Will Smith revela que recusou o papel principal em 'A Origem': 'Eu não entendi nada'

Will Smith revela que recusou o papel principal em 'A Origem': 'Eu não entendi nada'

A galeria de grandes papéis que Will Smith recusou ao longo de sua carreira acaba de ganhar mais um item de peso. O astro de Hollywood revelou que o diretor Christopher Nolan lhe ofereceu o papel principal no aclamado suspense de ficção científica "A Origem" (Inception), de 2010, mas ele recusou por um motivo simples: não conseguiu entender a complexa trama de sonhos dentro de sonhos.

"Nunca disse isso publicamente, mas..."

A confissão foi feita durante uma entrevista à rádio britânica Kiss Extra UK nesta segunda-feira, 16 de junho. "Acho que nunca disse isso publicamente, mas vou dizer porque estamos nos abrindo um para o outro. Chris Nolan me trouxe A Origem primeiro e eu não entendi", revelou o ator, hoje com 56 anos.

Smith tentou justificar sua decisão na época, explicando sua desconfiança com o conceito do filme. "Agora que penso nisso, são aqueles filmes que se passam nessas realidades alternativas... eles não têm um bom apelo [de bilheteria]", disse ele, uma teoria que o próprio "A Origem" provou estar redondamente enganada.

O papel do protagonista, Dom Cobb, acabou indo para Leonardo DiCaprio. O filme, que também conta com Joseph Gordon-Levitt, Elliot Page e Tom Hardy no elenco, foi um sucesso estrondoso de crítica e público, arrecadando mais de US$ 829 milhões nas bilheterias globais e solidificando o status de Nolan como um dos diretores mais visionários do século XXI.

O histórico de "quase" papéis de Will Smith

Esta não é a primeira vez que Will Smith deixa passar um papel que se tornaria icônico. A recusa mais famosa de sua carreira foi a de interpretar Neo na trilogia "Matrix". Em entrevistas anteriores, Smith explicou que, na reunião com as irmãs Wachowski, ele também não conseguiu visualizar o conceito do filme e acabou optando por estrelar o faroeste cômico "As Loucas Aventuras de James West" (1999), que se tornou um notório fracasso de bilheteria. O papel de Neo, claro, imortalizou Keanu Reeves.

Outro grande "e se?" de sua carreira foi "Django Livre" (2012), de Quentin Tarantino. Smith era a primeira escolha do diretor para o papel principal, mas recusou o projeto por diferenças criativas. Segundo relatos, ele queria que o personagem Django tivesse um papel mais central na vingança contra o vilão Calvin Candie, enquanto Tarantino via o Dr. King Schultz (interpretado por Christoph Waltz) como co-protagonista. O papel acabou indo para Jamie Foxx.

Um legado de sucessos e oportunidades perdidas

A carreira de Will Smith é, sem dúvida, uma das mais bem-sucedidas de Hollywood, com sucessos que vão de "Um Maluco no Pedaço" a "Homens de Preto" e "À Procura da Felicidade", culminando em seu Oscar de Melhor Ator por "King Richard: Criando Campeãs" em 2022. No entanto, suas próprias confissões sobre os papéis que deixou passar criam uma fascinante história alternativa do que poderia ter sido.


Sobrevivente de acidente aéreo na Índia é comparado a personagem de 'Corpo Fechado' e viraliza

Sobrevivente de acidente aéreo na Índia é comparado a personagem de 'Corpo Fechado' e viraliza

A trágica queda do voo A171 da Air India em Ahmedabad, que vitimou mais de 200 pessoas, trouxe à tona uma história de sobrevivência tão extraordinária que parece saída de um roteiro de cinema. Vishwash Kumar Ramesh, de 40 anos, o único sobrevivente conhecido do desastre, tornou-se um fenômeno na internet após sua história ser comparada à do filme "Corpo Fechado" (2000), do diretor M. Night Shyamalan.

O milagre no assento 11A

Vishwash Kumar Ramesh estava no assento 11A do Boeing 787-8 que caiu minutos após a decolagem na última quinta-feira, 12 de junho. Enquanto as equipes de resgate recuperavam corpos em meio aos destroços, ele foi encontrado com vida e, segundo relatos, saiu andando da cena do acidente com ferimentos relativamente leves, antes de ser levado ao hospital.

"Quando me levantei, havia corpos ao meu redor. Fiquei com medo. Me levantei e corri. Havia pedaços do avião por todo lado. Alguém me segurou, me colocou em uma ambulância e me trouxe ao hospital", disse Ramesh em uma entrevista ao jornal Hindustan Times de seu leito hospitalar. Seu irmão, Nayan Kumar Ramesh, que mora na Inglaterra, conversou com ele por telefone e relatou a confusão do sobrevivente: "Ele não faz ideia de como saiu desse avião".

A vida imita a arte: as semelhanças com "Corpo Fechado"

As semelhanças com o filme de M. Night Shyamalan são impressionantes e foram imediatamente apontadas por internautas. No longa, o personagem David Dunn, interpretado por Bruce Willis, é o único sobrevivente de um terrível acidente de trem, o Eastrail 177. Assim como Vishwash, ele escapa sem nenhum arranhão e também é pai de um filho. A coincidência de ambos estarem em assentos numerados (11A no avião, 3E no trem) apenas adicionou mais combustível à teoria.

"Corpo Fechado" explora a ideia de que David Dunn seria um super-herói da vida real, uma pessoa com uma resistência sobre-humana que nunca adoece ou se machuca. A jornada do personagem é descobrir e aceitar essa condição extraordinária.

A reação viral e o "Corpo Fechado Indiano"

A internet não perdeu tempo em fazer a conexão. "O sobrevivente solitário da tragédia do Air India 171 literalmente saiu andando da cena do acidente. Me lembra o filme 'Corpo Fechado'", escreveu um usuário no X (antigo Twitter). "Seu nome é Vishwash Kumar Ramesh e ele é o Corpo Fechado", apontou outro.

A comparação viralizou a ponto de surgirem memes e até mesmo um cartaz de filme fictício, gerado por inteligência artificial, mostrando um homem indiano com um figurino semelhante ao de Bruce Willis no longa, com os dizeres "Air India, Unbreakable" ("Air India, Corpo Fechado").


Orlando Bloom fala sobre possível retorno do trio original de 'Piratas do Caribe'

Oito anos após sua última aparição como o ferreiro que virou capitão Will Turner, o ator Orlando Bloom, de 48 anos, reacendeu as esperanças dos fãs de "Piratas do Caribe". Durante uma entrevista recente, ele revelou que há "conversas" sobre um possível retorno do elenco original e que, pessoalmente, adoraria ver a reunião acontecer.

"Seria ótimo reunir a banda novamente"

Promovendo seu novo filme do Prime Video, "Deep Cover", Bloom participou do talk show britânico This Morning nesta sexta-feira, 13 de junho. Questionado pelos apresentadores sobre a chance de ele, Keira Knightley (Elizabeth Swann) e Johnny Depp (Capitão Jack Sparrow) se reunirem nas telas, o ator foi cauteloso, mas otimista.

"Houve todo tipo de coisa. Quem sabe? Houve conversas", admitiu. "Não posso dizer nada no momento, porque realmente não sei. Eles definitivamente... Acho que estão tentando descobrir como tudo ficaria." Apesar da incerteza, ele expressou seu desejo pessoal: "Eu, pessoalmente, acho que seria ótimo reunir a banda novamente. Seria ótimo. Mas sempre há ideias diferentes, então veremos onde elas vão parar."

A jornada de Orlando Bloom na franquia é longa. Ele foi um dos três protagonistas nos primeiros filmes da saga – "A Maldição do Pérola Negra" (2003), "O Baú da Morte" (2006) e "No Fim do Mundo" (2007). Após ficar de fora de "Navegando em Águas Misteriosas" (2011), ele fez uma breve, mas importante, participação em "A Vingança de Salazar" (2017), onde seu personagem foi libertado de sua maldição.

O futuro incerto dos mares caribenhos

O futuro da franquia "Piratas do Caribe" tem sido um tópico de intensa especulação. Atualmente, dois projetos estariam em desenvolvimento na Disney. O primeiro seria um sexto filme da saga principal, que, segundo rumores, funcionaria como um "soft reboot", introduzindo novos personagens. O segundo seria um spin-off com protagonismo feminino, estrelado por Margot Robbie.

Embora a própria Margot Robbie tenha declarado em 2022 que seu projeto havia sido descartado, o produtor da franquia, Jerry Bruckheimer, reacendeu as esperanças em 2024. "São dois filmes diferentes", disse ele à Entertainment Weekly. "Esperamos fazer os dois, e acho que a Disney concorda que eles realmente querem fazer o da Margot também."

A grande questão: e Johnny Depp?

A maior incógnita para qualquer reunião do elenco original é, sem dúvida, o retorno de Johnny Depp como o icônico Capitão Jack Sparrow. Após suas conturbadas batalhas judiciais nos últimos anos, a relação do ator com a Disney se tornou complexa. O estúdio pareceu se distanciar dele, mas a imensa pressão dos fãs e a importância inegável de Jack Sparrow para o sucesso da franquia mantêm a porta entreaberta.


Madame Teia segue na liderança da bilheteria nacional

Dakota Johnson critica Hollywood: 'Está tudo uma bagunça agora'

A atriz Dakota Johnson, de 35 anos, fez uma crítica contundente ao estado atual da indústria cinematográfica de Hollywood, afirmando que a aversão ao risco e a obsessão por refazer sucessos do passado estão transformando o setor em uma "bagunça". A declaração foi feita durante sua participação no popular programa do YouTube, "Hot Ones", onde celebridades dão entrevistas enquanto comem asas de frango cada vez mais apimentadas.

"Decisões criativas tomadas por um comitê"

Questionada pelo apresentador Sean Evans sobre por que Hollywood parece tão avessa a correr riscos, Dakota, que cresceu na indústria como filha dos atores Don Johnson e Melanie Griffith, não mediu palavras. "Acho difícil quando as decisões criativas são tomadas por um comitê", iniciou. "E é difícil quando as decisões criativas são tomadas por pessoas que nem assistem a filmes ou sabem nada sobre eles, e isso tende a acontecer com frequência", admitiu a estrela de "Cinquenta Tons de Cinza".

Sua crítica aponta para um processo de criação onde a visão artística é, muitas vezes, diluída por executivos e algoritmos que buscam uma fórmula segura de sucesso, em vez de apostar em ideias novas.

A armadilha de "refazer as mesmas coisas"

Dakota Johnson também analisou o modelo de negócios que domina os grandes estúdios. "Quando algo vai bem, os estúdios querem continuar assim, então eles refazem as mesmas coisas", explicou. "Mas os humanos não querem isso. Eles querem algo novo, querem sentir coisas novas, experimentar coisas novas, ver coisas novas".

Para ela, essa insistência em repetir fórmulas é a causa da atual crise criativa. "Então eu não sei, acho que está tudo uma bagunça agora, não é?", concluiu.

O frenesi das propriedades intelectuais

A fala de Dakota ecoa uma frustração crescente tanto entre criadores quanto entre o público. Nos últimos anos, Hollywood entrou no que muitos chamam de "frenesi da propriedade intelectual". A energia e os maiores orçamentos são direcionados para remakes, sequências, prequelas e spin-offs de franquias já consolidadas e com um público cativo.

Isso torna o caminho para ideias originais muito mais desafiador. Remakes de sagas como "Harry Potter" e "Crepúsculo" são vistos como apostas seguras, e universos de sucesso são expandidos com séries derivadas, como "A Casa do Dragão" (de "Game of Thrones") e "Jovem Sheldon" (de "The Big Bang Theory"). A crítica de Dakota vem na esteira de sua própria experiência com um grande projeto de estúdio que fracassou, o filme "Madame Teia", que foi alvo de piadas e teve um péssimo desempenho de bilheteria e crítica, e cujo roteiro, segundo ela, foi drasticamente alterado durante a produção.


'Spaceballs 2' é anunciado e Rick Moranis sai da aposentadoria para reviver Dark Helmet

'Spaceballs 2' é anunciado e Rick Moranis sai da aposentadoria para reviver Dark Helmet

Depois de quase 40 anos de espera e uma das piadas mais proféticas da história do cinema, é oficial: a sequência de "S.O.S. - Tem um Louco Solto no Espaço" (Spaceballs) está finalmente acontecendo. E para tornar a notícia ainda mais monumental, o ator Rick Moranis está saindo de sua longa aposentadoria para reprisar seu papel como o icônico e atrapalhado vilão, Dark Helmet (Lorde Capacete Negro).

A piada que se tornou realidade: "Spaceballs 2: Em Busca de Mais Dinheiro"

O anúncio, feito nesta quinta-feira, 12 de junho, veio em grande estilo através de um vídeo nas redes sociais. A prévia começa com um letreiro no estilo clássico de "Star Wars", que ironiza a avalanche de "prequelas das sequências" e "sequências das prequelas" que dominaram Hollywood desde o lançamento do filme original em 1987.

O vídeo conta com uma mensagem do próprio mestre da sátira, Mel Brooks. "Depois de 40 anos, perguntamos: o que os fãs querem?", brinca Brooks, de 98 anos. "Mas, em vez disso, estamos fazendo este filme. Que os Schwartz estejam com vocês!". O teaser termina com a imagem do capacete quebrado de Dark Helmet, remendado com curativos, um sinal claro do humor que está por vir.

Para os fãs, o anúncio é a conclusão de uma piada que dura décadas. No filme original, o personagem Yogurt (interpretado por Brooks) quebra a quarta parede e menciona uma sequência fictícia, "Spaceballs 2: The Search for More Money" ("Em Busca de Mais Dinheiro"). O que era uma sátira sobre a ganância de Hollywood agora se torna realidade.

O triunfante retorno de Rick Moranis

A notícia mais celebrada, no entanto, é o retorno de Rick Moranis. O ator, um dos maiores nomes da comédia dos anos 80 e 90 com clássicos como "Os Caça-Fantasmas" e "Querida, Encolhi as Crianças", afastou-se das câmeras em 1997 para se dedicar à criação de seus filhos após a morte de sua esposa. Desde então, suas aparições foram extremamente raras, limitando-se a alguns trabalhos de voz.

Seu retorno era aguardado em um spin-off de "Querida, Encolhi as Crianças", mas o projeto foi cancelado. "Spaceballs 2" marcará, portanto, seu grande e triunfal retorno à atuação em frente às câmeras, para a alegria de milhões de fãs.

O que sabemos sobre a sequência

Além de Moranis, Bill Pullman também retornará ao papel do herói Estrela Solitária (Lone Starr). A novata no elenco é a talentosa Keke Palmer, cujo papel ainda não foi revelado. A direção será de Josh Greenbaum, que recentemente foi anunciado como o diretor de um novo filme dos "Ursinhos Carinhosos" e tem a sequência de "Spaceballs" como seu próximo grande projeto. Mel Brooks, que terá 100 anos na época do lançamento, atuará como produtor.

"Spaceballs" é um clássico cult que marcou uma geração. Lançado entre o fim da trilogia original de "Star Wars" e o ressurgimento da franquia, o filme se tornou onipresente na TV a cabo, e suas piadas e personagens se tornaram parte do imaginário popular. A sequência, que tem estreia prevista para 2027, não é apenas um filme; é um evento nostálgico que promete trazer de volta a magia, a loucura e, claro, a Força Schwartz.


Lily Rose Depp em

Diretor de Nosferatu, Robert Eggers, fará nova adaptação de 'Um Conto de Natal'

Em uma das combinações de diretor e material mais inesperadas e intrigantes dos últimos tempos, Robert Eggers, o mestre do horror folclórico e da reconstituição histórica, foi escalado para escrever e dirigir uma nova adaptação de "Um Conto de Natal" ("A Christmas Carol"), o clássico atemporal de Charles Dickens. O projeto, que está sendo desenvolvido pela Warner Bros. Pictures, promete uma visão única e provavelmente muito mais sombria da história de Ebenezer Scrooge.

Um mestre do terror para uma história de fantasmas

Robert Eggers construiu uma carreira aclamada por sua capacidade de criar atmosferas opressivas e mundos meticulosamente pesquisados. Seus filmes, como "A Bruxa" (2015), "O Farol" (2019), "O Homem do Norte" (2022) e o recente sucesso de terror gótico "Nosferatu" (2024), são conhecidos por sua fidelidade histórica, seu terror psicológico e sua estética visualmente deslumbrante.

A ideia de um diretor com essa sensibilidade assumindo uma das histórias de Natal mais famosas do mundo é, no mínimo, fascinante. "Um Conto de Natal", publicado em 1843, é, em sua essência, uma história de fantasmas. A trama acompanha o avarento Ebenezer Scrooge, que, na véspera de Natal, é visitado pelo fantasma de seu antigo sócio, Jacob Marley, e, em seguida, pelos Fantasmas dos Natais Passado, Presente e Futuro, que o forçam a confrontar sua própria crueldade.

Uma história com inúmeras adaptações

A obra de Dickens já foi adaptada para o cinema e a televisão dezenas de vezes, com versões que vão do drama sério à comédia e à animação. Entre as mais famosas estão "Os Fantasmas Contra-Atacam" (1988), com Bill Murray, a animação da Disney de 2009 dirigida por Robert Zemeckis e estrelada por Jim Carrey, e a sombria minissérie da BBC de 2019, com Guy Pearce no papel de Scrooge. O desafio de Eggers será encontrar uma nova abordagem para uma história tão profundamente enraizada no imaginário popular.

O que esperar da versão de Eggers?

Dado o histórico do diretor, é provável que sua versão se incline para os elementos mais góticos e assustadores do conto original. Fãs já especulam que podemos esperar fantasmas genuinamente aterrorizantes e uma exploração mais profunda da escuridão da alma de Scrooge, em contraste com as versões mais sentimentais e familiares da história.

O próprio Eggers é conhecido por sua aversão a cenários modernos. "A ideia de ter que fotografar um carro me deixa doente", disse ele em uma entrevista recente, o que torna a Londres vitoriana de Dickens um cenário perfeito para seu estilo.

O novo filme será produzido por Eggers ao lado de Chris Columbus (diretor de "Esqueceram de Mim" e dos dois primeiros "Harry Potter") e sua filha, Eleanor Columbus. A combinação da sensibilidade de horror de Eggers com a experiência de Columbus em filmes familiares de sucesso cria uma parceria de produção intrigante.

Antes de mergulhar no Natal de Scrooge, Eggers tem outro projeto de terror a caminho: "Werwulf", um filme sobre lobisomens que a Focus Features planeja lançar no Natal de 2026. A notícia sobre "Um Conto de Natal" foi divulgada inicialmente pelo Deadline.


Superman usa sunga vermelha para parecer 'bobo' e menos assustador no novo filme

Superman usa sunga vermelha para parecer 'bobo' e menos assustador no novo filme

Um dos detalhes mais comentados e celebrados do novo filme "Superman" é o retorno de um elemento clássico do traje do herói: a icônica sunga vermelha por cima da calça azul. Agora, o diretor James Gunn e o ator David Corenswet revelaram a surpreendente e profunda razão por trás dessa escolha estética: fazer o Homem de Aço parecer intencionalmente "bobo" e menos intimidador.

https://www.youtube.com/watch?v=nZTgJy8ym34&ab_channel=DC

"Minar o quão poderoso ele realmente é"

Em uma nova entrevista ao site Fandango, a dupla por trás do primeiro grande filme do novo Universo DC (DCU) explicou a psicologia por trás do uniforme. Segundo Corenswet, que assume o papel do herói, a ideia de manter a sunga, que para alguns pode parecer antiquada, partiu dele como uma forma de moldar a percepção pública do personagem dentro do próprio filme.

"Meu lance era que talvez eles [os calções] devessem parecer um pouco bobos. Talvez o motivo de ele usá-los seja para parecer um pouco bobo", disse Corenswet. "Basicamente para minar o quão poderoso ele realmente é".

Evitando a imagem de um "monstro aterrorizante"

James Gunn, que inicialmente estava em dúvida sobre incluir a peça no traje, revelou que o argumento de Corenswet foi o que o convenceu. Ele explicou que, na versão deles do DCU, a existência de Superman não é um segredo. "Nesta versão [...] todo mundo sabe que ele é um alienígena. Ele dispara raios pelos olhos, pode derrubar coisas com o sopro, ele é uma espécie de criatura aterrorizante", disse Gunn.

O diretor contou que chegou a consultar Zack Snyder, diretor de "O Homem de Aço", sobre sua decisão de remover a sunga em 2013, mas foi a lógica de Corenswet que selou o destino do traje. "Ele [Superman] realmente gosta de crianças, de seres humanos e de pessoas. Ele quer que as crianças não tenham medo dele", continuou Gunn. "E foi isso que me fez decidir ficar com o calção."

A ideia é que, ao adotar um elemento visual que pode ser visto como menos "legal" ou "moderno", Superman deliberadamente se apresenta de uma forma menos ameaçadora, convidando a humanidade a confiar nele, em vez de temê-lo.

O debate sobre a sunga e o novo Superman

A sunga vermelha foi um elemento fundamental do visual do Superman por décadas, mas foi removida no filme "O Homem de Aço" (2013) em uma tentativa de modernizar o personagem e dar-lhe um tom mais sério e sombrio. A decisão foi controversa e gerou anos de debate entre os fãs. O retorno da peça no novo filme foi um dos primeiros sinais de que a versão de James Gunn buscaria uma abordagem mais clássica e otimista para o herói.

Essa necessidade de parecer menos intimidador é reforçada pelos trailers recentes, que mostram a imensa escala de poder do novo Superman, que levanta arranha-céus, usa sua visão de calor e voa para o espaço. A escolha de usar um traje "bobo" é, portanto, um ato consciente de um ser quase divino que faz de tudo para ser visto como um amigo.

"Superman", que também estrela Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult como Lex Luthor, chega aos cinemas brasileiros em 10 de julho (um dia antes da estreia nos EUA), e promete apresentar ao público um Homem de Aço que não tem medo de parecer um pouco antiquado para ser o herói que o mundo precisa.


Zoe Saldaña é a Melhor Atriz Coadjuvante do Globo de Ouro 2025 por Emilia Pérez

Zoe Saldaña declara que seu Oscar, por Emilia Pérez, é "trans" e usa pronomes neutros

Após sua vitória histórica no Oscar deste ano, a atriz Zoe Saldaña, de 46 anos, fez uma declaração poderosa e pessoal sobre sua estatueta. Em uma nova entrevista à revista People, a estrela de "Emilia Pérez" revelou que, em sua casa, o cobiçado troféu dourado é tratado com identidade de gênero fluida, um gesto de apoio e amor que ecoa a temática de seu filme premiado.

"Eles/Elas": um Oscar com identidade de gênero fluida

"Temos isso no meu escritório e meu Oscar é de gênero fluido", declarou Saldaña à publicação. Com um sorriso, ela complementou, explicando como se refere à estatueta: "É baseado nos pronomes 'eles/elas'".

A declaração não é apenas uma curiosidade, mas um ato simbólico de aliança e respeito, especialmente vindo da estrela de um filme que aborda de forma tão central a transgeneridade. "Emilia Pérez", o aclamado musical do diretor francês Jacques Audiard, conta a história de Rita (Saldaña), uma advogada que ajuda um líder de cartel mexicano a realizar seu sonho de passar pela cirurgia de redesignação de gênero e viver como a mulher que sempre foi.

Uma vitória histórica e um discurso emocionante

A vitória de Zoe Saldaña como Melhor Atriz Coadjuvante no Oscar de 2025, em março, foi um dos momentos mais emocionantes da cerimônia. Ela se tornou a primeira atriz de origem dominicana a receber o prêmio, um marco para a representatividade latina em Hollywood.

Em seu discurso de aceitação, ela celebrou suas raízes. "Minha avó veio para este país em 1961 — sou uma filha orgulhosa de pais imigrantes... Sou a primeira americana de origem dominicana a receber um Oscar e sei que não serei a última", disse, emocionada. "O fato de eu estar recebendo um prêmio por um papel em que pude cantar e falar em espanhol — minha avó, se estivesse aqui, ficaria muito feliz".

Sua performance como a advogada Rita foi universalmente elogiada, rendendo-lhe também o Globo de Ouro e o Critics Choice Award, e foi uma das 13 indicações que o filme recebeu no Oscar, tornando-o o líder daquela edição.

Seguindo os passos de Jamie Lee Curtis

O gesto de Zoe Saldaña de atribuir pronomes neutros à sua estatueta do Oscar segue um precedente notável e afetuoso estabelecido por outra vencedora do prêmio. Em 2023, após ganhar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo", Jamie Lee Curtis declarou no programa "Today" que seu troféu usaria os pronomes "they/them" (eles/elas).

A decisão de Curtis foi uma homenagem direta à sua filha, Ruby, que é uma mulher transgênero. "Apoio minha filha Ruby. Vou fazer com que eles sejam eles/elas", disse a atriz na época, em um ato público de amor e suporte materno.

Agora, Zoe Saldaña dá continuidade a essa nova e poderosa tradição. Ao declarar seu Oscar como "trans" e de gênero fluido, ela utiliza o maior símbolo de reconhecimento da indústria do entretenimento para amplificar uma mensagem de inclusão, respeito e amor, refletindo perfeitamente o coração da história que lhe rendeu o prêmio.


Representatividade LGBTQIA+ em Hollywood cai pelo segundo ano consecutivo, aponta relatório da GLAAD

Representatividade LGBTQIA+ em Hollywood cai pelo segundo ano consecutivo, aponta relatório da GLAAD

A representatividade de personagens LGBTQIA+ nos filmes dos grandes estúdios de Hollywood está em declínio. Pelo segundo ano consecutivo, o número de personagens e de filmes inclusivos diminuiu, e a qualidade dessa representação continua a ser um desafio. A conclusão é do 13º Índice de Responsabilidade dos Estúdios (SRI, na sigla em inglês), divulgado nesta quarta-feira, 11 de junho, pela GLAAD, a principal organização de defesa dos direitos LGBTQIA+ na mídia.

A queda nos números e as notas dos estúdios

O relatório anual, que analisou 250 filmes lançados em 2024 pelos 10 maiores distribuidores, constatou que apenas 59 deles (23,6%) continham ao menos um personagem LGBTQIA+. O número representa uma queda em relação aos 27,3% de 2023 e está ainda mais distante do recorde de 28,5% alcançado em 2022.

A GLAAD atribui notas aos estúdios com base na quantidade e qualidade de sua representação. Em 2024, apenas um estúdio recebeu uma nota "boa": a A24. A produtora independente, conhecida por seus filmes autorais, teve 9 de seus 16 filmes (56%) considerados inclusivos, incluindo títulos aclamados como o thriller romântico "Love Lies Bleeding" (Amor, Mentiras e Sangue), a comédia surrealista "Problemista" e o drama "Queer".

Amazon e NBCUniversal receberam notas "razoáveis". Na parte de baixo da tabela, Warner Bros. Discovery, Apple TV+, Sony e Paramount Global foram classificadas como "insuficientes". As piores notas, "ruins", foram para Netflix, Lionsgate e The Walt Disney Company, três dos maiores produtores de conteúdo do mundo.

Representatividade trans é quase inexistente

Além da queda geral nos números, a natureza da representatividade também é um ponto de preocupação. O estudo da GLAAD apontou que a grande maioria dos personagens retratados eram homens gays e mulheres lésbicas. A representação de pessoas transgênero foi drasticamente reduzida e quase eliminada.

Dos 59 filmes inclusivos rastreados em 2024, apenas dois continham personagens trans: "Monkey Man: O Despertar da Besta" (Universal), que apresentou a atriz indiana Vipin Sharma como Alpha, líder de uma comunidade hijra, e "Emilia Pérez" (Netflix), co-estrelado pela atriz trans indicada ao Oscar, Karla Sofía Gascón. Em 2022, para comparação, haviam sido 12 filmes com representação trans.

O alerta da GLAAD para a indústria

Com mais de quatro décadas de atuação, a GLAAD usa seu relatório anual para pressionar a indústria a melhorar. No estudo deste ano, a organização argumenta que, em um momento de crescente retórica anti-LGBTQIA+ na política e na sociedade, a ausência dessas histórias nas telas é ainda mais prejudicial.

"Em uma época em que a comunidade [...] enfrenta uma retórica falsa e prejudicial descontrolada na mídia [...] essas histórias são vitais", afirma o relatório. A organização conclui que os grandes estúdios estão perdendo uma oportunidade significativa de se conectar com o crescente público LGBTQIA+, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior.

"Está claro que os estúdios precisam diversificar seus projetos com uma variedade de tipos de histórias com orçamentos escalonados para garantir estabilidade e, em última análise, crescimento", finaliza o estudo. O recado é claro: em 2024, Hollywood deu um passo para trás em termos de inclusão, e a cobrança por uma mudança de curso será ainda maior no próximo ano.


Scarlett Johansson desabafa sobre frustrações na Marvel e pede para remover seu crédito de 'Thunderbolts*'

Scarlett Johansson desabafa sobre frustrações na Marvel e pede para remover seu crédito de 'Thunderbolts*'

Após mais de uma década e oito filmes como a Viúva Negra, Scarlett Johansson compartilhou uma visão franca e rara sobre os desafios de atuar dentro da gigantesca máquina do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). Em uma conversa com seu colega de "Viúva Negra", David Harbour, para a Interview Magazine, a atriz revelou como, em filmes com elencos muito grandes, seu trabalho podia se tornar frustrante, e também esclareceu por que pediu para ter seu nome removido como produtora executiva do novo filme da Marvel, "Thunderbolts*".

"Um instrumento para mover a trama"

Johansson, que se despediu de sua icônica personagem Natasha Romanoff no filme solo de 2021, explicou que a profundidade de seu envolvimento variava drasticamente de um filme para o outro. Ela contrastou sua experiência em "Capitão América: O Soldado Invernal", onde a dinâmica com o Capitão América de Chris Evans era central, com outros filmes de equipe.

"Em alguns dos outros filmes, o elenco era tão grande e havia tanta trama para servir que você começa a se sentir como um instrumento para movê-lo", admitiu a atriz. "E se você se compromete a cinco meses e meio disso, é tipo: 'Ok. Não consigo pintar as unhas, não consigo cortar o cabelo'. Parecem problemas bobos, mas sua identidade está ligada a esse trabalho por muito tempo, e se você não está fazendo um trabalho envolvente como ator, às vezes se sente um pouco cauteloso."

O peso de interpretar o mesmo personagem por uma década

David Harbour, que interpreta o Guardião Vermelho (Alexei Shostakov) no MCU e é o protagonista de "Thunderbolts*", ecoou o sentimento de Johansson. Ele traçou um paralelo com sua experiência de quase dez anos como o xerife Jim Hopper na série "Stranger Things", da Netflix, cuja temporada final estreia ainda este ano.

"Quando comecei, adorei", explicou Harbour sobre interpretar Hopper. "Amigos meus que trabalharam em séries de TV por muitos anos diziam: ‘Na terceira ou quarta temporada você estará no comando’. E eu respondia: ‘Nunca! Eu amo tanto todos esses caras’". No entanto, ele admitiu que a repetição se torna um desafio. "E aí você chega a um ponto em que pensa: ‘Quanta história ainda tem?’ Você precisa repetir a mesma coisa, e surge a sensação de que você pensa: ‘Quero arriscar. Quero fazer algo que as pessoas nunca me viram fazer antes’."

A remoção do crédito de "Thunderbolts*"

Durante a conversa, Harbour parabenizou Johansson, de forma bem-humorada, por ser produtora executiva de "Thunderbolts*", um filme que dá continuidade ao legado de sua personagem, já que a equipe é liderada por sua "irmã" na ficção, Yelena Belova (Florence Pugh). No entanto, Johansson esclareceu a situação.

"Eu pedi para remover meus créditos porque não estava envolvida", afirmou. A revelação surpreende, já que seu nome constava em materiais de divulgação iniciais. A decisão indica que sua inclusão como produtora era provavelmente uma formalidade contratual, e, por não ter participado ativamente do processo criativo, ela optou por retirar seu nome para manter a integridade de seus créditos.

"Thunderbolts*", que já está nos cinemas, reúne um time de anti-heróis e personagens secundários do MCU, incluindo, além de Harbour e Pugh, Sebastian Stan (Soldado Invernal), Julia Louis-Dreyfus (Valentina Allegra de Fontaine) e Wyatt Russell (Agente Americano). A conversa entre Johansson e Harbour oferece um olhar sincero sobre o desgaste e as complexidades de se fazer parte de franquias tão duradouras, mesmo para os maiores astros de Hollywood.