [...] para mim, ele realmente não existe mais", disse ele na época. "Se eles vão jogar pedras em mim, vão jogar pedras em mim por algo que eu amo, e não por algo que eu acho que não está terminado."
A rara exibição em Londres serviu como uma cápsula do tempo, um documento que, paradoxalmente, validou a principal queixa dos fãs ("Han atirou primeiro") e, ao mesmo tempo, os fez apreciar a incansável e controversa busca de seu criador pela versão "perfeita" de sua obra.
Ator do live-action de 'Lilo & Stitch', David Hekill Kenui Bell, morre aos 36 anos
O ator havaiano David Hekill Kenui Bell, que recentemente celebrou a estreia do bem-sucedido filme live-action "Lilo & Stitch", morreu neste domingo, 15 de junho, aos 36 anos. A notícia da morte precoce do artista, cuja causa não foi divulgada, foi confirmada por sua família nas redes sociais e pela equipe do ator ao site de notícias TMZ, gerando uma onda de choque e tristeza.
A última aparição pública: uma celebração como Stitch
A morte de David Bell é particularmente trágica por ocorrer no auge de um dos momentos mais felizes de sua carreira. Há apenas duas semanas, ele foi o centro das atenções na noite de estreia de "Lilo & Stitch" em Kapolei, no Havaí. Em uma demonstração de alegria e dedicação, o ator compareceu ao evento vestindo uma fantasia completa do personagem Stitch, para o delírio dos fãs.
Ele foi ovacionado pelo público, tirou fotos e compartilhou raspadinha de gelo com as crianças, um gesto que remete diretamente a uma das cenas mais queridas do filme. As imagens de sua celebração, cheia de energia e sorrisos, agora ganham um tom agridoce e comovente.
A dor da família e o tributo da irmã
A notícia foi compartilhada por sua irmã em um post emocionante no Facebook nesta segunda-feira, 16 de junho. "É com o coração pesado que compartilho que meu doce, generoso, talentoso, engraçado, brilhante e lindo irmão mais novo, David H. K. Bell, passará o dia de hoje na companhia do nosso Pai Celestial", escreveu ela.
A irmã de David relatou a dificuldade de encontrar palavras em um momento de luto tão intenso. "Estava esperando encontrar as palavras e o estado de espírito certos para expressar a alegria que ele foi como ser humano — e como um verdadeiro príncipe de homem", continuou. "Ele sempre se orgulhava de mim, das sobrinhas e do sobrinho-neto. Estava sempre presente, sempre criando atividades divertidas para nos reunirmos. A gente mal podia esperar para ir juntos a Taiti e ao reencontro da família [...] para fortalecer ainda mais nossos laços".
Um talento havaiano
Além de seu trabalho como ator e performer, David Bell era um artista profundamente conectado à sua terra natal. Ele também era dublador e, em um de seus trabalhos mais notáveis, emprestou sua voz para os anúncios do Aeroporto de Kona, na Ilha Grande do Havaí. Simbolicamente, sua voz deu as boas-vindas a inúmeros turistas que visitaram o arquipélago.
Seu papel em "Lilo & Stitch", uma história que celebra a cultura e o espírito "ohana" (família) do Havaí, foi um ponto alto em sua carreira. O filme, que está em cartaz há três semanas, é um sucesso estrondoso de bilheteria, já tendo arrecadado mais de US$ 850 milhões globalmente.
James Gunn diagnostica a crise de Hollywood: 'A indústria está morrendo porque fazem filmes sem roteiro finalizado'
James Gunn, o co-CEO e arquiteto do novo Universo DC (DCU), fez um diagnóstico contundente sobre a crise que assola a indústria cinematográfica. Em uma nova e reveladora entrevista, o diretor de "Superman" afirmou que o "motivo número um" para a queda de qualidade e o desinteresse do público não é a concorrência do streaming, mas sim uma prática de produção que ele considera destrutiva: começar a filmar sem um roteiro finalizado.
A filosofia "roteiro primeiro" da nova DC
Em uma conversa com a revista Rolling Stone, Gunn foi direto ao ponto. "Eu acredito que o motivo pelo qual a indústria cinematográfica está morrendo não é porque as pessoas não querem ver filmes. [...] O motivo número um é porque as pessoas estão fazendo filmes sem um roteiro finalizado", declarou o cineasta.
Essa crença se tornou a regra de ouro da nova DC Studios, sob sua liderança e a de seu parceiro, Peter Safran. Gunn revelou que, desde que assumiu o cargo, essa diretriz já teve consequências práticas. "Nós simplesmente cancelamos um projeto por esse motivo", contou. "Todo mundo queria fazer o filme. Estava com sinal verde, pronto para ser lançado. O roteiro não estava pronto. E eu não poderia fazer um filme cujo roteiro não fosse bom."
Ele enfatizou que nenhum projeto da DC avançará sem sua aprovação pessoal do roteiro. "Nada acontece antes de haver um roteiro com o qual eu, pessoalmente, esteja satisfeito."
A sorte com os roteiros do "Capítulo Um: Deuses e Monstros"
Felizmente para os fãs, Gunn afirmou que os próximos projetos do DCU já passaram por esse rigoroso crivo. "Tivemos muita sorte até agora, porque o roteiro de 'Supergirl' era muito bom desde o início. E então 'Lanternas' chegou, e o roteiro era muito bom. 'Cara de Barro', a mesma coisa. Muito bom", celebrou, indicando que a primeira fase do novo universo, "Deuses e Monstros", está sendo construída sobre bases narrativas sólidas.
Ele também destacou que não há uma ordem da Warner Bros. para entregar um número específico de filmes por ano, o que lhe dá liberdade para focar na qualidade. "Não temos a obrigação de ter uma quantidade específica de filmes e séries por ano. Então, vamos lançar tudo o que consideramos da mais alta qualidade", garantiu.
Uma crítica velada à concorrência
A filosofia de "qualidade acima da quantidade" de Gunn é também uma crítica direta à estratégia recente de sua principal concorrente, a Marvel Studios. O diretor acredita que a ordem anterior da Disney de aumentar drasticamente o volume de produções do MCU para o cinema e o Disney+ "os matou", resultando na chamada "fadiga de super-heróis" e em uma queda na qualidade percebida de seus filmes e séries.
A crítica de Gunn ecoa a própria reavaliação da Disney. O CEO da empresa, Bob Iger, já admitiu publicamente que a Marvel havia "diluído o foco e a atenção" e que a nova ordem era, de fato, focar na qualidade em vez da quantidade.
'Como Treinar o Seu Dragão' voa alto com estreia recorde e desbanca 'Lilo & Stitch'
A Universal e a DreamWorks Animation provaram que a fórmula da Disney de transformar animações clássicas em sucessos de bilheteria live-action pode ser replicada com maestria. A adaptação de "Como Treinar o Seu Dragão" estreou neste fim de semana com números impressionantes, arrecadando US$ 83,7 milhões nos Estados Unidos e um total global de US$ 197,8 milhões, tornando-se a melhor estreia da franquia.
Uma estreia impulsionada pela nostalgia e aclamação do público
O filme do diretor Dean DeBlois, que também comandou a trilogia original, conquistou tanto o público quanto a crítica. A produção recebeu uma nota A no CinemaScore, indicando uma recepção extremamente positiva dos espectadores, e ostenta uma rara aprovação de 98% do público no Rotten Tomatoes.
O apelo nostálgico foi um fator crucial para o sucesso. Dados demográficos mostram que quase metade do público na sexta-feira de estreia pertencia à Geração Z (entre 13 e 24 anos), jovens adultos que cresceram assistindo à franquia de animação e agora retornaram aos cinemas para ver a versão em carne e osso. O desempenho internacional também foi robusto, com uma arrecadação de US$ 114,1 milhões em 81 mercados, liderados por México (US$ 14 milhões) e China (US$ 11,2 milhões).
O filme, que custou US$ 150 milhões, agora se posiciona como um dos grandes sucessos do verão norte-americano e já tem uma sequência confirmada para 2027.
"Lilo & Stitch" cai para segundo, mas continua sendo um fenômeno
Após reinar por três fins de semana consecutivos, o live-action de "Lilo & Stitch", da Disney, caiu para a segunda posição, mas com números que ainda impressionam. O filme arrecadou mais US$ 15,5 milhões no mercado doméstico, elevando seu total global para US$ 858,4 milhões. Com isso, ele se torna o segundo título de maior bilheteria de 2025 até agora, atrás apenas de "Minecraft: O Filme" (US$ 950 milhões).
"Materialists", da A24, surpreende e garante o terceiro lugar
A outra grande estreia do fim de semana, o drama romântico "Materialists", da diretora Celine Song ("Vidas Passadas"), superou as expectativas. O filme da A24, estrelado por Dakota Johnson, Chris Evans e Pedro Pascal, arrecadou US$ 12 milhões em sua estreia nacional, garantindo a terceira maior abertura da história do estúdio independente.
No entanto, o filme enfrenta um desafio com o público. Enquanto os críticos elogiaram a obra, os espectadores lhe deram uma nota preocupante, B- no CinemaScore, e uma aprovação morna de 70% no Rotten Tomatoes, indicando que o boca a boca pode não ser tão forte nas próximas semanas.
Outros destaques do Top 5
"Missão: Impossível – O Julgamento Final" continua a demonstrar uma força incrível. Em sua quarta semana, o filme de Tom Cruise teve uma queda de apenas 31% e arrecadou mais US$ 10,3 milhões, ultrapassando a marca de US$ 500 milhões em bilheteria global.
Em contrapartida, o spin-off "Bailarina", do universo John Wick, continua a decepcionar no mercado americano. O filme estrelado por Ana de Armas sofreu uma queda de 62% em seu segundo fim de semana, arrecadando apenas US$ 9,4 milhões e somando um total doméstico de US$ 41,8 milhões, um resultado fraco para uma produção com um orçamento de US$ 90 milhões.
Chefe da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, promete um 'Star Wars' com mais histórias originais
A galáxia muito, muito distante está prestes a se expandir em novas e inesperadas direções. A presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, sinalizou uma mudança de rumo para a franquia "Star Wars", afirmando que o estúdio está cada vez mais interessado em dar sinal verde para histórias originais e independentes, que não estejam rigidamente conectadas à saga Skywalker.
"Não precisa necessariamente se conectar a cada detalhe"
A declaração foi feita durante uma rara aparição pública de Kennedy no BFI Film on Film Festival, em Londres, no último fim de semana. Em uma conversa com o público, ela falou sobre o futuro da franquia após uma era de acertos e erros.
"Eu realmente acho que agora estamos em uma posição em que ampliamos a possibilidade de histórias e cineastas que podemos trazer para contar histórias que signifiquem algo para eles", disse Kennedy. Ela enfatizou a nova liberdade criativa: "Não precisa necessariamente se conectar a cada detalhe que foi feito em Star Wars".
Kennedy sugeriu que essa nova abordagem pode ser o início de novas sagas. Uma história "pode, na verdade, ser uma história independente que, em seguida, se desenvolve em muitas outras histórias", explicou, indicando um modelo similar ao que a Marvel fez com seus personagens, mas com menos obrigações de conexão imediata.
Essa filosofia já se reflete em alguns dos projetos futuros anunciados, como "Star Wars: Starfighter", estrelado por Ryan Gosling, que será uma aventura contida em si mesma. Ao mesmo tempo, o estúdio continuará a explorar seus personagens já estabelecidos, como no aguardado filme "The Mandalorian & Grogu", que chega aos cinemas em 22 de maio de 2026.
A legitimação da cópia original de 1977
A presença de Kathleen Kennedy no festival londrino teve outro propósito significativo: apresentar e "legitimar" uma cópia original de 1977 de "Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança". A exibição é um evento para os fãs, pois a versão mais conhecida do filme é a "Edição Especial" de 1997, que contém inúmeras alterações e adições de CGI feitas pelo próprio George Lucas, muitas delas controversas.
"Mesmo quando entrei na empresa, havia conversas intermináveis sobre onde tudo estava e qual era de fato a primeira cópia", contou Kennedy. "E é bastante notável, o que vocês vão ver é de fato a primeira cópia, e eu nem tenho certeza se existe outra igual. É tão raro."
Ela explicou que, com o passar dos anos e as constantes mudanças feitas por Lucas, "todo mundo meio que perdeu a noção do que era" a versão original. A exibição no BFI foi uma celebração dessa peça histórica do cinema.
Um novo rumo para a galáxia
A nova direção apontada por Kennedy pode ser vista como uma resposta às críticas de que a trilogia de sequências (2015-2019) foi excessivamente dependente da nostalgia e dos personagens da saga original. Ao abrir as portas para novas vozes e histórias independentes, a Lucasfilm busca revitalizar a franquia e explorar cantos ainda não visitados da galáxia.
Will Smith revela que recusou o papel principal em 'A Origem': 'Eu não entendi nada'
A galeria de grandes papéis que Will Smith recusou ao longo de sua carreira acaba de ganhar mais um item de peso. O astro de Hollywood revelou que o diretor Christopher Nolan lhe ofereceu o papel principal no aclamado suspense de ficção científica "A Origem" (Inception), de 2010, mas ele recusou por um motivo simples: não conseguiu entender a complexa trama de sonhos dentro de sonhos.
"Nunca disse isso publicamente, mas..."
A confissão foi feita durante uma entrevista à rádio britânica Kiss Extra UK nesta segunda-feira, 16 de junho. "Acho que nunca disse isso publicamente, mas vou dizer porque estamos nos abrindo um para o outro. Chris Nolan me trouxe A Origem primeiro e eu não entendi", revelou o ator, hoje com 56 anos.
Smith tentou justificar sua decisão na época, explicando sua desconfiança com o conceito do filme. "Agora que penso nisso, são aqueles filmes que se passam nessas realidades alternativas... eles não têm um bom apelo [de bilheteria]", disse ele, uma teoria que o próprio "A Origem" provou estar redondamente enganada.
O papel do protagonista, Dom Cobb, acabou indo para Leonardo DiCaprio. O filme, que também conta com Joseph Gordon-Levitt, Elliot Page e Tom Hardy no elenco, foi um sucesso estrondoso de crítica e público, arrecadando mais de US$ 829 milhões nas bilheterias globais e solidificando o status de Nolan como um dos diretores mais visionários do século XXI.
O histórico de "quase" papéis de Will Smith
Esta não é a primeira vez que Will Smith deixa passar um papel que se tornaria icônico. A recusa mais famosa de sua carreira foi a de interpretar Neo na trilogia "Matrix". Em entrevistas anteriores, Smith explicou que, na reunião com as irmãs Wachowski, ele também não conseguiu visualizar o conceito do filme e acabou optando por estrelar o faroeste cômico "As Loucas Aventuras de James West" (1999), que se tornou um notório fracasso de bilheteria. O papel de Neo, claro, imortalizou Keanu Reeves.
Outro grande "e se?" de sua carreira foi "Django Livre" (2012), de Quentin Tarantino. Smith era a primeira escolha do diretor para o papel principal, mas recusou o projeto por diferenças criativas. Segundo relatos, ele queria que o personagem Django tivesse um papel mais central na vingança contra o vilão Calvin Candie, enquanto Tarantino via o Dr. King Schultz (interpretado por Christoph Waltz) como co-protagonista. O papel acabou indo para Jamie Foxx.
Um legado de sucessos e oportunidades perdidas
A carreira de Will Smith é, sem dúvida, uma das mais bem-sucedidas de Hollywood, com sucessos que vão de "Um Maluco no Pedaço" a "Homens de Preto" e "À Procura da Felicidade", culminando em seu Oscar de Melhor Ator por "King Richard: Criando Campeãs" em 2022. No entanto, suas próprias confissões sobre os papéis que deixou passar criam uma fascinante história alternativa do que poderia ter sido.
Sobrevivente de acidente aéreo na Índia é comparado a personagem de 'Corpo Fechado' e viraliza
A trágica queda do voo A171 da Air India em Ahmedabad, que vitimou mais de 200 pessoas, trouxe à tona uma história de sobrevivência tão extraordinária que parece saída de um roteiro de cinema. Vishwash Kumar Ramesh, de 40 anos, o único sobrevivente conhecido do desastre, tornou-se um fenômeno na internet após sua história ser comparada à do filme "Corpo Fechado" (2000), do diretor M. Night Shyamalan.
The lone survivor of the Air India 171 tragedy literally walked out of the crash site. Reminds me of M. Night Shyamalan's movie Unbreakable! pic.twitter.com/cbBXol5SiH
— THE SKIN DOCTOR (@theskindoctor13) June 12, 2025
O milagre no assento 11A
Vishwash Kumar Ramesh estava no assento 11A do Boeing 787-8 que caiu minutos após a decolagem na última quinta-feira, 12 de junho. Enquanto as equipes de resgate recuperavam corpos em meio aos destroços, ele foi encontrado com vida e, segundo relatos, saiu andando da cena do acidente com ferimentos relativamente leves, antes de ser levado ao hospital.
"Quando me levantei, havia corpos ao meu redor. Fiquei com medo. Me levantei e corri. Havia pedaços do avião por todo lado. Alguém me segurou, me colocou em uma ambulância e me trouxe ao hospital", disse Ramesh em uma entrevista ao jornal Hindustan Times de seu leito hospitalar. Seu irmão, Nayan Kumar Ramesh, que mora na Inglaterra, conversou com ele por telefone e relatou a confusão do sobrevivente: "Ele não faz ideia de como saiu desse avião".
A vida imita a arte: as semelhanças com "Corpo Fechado"
As semelhanças com o filme de M. Night Shyamalan são impressionantes e foram imediatamente apontadas por internautas. No longa, o personagem David Dunn, interpretado por Bruce Willis, é o único sobrevivente de um terrível acidente de trem, o Eastrail 177. Assim como Vishwash, ele escapa sem nenhum arranhão e também é pai de um filho. A coincidência de ambos estarem em assentos numerados (11A no avião, 3E no trem) apenas adicionou mais combustível à teoria.
"Corpo Fechado" explora a ideia de que David Dunn seria um super-herói da vida real, uma pessoa com uma resistência sobre-humana que nunca adoece ou se machuca. A jornada do personagem é descobrir e aceitar essa condição extraordinária.
A reação viral e o "Corpo Fechado Indiano"
A internet não perdeu tempo em fazer a conexão. "O sobrevivente solitário da tragédia do Air India 171 literalmente saiu andando da cena do acidente. Me lembra o filme 'Corpo Fechado'", escreveu um usuário no X (antigo Twitter). "Seu nome é Vishwash Kumar Ramesh e ele é o Corpo Fechado", apontou outro.
A comparação viralizou a ponto de surgirem memes e até mesmo um cartaz de filme fictício, gerado por inteligência artificial, mostrando um homem indiano com um figurino semelhante ao de Bruce Willis no longa, com os dizeres "Air India, Unbreakable" ("Air India, Corpo Fechado").
Orlando Bloom fala sobre possível retorno do trio original de 'Piratas do Caribe'
Oito anos após sua última aparição como o ferreiro que virou capitão Will Turner, o ator Orlando Bloom, de 48 anos, reacendeu as esperanças dos fãs de "Piratas do Caribe". Durante uma entrevista recente, ele revelou que há "conversas" sobre um possível retorno do elenco original e que, pessoalmente, adoraria ver a reunião acontecer.
"Seria ótimo reunir a banda novamente"
Promovendo seu novo filme do Prime Video, "Deep Cover", Bloom participou do talk show britânico This Morning nesta sexta-feira, 13 de junho. Questionado pelos apresentadores sobre a chance de ele, Keira Knightley (Elizabeth Swann) e Johnny Depp (Capitão Jack Sparrow) se reunirem nas telas, o ator foi cauteloso, mas otimista.
"Houve todo tipo de coisa. Quem sabe? Houve conversas", admitiu. "Não posso dizer nada no momento, porque realmente não sei. Eles definitivamente... Acho que estão tentando descobrir como tudo ficaria." Apesar da incerteza, ele expressou seu desejo pessoal: "Eu, pessoalmente, acho que seria ótimo reunir a banda novamente. Seria ótimo. Mas sempre há ideias diferentes, então veremos onde elas vão parar."
A jornada de Orlando Bloom na franquia é longa. Ele foi um dos três protagonistas nos primeiros filmes da saga – "A Maldição do Pérola Negra" (2003), "O Baú da Morte" (2006) e "No Fim do Mundo" (2007). Após ficar de fora de "Navegando em Águas Misteriosas" (2011), ele fez uma breve, mas importante, participação em "A Vingança de Salazar" (2017), onde seu personagem foi libertado de sua maldição.
O futuro incerto dos mares caribenhos
O futuro da franquia "Piratas do Caribe" tem sido um tópico de intensa especulação. Atualmente, dois projetos estariam em desenvolvimento na Disney. O primeiro seria um sexto filme da saga principal, que, segundo rumores, funcionaria como um "soft reboot", introduzindo novos personagens. O segundo seria um spin-off com protagonismo feminino, estrelado por Margot Robbie.
Embora a própria Margot Robbie tenha declarado em 2022 que seu projeto havia sido descartado, o produtor da franquia, Jerry Bruckheimer, reacendeu as esperanças em 2024. "São dois filmes diferentes", disse ele à Entertainment Weekly. "Esperamos fazer os dois, e acho que a Disney concorda que eles realmente querem fazer o da Margot também."
A grande questão: e Johnny Depp?
A maior incógnita para qualquer reunião do elenco original é, sem dúvida, o retorno de Johnny Depp como o icônico Capitão Jack Sparrow. Após suas conturbadas batalhas judiciais nos últimos anos, a relação do ator com a Disney se tornou complexa. O estúdio pareceu se distanciar dele, mas a imensa pressão dos fãs e a importância inegável de Jack Sparrow para o sucesso da franquia mantêm a porta entreaberta.