Jake Lloyd, ator de "Star Wars: Episódio I", compartilha sua jornada com a esquizofrenia
Jake Lloyd fala sobre sua luta contra a esquizofrenia e a aceitação do tratamento
Jake Lloyd, conhecido por interpretar o jovem Anakin Skywalker em Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma, compartilhou detalhes sobre sua jornada de saúde mental, revelando como finalmente aceitou seu diagnóstico de esquizofrenia. Durante uma conversa com o autor Clayton Sandell e sua mãe, Lisa Lloyd, o ator explicou como enfrentou anos de dificuldades antes de receber o tratamento adequado.
Lloyd, que tem 35 anos, passou uma temporada de 18 meses em uma clínica de reabilitação de saúde mental após um "surto psicótico" completo em março de 2023, durante o qual ele desligou seu carro no meio de uma estrada movimentada na Califórnia. Sua mãe, Lisa, contou que o início dos problemas foi durante o ensino médio, quando Lloyd começou a falar sobre "realidades" e não sabia distinguir se estava em sua realidade ou em uma diferente.
Superando a anosognosia e aceitando o diagnóstico
Embora a esquizofrenia de Lloyd tenha sido diagnosticada há anos, ele lutou por muito tempo para aceitar o diagnóstico devido à anosognosia, uma condição neurológica que impede a pessoa de reconhecer suas próprias condições de saúde. Após seu tempo na reabilitação, ele agora entende melhor a importância de tomar seus medicamentos e seguir o tratamento.
"Estou me sentindo muito bem, considerando esses 20 anos que chegaram ao fim. Agora posso aceitar continuar o tratamento, a terapia e meus medicamentos", disse Lloyd, que também expressou gratidão pelo apoio contínuo de sua família e amigos.
Reflexões sobre a vida e a recuperação
O ator compartilhou que, ao olhar para sua vida aos 35 anos, ele vê as "coisas boas" que surgiram de sua recuperação. Lloyd reconheceu que atingir o "fundo do poço" foi um ponto de virada necessário para que ele pudesse aprender a lidar com seu diagnóstico de maneira honesta. "Agora, posso viver honestamente com meu diagnóstico", disse ele, ressaltando a importância do tratamento contínuo.
Apesar de suas dificuldades, Lloyd enfatizou que a reação negativa à sua atuação em A Ameaça Fantasma não foi a causa de suas lutas de saúde mental, como muitos especularam ao longo dos anos. Sua mãe, Lisa, esclareceu que a esquizofrenia é uma condição hereditária do lado paterno da família e não tem relação com a recepção do filme. Lloyd também mencionou que, em vez de ser prejudicado pelos fãs, ele considera suas experiências com eles "imediatamente terapêuticas".
O impacto da experiência em "Star Wars"
Lloyd foi escalado para o papel de Anakin Skywalker quando tinha apenas 8 anos. Sua interpretação, embora controversa na época, não foi a principal causa das dificuldades psicológicas que ele enfrentou. O ex-ator, agora em recuperação, continua a ser um fã de Star Wars e é grato pela terapia que suas interações com os fãs proporcionaram ao longo dos anos.
Ele também comentou sobre como a mídia e os fãs contribuíram para seu processo de cura, afirmando que se sente confortável em participar dessa conversa e que está agora em uma jornada de autoconhecimento e aceitação.
Zendaya revela incidente de insolação no set de "Duna: Parte Dois" por motivo inusitado
Zendaya relata insolação no set de “Duna: Parte Dois” e fala sobre os desafios das filmagens no deserto
Durante uma recente entrevista à W Magazine, Zendaya revelou uma experiência inusitada e difícil que enfrentou no set de Duna: Parte Dois, dirigido por Denis Villeneuve. A atriz, que interpreta Chani na franquia baseada nos livros de Frank Herbert, contou que sofreu uma insolação enquanto filmava no deserto da Jordânia. O motivo? Evitou beber água por medo de enfrentar dificuldades com o traje pesado dos Fremen e a distância dos banheiros no set.
“Eu tinha tanto medo de fazer xixi ou cagar nas calças, honestamente, no traje no set”, explicou Zendaya, referindo-se ao traje restritivo usado pelos guerreiros Fremen.
Calor extremo e figurino desafiador
As filmagens ocorreram em locações remotas e sob temperaturas extremas. Segundo Zendaya, o figurino, que incluía uma armadura corporal, tornava o processo de se manter hidratada ainda mais complexo, já que levaria ao menos 10 minutos para remover as peças caso precisasse ir ao banheiro.
“Estávamos na Jordânia. Estava muito quente, e lembro de pensar: ‘Os banheiros são tão longe’. Eu não queria beber muita água. Um dia, não bebi o suficiente e tive uma insolação”, relatou a atriz. “Achei que estava sendo esperta, mas não dá para fazer isso. Então, lição aprendida.”
Apesar do incidente, Zendaya conseguiu se recuperar rapidamente e concluiu as filmagens sem novos problemas. Ela também destacou que estava fisicamente preparada devido ao intenso treinamento que realizou para o filme Challengers, no qual interpreta uma jogadora de tênis profissional.
Preparo físico e elogios à equipe
O preparo físico adquirido em Challengers foi essencial para lidar com as condições extremas de Duna: Parte Dois. Zendaya comentou sobre o impacto positivo que o treinamento teve em seu desempenho no set:
“Eu estava na melhor forma que já estive em muito tempo. Para Duna, as fantasias eram muito pesadas e restritivas. Nas primeiras semanas, seu corpo fica bem dolorido, mas andar na areia todos os dias ajudou muito. Minha forma física estava ótima. Eu estava preparada.”
Futuro da franquia “Duna” e interesse de Zendaya em um terceiro filme
Zendaya já demonstrou interesse em retornar à franquia para um terceiro filme, que deve adaptar o romance Duna Messias, segundo a Legendary Entertainment. Em entrevista à Fandango, a atriz se mostrou entusiasmada com a possibilidade:
“Sempre que Denis Villeneuve liga, a resposta é um sim meu. Estou animada para ver o que acontece.”
Ela ainda elogiou o diretor pelo cuidado e perfeccionismo com a obra:
“Ele é um perfeccionista e não quer compartilhar nada até que esteja pronto. Estou respeitando isso e esperando ansiosamente.”
Disponibilidade de “Duna” para streaming
Os dois primeiros filmes da franquia Duna já estão disponíveis para transmissão no serviço de streaming Max. Com a expectativa de um terceiro filme a caminho, os fãs podem revisitar a saga épica enquanto aguardam as novidades sobre a continuação da história.
Filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” é pré-selecionado ao Oscar 2025; elenco comemora
Brasil conquista espaço no Oscar 2025 com “Ainda Estou Aqui”
O filme brasileiro Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, entrou na lista dos 15 pré-selecionados ao Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou a seleção nesta sexta-feira (3) em seu perfil oficial no Instagram. O longa-metragem, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, aparece referenciado na publicação pelo título "Brazil", sendo o primeiro a figurar no topo da imagem compartilhada pela instituição.
A publicação veio acompanhada da mensagem: “Quinze filmes avançaram para a próxima rodada de votação na categoria Longa-Metragem Internacional. É aqui que eles pousam no mapa.” O feito foi amplamente comemorado pelo elenco e pela comunidade cinematográfica brasileira. Fernanda Torres repostou a notícia em seu Instagram, e Selton Mello também celebrou com emojis de alegria. Atores como Kayky Brito se manifestaram: “Não me importo com ordem alfabética, o Brasil está em primeiro porque já é vencedor.”
Duas indicações no Globo de Ouro 2025
Além de figurar na pré-seleção ao Oscar, Ainda Estou Aqui disputa no próximo domingo (5) duas categorias no Globo de Ouro 2025: Melhor Filme de Língua Não Inglesa e Melhor Atriz de Drama, com Fernanda Torres. A premiação internacionalmente reconhecida pode alavancar ainda mais a campanha do longa rumo à conquista de uma indicação definitiva ao Oscar.
O filme, que já atraiu mais de três milhões de espectadores aos cinemas brasileiros, narra a comovente trajetória de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres na juventude e por Fernanda Montenegro na velhice. Eunice foi uma figura marcante na luta por justiça após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, ex-deputado brasileiro preso, torturado e morto por agentes da ditadura militar em 1971. Sem nunca ter recebido o corpo do marido, Eunice dedicou sua vida a buscar o reconhecimento oficial do Estado sobre a morte dele.
A história é inspirada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do casal, que detalha a luta de sua mãe e os impactos do regime militar na vida de sua família. Eunice Paiva desenvolveu Alzheimer nos últimos anos de sua vida e faleceu em 2018.
A volta de Walter Salles à direção de longas
Ainda Estou Aqui marca o retorno do diretor Walter Salles aos longas-metragens após um hiato de 12 anos. Conhecido por sucessos como Central do Brasil e Diários de Motocicleta, Salles recebeu aclamação internacional ao longo de sua carreira e volta a se destacar com um filme que aborda uma das histórias mais marcantes da memória política brasileira.
A expectativa agora gira em torno das próximas fases de votação do Oscar. A lista definitiva dos indicados será divulgada em 23 de janeiro de 2025. Enquanto isso, os fãs e críticos aguardam ansiosamente pelo desempenho do filme no Globo de Ouro, que pode ser um importante termômetro para a temporada de premiações.
Com Ainda Estou Aqui, o Brasil volta a figurar entre os destaques internacionais do cinema, representando não só a força da narrativa nacional, mas também a capacidade de abordar temas históricos relevantes com sensibilidade e impacto. Seja no Oscar ou no Globo de Ouro, a presença do longa nas principais premiações do cinema mundial já é uma grande vitória para a indústria audiovisual brasileira.
Jim Carrey considera retornar para Sonic 4
Jim Carrey, que interpretou o icônico vilão Dr. Robotnik em todos os três filmes da franquia Sonic the Hedgehog, revelou que está aberto a retornar ao papel em um possível Sonic 4. Durante uma entrevista ao canal japonês Cinema Today, o ator expressou seu interesse em continuar com o personagem, caso a história e a ideia por trás do filme sejam atraentes para ele.
"Estou definitivamente aberto", afirmou Carrey, explicando que, embora normalmente não aceite papéis que não o interessem, ele estaria disposto a retornar se o projeto fosse empolgante. O ator também destacou o carinho que tem pela equipe e pelos fãs da franquia, que demonstram grande entusiasmo e apoio. "Eu amo essa equipe, amo essa gangue que faz esses filmes e amo os fãs", disse, ressaltando a energia positiva em torno do projeto.
Sonic 4 em planejamento
A possibilidade de um retorno de Carrey como Dr. Robotnik surge no contexto de Sonic the Hedgehog 3, que arrecadou cerca de US$ 210 milhões globalmente desde sua estreia, de acordo com o Deadline. Embora ainda não tenha superado a marca de US$ 405 milhões do filme anterior, a sequência continua atraindo grande público. Com o sucesso da franquia, a Paramount Pictures já teria dado sinal verde para o desenvolvimento de Sonic 4, que está em fase de planejamento e tem previsão de lançamento para a primavera de 2027, segundo a Variety.
Com a direção de Jeff Fowler, Sonic the Hedgehog 4 promete continuar a história do famoso ouriço azul, mantendo a participação de Jim Carrey como o vilão Dr. Robotnik, e Ben Schwartz como Sonic. Enquanto o futuro do personagem parece ainda incerto, a empolgação dos fãs e o entusiasmo de Carrey indicam que mais uma aventura do Sonic nas telonas pode estar a caminho.
Andrew Garfield diz que não estará em Homem-Aranha 4
Andrew Garfield, conhecido por seu papel como Peter Parker em O Espetacular Homem-Aranha, negou os rumores de que estaria retornando como o herói aracnídeo no aguardado Homem-Aranha 4. Em entrevista à GQ, o ator se mostrou ciente de que suas palavras podem ser recebidas com ceticismo, após sua participação "surpresa" em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, onde, ao lado de Tobey Maguire, reprisou o papel de Spider-Man em uma das cenas mais memoráveis do filme.
"Vou decepcionar vocês", afirmou Garfield, deixando claro que não estará no quarto filme da franquia estrelado por Tom Holland. "Sim, não. Mas eu sei que ninguém vai confiar em nada que eu disser de agora em diante", completou, referindo-se à expectativa de que seus fãs duvidem de sua palavra, dado o histórico recente de mistério em torno de sua presença em projetos da Marvel.
Possibilidade de retorno? Garfield deixa a porta aberta
Embora tenha descartado sua participação em Homem-Aranha 4, Garfield não fechou completamente a porta para um possível retorno ao universo Marvel. Ele afirmou que, se uma nova oportunidade surgisse e se estivesse alinhada com seus interesses e sua "alma", ele consideraria a possibilidade. "Se parecesse estar de acordo com minha alma e fosse divertido", explicou, deixando claro que qualquer retorno dependeria de fatores que o atraíssem, como a diversão e a natureza do projeto. "Talvez eu tenha cinco filhos em algum momento, e eu precise começar a economizar para a mensalidade da escola ou algo assim", brincou, sugerindo que uma possível necessidade financeira poderia ser um motivador para aceitar novos papéis no futuro.
O novo filme da franquia, Spider-Man 4, com Tom Holland como protagonista, está agendado para ser lançado em 24 de julho de 2026, mas detalhes sobre o enredo ainda são desconhecidos. A data de lançamento de Spider-Man 4 coincide com o próximo filme de Christopher Nolan, The Odyssey, no qual Holland e Zendaya, que interpreta MJ no MCU, também têm papéis importantes.
O futuro da Marvel
Enquanto os fãs aguardam por novidades sobre Homem-Aranha 4, a Marvel já tem uma série de lançamentos programados para 2024. A série animada Friendly Neighbourhood Spider-Man estreia em 29 de janeiro, seguida por Captain America: Brave New World em 14 de fevereiro. Além disso, os filmes Daredevil: Born Again e Thunderbolts chegam nos primeiros meses do ano, com lançamentos previstos para 4 de março e 2 de maio, respectivamente.
Ainda Estou Aqui conquista pré-indicação ao BAFTA, mas Fernanda Torres fica de fora
O filme brasileiro Ainda Estou Aqui foi incluído nesta sexta-feira (3) na lista dos pré-indicados ao Bafta 2025, na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A produção é uma das 10 selecionadas que concorrem às cinco vagas para a lista final de indicados ao prêmio, cujo vencedor será revelado na cerimônia marcada para o dia 16 de fevereiro, em Londres. No entanto, um fato que chamou atenção foi a ausência de Fernanda Torres, 59, entre os nomes pré-indicados nas categorias de atuação, apesar de ser a protagonista da trama.
Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, figura entre os filmes que disputam o cobiçado troféu, que já foi conquistado pelo Brasil uma vez, com Central do Brasil, de 1998, estrelado por Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres. A atriz, que vive Eunice Paiva no longa, não teve seu nome mencionado na lista de Melhor Atriz, um reconhecimento que ela já havia recebido anteriormente em outras premiações, como no Critics Choice Awards 2024 e no Globo de Ouro 2024, no qual está indicada ao prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama, com cerimônia marcada para este domingo (5).
Os concorrentes ao Bafta 2025
O Brasil, representado por Ainda Estou Aqui, competirá com os seguintes filmes na corrida por uma vaga entre os cinco finalistas:
- Tudo Que Imaginamos Como Luz
- Black Dog
- O Conde de Monte Cristo
- Emilia Pérez
- Flow
- The Girl with the Needle
- Kneecap — Música e Liberdade
- La Chimera
- The Seed of the Sacred Fig
Embora Fernanda Torres não tenha sido indicada nas categorias de atuação, nomes como Cynthia Erivo, Karla Sofía Gascón, Mikey Madison e Nicole Kidman foram mencionados entre as pré-indicadas a Melhor Atriz, enquanto Ariana Grande, Margaret Qualley e Selena Gomez estão na disputa por Melhor Atriz Coadjuvante.
A lista final de indicados ao Bafta 2025 será divulgada na próxima sexta-feira (10), e os cineastas e fãs de Ainda Estou Aqui aguardam ansiosos pela definição dos indicados à premiação britânica.
Transformação de Bill Skarsgård em Conde Orlok levava seis horas de maquiagem em Nosferatu
A nova adaptação de Nosferatu, dirigida por Robert Eggers, tem gerado grande expectativa, especialmente por sua impressionante arte e, claro, pela transformação de Bill Skarsgård no icônico Conde Orlok. A maquiagem do personagem tem sido amplamente comentada, e David White, designer de efeitos de maquiagem protética, revelou detalhes fascinantes sobre como o visual foi desenvolvido e as inspirações por trás dele. - SPOILERS A SEGUIR
Processo Criativo e Desenvolvimento do Visual de Nosferatu
David White passou quase um ano discutindo o visual do Conde Orlok com Robert Eggers. Durante esse tempo, White trabalhou lentamente em moldes e protótipos, explorando elementos chave como a idade, poder, fascínio, nobreza e decadência do personagem. A equipe, liderada por White e o escultor Colin Jackman, passou mais três a quatro meses ajustando e testando a maquiagem em Bill Skarsgård. O processo de criação foi um trabalho coletivo, com a equipe dedicando-se ao máximo para garantir que a transformação fosse fiel à visão de Eggers.
Inspirações e Referências Visuais
O visual de Orlok em Nosferatu foi fortemente inspirado por diversas fontes. White, desde a infância, se lembra de uma imagem em preto e branco de Max Schreck, o ator que interpretou o personagem na versão original de 1922, que o impactou profundamente. Além disso, uma pintura feita por Eggers de Orlok também serviu de guia, com tons de pele acinzentados e uma forma de cabeça misteriosa que influenciou o visual final.
Embora haja referências claras à versão clássica de Schreck, White garantiu que o visual de Skarsgård era único. A estrutura óssea e os olhos expressivos do ator contribuíram para uma interpretação mais profunda do personagem, dando-lhe uma aparência distinta e independente, mesmo com os ecos do original.
Desafios da Maquiagem Protética
A transformação de Skarsgård em Orlok não foi fácil. O principal desafio, segundo White, foi equilibrar a maquiagem protética de maneira a funcionar em diversos níveis. A aparência de Orlok precisava ser ambígua em termos de idade, além de manter o charme e a atração do personagem, especialmente em relação à protagonista, Ellen. A maquiagem também precisava disfarçar sua decadência e podridão, mantendo uma aura misteriosa que se mantém nas sombras.
A coloração foi outro desafio, com duas versões de Orlok sendo criadas: uma para quando ele está em seu "estado de transe", com tons de roxo e vermelho, e outra para o visual diurno, mais pálida e cerosa.
O Bigode de Orlok: Uma Decisão Estética
Eggers, conhecido por sua atenção aos detalhes históricos, influenciou a decisão de dar ao Conde Orlok um bigode e uma mecha. White concorda com a escolha, afirmando que esses elementos eram essenciais para preservar a nobreza do personagem, tornando-o imediatamente reconhecível como Orlok. Sem o bigode, a aparência de Orlok simplesmente não seria a mesma.
As Peças Protéticas
A maquiagem de Orlok é composta por várias próteses detalhadas, totalizando nove peças para a cabeça e rosto, além de outras para as mãos e corpo. Cada detalhe foi meticulosamente trabalhado para criar a figura grotesca e fascinante que aparece no filme. Entre as peças estão próteses para o pescoço, bochechas, orelhas, nariz e até mesmo os dedos, que foram alongados com extensões para aumentar o impacto visual.
Com a ajuda de uma equipe de seis pessoas, a aplicação da prótese de corpo inteiro de Orlok é um processo complexo que envolve 62 peças adicionais, permitindo a transformação completa de Skarsgård no temido Conde.
A transformação de Bill Skarsgård em Conde Orlok/Nosferatu é um feito impressionante de maquiagem e design de efeitos especiais. A dedicação de toda a equipe de efeitos, junto com a visão de Eggers, resultou em uma versão do personagem que mantém a essência do clássico, mas com uma abordagem fresca e inovadora. O trabalho de David White e sua equipe é um exemplo brilhante de como a maquiagem protética pode criar figuras inesquecíveis no cinema.
David Fincher revela que quase dirigiu "Harry Potter": 'queria que fosse assustador'
Durante uma entrevista recente para promover o relançamento em 4K de seu aclamado filme Seven, o diretor David Fincher, com mais de 35 anos de carreira, revelou detalhes sobre um projeto que ele quase assumiu, mas que não avançou. Ele foi considerado para dirigir a franquia Harry Potter, mas sua visão para os filmes não alinhou com as expectativas da Warner Bros. para a série baseada nos livros de J.K. Rowling.
A visão única de Fincher para "Harry Potter"
Fincher compartilhou que, ao ser convidado para discutir sua abordagem para Harry Potter, ele queria dar um tom mais sombrio e perturbador à história. "Lembro-me de dizer: 'Eu só não quero fazer a versão limpa de Hollywood disso. Quero fazer algo que se pareça muito mais com Withnail and I, e quero que seja meio assustador'", revelou o diretor. Ele afirmou que a Warner Bros. estava mais interessada em algo tradicional e mais "limpo", buscando um estilo mais próximo de Oliver, com toques de moda, em contraste com a atmosfera mais sombria que Fincher imaginava.
O que atrai Fincher para novos projetos
Em uma discussão sobre o que o atrai para novos projetos, Fincher falou sobre seu processo criativo e as razões pelas quais se envolve com filmes baseados em material já popular. Ele explicou que, muitas vezes, entra nos projetos depois que já existe um público embutido, como no caso de Garota Exemplar e Dragon Tattoo. Para Fincher, o apelo de Garota Exemplar estava na ideia de explorar as inclinações narcisistas das pessoas em relação ao casamento e ao companheirismo. Já em Dragon Tattoo, ele destacou o aspecto psicológico da protagonista, Lisbeth Salander, e sua relação complexa com o investigador Mikael Blomkvist.
Projetos em andamento e a abordagem de Fincher
Fincher também está envolvido em novos projetos, como uma adaptação americana de Squid Game e uma minissérie prequela de Chinatown. Ele explicou que sua abordagem para escolher projetos é influenciada por uma combinação de interesses pessoais e oportunidades profissionais. "Você tem um desejo onde você vai, 'Eu gostaria de ver isso, e eu gostaria de ver feito dessa forma'", afirmou.
Com uma carreira marcada por escolhas ousadas e projetos que desafiam as convenções, David Fincher continua a ser uma figura essencial no cinema contemporâneo, explorando histórias que ressoam com sua visão única e abordagem cuidadosa.
Bill Skarsgård, ator de It e Nosferatu, quer interpretar o Coringa
Bill Skarsgård sugere interesse em interpretar o Coringa: “Acho que seria muito doido”
Astro de Nosferatu reflete sobre sua infância como fã do Batman e expressa desejo de interpretar o icônico vilão Coringa em um futuro projeto.
Bill Skarsgård, conhecido mundialmente por sua interpretação de Pennywise nos filmes It, revelou que poderia dar vida a outro personagem icônico e perturbador: o Coringa. Durante uma entrevista ao podcast Happy Sad Confused, o ator compartilhou seu interesse em explorar o papel do famoso inimigo do Batman.
De fã do Batman a potencial Coringa
“Eu era, tipo, um garoto Batman. O Batman era meu super-herói quando criança”, revelou Skarsgård ao comentar sua admiração pelo universo do Cavaleiro das Trevas. Ao ser questionado se preferiria interpretar o herói ou o vilão, ele brincou: “Talvez os dois”, antes de considerar mais seriamente: “Acho que haveria um Coringa muito legal em mim, provavelmente, em algum lugar. Acho que isso seria muito doido.”
Heath Ledger como inspiração
Para Skarsgård, o Coringa de Heath Ledger em Batman: O Cavaleiro das Trevas é uma referência inigualável. Ele descreveu a performance de Ledger como um marco em sua juventude: “Ele representava tudo o que eu queria ser.” Essa atuação continua sendo amplamente considerada uma das mais memoráveis de um vilão nos cinemas, o que reforça o peso da responsabilidade para quem assumir o papel no futuro.
Relação com o universo DC
Andy Muschietti, diretor de It e parceiro de Skarsgård nos dois filmes da franquia, foi confirmado como responsável pelo próximo filme do Batman, The Brave and the Bold, que integra o Capítulo Um do novo DCU de James Gunn. Apesar da conexão profissional, Skarsgård evitou alimentar especulações, afirmando: “Não sei exatamente onde ele está com isso.”
Protagonista em Nosferatu
Atualmente, Skarsgård estrela Nosferatu, a nova adaptação do clássico filme de terror dirigida por Robert Eggers. O longa também traz nomes como Nicholas Hoult, Lily-Rose Depp e Willem Dafoe.
Com o sucesso de suas atuações em personagens marcantes, a possibilidade de Skarsgård assumir o papel do Coringa no futuro permanece como uma ideia intrigante tanto para fãs quanto para a indústria cinematográfica.
Alerta de gatilho em Wicked gera polêmica e provoca debate sobre limites do politicamente correto
Aviso sobre discriminação de personagens com pele verde divide opiniões, reacendendo discussões sobre sensibilidades culturais e o papel das classificações indicativas.
Desde seu anúncio, a adaptação cinematográfica de Wicked tem enfrentado uma série de controvérsias — do elenco reformulado à experiência de cantar junto nas sessões. Agora, a inclusão de um alerta de gatilho pela BBFC (British Board of Film Classification) voltou a colocar o filme no centro de uma discussão acalorada.
O alerta e suas motivações
O aviso publicado no site da BBFC destaca que o filme contém cenas de discriminação contra Elphaba, a bruxa de pele verde. Segundo o órgão, tais cenas podem ser “perturbadoras e pungentes para algumas audiências”, especialmente por usarem a cor da pele da personagem para demonizá-la.
Essa decisão tem como objetivo alertar os espectadores sobre o conteúdo sensível, algo que é padrão nas classificações da BBFC, mas que acabou gerando reações polarizadas.
Reações públicas e críticas
Enquanto alguns consideram o alerta um gesto necessário para contextualizar o subtexto racial da narrativa, outros veem a iniciativa como um exemplo exagerado de politicamente correto. Frank Furedi, professor de sociologia, ironizou: “Pessoas de pele verde sob ataque? Você não pode inventar isso. Parece que estão vivendo no planeta Bonkers.”
Críticas similares vieram de outros veículos e comentaristas que questionaram a relevância do aviso, alegando que ele infantiliza o público ou cede a um suposto “excesso de sensibilidade”.
O significado do subtexto em Wicked
A cor da pele de Elphaba, frequentemente interpretada como uma alegoria para questões de preconceito e racismo, é um elemento central da narrativa de Wicked. A decisão da BBFC reflete uma tentativa de abordar de forma consciente temas que, embora fantásticos, têm ressonância no mundo real.
Essa postura está alinhada com o objetivo de muitas adaptações contemporâneas, que buscam destacar o subtexto de obras literárias, especialmente aquelas voltadas ao público jovem. Para críticos da decisão, no entanto, o aviso dilui a experiência artística e transforma o conteúdo em um ponto de debate cultural.
Reflexos na indústria e no público
O episódio reacende uma discussão maior sobre o papel das classificações indicativas e da arte em abordar temas sensíveis. Enquanto alguns defendem que as obras devam ser apresentadas de forma crua, outros argumentam que é essencial fornecer contextos que protejam espectadores mais vulneráveis, especialmente crianças.