Kevin Bacon revela descoberta de cadáver no set de 'Wild Things': 'Era meio que a vibe do filme'
Durante uma entrevista descontraída no quadro “Know Their Lines?” da Variety, Kevin Bacon fez uma revelação macabra sobre os bastidores do thriller erótico Wild Things (1998): um cadáver foi encontrado durante as filmagens em um pântano. O ator, que atualmente promove sua nova série de terror The Bondsman, relembrou o momento inesperado com certo humor sombrio.
“Estávamos no pântano à noite — muitos mosquitos, nossa — e filmando uma cena perto de um rio. Aí ouvi no walkie-talkie: ‘Ei, acho que acabei de ver uma coisa flutuando’. E era um corpo flutuando”, contou Bacon. “Era meio que um indicativo da vibe do filme.”
O filme dirigido por John McNaughton, estrelado também por Denise Richards, Neve Campbell e Matt Dillon, foi marcado por reviravoltas ousadas e tensão sexual — mas nada preparou a equipe para o que viria das águas do pântano.
O próprio McNaughton confirmou o episódio à Entertainment Weekly em uma entrevista anterior, dizendo que a polícia foi chamada imediatamente. “Eles agarraram o corpo e o impediram de entrar na nossa cena”, disse o diretor, reforçando o quão surreal foi a situação.
Bacon e o terror: uma parceria de longa data
A revelação vem em um momento em que Kevin Bacon retorna com força ao gênero de terror, algo que ele diz amar desde jovem. Em The Bondsman, nova série do Prime Video, ele interpreta um caçador de recompensas ressuscitado por Satanás para caçar demônios fugitivos. O projeto soma-se a Maxxxine, nova produção de horror com o ator, consolidando seu interesse crescente por histórias sombrias e intensas.
“Gosto de compartilhar essa experiência com as pessoas no cinema, quando todo mundo pula e ri junto. É como comédia: ótimo de assistir em grupo”, disse à Variety.
Ao que parece, a afinidade de Bacon com o terror é mais do que profissional — já que até fora das câmeras, ele viveu momentos dignos de roteiro. A descoberta de um corpo em pleno set de Wild Things agora entra para o folclore dos bastidores de Hollywood como mais um capítulo bizarro em sua longa carreira.
Jack Black intervém em exibição caótica de Um Filme Minecraft e pede: 'Guarde a pipoca para você'
A estreia de Um Filme Minecraft tem sido marcada não só pelo sucesso estrondoso de bilheteria, mas também por um comportamento inesperadamente caótico dos espectadores mais jovens. Em um esforço para conter a onda de desordem, o astro Jack Black fez uma aparição surpresa em uma sessão no AMC Century City, em Los Angeles, no fim de semana de 11 a 13 de abril, e pediu que o público parasse de jogar pipoca durante a exibição.
"Por favor, não joguem pipoca"
Sem ser anunciado, Black entrou no auditório e, com voz disfarçada, alertou:
“Na apresentação de hoje de Um Filme Minecraft, por favor, não joguem pipoca.”
Ao ser reconhecido, causou euforia na plateia ao exibir seu icônico machado do filme e completar:
“Olha o que eu trouxe”, provocando risadas, gritos e vaias divertidas.
O pedido do ator vem na esteira de diversos relatos virais de espectadores jogando comida, bebida e até galinhas de verdade durante as sessões. Um dos momentos mais explosivos ocorre quando o personagem de Black grita “galinha jóquei!” — uma referência a uma ocorrência rara do jogo que tem levado os fãs ao delírio (e ao vandalismo).
Jack Black appears at a ‘MINECRAFT’ movie screening asking fans not to throw popcorn all over the theater. pic.twitter.com/g4eFCEXgD3
— The Hollywood Handle (@HollywoodHandle) April 14, 2025
Cinema ou zona de guerra?
Vídeos de plateias descontroladas rodaram as redes sociais na semana anterior, com cinemas sendo praticamente destruídos. Funcionários relataram dificuldades para conter o tumulto, e em pelo menos um caso, a polícia foi chamada.
Diante da situação, a Cinema United, associação que representa exibidores, emitiu um memorando sugerindo medidas como anúncios pré-filme e possíveis intervenções legais, se necessário. No entanto, grandes redes de cinema evitam impor proibições generalizadas, com medo de gerar ainda mais rebuliço, como já aconteceu com fãs de Minions: A Origem de Gru (que lançavam bananas nas salas) ou com a tentativa fracassada da AMC de impedir que o público cantasse junto durante Wicked.
Um sucesso explosivo
Apesar do caos, Um Filme Minecraft é um verdadeiro fenômeno. Em menos de duas semanas, já arrecadou US$ 552,6 milhões mundialmente, sendo US$ 278,9 milhões no mercado interno e US$ 273,8 milhões no exterior. O longa caminha para ser o primeiro bilhão de 2025, consolidando-se como uma das maiores adaptações de videogame da história.
O sucesso também vem em boa hora para a Warner Bros., após uma série de fracassos. Produzido com a Legendary Pictures e Vertigo, o filme é atualmente o maior lançamento do ano.
O filme
Na trama, quatro desajustados são transportados para o universo cúbico de Minecraft e precisam encontrar o caminho de volta ao mundo real com a ajuda de Steve (personagem de Black), um artesão lendário. Um dos momentos mais celebrados é quando um bebê zumbi monta uma galinha — uma referência a uma das raridades mais conhecidas do game.
Jack Black parece ter sido escalado para uma missão diplomática: domar o caos com carisma e humor — e, se possível, gerar um momento viral que transforme o cenário de pipoca voadora em uma memória divertida (e mais segura) para todos.
“Prontos para o rock? Senhoras e senhores, aproveitem Um Filme Minecraft”, declarou ele, encerrando sua participação com estilo.
Tom Hardy esclarece rumores sobre crossover entre Venom e Homem-Aranha: “Fui citado incorretamente”
Ator comenta frustração de fãs e explica que o encontro entre os personagens quase aconteceu, mas nunca foi descartado oficialmente
Tom Hardy finalmente quebrou o silêncio sobre os rumores de que um crossover entre Venom e o Homem-Aranha de Tom Holland teria sido cancelado devido a divergências entre os estúdios Marvel e Sony. Em entrevista recente ao The Hollywood Reporter, o ator afirmou que foi "citado incorretamente" em comentários anteriores que sugeriam um impasse criativo como motivo do projeto não ter saído do papel.
"Eu não disse isso de jeito nenhum", explicou Hardy. "Foi uma interpretação errada de uma fala muito simples que fiz sobre meus filhos assistindo Venom. É difícil explicar para uma criança por que seus super-heróis favoritos não estão no mesmo filme, e isso é uma pena. Quase conseguimos, mas não aconteceu. E essa é a verdade."
Cena pós-créditos reacendeu as esperanças — mas por pouco tempo
A possibilidade de um encontro entre Eddie Brock e Peter Parker ganhou força com a participação especial de Hardy na cena pós-créditos de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021). Contudo, o que poderia ser o início de uma união promissora foi rapidamente descartado.
"A trilogia do Venom chegou ao fim e o crossover não aconteceu. Não foi cancelado por uma razão específica, apenas não se concretizou", reforçou o ator. "As pessoas se empolgam com qualquer coisa ligada ao Venom ou ao universo dos super-heróis, e isso acaba criando expectativas fora de controle."
Futuro incerto, mas não impossível
Apesar da decepção, Hardy afirmou que as conversas entre os estúdios continuam: "Sempre há discussões. Isso não quer dizer que algo vá acontecer imediatamente, mas não é o fim. Tenho certeza de que, em algum momento, esse crossover vai acontecer — só não foi comigo."
Atualmente, o ator se despede do simbionte com Venom: A Última Dança, lançado em outubro passado, encerrando uma jornada de seis anos como Eddie Brock. Seu próximo projeto é a série criminal MobLand, da Paramount+, onde divide o protagonismo com Pierce Brosnan.
Hardy também mira o deserto com Mad Max
Além da despedida do simbionte, Hardy também comentou sobre Mad Max: A Terra Devastada, próximo filme da franquia pós-apocalíptica que lidera. "Muitas coisas estão sendo discutidas, mas ainda não aconteceram. E tudo bem. Esse é o ritmo da indústria."
Um Filme Minecraft lidera bilheterias globais novamente e pode ser o primeiro bilhão de 2025
Sucesso global da Warner Bros. domina cinemas e impulsiona mercado norte-americano
A adaptação cinematográfica de Minecraft continua a surpreender e conquistar o público. Com uma bilheteria global de impressionantes US$ 550,6 milhões, o filme da Warner Bros. desponta como o maior fenômeno cinematográfico de 2025 até agora — e com fortes chances de se tornar o primeiro lançamento do ano a atingir a marca de US$ 1 bilhão.
Em seu segundo fim de semana em cartaz, Um Filme Minecraft arrecadou sólidos US$ 80,6 milhões na América do Norte, mesmo com uma queda de 68% em relação à estreia. A receita doméstica já soma US$ 281 milhões, enquanto o mercado internacional responde por US$ 296,6 milhões, incluindo US$ 20,5 milhões vindos da China — desempenho notável, apesar das novas restrições impostas pelo governo chinês a produções estrangeiras.
Angel Studios surpreende com animação bíblica “O Rei dos Reis”
Entre os estreantes do fim de semana, o destaque foi O Rei dos Reis, da Angel Studios, que arrecadou US$ 19 milhões e conquistou o segundo lugar nas bilheterias. Com entrada gratuita para crianças e um raro A+ no CinemaScore, o filme consolidou-se como a maior estreia da história para uma animação de temática cristã. O elenco de vozes inclui nomes como Kenneth Branagh, Uma Thurman, Oscar Isaac e Mark Hamill.
Estreias variadas movimentam o ranking
O thriller de espionagem The Amateur, com Rami Malek, estreou com US$ 15 milhões e ficou em terceiro lugar, seguido por Warfare, drama de guerra da A24, com US$ 8,3 milhões. Já o terror Drop, da Blumhouse, arrecadou US$ 7,5 milhões. A exibição cinematográfica da série The Chosen: The Last Supper segue firme, com US$ 5,8 milhões no fim de semana e US$ 34 milhões no total.
Ryan Coogler revela história engraçada com de Chadwick Boseman e imagina “Sinners” com o astro
Diretor relembra parceria com Boseman e revela como o astro segue inspirando seus projetos, incluindo o novo filme “Sinners”
Em recente entrevista ao The Breakfast Show, o diretor Ryan Coogler abriu o coração ao falar sobre seu eterno colaborador e amigo Chadwick Boseman. O cineasta, indicado ao Oscar, está promovendo seu novo filme de vampiros, Sinners, que já acumula críticas entusiasmadas e uma impressionante pontuação no Rotten Tomatoes. Durante a conversa, Coogler revelou como Boseman, falecido em 2020 aos 43 anos, ainda influencia profundamente seu trabalho — inclusive em sua colaboração mais recente com Michael B. Jordan.
"Ele mudou minha vida", afirmou Coogler. "Era o tipo de professor que você nem percebia que estava te ensinando. Tudo era pelo exemplo. O que ele nos deu — a mim e ao Mike — foi paciência. Ele se movia em um ritmo próprio, à moda antiga. Sempre chegava cedo, sempre focado."
“O que Chad faria nesse papel?”: Coogler e Jordan ainda se guiam pelo legado do ator
Coogler contou que, ao trabalhar com Michael B. Jordan em Sinners, frequentemente se perguntava como Chadwick abordaria determinada cena ou papel. "Eu disse ao Mike: ‘O que o Chad faria nesse papel?’. Porque ele nunca desligava. Estava sempre atuando", relembra o diretor com carinho.
A dedicação de Boseman ao personagem T’Challa também foi destaque na conversa. Coogler recorda que, durante as filmagens de Pantera Negra, o ator mantinha o sotaque africano o tempo todo no set — até mesmo quando executivos da Disney estavam presentes. "Eles ficaram apavorados. Eu disse: 'Calma, ele está trabalhando. Ele só para quando dizemos: corte.'"
Futuro do legado: Wakanda continua viva no MCU
O impacto de Boseman foi tão profundo que Pantera Negra: Wakanda Para Sempre foi concebido como uma homenagem direta ao ator. Agora, com Letitia Wright assumindo o manto de Pantera Negra, a personagem retornará em Vingadores: Juízo Final. E mais: já está em desenvolvimento um terceiro filme solo da franquia, que marcará a estreia de Denzel Washington no Universo Cinematográfico Marvel, ainda sem papel revelado.
Para Coogler, Boseman permanece como uma bússola criativa. “Mesmo sem ele fisicamente, o Chad está em tudo o que fazemos. Ele era — e continua sendo — nossa inspiração.”
Clube dos Cinco: Elenco se reúne após 40 anos e emociona fãs em evento nos EUA
Reunião histórica aconteceu durante convenção em Chicago e contou com todos os cinco protagonistas
O elenco original de Clube dos Cinco (The Breakfast Club), clássico adolescente de 1985 dirigido por John Hughes, se reuniu publicamente pela primeira vez em 40 anos no último sábado (12), durante a convenção C2E2, em Chicago. Molly Ringwald, Emilio Estevez, Judd Nelson, Ally Sheedy e Anthony Michael Hall participaram de um painel especial, relembrando os bastidores e o impacto duradouro do filme.
“Estou realmente emocionada por estarmos todos juntos. É a primeira vez que o Emilio se junta a nós”, disse Ringwald, visivelmente tocada com o momento. Ela brincou ao mencionar que, até então, o grupo usava apenas um recorte de papelão de Estevez nas reuniões anteriores. “Agora não precisamos mais disso.”
Emilio Estevez explicou sua ausência nas reuniões anteriores
O ator justificou que comparecer à convenção foi um ato pessoal: “Senti que era a hora. Este filme foi feito aqui em Chicago, e isso é especial. Quando soube que a Molly achava que eu não gostava do grupo, meu coração partiu. Claro que eu amo todos eles.”
Durante a conversa, os atores compartilharam memórias do início das gravações, como a audição marcada pelo desmaio de Estevez após a extração dos sisos, e curiosidades sobre o elenco original — que quase contou com John e Joan Cusack nos papéis principais.
Um clássico que talvez não existisse nos moldes atuais
Questionados sobre a possibilidade de o filme ser feito hoje, Estevez foi direto: “Não teria chance. Os estúdios querem monstros, perseguições, efeitos especiais. Um filme sobre cinco adolescentes conversando numa biblioteca não passaria pela porta.” Ringwald complementou, afirmando que Clube dos Cinco é um retrato de sua época e não deveria ser refilmado, mas sim inspirar novas histórias com diversidade e atualidade.
Para Judd Nelson, o legado do diretor John Hughes permanece incompleto: “Sempre senti que a história precisava de um segundo ato, mas com a morte de Hughes, essa resposta nunca virá. Talvez essa tenha sido a lição dele: pensem por si mesmos.”
Bill Hader relembra demissão de cinema por estragar final de Titanic: “O Leo morre”
Com bom humor, ator contou a história inusitada durante programa de comédia na Netflix
O comediante e ator Bill Hader, vencedor do Emmy e conhecido por seu trabalho em Saturday Night Live e na série Barry, relembrou de forma bem-humorada um episódio inusitado de sua juventude: foi demitido de um cinema por revelar o final do clássico Titanic para um grupo de garotas.
Durante sua participação no especial de comédia Everybody’s in L.A. with John Mulaney, da Netflix, Hader contou que trabalhava como atendente de cinema quando o filme de James Cameron ainda era um dos mais aguardados. Um grupo de jovens de uma irmandade universitária havia comprado ingressos para uma sessão exclusiva, mas, ao tentarem tumultuar a entrada, receberam do ator uma "vingança cinematográfica".
“Pedi para que elas saíssem da frente da porta, e começaram a zombar da minha aparência, dizendo que eu parecia o Charles Manson. Então, na hora de rasgar os ingressos, soltei: ‘Aproveitem o filme. O barco afunda no final. O Leo morre’”, contou Hader, arrancando risos da plateia.
Chefe o demitiu rindo, mas sem encará-lo
Apesar da atitude nada ortodoxa, a reação do gerente foi quase cômica. “Ele veio sorrindo e disse: ‘Ei, Bill. Tenho que te demitir’. Mas ele não conseguia nem me olhar nos olhos de tanto rir”, relembrou o ator.
O final de Titanic, lançado em 1997, sempre dividiu opiniões: Jack, personagem de Leonardo DiCaprio, morre congelado após se sacrificar por Rose, vivida por Kate Winslet. A cena gerou debates por décadas, com fãs questionando se os dois não caberiam na porta flutuante. Em 2023, o próprio Cameron encomendou um estudo que indicou que Jack poderia ter sobrevivido, mas teria arriscado a vida de Rose.
Uma lembrança hilária antes do estrelato
Antes da fama, Hader passou por empregos comuns — e situações inusitadas como essa. Hoje, o episódio é apenas mais uma história curiosa em meio à trajetória de sucesso do ator, que atualmente é aclamado por suas produções na televisão e no cinema.
Caos nas sessões de “Um Filme Minecraft” vira fenômeno — e diretor aprova bagunça
Diretor comemora reações exageradas do público, enquanto cinemas tentam conter tumultos
As sessões de Um Filme Minecraft têm se transformado em verdadeiros espetáculos caóticos, com plateias barulhentas, chuva de pipoca e até animais vivos dentro das salas. Mas, curiosamente, o diretor Jared Hess não só não se incomoda com o comportamento do público como o celebra com entusiasmo.
“É muito engraçado. Foi hilário. Estou morrendo de rir toda vez que alguém me envia um novo vídeo”, disse Hess ao The New York Times. “Só o fato de as pessoas estarem criando memórias no cinema — é disso que se trata. É por isso que fazemos isso.”
Pipoca, gritos e uma galinha: o novo normal nos cinemas?
A euforia começou nas redes sociais, onde fãs compartilham vídeos de sessões barulhentas, gritos durante cenas icônicas, explosões de aplausos em momentos de referência ao jogo e, em casos mais extremos, arremesso de objetos. Em uma das sessões, um fã chegou a levar uma galinha viva ao cinema.
“Ninguém vai se machucar com pipoca”, minimizou Hess. “Quando vou ao cinema com meus filhos, é como um massacre de pipoca... e eles nem jogam nada.” O diretor, no entanto, não comentou sobre o caso da ave.
Cinemas impõem limites, mas filme quebra recordes
Nem todos compartilham do mesmo entusiasmo. Diversas redes de cinema estão aplicando sanções aos fãs mais exaltados. Algumas salas passaram a encerrar sessões antecipadamente, negar reembolsos e até mesmo chamar a polícia. No Reino Unido, um cinema chegou a proibir crianças desacompanhadas de assistirem ao filme após as 18h30.
Apesar da confusão, Um Filme Minecraft tem sido um sucesso absoluto nas bilheterias. A produção, estrelada por Jason Momoa, Emma Myers, Danielle Brooks e Jack Black, conquistou o maior fim de semana de estreia da história para uma adaptação de videogame.
A trama acompanha quatro humanos comuns que são transportados para o icônico mundo cúbico do game e precisam confiar no excêntrico Steve (Jack Black) para sobreviver.
Fenômeno cultural à altura do jogo original
Com um público que abraça o filme de forma tão intensa — ainda que caótica — e uma bilheteria em alta, Um Filme Minecraft já desponta como um dos maiores sucessos cinematográficos baseados em games. E, ao que tudo indica, a Mojang e a Warner Bros. não devem se incomodar muito com o caos… desde que ele continue lucrativo.
Oscar finalmente terá categoria para dublês em sua 100ª edição, marcada para 2028
Após décadas de reivindicação, artistas por trás das cenas ganham reconhecimento oficial
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta quinta-feira (10) a criação de uma nova categoria: o Oscar de Design de Dublês. O prêmio será entregue pela primeira vez durante a 100ª edição do Oscar, marcada para 2028, e reconhecerá filmes lançados em 2027.
“Desde os primórdios do cinema, o design de dublês tem sido parte essencial da produção cinematográfica”, afirmaram em nota conjunta o CEO da Academia, Bill Kramer, e a presidente Janet Yang. “Temos orgulho de homenagear o trabalho inovador desses artistas técnicos e criativos.”
Detalhes sobre votação e cerimônia serão divulgados em breve
As regras específicas de elegibilidade e votação para a nova categoria serão divulgadas em 2027, como parte das diretrizes oficiais da centésima edição do Oscar. Ainda não foi definido se o prêmio contará com indicados formais ou se será anunciado diretamente o vencedor — o que dependerá de deliberação futura do conselho da Academia.
Até hoje, apenas dois dublês receberam o Oscar de forma honorária: Yakima Canutt, em 1966, e Hal Needham, em 2012. Atualmente, mais de 100 profissionais de dublês fazem parte da Academia, um número que cresceu significativamente nos últimos anos.
Pressão histórica liderada por nomes do próprio setor
A criação da nova estatueta foi resultado de uma longa campanha liderada por David Leitch, ex-dublê que virou diretor e produtor, e por Chris O’Hara, coordenador da Stunts Unlimited. Ambos apresentaram propostas formais ao conselho da Academia, impulsionados pelo lançamento de The Fall Guy (2024), estrelado por Ryan Gosling, que destacou o trabalho dos dublês.
“Essa tem sido uma longa jornada”, declarou Leitch. “Chris e eu nos apoiamos nos ombros de gerações de profissionais que lutaram por reconhecimento. É uma vitória para todos nós.”
Nova era para o Oscar
O Oscar de Design de Dublês será a segunda nova categoria anunciada nesta década, após a criação do Oscar de Melhor Elenco, que terá sua estreia na cerimônia de 2026. Juntas, as mudanças refletem um esforço da Academia em modernizar a premiação e reconhecer a importância de áreas muitas vezes negligenciadas da indústria cinematográfica.
A chegada do novo prêmio é considerada uma conquista histórica para os profissionais da ação, que há muito tempo são peças-chave em grandes produções, mas permaneciam à margem do reconhecimento formal da maior premiação do cinema.
Caos nos cinemas: sessões de “Um Filme Minecraft” viram palco de gritos, bagunça e até polícia
Fenômeno nas bilheterias, filme também vira problema para funcionários de cinemas
O que era para ser um sucesso inocente entre os fãs do game mais vendido da história está se transformando em dor de cabeça para redes de cinema ao redor do mundo. “Um Filme Minecraft”, adaptação do popular jogo da Mojang, tem registrado uma explosão de bilheteria, mas também um surto de caos nas salas onde é exibido.
Desde o último fim de semana, vídeos viralizaram nas redes sociais mostrando adolescentes gritando, jogando pipoca, arremessando bebidas e até destruindo salas inteiras durante as sessões. Em um dos casos mais bizarros, um espectador foi supostamente expulso após tentar roubar uma galinha viva em plena exibição.
they brought a live chicken pic.twitter.com/t2FELBbEZt
— ?HOURLY? shitpost (@hourly_shitpost) April 9, 2025
Funcionários estão exaustos e revoltam-se nas redes
Em fóruns como o subreddit MovieTheaterEmployee, trabalhadores relatam experiências que beiram o absurdo. “Tivemos que expulsar 30 adolescentes em uma única sessão”, escreveu um funcionário. Outros relatam turnos insuportáveis, com excesso de sujeira, vandalismo e até necessidade de acionar a polícia.
“Vejo todo mundo dizendo ‘expulsa’, mas o problema é que é o cinema inteiro fazendo bagunça ao mesmo tempo”, desabafa outro profissional. Muitos atribuem o problema à falta de preparo das redes de cinema, que não esperavam a magnitude da demanda nem o comportamento hiperativo do público jovem.
Poor cinema workers: Minecraft fans grab giant bags of popcorn before the movie and spill them in the theater when Jack Black yells "Chicken Jockey"
All AD must be removed promptly before the next session begins, where they do the same thing. pic.twitter.com/Pv9YoHNhvh
— ? Ali Al Samahi ??علي السماحي (@ali_alsama7i) April 9, 2025
Chicken jockeys e TikTok: como tudo começou
Boa parte do fenômeno se deve a uma cena específica do filme que recria o raro e querido momento do jogo em que um bebê zumbi monta uma galinha — o chamado chicken jockey. A cena viralizou no TikTok, alimentando o comportamento exagerado dos fãs nas sessões seguintes. Os gritos de “EU SOU STEVE!” — em referência ao protagonista interpretado por Jack Black — tornaram-se quase um hino coletivo nas salas.
A Cineworld, no Reino Unido, tentou manter o bom humor, pedindo animação com responsabilidade: “Gritar é legal, jogar coisas não”, publicou a rede no Instagram.
Cinemas reagem com cautela
Apesar do tumulto, grandes redes como AMC e Regal ainda não emitiram comunicados formais. Isso se deve, segundo fontes da indústria, ao receio de que alertas públicos aumentem ainda mais o comportamento rebelde, como já ocorreu em lançamentos anteriores como “Minions: A Ascensão de Gru”.
A organização Cinema United, que representa exibidores em todo o mundo, emitiu um memorando com diretrizes voluntárias, incluindo sinalizações, anúncios antes das sessões e aviso claro de que, se necessário, as autoridades podem ser chamadas.
Sucesso bilionário com sabor agridoce
Com mais de US$ 380 milhões arrecadados globalmente em apenas seis dias, o longa superou até mesmo o lançamento de “Super Mario Bros. – O Filme” em 2023. No entanto, o que deveria ser motivo de celebração se tornou um campo minado para os profissionais da linha de frente.
Para os cinemas, que enfrentam meses de bilheteria fraca e ainda lidam com os resquícios da pandemia, Minecraft virou um fenômeno imprevisível: lucrativo, mas difícil de controlar.
A Warner Bros., distribuidora do filme, ainda não se pronunciou oficialmente sobre os acontecimentos.