Novo Missão: Impossível terá quase 3 horas e promete ação extrema com Tom Cruise
Último capítulo da franquia estrelada por Tom Cruise será o mais longo e um dos mais caros da história do cinema
A Paramount divulgou a duração oficial de Missão: Impossível – O Julgamento Final, e os fãs devem se preparar para uma longa e intensa jornada de espionagem: o filme terá 2 horas e 49 minutos de duração. Isso o torna o mais extenso da franquia até agora, superando os 2h43 do capítulo anterior.
O filme marca o desfecho da história de Ethan Hunt, interpretado por Tom Cruise, e promete entregar o auge em termos de escala, orçamento e acrobacias.
Tom Cruise versus a inteligência artificial
Originalmente intitulado Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte Dois, o novo título acompanha o agente da IMF em sua missão final: impedir que uma inteligência artificial avançada — chamada A Entidade — assuma o controle global.
Para isso, Cruise protagoniza algumas das sequências mais perigosas de sua carreira. Entre as cenas já divulgadas, o astro aparece pendurado em um biplano em movimento e preso dentro de um submarino submerso. O compromisso do ator com as acrobacias sem dublês é, mais uma vez, um dos grandes atrativos do filme.
Superprodução bilionária
Com um orçamento de aproximadamente US$ 400 milhões, O Julgamento Final se posiciona entre os filmes mais caros da história do cinema. A cifra elevada reflete o escopo da produção, que combina filmagens em diversos países, cenas de ação de tirar o fôlego e um elenco de peso.
Entre os nomes confirmados estão Hayley Atwell, Vanessa Kirby, Ving Rhames, Simon Pegg, Angela Bassett, Nick Offerman, Pom Klementieff e Tramel Tillman. A direção fica novamente por conta de Christopher McQuarrie, colaborador de longa data de Cruise.
De 1996 a 2025: uma despedida épica
A primeira missão impossível de Ethan Hunt chegou aos cinemas em 1996, com apenas 1h50 de duração. Desde então, a franquia cresceu em escala e popularidade, transformando-se em uma das sagas de ação mais respeitadas de Hollywood.
Em tempos de blockbusters cada vez mais longos — tendência popularizada por diretores como Zack Snyder —, Missão: Impossível – O Julgamento Final se junta ao clube das superproduções de quase três horas, prometendo manter os espectadores presos à cadeira do início ao fim.
Missão: Impossível – O Julgamento Final chega aos cinemas em 23 de maio de 2025, encerrando uma das franquias mais emblemáticas do cinema contemporâneo com toda a intensidade e ousadia que a tornaram inesquecível.
Chris Evans elogia Anthony Mackie após estreia de 'Capitão América: Admirável Mundo Novo'
Anthony Mackie, o novo Capitão América do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), revelou que recebeu uma mensagem especial de ninguém menos que Chris Evans, o intérprete original do herói, após a estreia de Capitão América: Admirável Mundo Novo.
“Acabei de receber uma mensagem dizendo ‘bom trabalho’ e que ele adorou o filme”, disse Mackie ao E! News. Apesar da troca breve, o ator explicou que os dois ainda não tiveram tempo para conversar com mais profundidade devido às agendas de filmagens intensas de ambos.
Nova era do Capitão América arrecada US$ 414 milhões
Lançado nos cinemas em fevereiro, Capitão América: Admirável Mundo Novo marca oficialmente a transição do escudo para Mackie, que anteriormente interpretava o Falcão, Sam Wilson. Agora, o herói assume o protagonismo em uma nova fase do MCU, acompanhado por Danny Ramirez como o novo Falcão.
Apesar das críticas mistas, o longa teve desempenho sólido nas bilheterias, com US$ 414 milhões arrecadados globalmente contra um orçamento estimado em US$ 180 milhões.
Elenco de peso e novos rostos no MCU
O filme conta com um elenco robusto, incluindo nomes consagrados como Harrison Ford no papel do Presidente Thaddeus “Thunderbolt” Ross, Liv Tyler como a Dra. Betty Ross, e Tim Blake Nelson como o vilão Samuel Sterns, também conhecido como o Líder. Giancarlo Esposito também estreia no universo como o antagonista Sidewinder, enquanto Shira Haas interpreta Ruth Bat-Serafim e Carl Lumbly retorna como Isaiah Bradley.
Tanto Mackie quanto Ramirez estão confirmados no elenco de Vingadores: Apocalipse, o próximo grande evento do MCU. O filme reunirá um dos maiores elencos da história da franquia, com a chegada de estrelas como Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach. O retorno mais comentado, no entanto, é o de Robert Downey Jr., que volta ao universo Marvel como Victor von Doom, o icônico Doutor Destino.
A direção do aguardado filme está novamente nas mãos dos irmãos Russo, responsáveis por alguns dos maiores sucessos do MCU, como Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato.
Disponibilidade no streaming ainda não confirmada
Capitão América: Admirável Mundo Novo ainda não tem data oficial para estrear no Disney+, mas a plataforma deve confirmar sua chegada em breve. Fãs que perderam o filme nos cinemas poderão reviver a nova fase do herói na telinha em alguns meses.
'Thunderbolts' surpreende e emociona: Marvel entrega drama sombrio com atuação soberba de Florence Pugh, afirmam reações
Primeiras reações exaltam filme como um dos mais ousados e emocionantes do MCU em anos, com foco em trauma, cura e redenção
A Marvel Studios pode estar prestes a virar a chave com Thunderbolts, seu novo longa centrado em anti-heróis. Revelado à imprensa antes da estreia oficial em 2 de maio, o filme recebeu elogios calorosos da crítica especializada por sua abordagem sombria, emocional e intimista — uma ruptura com a fórmula tradicional dos blockbusters do MCU.
No centro da narrativa está Florence Pugh, que retorna ao papel de Yelena Belova. A atriz, indicada ao Oscar, entrega o que já vem sendo apontado como “a atuação de destaque” do filme. “Thunderbolts pertence em grande parte a Florence Pugh, que carrega o peso dramático nas costas”, escreveu Matt Neglia, editor-chefe do Next Best Picture.
Drama acima de espetáculo
Longe do brilho das explosões em CGI e piadas em série, Thunderbolts mergulha em temas densos como trauma, redenção e pertencimento. A roteirista Emily Murray descreveu a experiência como “genuinamente emocionante”, revelando que chegou a derramar lágrimas. Brandon Norwood, crítico de cinema, reforça: “Dar ênfase ao trabalho dos personagens e à ação prática faz com que pareça a antiga Marvel. Gostaria que tivéssemos feito isso antes.”
O filme acompanha um grupo de anti-heróis desajustados que se unem contra uma ameaça comum. Além de Pugh, o elenco inclui Lewis Pullman como Sentinela, Wyatt Russell como John Walker, Hannah John-Kamen como Ghost, Sebastian Stan como Bucky Barnes, David Harbour como Guardião Vermelho e Olga Kurylenko como Taskmaster.
Novo tom, nova Marvel
Dirigido por Jake Schreier, com roteiro de Eric Pearson e Joanna Calo, Thunderbolts carrega o DNA de produções mais autorais. O próprio Schreier afirmou, durante a Comic-Con 2024, que a intenção era clara: “tentar algo diferente”. A Marvel buscou uma equipe criativa com experiência em filmes da A24, estúdio conhecido por dramas profundos e visuais marcantes.
A expectativa é alta, especialmente após o desempenho morno de Capitão América: Admirável Mundo Novo, lançado em fevereiro. Agora, com uma proposta mais emocional e autoral, Thunderbolts promete reconectar o público com o lado humano — e mais sombrio — do Universo Cinematográfico Marvel.
Audiência de 'Conclave' dispara após morte do Papa Francisco e reacende interesse por dramas do Vaticano
Filme estrelado por Ralph Fiennes e indicado ao Oscar vê aumento de 283% na audiência após falecimento do pontífice aos 88 anos
A morte do Papa Francisco, ocorrida em 21 de abril, gerou uma onda de comoção global — e também impactou diretamente o consumo de obras audiovisuais ligadas ao Vaticano. O drama Conclave (2024), estrelado por Ralph Fiennes e Stanley Tucci, registrou um aumento de 283% em audiência em plataformas digitais no mesmo dia da notícia do falecimento do pontífice.
Disponível no Amazon Prime Video para assinantes sem custo adicional, Conclave gira em torno da escolha de um novo Papa após a morte do líder anterior. A semelhança com a realidade não passou despercebida pelo público, que transformou o filme em um dos conteúdos mais assistidos da semana.
De acordo com dados da Luminate, empresa que monitora a audiência de streaming, o filme saltou de 1,8 milhão de minutos assistidos no dia 20 de abril para 6,9 milhões em 21 de abril.
Dramas vaticanos ganham novo fôlego
Outro longa que teve pico de interesse foi Dois Papas (2019), da Netflix, protagonizado por Anthony Hopkins e Jonathan Pryce. O aumento de audiência foi ainda mais expressivo: 417% em apenas 24 horas, passando de 290 mil para 1,5 milhão de minutos assistidos.
O interesse renovado mostra como acontecimentos reais ainda moldam diretamente os hábitos de consumo de conteúdo, especialmente quando filmes refletem questões espirituais, políticas e humanas do papado.
Uma perda sentida também em Hollywood
Durante a temporada de premiações deste ano, o elenco de Conclave já havia sido questionado sobre a saúde de Francisco, que esteve hospitalizado em fevereiro. Em sua participação no SAG Awards, a atriz Isabella Rossellini chegou a dedicar palavras de recuperação ao Papa. “Desejo-lhe tudo de bom”, disse nos bastidores do evento, enquanto Sergio Castellitto refletia sobre a proximidade física e simbólica entre os romanos e o Vaticano.
Após o anúncio oficial da morte do Papa, nomes influentes do cinema prestaram homenagens. O diretor Martin Scorsese declarou: “Ele irradiava sabedoria e bondade. Sabia que a ignorância era uma praga, por isso nunca parou de aprender e se iluminar.”
Um filme oportuno em tempos de reflexão
Conclave, dirigido por Edward Berger (Nada de Novo no Front), foi indicado ao Oscar de melhor filme, melhor ator e outras categorias. A obra traz uma reflexão profunda sobre fé, poder e humanidade — temas que, com a partida de Francisco, ganham nova relevância.
O sucesso de audiência pós-morte do pontífice comprova não apenas o impacto da sua figura no mundo contemporâneo, mas também o poder do cinema como forma de compreensão e homenagem.
Ryan Coogler celebra sucesso de Pecadores com carta emocionante ao público: 'Gratidão eterna'
Filme de terror estrelado por Michael B. Jordan lidera bilheteria e reforça a crença do diretor na força do cinema
Ryan Coogler está em estado de pura gratidão. Após a estreia triunfante de seu novo filme, Sinners, o aclamado diretor de Pantera Negra e Creed escreveu uma carta aberta ao público que lotou as salas de cinema no fim de semana da Páscoa. A produção, que mistura terror psicológico e drama familiar, liderou a bilheteria americana com impressionantes US$ 48 milhões, superando títulos de peso como Minecraft: The Movie.
Uma história de horror com raízes pessoais
Sinners acompanha irmãos gêmeos que, após anos separados, voltam à cidade natal com a esperança de recomeçar — apenas para descobrir que um mal ancestral os aguarda. Coogler revelou que a inspiração veio de sua própria família e ancestralidade, mas frisou que sempre teve o público em mente: “Queríamos fazer um filme para vocês, nos cinemas”, escreveu.
Uma carta que ecoa a paixão pelo cinema
“Meu coração está transbordando de gratidão”, começa Coogler na carta, publicada nas redes sociais do estúdio. Ele agradeceu ao público por comparecer às salas, “comprar ingressos, pipoca, contratar babás, mudar agendas e até assistir mais de uma vez”.
O diretor reafirma sua crença na força do cinema como arte coletiva e essencial: “Eu acredito no cinema. Eu acredito na experiência teatral. É um pilar necessário da sociedade.” Ele diz que, graças ao apoio do público, pôde construir uma carreira e uma vida mais sustentável, e promete continuar “explorando minha experiência humana pessoal e meus relacionamentos em busca de mais histórias”.
Homenagens e influências
Coogler aproveitou o espaço para citar os nomes que o inspiraram na criação de Sinners. A lista inclui Spike Lee, John Singleton, Ava DuVernay, Quentin Tarantino, Paul Thomas Anderson, Jordan Peele, Cronenberg, Lynch, Nolan, Spielberg, Scorsese, George Lucas, Stephen King e outros ícones do cinema e da literatura.
Essa reverência às influências mostra que Sinners não é apenas um filme de terror: é um projeto que homenageia a arte de contar histórias. E, com sua bem-sucedida estreia, marca mais um capítulo sólido na trajetória de Coogler — um cineasta que continua expandindo seus limites, sem perder o contato com suas raízes e com o público.
Enola Holmes 3 está em produção: Netflix confirma retorno de Millie Bobby Brown e elenco principal
Nova sequência levará a jovem detetive até Malta, em seu caso mais desafiador; filmagens já começaram no Reino Unido
A Netflix confirmou oficialmente que Enola Holmes 3 está em produção. A continuação da bem-sucedida franquia baseada na série literária de Nancy Springer reunirá novamente Millie Bobby Brown, Henry Cavill, Helena Bonham Carter e outros nomes conhecidos do público. Desta vez, a trama levará a jovem detetive à ilha de Malta, onde questões pessoais e desafios profissionais se cruzam em um mistério mais complexo do que qualquer outro que ela já enfrentou.
O retorno do elenco e da equipe criativa
Millie Bobby Brown volta ao papel principal como Enola Holmes, enquanto Henry Cavill mais uma vez encarna seu famoso irmão, Sherlock Holmes. Helena Bonham Carter também está de volta como Eudoria Holmes, a matriarca rebelde da família. Louis Partridge retorna como Tewkesbury, o interesse romântico da protagonista, e Hamish Patel reprisa o papel de Dr. Watson, reforçando o núcleo clássico do universo de Holmes.
A direção ficará por conta de Philip Barantini (Boiling Point), com roteiro assinado por Jack Thorne, responsável pelos dois filmes anteriores e pela adaptação teatral de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada. Ambos os profissionais vêm da produtora Adolescence, reforçando o compromisso da Netflix com parcerias duradouras e criativas.
Uma das maiores franquias da Netflix
Desde sua estreia em 2020, Enola Holmes se consolidou como uma das franquias originais de maior sucesso do catálogo da Netflix. O segundo filme, lançado em 2022, figurou no Top 10 em mais de 90 países e expandiu a mitologia da personagem, misturando mistério, ação e um toque feminista com apelo jovem.
A produção do terceiro longa reforça a estratégia da plataforma de streaming de investir em propriedades intelectuais próprias e em talentos consolidados. Millie Bobby Brown, que se tornou um fenômeno global com Stranger Things, também é produtora do filme por meio de sua empresa PCMA Productions. Bobby Brown, Jake Bongiovi, Isobel Richards e outros nomes estão à frente da produção executiva, ao lado da Legendary Entertainment.
O que esperar da nova aventura
A sinopse oficial de Enola Holmes 3 antecipa uma jornada de crescimento e amadurecimento para a protagonista. Agora mais experiente, Enola mergulhará em um caso em Malta que colocará à prova suas habilidades como detetive e suas decisões como jovem adulta. A mistura entre elementos pessoais e um enredo investigativo mais denso promete elevar a franquia a um novo patamar.
Ainda sem data de estreia divulgada, o filme segue em produção no Reino Unido e deve chegar à Netflix em algum momento de 2026.
Andrew Garfield quer voltar como Homem-Aranha — mas só se for 'estranho e único'
Ator expressa desejo de interpretar Peter Parker novamente em projeto fora do convencional e se inspira na liberdade criativa do Aranhaverso
Andrew Garfield ainda não pendurou as teias. Durante uma participação recente na Middle East Film & Comic Con, em Abu Dhabi, o ator britânico revelou que tem interesse em vestir o traje do Homem-Aranha mais uma vez — desde que seja em um projeto ousado e fora do padrão. Em um vídeo compartilhado no Instagram, Garfield deixou claro que sua vontade de retornar ao papel existe, mas com uma condição: "Eu adoraria interpretar o personagem novamente de alguma forma, mas acho que teria que ser muito estranho", afirmou.
Um Homem-Aranha excêntrico e surpreendente
Garfield, conhecido por seu trabalho em O Espetacular Homem-Aranha (2012) e sua sequência de 2014, explicou que não se contentaria com uma repetição do que já foi feito. “Eu gostaria de fazer algo muito único, excêntrico e surpreendente”, disse ele, citando como referência o estilo criativo da aclamada franquia animada Homem-Aranha no Aranhaverso. Para o ator, esses filmes provam que o multiverso oferece um território rico para homenagear o personagem sob novas perspectivas e formas inesperadas.
A liberdade artística do Aranhaverso, segundo ele, mostra como é possível explorar camadas diferentes do herói, o que o motiva a considerar um possível retorno, desde que exista espaço para algo verdadeiramente inovador.
Ciclos inacabados e reencontro com o personagem
Garfield teve sua trilogia interrompida pela Sony antes de um terceiro filme se concretizar. Depois disso, o personagem foi passado para Tom Holland, que assumiu o papel a partir de Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017). No entanto, o retorno inesperado de Garfield em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021), ao lado de Tobey Maguire, foi celebrado pelos fãs e pelo próprio ator. Em entrevistas, ele chegou a descrever a experiência como “curativa”, especialmente após o cancelamento precoce de sua versão do herói.
Questionado se voltaria a encarnar Peter Parker, Garfield foi enfático: “Com certeza, eu voltaria se fosse a coisa certa, se fosse um acréscimo à cultura, se houvesse um ótimo conceito ou algo inédito que fosse único, inusitado e emocionante e no qual você pudesse se aprofundar.”
Futuro aberto no multiverso da Marvel
Com o multiverso se expandindo cada vez mais nas produções da Marvel, não parece impossível que Garfield encontre novamente seu lugar como o Homem-Aranha. Seu desejo de revisitar o personagem com uma abordagem criativa e ousada pode muito bem se alinhar com os novos rumos que o estúdio tem explorado, principalmente com a popularidade das versões alternativas do herói.
Por ora, o retorno não está confirmado — mas a vontade está clara, e o espaço para algo “estranho, único e excitante” no universo Marvel nunca foi tão propício.
Não funcionava assim antes? Novas regras do Oscar exigem que jurados assistam a todos os indicados antes de votar
Academia de Artes e Ciências Cinematográficas altera as regras para a temporada de 2025, mudando a forma como jurados votam nos vencedores
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou mudanças significativas nas regras para a temporada do Oscar de 2025, que certamente irão gerar debate. A partir deste ano, todos os jurados terão a obrigação de assistir a todos os filmes indicados em uma categoria antes de votar no vencedor. Essa medida visa aumentar a integridade e a transparência do processo de votação, algo que tem sido questionado há muito tempo pelos críticos do Oscar.
O fim da escolha sem ter assistido a todos os filmes
Uma das maiores controvérsias dos últimos anos em relação ao Oscar foi o fato de que os jurados, em algumas categorias, podiam votar sem ter assistido a todos os filmes indicados. No caso de categorias como Melhor Filme, por exemplo, os membros da Academia podiam escolher o vencedor sem conhecer todos os concorrentes. Isso sempre gerou discussões sobre o quão justo e representativo era o processo de seleção dos vencedores.
Agora, a nova regra exige que os jurados visualizem todas as produções indicadas antes de registrar seu voto. No entanto, o comunicado oficial da Academia não forneceu detalhes sobre como os jurados terão que provar que assistiram a todos os filmes ou se haverá algum tipo de verificação desse processo.
A flexibilidade com a IA no cinema
Outra novidade que chamou atenção no anúncio foi a postura da Academia em relação ao uso de inteligência artificial (IA) na criação de filmes. A Academia declarou que a utilização de IA generativa não ajudará nem prejudicará as chances de um filme ser indicado. No entanto, a seleção de um vencedor será determinada levando em consideração o "grau em que um ser humano esteve no cerne da autoria criativa". Isso sugere que, embora a IA seja permitida, o componente humano será sempre fundamental na avaliação das produções.
Impacto nas próximas cerimônias
Essas mudanças representam um movimento claro da Academia em tentar modernizar e melhorar o processo de premiação, algo que gerou discussões durante muitas edições do Oscar. Jurados que realmente assistem a todos os filmes indicados podem garantir uma avaliação mais justa e abrangente dos candidatos. No entanto, o fato de que a verificação dessa nova exigência não foi detalhada deixa espaço para especulação sobre como isso será aplicado na prática.
Além disso, a mudança pode impactar a forma como os filmes independentes ou de nicho são avaliados, já que os jurados agora precisarão ter uma compreensão mais profunda e detalhada de todos os indicados, não apenas de alguns. Para os críticos que já questionavam a representatividade do Oscar, essa é uma tentativa de ajustar a metodologia do prêmio.
Mudanças para a temporada de 2025 e o futuro do Oscar
Com a cerimônia do Oscar de 2025 marcada para 15 de março de 2026, essas alterações nas regras certamente darão o que falar. O comunicado de imprensa da Academia também destacou que o Oscar de 2025 será um evento com muitas novidades, incluindo, possivelmente, a maior aceitação de filmes inovadores que usem tecnologia de ponta, como a IA, sem que isso prejudique suas chances.
Enquanto isso, a cerimônia do Oscar de 2024, realizada em 2 de março, viu a vitória surpreendente do filme independente Anora, que levou cinco prêmios, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz para Mikey Madison, um exemplo claro de como filmes menores podem ter um impacto significativo quando avaliados adequadamente.
‘Sinners’ surpreende e lidera bilheteria da Páscoa, superando ‘Minecraft’; Warner Bros. domina o mercado com 64% de participação
Sucesso inesperado: ‘Sinners’ conquista o topo das bilheterias e reafirma poder criativo de Ryan Coogler
No que muitos consideravam uma disputa já vencida por Minecraft: O Filme, a Warner Bros. foi surpreendida — de forma positiva — com a performance de Sinners, novo filme de Ryan Coogler estrelado por Michael B. Jordan. Lançado no fim de semana da Páscoa, o drama de época arrecadou expressivos US$ 45,6 milhões em 3.308 cinemas nos Estados Unidos, superando com folga as expectativas iniciais de US$ 40 milhões e ultrapassando Minecraft, que ficou em segundo lugar com US$ 41,3 milhões.
Com críticas quase unânimes (97% no Rotten Tomatoes) e uma nota A do público no CinemaScore, Sinners é agora o filme original com a melhor estreia desde Nós, de Jordan Peele, em 2019. No cenário internacional, o longa também demonstrou força, somando US$ 15,4 milhões e elevando o total global para US$ 61 milhões.
Michael B. Jordan brilha em dupla jornada dramática
Ambientado em 1932, Sinners acompanha os irmãos gêmeos Smoke e Stack — ambos interpretados por Jordan — veteranos da Primeira Guerra Mundial e agora empresários retornando à sua cidade natal no Delta do Mississippi. Com planos de abrir uma boate, os dois acabam confrontando horrores inesperados em uma comunidade marcada pela segregação racial. O roteiro intenso, a atuação poderosa e a direção imersiva de Coogler foram amplamente elogiados, consolidando o longa como uma obra singular em meio a blockbusters familiares.
Warner Bros. domina feriado da Páscoa e celebra duas vitórias
Embora tenha sido superado por Sinners no mercado doméstico, Minecraft: O Filme continua sendo um gigante das bilheterias. Com arrecadação global de US$ 720,8 milhões (sendo US$ 344,6 milhões nos EUA e US$ 376,2 milhões no exterior), o filme baseado no jogo é o primeiro de 2025 com chances reais de ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão.
Com as duas produções no topo, a Warner Bros. garantiu 64% do mercado de bilheteria durante o feriado, uma vitória estratégica para o estúdio — especialmente após o período de incertezas e fracassos recentes. A boa performance reacende a confiança nos executivos Michael De Luca e Pamela Abdy, cuja permanência foi questionada após lançamentos problemáticos herdados de gestões anteriores.
“Estamos entusiasmados em ver como o filme original de Ryan Coogler, Sinners, e Minecraft, favorito dos fãs, repercutiram com o público de forma tão estelar”, disseram De Luca e Abdy em nota conjunta. “A Warner Bros. continua comprometida em trazer experiências singulares aos cinemas.”
Outros destaques da bilheteria
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O Rei dos Reis, animação de temática cristã da Angel Studios, manteve um sólido terceiro lugar com US$ 17,3 milhões, totalizando US$ 45,3 milhões em duas semanas e obtendo um raro A+ no CinemaScore.
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The Amateur, thriller de espionagem com Rami Malek, arrecadou US$ 7,2 milhões no segundo fim de semana, acumulando US$ 64,3 milhões globalmente.
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O drama patriótico A Corajosa História dos EUA, da A24, completa o Top 5, embora sem números divulgados até o momento.
Aposta de risco e retorno promissor
Com orçamento de US$ 90 milhões, Sinners representa uma aposta ousada para um filme original com classificação indicativa R. Ainda assim, seu sucesso inicial pode marcar um novo ciclo para filmes autorais de grande escala nos cinemas — especialmente em um mercado ainda em recuperação pós-pandemia.
Além disso, Coogler garantiu uma cláusula rara no contrato: os direitos do filme voltarão a ele em 25 anos, uma decisão estratégica e pouco comum no circuito de Hollywood.
Se o boca a boca continuar positivo, Sinners tem tudo para se tornar não apenas um sucesso de bilheteria, mas também um marco na carreira de Coogler — e na história recente da Warner Bros.
Karla Sofia Gascón retorna ao cinema após polêmica e estrela thriller com Vincent Gallo
Após meses de controvérsia e afastamento dos holofotes, Karla Sofia Gascón, 53 anos, acaba de conquistar seu primeiro papel desde que antigos tweets com falas racistas e xenofóbicas vieram à tona. Segundo a Variety, a atriz protagonizará o thriller psicológico “The Life Lift”, ao lado do ator e cineasta Vincent Gallo, sob direção de Stefania Rossella Grassi.
Na trama, Gascón interpretará uma psiquiatra com nuances divinas e demoníacas, enquanto Gallo viverá Gabriel, um homem que encontra mensagens enigmáticas no elevador de seu prédio em Nova York. Os bilhetes ordenam que ele cometa assassinatos brutais contra três vizinhos, que por sua vez também planejam matar seus familiares mais próximos. A proposta do filme mistura suspense, crítica psicológica e dilemas morais.
A controvérsia
Karla Sofia Gascón estava em ascensão após sua atuação aclamada em “Emilia Pérez”, filme indicado ao Oscar 2025 em 13 categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Filme Internacional — prêmio que acabou sendo concedido ao brasileiro Ainda Estou Aqui. Gascón concorreu na categoria de Melhor Atriz, mas sua candidatura foi abalada pela redescoberta de mensagens ofensivas publicadas em seu antigo perfil no Twitter.
Entre os conteúdos, estavam declarações polêmicas sobre os protestos de George Floyd e outros tópicos considerados discriminatórios. A repercussão foi tão negativa que a Netflix decidiu retirar seu apoio institucional à atriz durante a campanha do Oscar.
Em resposta, Gascón reagiu com declarações ainda mais controversas, dizendo que foi “menos racista que o Gandhi” e que “ninguém tem que me perdoar por nada”. “Se alguém se sente ofendido por coisas que eu possa ter feito na minha vida, que venha e me diga”, completou na época.
Nova chance em meio ao cancelamento
Apesar das críticas, “The Life Lift” marca uma espécie de retorno não oficial de Karla Sofia ao cinema internacional. A escolha por um papel com carga simbólica — onde sua personagem encarna tanto Deus quanto o Diabo — não passou despercebida entre analistas e cinéfilos, levantando debates sobre redenção, representação e os limites da cultura do cancelamento.
O filme ainda não tem data de estreia confirmada, mas já é aguardado como um dos projetos independentes mais provocativos dos próximos meses.