Após sucesso de 'Silent Hill 2', Konami e Bloober Team anunciam remake do primeiro 'Silent Hill'

Após sucesso de 'Silent Hill 2', Konami e Bloober Team anunciam remake do primeiro 'Silent Hill'

A Konami e a Bloober Team vão refazer a angustiante jornada original de Harry Mason pela cidade enevoada. Após o sucesso crítico e comercial do remake de "Silent Hill 2" (lançado em outubro de 2024), foi anunciado oficialmente que o primeiro jogo da icônica série de terror de 1999 também receberá uma recriação completa, pelas mãos do mesmo estúdio polonês.

https://www.youtube.com/watch?v=NXaDgU72gRI&ab_channel=Konami

Um anúncio minimalista para um projeto gigante

A revelação foi feita de forma surpreendente e minimalista, encerrando o showcase "Konami Press Start" na noite desta quinta-feira, 12 de junho. Sem um trailer elaborado, o anúncio consistiu em uma única tela preta com os dizeres "Silent Hill em desenvolvimento", ao lado dos logotipos da Konami e da Bloober Team.

O que confirmou que se tratava do remake do primeiro jogo foi a trilha sonora: o inconfundível e melancólico tema principal do "Silent Hill" original, composto por Akira Yamaoka, tocou durante a exibição, gerando uma onda imediata de empolgação e nostalgia entre os fãs que acompanhavam a transmissão.

O sucesso de "Silent Hill 2" abriu o caminho

A decisão de refazer o primeiro jogo é um passo lógico e uma consequência direta do sucesso da parceria anterior. O remake de "Silent Hill 2", lançado no ano passado, foi um sucesso, superando as expectativas de muitos que duvidavam da capacidade da Bloober Team de lidar com um material tão psicologicamente complexo. Com uma recepção positiva da crítica (alcançando uma média de 87 no Metacritic) e ótimas vendas, o projeto deu à Konami a confiança necessária para continuar investindo na revitalização de sua mais famosa franquia de terror.

Embora o estúdio polonês seja conhecido por seus próprios jogos de terror, como "Layers of Fear" e o vindouro "Cronos: The New Dawn", o trabalho em "Silent Hill 2" os elevou a um novo patamar de reconhecimento, provando sua habilidade em modernizar um clássico com respeito e competência técnica.

A busca de Harry Mason pela filha perdida

Para quem não conhece, o primeiro "Silent Hill" é um marco do gênero survival horror. Diferente do segundo jogo, que tem um foco mais introspectivo e psicológico na culpa de seu protagonista, o primeiro título é uma história mais direta de busca e mistério. Os jogadores assumem o papel de Harry Mason, um homem comum que, após um acidente de carro, se vê preso na cidade fantasmagórica de Silent Hill enquanto procura desesperadamente por sua filha adotiva desaparecida, Cheryl.

O jogo foi pioneiro em criar uma atmosfera de terror opressora, usando a famosa névoa (originalmente uma solução para as limitações de hardware do primeiro PlayStation) para criar uma sensação de isolamento e perigo constante. A jornada de Harry o coloca no meio de um culto apocalíptico e de manifestações grotescas que desafiam a realidade.

O futuro da colina silenciosa

Ainda não há uma janela de lançamento para o remake de "Silent Hill", e é provável que o projeto ainda esteja em fase inicial. A Bloober Team também está trabalhando em sua própria propriedade intelectual, "Cronos", que tem lançamento previsto para 2025, o que indica que os fãs talvez precisem ser pacientes.

A ordem dos remakes pode parecer estranha – refazer o segundo jogo antes do primeiro –, mas a estratégia da Konami agora parece clara: reconstruir a trilogia clássica que definiu o terror nos games. Com a experiência e a fé conquistadas no projeto anterior, a Bloober Team tem, desta vez, o apoio e a expectativa da comunidade para trazer de volta o início de tudo.


CEO da Jagex é acusado de vetar eventos de Orgulho Gay em 'RuneScape' para evitar 'cancelamento'

CEO da Jagex é acusado de vetar eventos de Orgulho Gay em 'RuneScape' para evitar 'cancelamento'

Uma nova reportagem alega que a Jagex, desenvolvedora dos populares jogos "RuneScape" e "Old School RuneScape" (OSRS), reduziu drasticamente o conteúdo de seus eventos do Mês do Orgulho Gay deste ano por uma decisão direta de seu novo CEO, John "Mod North" Bellamy. A motivação, segundo fontes internas, seria o receio de "reações negativas" de jogadores que consideram tais eventos como "conscientes" (woke), gerando uma forte oposição dentro da empresa e na comunidade.

A decisão de cima: "sou o dono, sou totalmente responsável"

De acordo com uma reportagem do site britânico Pink News, que cita funcionários anônimos da Jagex, o CEO informou à equipe em 25 de abril que os tradicionais eventos de Orgulho não seriam realizados em sua forma completa em 2025. Historicamente, a empresa celebra a data com eventos narrativos, como o "Contos do Orgulho Gay", e missões com recompensas especiais. Este ano, as celebrações foram limitadas a passeatas dentro do jogo.

Em uma sessão interna de perguntas e respostas, Bellamy teria assumido total responsabilidade pela decisão, justificando-a com base no clima político atual. "Quero deixar claro: a decisão sobre isso é minha", teria dito. "Entendo que RuneScape... é precioso porque é um espaço seguro, é uma fuga da realidade, e a realidade em que nos encontramos está mudando. Está ficando mais estranho, mais preocupante, menos moral, eu diria."

Ele teria argumentado que estúdios estão sendo "cancelados por causa de conteúdo percebido como 'consciente'" e que a controvérsia agora traz "mais riscos do que antes", dos quais ele seria pessoalmente responsável por proteger a empresa. A decisão foi mantida mesmo com o conteúdo do Orgulho estando, segundo relatos, quase concluído.

A revolta interna: a carta dos funcionários contra a decisão

A ordem do CEO gerou forte oposição interna. A reportagem do Pink News afirma ter tido acesso a uma carta enviada por funcionários à gerência, argumentando contra a medida. Na carta, os colaboradores afirmam que dados de eventos anteriores mostram que, apesar de uma "minoria vocal" se engajar em comportamento preconceituoso, "isso não se traduziu em perda de receita".

"Entendemos que nos apresentar abertamente como uma empresa diversa e inclusiva pode ser visto como um risco", dizia a carta. "No entanto, acreditamos na Jagex, acreditamos em nossos jogadores e acreditamos que não ceder ao ódio é a decisão certa para os negócios a longo prazo."

A reação da comunidade: memes, críticas e acusações de ceder ao ódio

A comunidade de jogadores reagiu com indignação, vendo a decisão como uma capitulação ao assédio. "Obrigado, Jagex, por validar a eficácia do assédio e das ameaças de violência", dizia uma publicação amplamente apoiada no Reddit de "Old School RuneScape".

Os jogadores do OSRS também usaram o humor ácido para criticar o CEO, criando memes que o comparam a Sigmund, um personagem do jogo que lidera o grupo supremacista "Humanos Contra Monstros". A comparação é uma crítica direta à ideia de que a diversidade seria uma ameaça ao "refúgio seguro" do jogo.

O contexto "anti-woke" e a resposta oficial da Jagex

A decisão da Jagex ocorre em meio a um intenso debate sobre pautas de diversidade e inclusão na indústria de games, frequentemente chamado de "guerra cultural anti-woke". A justificativa de Bellamy de evitar "controvérsia" e proteger o jogo como um "escape" ecoa o discurso de grupos que se opõem à representatividade em jogos.

Em um comunicado oficial enviado ao Pink News, a Jagex confirmou a decisão, mas com uma linguagem corporativa. "Em abril, tomamos a difícil decisão de interromper o trabalho em novos conteúdos do Orgulho no jogo para 2025", afirmou a empresa, dizendo que seu foco é criar mundos que ofereçam "imersão, escape e significado". A empresa acrescentou que está trabalhando com seu comitê de diversidade para "explorar maneiras mais amplas e significativas de celebrar o Orgulho", como parcerias e apoio a instituições de caridade.


Nintendo pode ter revelado novo Mario Kart para o Switch 2

Poder do Nintendo Switch 2 é comparável ao do Xbox Series S, diz produtor da Koei Tecmo

Uma das maiores questões que cercam o recém-lançado Nintendo Switch 2 é o seu verdadeiro poder de fogo. O quão potente é o novo console da Nintendo em comparação com as plataformas da Sony e da Microsoft? A primeira resposta concreta vinda de um desenvolvedor parceiro acaba de surgir: segundo um produtor da Koei Tecmo, o Switch 2 está mais próximo em poder do Xbox Series S do que do PlayStation 4.

A comparação de um desenvolvedor

A declaração foi feita por Takuto Edagawa, produtor de "Wild Hearts S" (a versão para Switch 2 do jogo de caça a monstros), em uma entrevista ao site especializado Wccftech. Questionado sobre onde o novo console da Nintendo se encaixava em termos de poder computacional bruto, Edagawa ofereceu uma análise direta.

"É difícil generalizar, pois o poder computacional bruto possui muitas características", explicou. "No entanto, eu acredito que o Switch 2 está mais próximo do Xbox Series S do que do PS4."

Essa comparação é extremamente significativa. O PlayStation 4, embora um console de imenso sucesso, pertence à geração passada. Já o Xbox Series S é um console da geração atual, totalmente digital, projetado para rodar os mesmos jogos que seu irmão maior, o Series X, com resoluções e taxas de quadros mais modestas. Colocar o Switch 2 nesse patamar significa que ele é um dispositivo de entrada da geração atual, capaz de receber portes da maioria dos jogos multiplataforma modernos, algo que era um grande desafio para seu antecessor.

Os desafios do desenvolvimento no novo hardware

Mesmo com o salto de poder, o desenvolvimento para o Switch 2 ainda apresenta seus desafios únicos. Edagawa revelou que, durante a produção de "Wild Hearts S", a equipe enfrentou dificuldades com o processamento quando o modo multiplayer foi aumentado de 3 para 4 jogadores.

Ele atribuiu isso não a uma falta de poder do console em si, mas à complexidade do próprio jogo. O produtor acrescentou que a equipe é "muito criteriosa com o recurso de criação de personagens, e ele é muito robusto", e foi por isso que adicionar um quarto jogador na tela se tornou um desafio de otimização.

Um sucesso de lançamento com poder de nova geração

O Nintendo Switch 2 foi lançado em 5 de junho e já se tornou um fenômeno de vendas, comercializando mais de 3,5 milhões de unidades globalmente em apenas quatro dias. O sucesso estrondoso de seu lançamento, combinado com a confirmação de que seu poder de processamento é comparável ao de um console da geração atual, pinta um quadro extremamente promissor para o futuro da plataforma.


Chefe da Moon Studios detona roteiro de Dragon Age: The Veilguard: 'escrita infantil'

Reportagem expõe desenvolvimento caótico de 'Dragon Age: The Veilguard' e o futuro incerto da BioWare

"Dragon Age: The Veilguard", lançado em outubro de 2024, foi uma decepção para muitos fãs e, ao que tudo indica, para a própria EA. Agora, uma nova e extensa reportagem do jornalista Jason Schreier, da Bloomberg, publicada nesta quarta-feira, 11 de junho, lança luz sobre os bastidores da produção, revelando um ciclo de desenvolvimento caótico, com mudanças drásticas de direção, prazos impossíveis e uma crescente preocupação sobre o futuro do lendário estúdio BioWare.

De single-player a serviço online, e de volta: a crise de identidade

A reportagem detalha como o projeto, que demorou quase uma década para ser lançado, sofreu com uma grave crise de identidade imposta por decisões executivas. O jogo começou seu desenvolvimento como um RPG single-player tradicional, no estilo clássico da BioWare. No entanto, em um determinado momento, executivos da EA forçaram uma mudança de rumo, exigindo que o título fosse transformado em um jogo multiplayer de serviço ao vivo (live service), seguindo a tendência de mercado da época.

Essa decisão teve consequências imediatas e significativas. O então diretor criativo da franquia, Mike Laidlaw, uma figura chave nos aclamados "Dragon Age: Origins" e "Inquisition", discordou da mudança e deixou o estúdio. Matt Goldman assumiu seu lugar para trabalhar na nova versão multiplayer.

Anos depois, em outra reviravolta, a EA reverteu a decisão, pressionando a equipe para que o jogo voltasse a ser uma experiência single-player. O problema, segundo Schreier, é que essa nova mudança foi feita sem uma "reinicialização do desenvolvimento". A equipe teve que adaptar o que já havia sido construído para o multiplayer, "reformulando toda a história" e a "estrutura fundamental do jogo" em um prazo apertado de apenas um ano e meio.

Prazos apertados e um tom que não agradou

Este prazo rígido se tornou um problema crônico. "A equipe de desenvolvimento tomava decisões acreditando que tinha menos de um ano para lançar o jogo, o que limitava severamente as histórias que poderiam contar e o mundo que poderiam construir", aponta a reportagem.

Além dos problemas estruturais, o tom do jogo também foi um grande obstáculo. Testes alfa internos revelaram uma "falta de escolhas e consequências satisfatórias" – a marca registrada da BioWare – e um tom de diálogo que desagradou os testadores. Isso forçou a equipe a reescrever grande parte dos diálogos para adotar um tom mais sério, mais alinhado com as expectativas dos fãs da franquia.

O futuro da BioWare e a "última chance" com "Mass Effect"

O lançamento sem brilho de "The Veilguard", que se soma aos resultados mistos de "Mass Effect: Andromeda" e ao fracasso de "Anthem", coloca a BioWare em uma posição delicada. Schreier afirma em sua reportagem que o futuro do estúdio de 30 anos é uma "preocupação" interna.

Atualmente, uma equipe pequena, de "algumas dezenas" de funcionários, já está trabalhando no próximo jogo da franquia "Mass Effect". Muitos dentro da indústria e do próprio estúdio veem este novo projeto como o que pode ser a "última chance" para a BioWare provar seu valor e reencontrar o caminho do sucesso que a consagrou como um dos estúdios de RPG mais amados da história.

A EA, segundo a reportagem, se recusou a comentar as informações. A história de "Dragon Age: The Veilguard" serve como um alerta sobre os perigos da interferência executiva e de um desenvolvimento conturbado, cujas consequências se refletiram no produto final entregue aos jogadores.


Vazamento de demo de 'Resident Evil 9' revela câmera em 1ª e 3ª pessoa e segundo personagem jogável

Vazamento de demo de 'Resident Evil 9' revela câmera em 1ª e 3ª pessoa e segundo personagem jogável

Novos e empolgantes detalhes sobre "Resident Evil 9: Requiem" surgiram em um vazamento que parece confirmar os maiores desejos dos fãs. Segundo um relatório do site XboxEra, posteriormente apagado mas amplamente divulgado, o aguardado novo capítulo da saga de terror da Capcom permitirá que os jogadores alternem entre as perspectivas de primeira e terceira pessoa e contará com um segundo personagem jogável "bem conhecido".

O melhor dos dois mundos: a câmera híbrida

Desde que "Resident Evil 7: Biohazard" reinventou a série com uma câmera em primeira pessoa, a comunidade de fãs se dividiu. Enquanto muitos elogiaram a imersão e o horror claustrofóbico, outros sentiram falta da perspectiva em terceira pessoa, que se tornou padrão nos remakes de sucesso de "Resident Evil 2, 3 e 4". O novo vazamento sugere que "Resident Evil 9" irá agradar a ambos os grupos.

De acordo com o relatório, que detalha uma demo de 30 minutos, o jogo permitirá que os jogadores escolham livremente entre as duas perspectivas ao longo da campanha. A demo supostamente começa em primeira pessoa e, em um determinado momento, transita para a terceira pessoa, demonstrando a fluidez do sistema. Essa flexibilidade seria uma inovação para a série principal e uma resposta direta ao feedback dos fãs.

O retorno de um personagem familiar?

Outra grande revelação do vazamento é a confirmação de um segundo personagem jogável. A descrição diz que se trata de um "personagem familiar com um grande arsenal de armas". Imediatamente, as teorias dos fãs apontaram para um nome: Leon S. Kennedy.

A especulação sobre o retorno de Leon já era forte desde a revelação do jogo no Summer Game Fest na semana passada, principalmente porque o trailer de "Requiem" mostrou um retorno à icônica Raccoon City. A presença de um segundo protagonista experiente e bem armado ao lado da nova heroína, a agente do FBI Grace Ashcroft, se encaixaria perfeitamente na estrutura narrativa. No entanto, é importante notar que o vazamento não confirma explicitamente o nome de Leon.

Novos detalhes de gameplay com Grace Ashcroft

O relatório também descreveu uma sequência de jogabilidade com a protagonista, Grace. A cena mostra a personagem explorando corredores assustadores, acendendo luzes e abrindo portas, em uma atmosfera de tensão clássica da franquia. Sua exploração é interrompida por um monstro que a morde no ombro.

Um detalhe interessante da jogabilidade revelado é o sistema de cura. Em vez de usar as tradicionais ervas ou sprays de primeiros socorros, Grace utiliza uma seringa para se curar, sugerindo uma nova mecânica de gerenciamento de itens.

"Resident Evil 9: Requiem" foi oficialmente anunciado com data de lançamento para 27 de fevereiro de 2026, para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. 


Nintendo Switch 2: 'Game-Key Cards' causam polêmica entre jogadores no Japão

Capcom classifica os 'Game Key Cards' do Switch 2 como vendas digitais, desenvolvedores criticam o formato

A Capcom adicionou uma nova camada à controversa discussão sobre os "Game Key Cards" do Nintendo Switch 2. Em seu mais recente relatório financeiro, a gigante japonesa dos games afirmou que, para fins de registro, considera as vendas de títulos como "Street Fighter 6" neste formato como vendas digitais, e não físicas. A classificação, embora técnica, reforça a crítica de que as novas caixinhas são, na prática, apenas um invólucro para um download.

O que são os "Game Key Cards"?

O formato "Game Key Card" tem sido um dos pontos mais polêmicos do recém-lançado Nintendo Switch 2. Trata-se de uma caixinha física, similar à de um jogo tradicional, mas que não contém um cartucho com os dados do jogo. Em seu lugar, há apenas um código para download do título na eShop da Nintendo.

A principal (e talvez única) diferença em relação a uma compra puramente digital é que este "jogo físico" pode ser revendido, já que o código não fica atrelado à conta do primeiro usuário. No entanto, a ausência de um meio físico com os dados do jogo tem gerado fortes críticas de ativistas da preservação de games e de desenvolvedores. A suspeita é de que a maioria dos jogos de estúdios parceiros (third-party) esteja adotando este formato porque, no momento, a Nintendo só estaria disponibilizando cartuchos de um único e grande tamanho (64 GB) para a produção.

A crítica da comunidade de preservação e dos desenvolvedores

Para os defensores da preservação de jogos, o formato é um retrocesso. Stephen Kick, CEO da Nightdive Studios – um estúdio especializado em remasterizar e relançar jogos antigos –, expressou sua decepção. "Ver a Nintendo fazer isso é um pouco desanimador", disse ele ao GamesIndustry.biz. "Seria de se esperar que uma empresa tão grande, com uma história tão rica, levasse a preservação um pouco mais a sério". A preocupação é que, no futuro, quando os servidores da eShop forem desligados, esses jogos simplesmente deixarão de existir, mesmo para quem tem a "caixinha".

A crítica também vem de desenvolvedores de renome. Alex Hutchinson, diretor de jogos como "Far Cry 4" e "Assassin's Creed 3", não poupou palavras. "Eu odeio isso", disse ele em entrevista ao VideoGamer. "Acho meio sem graça. [...] Sinto que está ficando obsoleto... estamos perdendo um pouco do que tornava o negócio especial. Trocar cartuchos de Game Boy na escola [...] Há algo de bom nisso."

Hutchinson também fez uma observação cínica sobre a capacidade da Nintendo de implementar tal sistema sem grandes consequências. "É engraçado que a Nintendo vá se safar", continuou. "Isso só mostra o poder da nostalgia no nosso negócio [...] É tipo, ‘ah, a Nintendo está fazendo isso, tudo bem, não vamos falar muito.’"


Remaster de Days Gone para PS5 é anunciado

Estúdio de 'Days Gone', Sony Bend, demite cerca de 30% de sua equipe após cancelamento de projeto

A onda de demissões que assola a indústria de games continua, e a mais recente vítima é um dos estúdios mais conhecidos do PlayStation. A Sony Bend, desenvolvedora do popular jogo de zumbis em mundo aberto "Days Gone", foi atingida por demissões significativas. Cerca de 30% de sua força de trabalho, o que equivale a aproximadamente 40 funcionários, foram dispensados nesta semana.

Uma "mudança estratégica" após o cancelamento de um jogo

O anúncio das demissões, noticiado inicialmente pelo jornalista Jason Schreier, da Bloomberg, e posteriormente confirmado pelo próprio estúdio, ocorre meses após o cancelamento do principal projeto em que a Sony Bend estava trabalhando: um jogo de serviço online (live service). Em janeiro deste ano, a Sony cancelou o projeto ainda não anunciado da Bend, juntamente com outro título live service que estaria em desenvolvimento na Bluepoint Games, supostamente um jogo no universo de "God of War".

Em um comunicado oficial, um porta-voz da Sony explicou a decisão como uma reestruturação para o futuro. "No início deste ano, a Bend Studio concluiu o desenvolvimento de um conceito de serviço online. Após cuidadosa análise, optamos por não prosseguir com ele", disse a empresa. "À medida que a equipe muda o foco para o próximo projeto, fizemos mudanças estratégicas para melhor posicionar o estúdio para o sucesso a longo prazo. Como parte dessa transição, houve uma redução na força de trabalho do estúdio."

A Sony finalizou a nota afirmando que a decisão "não foi tomada de forma leviana" e que continua "confiante no futuro e na direção criativa" do estúdio.

O legado de "Days Gone" e o futuro incerto

A Sony Bend tem uma longa história com o PlayStation, sendo responsável pela clássica série "Syphon Filter" no PS1 e por títulos importantes para os portáteis da Sony, como "Resistance: Retribution" e "Uncharted: Golden Abyss". Seu último grande lançamento foi "Days Gone", em 2019 para o PlayStation 4.

O jogo, que acompanha a jornada do motoqueiro Deacon St. John em um Oregon pós-apocalíptico infestado por hordas de "Freakers", teve uma recepção crítica mista na época, alcançando uma nota 71 no Metacritic. No entanto, com o tempo, o jogo conquistou uma enorme e apaixonada base de fãs, tornando-se um clássico cult e um dos jogos mais vendidos da geração do PS4. Apesar do sucesso comercial e do clamor dos fãs por uma sequência, a Sony supostamente rejeitou a proposta de um "Days Gone 2" em 2021.

Desde então, o estúdio estava trabalhando em uma nova propriedade intelectual que, segundo a própria Sony, "se baseava nos sistemas de mundo aberto profundo que eles desenvolveram com Days Gone". Esse projeto, agora se sabe, era o jogo de serviço online que foi cancelado, deixando o futuro do estúdio em aberto.

Uma crise contínua na indústria

As demissões na Sony Bend são mais um capítulo da crise que afeta a indústria de games desde 2023. Grandes empresas como Microsoft, EA, Ubisoft e a própria Sony já realizaram cortes massivos, resultando em milhares de demissões e no fechamento de estúdios, como o London Studio da Sony e o Arkane Austin da Microsoft.


Mario Kart World: O jogo que quase ficou preso no Nintendo Switch original

Switch 2 tem o maior lançamento da história da Nintendo, com 3,5 milhões de unidades vendidas em quatro dias

O Nintendo Switch 2 não apenas chegou, ele tomou o mercado de assalto. A Nintendo anunciou oficialmente nesta quarta-feira, 11 de junho, que seu novo console vendeu impressionantes 3,5 milhões de unidades em todo o mundo nos seus primeiros quatro dias de mercado, após o lançamento em 5 de junho. O número não apenas estabelece um novo recorde para a empresa, mas posiciona o console como um provável candidato ao maior lançamento de hardware da história dos videogames.

Quebrando recordes e superando a concorrência

Para colocar o número em perspectiva, o aclamado Nintendo Switch original levou quase um mês para vender 2,7 milhões de unidades. O Switch 2 superou essa marca em apenas quatro dias. A performance também se destaca quando comparada à concorrência. O PlayStation 5, da Sony, vendeu 4,5 milhões de unidades em seu primeiro trimestre fiscal (cerca de três meses) em 2020, um período marcado por uma severa escassez de estoque devido à crise de semicondutores. O Switch 2 vendeu quase a mesma quantidade em menos de uma semana.

"Fãs em todo o mundo estão a demonstrar o seu entusiasmo pelo Nintendo Switch 2 como uma forma melhorada de jogar em casa e em qualquer lugar", afirmou o presidente da Nintendo of America, Doug Bowser, em comunicado. "Estamos gratos pela resposta e felizes por ver a diversão que já estão a ter."

Na Europa, o sentimento é o mesmo. "O Nintendo Switch 2 representa a próxima evolução do Nintendo Switch, e estamos muito felizes e gratos por vê-lo já a ser acolhido por tantos jogadores", comentou Luciano Pereña, chefe da Nintendo Europa.

Um caminho aberto para o sucesso em 2025

O início avassalador coloca a Nintendo em uma posição extremamente confortável para atingir sua ambiciosa meta de vender 15 milhões de unidades do Switch 2 em seu primeiro ano fiscal (que termina em março de 2026). Muitos analistas do setor já preveem que a empresa superará facilmente esse número.

Diversos fatores contribuíram para este sucesso. Primeiramente, a Nintendo parece ter conseguido garantir um estoque robusto, evitando os problemas de escassez que frustraram os consumidores nos lançamentos de outras plataformas. Além disso, o console chegou com um título de peso, "Mario Kart World", e edições aprimoradas de clássicos como "The Legend of Zelda: Breath of the Wild" e "Tears of the Kingdom".

A conjuntura do mercado também favoreceu a Nintendo. Com o adiamento de "Grand Theft Auto 6" para 2026, o calendário de lançamentos de 2025 ficou sem o seu maior concorrente, abrindo um caminho livre para que o Switch 2 domine as atenções e as vendas no período de festas de fim de ano.

O desafio de manter o ritmo

Apesar do sucesso inicial, o desafio da Nintendo agora é manter o ritmo. "Alguém na indústria pode se surpreender com esse número? As expectativas para o lançamento sempre foram altíssimas, e a Nintendo correspondeu", analisou o Dr. Serkan Toto, CEO da consultoria Kantan Games, em declaração à VGC.

"O que é absolutamente crucial para a Nintendo agora é criar impulso até o final do ano e as festas de fim de ano, especialmente agora que GTA 6 está fora do caminho para 2025", continuou o analista. "O nível de suporte de terceiros é ótimo [...] mas agora a Nintendo precisa seguir com seus próprios sucessos de bilheteria." O mundo agora observa para ver quais serão os próximos grandes jogos que sustentarão o voo do novo e poderoso console da Nintendo.


Prêmio eSports Brasil 2025 terá novas categorias, tema cyberpunk e linha de produtos oficiais

Prêmio eSports Brasil 2025 terá novas categorias, tema cyberpunk e linha de produtos oficiais

A maior celebração dos games e esportes eletrônicos da América Latina, o Prêmio eSports Brasil (PeB), anunciou nesta terça-feira, 10 de junho, as novidades para sua nona edição. O evento, que acontece em 18 de dezembro no Memorial da América Latina, em São Paulo, chegará com uma temática futurista, novas categorias para refletir a evolução do cenário e, pela primeira vez, uma linha de produtos oficiais para os fãs.

Novas categorias para um ecossistema em expansão

Em suas oito edições anteriores, o PeB já entregou quase 150 troféus, reconhecendo os maiores talentos da indústria. Para 2025, o prêmio expande seu escopo para homenagear ainda mais profissionais que são fundamentais para o ecossistema. Entre as novidades estão as categorias de Melhor Comentarista, Melhor Time e Melhor Técnico(a).

Além disso, o prêmio se adapta às novas formas de consumo de conteúdo com a estreia de duas categorias voltadas para criadores: Melhor Creator: Short Form (vídeos curtos) e Melhor Creator: Long Form (vídeos longos). Essas novas premiações se juntam às já tradicionais, que são divididas entre votação popular (como Melhor Streamer do Ano) e técnica, com o auxílio de um Superjúri.

"O PeB está em constante evolução, sempre com o objetivo de valorizar todo o ecossistema", explica Gustavo Freudenfeld, diretor-geral do prêmio. "Chegou a hora de reconhecer também o trabalho de outros profissionais talentosos que são fundamentais para levar os games a um público cada vez maior e mais diverso".

Tema cyberpunk e a visão de futuro

Com um olhar voltado para a inovação, a edição deste ano terá uma temática cyberpunk. A escolha, segundo a diretora artística Marisa Mestiço, reflete o espírito de transformação que os games representam. "O evento de 2025 é um convite para refletirmos sobre o que vem pela frente, tanto nos games quanto na sociedade", afirma, destacando que o tema traduz o espírito de comunidade e evolução que o PeB valoriza.

Gustavo Freudenfeld complementa, ressaltando o papel do prêmio no fortalecimento do cenário. "Hoje, os games e os eSports representam cultura, inovação e impacto real. Um movimento que inspira e mobiliza uma nova geração."

Fãs poderão "vestir a camisa" do prêmio

Outra grande novidade é o lançamento da primeira linha de produtos oficiais do Prêmio eSports Brasil. Desenvolvida em parceria com a One, empresa especializada em licenciamento, a coleção incluirá peças de vestuário e acessórios. "Buscamos traduzir a essência do PeB e do universo gamer em produtos que permitam que os fãs levem uma parte dessa experiência para o dia a dia", comenta Ligia Pawlow, diretora de arte da One. Os detalhes da coleção serão revelados em breve.

O PeB 2025 terá transmissão ao vivo pelo SporTV e pelos canais oficiais da Player1 e do próprio prêmio no YouTube e outras redes sociais. Informações sobre os apresentadores, o Superjúri, os indicados e o início da votação popular serão divulgadas ao longo dos próximos meses, aquecendo os motores para a grande noite de celebração do eSport brasileiro.


'Rainbow Six Siege' se reinventa em seu 10º aniversário com a mega atualização gratuita 'Siege X'

'Rainbow Six Siege' se reinventa em seu 10º aniversário com a mega atualização gratuita 'Siege X'

A Ubisoft lançou nesta terça-feira, 10 de junho, a mais ambiciosa e transformadora atualização na história de "Tom Clancy's Rainbow Six Siege". Intitulada "Siege X", a atualização gratuita marca o 10º aniversário do aclamado jogo de tiro tático e já está disponível para PlayStation, Xbox e PC, prometendo uma experiência renovada tanto para veteranos quanto para novos jogadores.

A chegada de "Dual Front": um novo modo 6v6 que quebra as regras

A principal novidade de "Siege X" é a introdução do "Dual Front", um novo modo de jogo 6v6 permanente que quebra uma das regras fundamentais do Siege. Pela primeira vez, as equipes serão mistas, com operadores de Ataque e Defesa lutando lado a lado. O objetivo é conquistar setores do mapa controlados pelo inimigo enquanto se defende os seus próprios.

Diferente dos modos clássicos de vida única, "Dual Front" introduz a possibilidade de renascer (respawn) e até mesmo de trocar de operador durante a partida, tornando a jogabilidade mais dinâmica e acessível. O modo também contará com missões temporárias em Setores Neutros, adicionando uma camada extra de estratégia.

Uma renovação técnica completa: gráficos, áudio e jogabilidade aprimorados

"Siege X" não é apenas sobre um novo modo de jogo; é uma reformulação técnica completa. A atualização traz melhorias significativas em vários pilares do game:

  • Gráficos: Cinco mapas clássicos – Clubhouse, Chalet, Border, Bank e Kafe – foram totalmente modernizados no lançamento, com nova iluminação, sombras e texturas de alta resolução. A Ubisoft promete modernizar mais três mapas em cada temporada futura.
  • Jogabilidade: Novos elementos destrutíveis, como canos de gás e extintores de incêndio, foram adicionados para criar novas oportunidades táticas. O sistema de rapel foi aprimorado, permitindo agora corridas horizontais pelas paredes e manobras mais fluidas pelos cantos dos edifícios.
  • Áudio: O som do jogo foi totalmente refeito. Com um novo sistema de propagação e reverberação, os jogadores poderão identificar com muito mais precisão a localização dos inimigos e o tipo de ambiente em que eles estão, tornando o áudio uma ferramenta de inteligência ainda mais crucial.

Operação Daybreak: a nova temporada e a reformulação de Clash

Junto com a atualização "Siege X", a Ubisoft lançou a segunda temporada do Ano 10 de Siege, a "Operação Daybreak". A principal mudança da temporada é uma remasterização completa da operadora defensiva Clash. Seu Escudo CCE agora pode ser implantado no chão, permitindo que ela o posicione de forma estratégica enquanto controla seu taser de maneira remota, mudando completamente sua dinâmica de jogo.

A temporada também traz importantes mudanças de balanceamento: a eletricidade não causará mais dano direto aos operadores, e o dano em membros como braços e pernas foi reduzido. Agentes como Jackal, Sledge, Thunderbird, Jäger e Blackbeard também receberam atualizações.

Um novo começo: acesso gratuito e edições para novos e antigos jogadores

Para celebrar esta nova era, "Rainbow Six Siege" está adotando um novo modelo de acesso. Novos jogadores poderão baixar e jogar o game base gratuitamente, com acesso aos modos Partida Rápida, Não Ranqueado e o novo "Dual Front".

Para quem busca a experiência completa, o jogo pode ser adquirido nas edições Elite (com acesso a modos ranqueados e 16 operadores extras) e Ultimate (com 52 operadores e pacotes cosméticos). A Ubisoft garantiu que os jogadores atuais manterão todo o seu conteúdo desbloqueado e receberão recompensas exclusivas de veteranos, baseadas no ano em que começaram a jogar.