Microsoft e ASUS revelam oficialmente o portátil 'ROG Xbox Ally' no Xbox Games Showcase
Após semanas de vazamentos e especulações, a Microsoft oficializou sua entrada no crescente mercado de portáteis para jogos. Durante o Xbox Games Showcase, realizado neste domingo, 8 de junho, a gigante da tecnologia, em parceria com a ASUS, revelou o ROG Xbox Ally, um novo dispositivo portátil projetado para integrar perfeitamente o ecossistema Xbox em um formato compacto e poderoso.
https://www.youtube.com/watch?v=FIVmyOIV1MQ&ab_channel=Xbox
A concretização dos rumores: "um Xbox que você pode segurar nas mãos"
A revelação confirmou os rumores que circulavam desde que imagens de um misterioso novo portátil da linha ROG (Republic of Gamers) da ASUS surgiram online. As fotos mostravam um design familiar ao do ROG Ally original, mas com um distintivo botão Xbox e uma ergonomia que remetia diretamente aos controles da Microsoft.
No palco do evento, a presidente do Xbox, Sarah Bond, apresentou o dispositivo, descrevendo-o de forma sucinta e poderosa: "É um Xbox que você pode segurar nas mãos". O ROG Xbox Ally foi projetado desde o início para ser uma extensão nativa da experiência Xbox.
Parceria estratégica em vez de hardware próprio
A existência do ROG Xbox Ally também confirma as reportagens que indicavam uma mudança de estratégia da Microsoft. Fontes da indústria haviam relatado que a empresa teria arquivado os planos para desenvolver seu próprio console portátil do zero, optando, em vez disso, por uma parceria com uma fabricante de hardware já estabelecida.
Essa colaboração com a ASUS, uma das líderes no mercado de PCs para jogos, permitiu à Microsoft acelerar sua entrada no setor, aproveitando a expertise da parceira em criar dispositivos portáteis potentes. O projeto, que internamente era conhecido como "Projeto Keenan", utiliza componentes de ponta, como os processadores AMD Ryzen, para garantir um desempenho robusto.
O ecossistema Xbox na palma da sua mão
O grande diferencial do ROG Xbox Ally em relação a outros portáteis de PC, como o Steam Deck, é sua integração total e nativa com o ecossistema Xbox. Sarah Bond enfatizou que o dispositivo se conecta perfeitamente ao Xbox Play Anywhere e, crucialmente, ao Game Pass, permitindo que toda a biblioteca de jogos do usuário, incluindo títulos de PC, nuvem e console, "viaje com você".
Isso significa que os jogadores poderão iniciar um jogo no seu Xbox Series X|S em casa, continuar jogando no ROG Xbox Ally durante uma viagem e até mesmo alternar para o xCloud em seus celulares, com o progresso sendo sincronizado entre todas as plataformas. Essa flexibilidade é o pilar da estratégia atual da Microsoft, que visa tornar a marca Xbox um serviço onipresente, e não apenas um console de mesa.
Ainda não foram revelados detalhes sobre preço ou data de lançamento específica, mas a revelação do ROG Xbox Ally no principal evento de marketing do Xbox sinaliza um novo e empolgante capítulo para a marca. A promessa de levar a experiência completa do Xbox para qualquer lugar tem o potencial de atrair tanto os fãs fiéis da marca quanto novos jogadores que buscam a versatilidade de um dispositivo portátil poderoso.
Nova protagonista de 'Resident Evil 9' gera debate sobre 'síndrome da mesma cara' na franquia
A revelação de "Resident Evil 9", oficialmente intitulado "Resident Evil: Requiem", durante o Summer Game Fest trouxe grande empolgação aos fãs, especialmente com a introdução de uma nova protagonista, a agente do FBI Grace Ashcroft. No entanto, em meio à celebração, uma crítica recorrente sobre a franquia voltou à tona: a aparente falta de diversidade nos traços faciais de suas personagens femininas, com muitos jogadores apontando a semelhança de Grace com outras heroínas da saga.
"Não estou louco, né?": a confusão com Rosemary e Jill
Logo após a divulgação do primeiro trailer, fóruns como o Reddit e o X (antigo Twitter) foram inundados por comentários de fãs que, inicialmente, confundiram a nova heroína. Muitos acreditaram que Grace era, na verdade, uma versão mais velha de Rosemary Winters, a protagonista da DLC de "Resident Evil Village". "Não estou louco, né? Ela se parece exatamente com uma Rose um pouco mais velha", escreveu o usuário do Reddit Debracito. "Nada no trailer sugere que ela seja Rose. Ainda assim, parece algo que eles não poderiam ter feito [por] acidente", ponderou.
Outros viram semelhanças com outra personagem icônica. "Sinceramente, pensei que ela fosse Jill [Valentine] no início, e que eles reconstruíram a Ilha da Morte, restaurando sua cor de cabelo original", comentou outro usuário, referindo-se à aparência da personagem no remake de "Resident Evil 3".
A crítica da "síndrome da mesma cara"
Essa confusão inicial alimentou uma discussão maior sobre o que os fãs apelidaram de "síndrome da mesma cara" (same-face syndrome). A crítica aponta que as protagonistas femininas mais recentes da Capcom, desenvolvidas com a poderosa RE Engine, tendem a compartilhar uma estrutura facial muito similar – geralmente traços caucasianos, finos e delicados –, o que diminuiria a individualidade de cada uma.
A frustração de parte da comunidade é que, enquanto os personagens masculinos como Leon, Chris e Ethan possuem aparências distintas, as mulheres estariam sendo criadas a partir de um molde estético semelhante. Essa percepção levou a um clamor pela inclusão de personagens veteranas com visuais mais únicos e diversos, como a espiã de ascendência asiática Ada Wong e a agente africana Sheva Alomar (de "Resident Evil 5"), embora não haja, por enquanto, nenhuma indicação de que elas estarão em "Requiem".
Quem é Grace Ashcroft e quem mais retorna?
Apesar do debate sobre seu rosto, a história de Grace Ashcroft é inédita e intrigante. Ela é filha de Alyssa Ashcroft, uma jornalista que apareceu no jogo spin-off "Resident Evil Outbreak" (2003). Como revelado anteriormente, "Requiem" parece se conectar a uma investigação que Alyssa deixou para trás, criando uma forte ligação com o passado da franquia.
Rumores indicam que Grace não estará sozinha. Especula-se que Leon S. Kennedy terá um papel importante no jogo, possivelmente como um segundo protagonista, o que faria sentido dado o retorno da trama para a icônica e destruída Raccoon City, cenário que marcou a trajetória de Leon. A presença de Jill Valentine também é muito especulada pelos fãs.
Enquanto a Capcom não revela mais personagens, a discussão sobre o design de Grace continua. "Resident Evil: Requiem" tem lançamento previsto para 27 de fevereiro de 2026, para PS5, Xbox Series X/S e PC, e até lá, os fãs certamente continuarão a debater cada detalhe do aguardado novo capítulo da saga de terror.
'ILL' é relembrado no Summer Game Fest e promete um novo patamar de terror realista
O palco do Summer Game Fest, neste sábado, 7 de junho, foi palco de uma revelação que promete assombrar os fãs de terror. "ILL", um novo e visceral jogo de horror em primeira pessoa, foi anunciado com um trailer que destaca seu fotorrealismo e uma abordagem brutalmente explícita à violência e à sobrevivência. O título é o projeto de estreia do estúdio Team Clout, que chega ao mercado sob o selo editorial Mundfish Powerhouse, da mesma desenvolvedora de "Atomic Heart".
https://www.youtube.com/watch?v=apTtr_BSrOM&ab_channel=TeamClout%23ILLgame
Terror visceral em um forte de pesquisa abandonado
"ILL" transporta os jogadores para os corredores claustrofóbicos de um enorme forte de pesquisa que foi dominado por uma entidade misteriosa. O objetivo é simples, mas a execução será, ao que tudo indica, um pesadelo: sobreviver às "Aberrações" aterrorizantes que agora habitam o local, enquanto desvenda os segredos por trás da catástrofe.
O grande destaque do jogo, conforme apresentado no trailer, é seu sistema de desmembramento brutal e dinâmico. A equipe de desenvolvimento, composta por especialistas no gênero de terror, promete uma experiência onde os jogadores podem mutilar e despedaçar os monstros de forma realista. "Ao derrotar vários inimigos enquanto explora este forte, você deixa carne em pedaços, ossos expostos e carcaças evisceradas pelo caminho", descreve o material de divulgação.
Imersão através da tecnologia e da interação
A Team Clout pretende criar uma experiência que "penetre na sua consciência e exponha seus verdadeiros medos". Para isso, o estúdio está investindo em tecnologias de imersão de ponta. "ILL" contará com um sistema de áudio binaural, que cria uma percepção de som 3D e promete amplificar o impacto de cada susto e ruído ambiente.
Além do som, a física realista será um pilar da jogabilidade. O ambiente não será apenas um cenário, mas uma parte ativa do jogo. As ações dos jogadores e a movimentação das criaturas podem causar reações em cadeia, e os monstros poderão usar objetos do cenário para atacar o jogador, exigindo uma consciência espacial constante para sobreviver.
Sobrevivência em sua forma mais pura
Seguindo a cartilha dos grandes jogos de survival horror, o gerenciamento de recursos e armas será crucial para o sucesso em "ILL". Cada arma terá animações elaboradas e uma física única, mas o jogador precisará fazer mais do que apenas atirar. Será necessário inspecionar o armamento em busca de defeitos, realizar manutenção, modificá-lo e aprimorá-lo para continuar progredindo.
Ao mesmo tempo, a criação de itens (crafting) será essencial, já que produzir o item correto no momento certo pode ser a diferença entre a vida e a morte. Essa ênfase na preparação estratégica e no gerenciamento de um inventário limitado promete uma jogabilidade tensa e desafiadora.
"ILL" ainda não tem uma data de lançamento definida, mas já pode ser adicionado à lista de desejos no Steam.
Silêncio ensurdecedor: a ausência de 'Marvel's Wolverine' no Summer Game Fest preocupa os fãs
O Summer Game Fest 2025, realizado nesta sexta-feira, 6 de junho, entregou uma enxurrada de anúncios e trailers aguardados, mas para muitos fãs da Marvel, o evento foi marcado por uma ausência notável e ensurdecedora: "Marvel's Wolverine". A falta de novidades sobre o aguardado jogo da Insomniac Games, que também não apareceu no evento State of Play da Sony no início da semana, está gerando uma crescente onda de apreensão na comunidade.
Quatro anos de espera e um silêncio incomum
"Marvel's Wolverine" foi anunciado com um teaser empolgante em setembro de 2021, prometendo uma aventura madura com o amado mutante dos X-Men. Desde então, quase quatro anos se passaram, e nenhuma outra informação oficial ou imagem do jogo foi divulgada pela Insomniac ou pela Sony. Esse longo período de silêncio, especialmente para um estúdio conhecido por sua comunicação consistente como a Insomniac, é o principal motor da preocupação dos fãs.
Nas redes sociais, a ausência do jogo no Summer Game Fest foi um dos tópicos mais comentados. Fãs expressaram sua frustração e preocupação, com muitos questionando diretamente a Insomniac sobre o status do projeto e especulando se o título poderia ter sido silenciosamente cancelado ou adiado indefinidamente.
O impacto dos vazamentos e o cenário atual da Insomniac
É impossível discutir o desenvolvimento de "Marvel's Wolverine" sem mencionar o massivo e devastador ataque de ransomware que a Insomniac Games sofreu no final de 2023. O vazamento expôs mais de um terabyte de dados internos, incluindo informações pessoais de funcionários, detalhes da trama, conceitos de arte e até uma versão jogável inicial de "Wolverine".
Muitos analistas e fãs acreditam que a violação de segurança pode ter forçado o estúdio a "voltar à prancheta", repensando elementos da história e da jogabilidade para criar novas surpresas e se distanciar do material vazado. Embora a Insomniac tenha afirmado na época que o desenvolvimento continuaria, é plausível que o incidente tenha causado atrasos significativos e uma mudança na estratégia de comunicação.
A ansiedade dos fãs é amplificada por outros fatores. "Marvel's Spider-Man 2", o último grande lançamento do estúdio em outubro de 2023, não recebeu nenhum DLC de história significativo, ao contrário de seu antecessor, o que leva alguns a crerem que o foco total do estúdio estaria em "Wolverine". Além disso, o recente cancelamento de outro jogo de grande porte da Marvel, o "Pantera Negra" da EA, deixou a comunidade de fãs de super-heróis em estado de alerta.
Esperança versus preocupação: o que o futuro reserva?
A Insomniac Games construiu uma reputação de excelência, entregando títulos de altíssima qualidade como as séries "Marvel's Spider-Man" e "Ratchet & Clank". Essa consistência é o principal motivo para manter a esperança. A complexidade de criar um jogo do calibre de "Wolverine" exige tempo, e o estúdio pode simplesmente estar adotando uma abordagem mais cautelosa, esperando ter algo substancial para mostrar antes de iniciar a campanha de marketing.
Ryan Reynolds reage com humor ao ser 'substituído' por Neil Patrick Harris em 'Deadpool VR'
A revelação de "Deadpool VR" durante o Summer Game Fest na última sexta-feira trouxe uma grande surpresa: o icônico anti-herói da Marvel não seria dublado por Ryan Reynolds, o ator que se tornou sinônimo do personagem nos cinemas. A honra, desta vez, coube ao versátil ator Neil Patrick Harris. E, como não poderia deixar de ser em se tratando de Deadpool, a "troca de elenco" gerou uma reação hilária e perfeitamente orquestrada do próprio Reynolds.
https://www.youtube.com/watch?v=2WIhc9hjlTQ&ab_channel=RyanReynolds
"Como Conheci um Filho da P*ta de Verdade"
Neste sábado, 7 de junho, Ryan Reynolds postou um vídeo de um minuto em seu canal do YouTube, intitulado com uma paródia do seriado "How I Met Your Mother", estrelado por Harris. No vídeo, Reynolds entrega uma "reação exagerada" e satírica ao saber que foi "deixado de lado" no novo jogo exclusivo para a plataforma Meta Quest 3 e 3S. A brincadeira rapidamente viralizou, funcionando como uma peça de marketing genial que captura a essência caótica e metalinguística do Mercenário Tagarela.
O vídeo não apenas diverte, mas também endossa a escolha de Neil Patrick Harris, um ator conhecido por seu timing cômico e que já emprestou sua voz a outros personagens da Marvel, como o Homem-Aranha no game "Spider-Man: Shattered Dimensions". A "rivalidade" encenada entre os dois atores serviu para aumentar ainda mais o burburinho em torno do jogo.
O que é "Deadpool VR"?
"Deadpool VR" foi uma das joias do Summer Game Fest, um jogo de tiro em primeira pessoa que promete colocar os jogadores na mente insana do anti-herói. Com visuais inspirados nos quadrinhos clássicos e violência sem limites, o jogo da desenvolvedora Twisted Pixel tem a seguinte premissa: após ser puxado para o Mojoworld, uma dimensão obcecada por audiência e combates gladiatórios, Deadpool vê uma oportunidade de enriquecer. Ele assina um contrato suspeito e parte em uma jornada por vários locais do Universo Marvel, enfrentando vilões icônicos e outros nem tanto.
A jogabilidade, conforme a sinopse, será uma tela em branco para a criatividade destrutiva. "Se você consegue imaginar, provavelmente consegue fazer", diz a descrição. As possibilidades vão além de simplesmente atirar ou esfaquear. O jogo incentiva o caos: "Socar alguém segurando uma granada? Confere. Pegar seu braço recém-explodido e jogá-lo nos bandidos? Que nojo, mas confere também. O limite não existe!".
Uma estratégia de marketing genial
A sequência de eventos – o anúncio surpresa do jogo, a revelação de um novo e popular ator para a voz e a reação imediata e bem-humorada do "ator original" – demonstra um entendimento profundo do personagem. Deadpool é famoso por quebrar a quarta parede e interagir com o mundo real, e essa "briga" pública entre Reynolds e Harris se encaixa perfeitamente nesse universo.
'007: First Light' apresentará um James Bond mais jovem e imprudente
A IO Interactive, aclamado estúdio por trás da trilogia "Hitman", abriu o jogo sobre sua ambiciosa abordagem para "007: First Light", o aguardado título que contará a história de origem de James Bond. Em uma entrevista durante o Summer Game Fest, a equipe revelou que a decisão de explorar os primeiros anos do espião foi deliberada, visando criar um personagem "mais identificável" para o público de videogames e explorar um território narrativo virgem na longa história do personagem.
A origem de um ícone: a aposta em um Bond "mais identificável"
Diferente do agente secreto impecável e experiente que o público conhece, "007: First Light" apresentará James Bond antes mesmo de ele conquistar sua icônica licença para matar, o status '00'. Segundo Jonathan Lacaille, diretor da franquia 007 no estúdio, esta fase da vida de Bond "não foi muito abordada", o que a torna a "parte mais emocionante" do projeto.
"Temos uma história para contar que as pessoas provavelmente estão muito curiosas para descobrir", disse Lacaille. "Quais são os eventos e as pessoas que moldaram o personagem [James Bond] que é hoje? Ele sempre foi o mulherengo que é ou o homem forte que é?". O Bond de "First Light" será um jovem agente com muito potencial, mas ainda em formação. "Há muita juventude nele, então talvez alguma imprudência às vezes", explicou o diretor. "E ele tem muito charme, mas ainda não sabe como usá-lo. Ele talvez não seja tão eficiente quanto um Bond [posterior] seria".
Essa escolha, segundo Lacaille, tem o objetivo de conectar o personagem com um público de jogos que pode ser "mais jovem do que a franquia Bond está acostumada", oferecendo um ponto de entrada novo e mais humano para a saga.
Liberdade criativa e desenvolvimento acelerado
A decisão de não adaptar um livro ou filme específico deu à IO Interactive uma imensa liberdade criativa, o que, paradoxalmente, acelerou o desenvolvimento. "Não é uma adaptação nem nada [...] mas é isso que nos permitirá fazer um ótimo jogo, porque assim teremos muita liberdade que se encaixará na mecânica de jogo", afirmou Lacaille.
Após um longo período de silêncio desde seu anúncio inicial, muitos fãs temiam que o projeto estivesse estagnado. No entanto, o diretor garantiu que o jogo está "bem avançado desde que o anunciamos" e "parece fantástico", com um lançamento agora previsto para 2026.
Universo próprio: a clara separação entre o Bond da IO e "Hitman"
Recentemente, a IO Interactive incluiu o icônico vilão de "Cassino Royale", Le Chiffre, como um Alvo Escorregadio em "Hitman", gerando especulações sobre um possível universo compartilhado. No entanto, a equipe fez questão de desmentir essa teoria.
"O que você viu em First Light é um Bond completamente original e um universo completamente original", esclareceu Martin Ansdal, designer sênior de níveis de "Hitman". "Acho que eles querem, de verdade, criar um Bond para videogames, e esse universo precisa ser distinto e separado. Então, não há planos para crossovers." Ansdal explicou que o Le Chiffre de "Hitman" é o personagem do universo dos filmes de Daniel Craig, e sua presença no mundo de "007: First Light" criaria uma confusão desnecessária sobre qual cânone está sendo seguido.
A filosofia da IO: criando experiências únicas de espionagem
A presença de Le Chiffre em "Hitman" foi mais uma oportunidade de criar uma experiência única, algo que é central para a filosofia do estúdio. "Quando vou trabalhar, não tento criar 'conteúdo'. Tento fazer algo especial, algo que não existe em outros jogos", disse Ansdal, citando um exemplo hilário da liberdade de "Hitman": "Nenhum outro jogo fará você se vestir de flamingo e matar Le Chiffre com uma casca de banana".
Essa mentalidade de criar "caixas de areia" complexas, onde a criatividade do jogador é a principal ferramenta, é exatamente o que empolga os fãs sobre o futuro "007: First Light". A expectativa é que a IO Interactive entregue não apenas um jogo de ação, mas um verdadeiro simulador de espionagem, onde a inteligência e a furtividade serão tão importantes quanto a pontaria, honrando tanto o legado de James Bond quanto a excelência em design do estúdio.
Capcom pode ter revelado a trama de 'Resident Evil 9' há oito anos em 'Resident Evil 7'
A revelação oficial de "Resident Evil 9" (agora com o subtítulo "Requiem") no Summer Game Fest na noite de sexta-feira, 6 de junho, já seria motivo suficiente para empolgar os fãs. No entanto, poucas horas após o trailer arrepiante ser divulgado, a dedicada comunidade da franquia fez uma descoberta surpreendente: a Capcom pode ter plantado a primeira semente para a história do novo jogo há oito anos, dentro de um documento escondido em "Resident Evil 7: Biohazard" (2017).
A nota de Alyssa Ashcroft e a conexão com a nova protagonista
A teoria, que rapidamente ganhou força em fóruns e redes sociais, centra-se em uma nota que pode ser encontrada no jogo de 2017. O documento é um artigo escrito pela jornalista investigativa Alyssa Ashcroft, uma personagem que os fãs de longa data conhecem do spin-off "Resident Evil Outbreak". No texto, datado de 2016, Alyssa descreve uma investigação sobre um misterioso caso de pessoas desaparecidas.
A conexão se torna clara ao assistir ao trailer de "Resident Evil 9: Requiem". A nova protagonista do jogo é Grace Ashcroft, uma agente do FBI e, como o trailer revela, filha de Alyssa. A trama mostra Grace investigando vítimas de uma doença desconhecida, e em várias cenas são vistos pôsteres desbotados de pessoas desaparecidas, pendurados em paredes – uma imagem que espelha diretamente a investigação de sua mãe.
Um mistério de família que atravessa a cronologia da saga
Essa descoberta levanta uma série de questões fascinantes sobre a narrativa de "Requiem". O trailer menciona que Alyssa morreu há oito anos, o que, considerando que sua nota foi escrita em 2016, situa os eventos de "Resident Evil 9" por volta de 2024-2025. Estaria Grace continuando a última e fatal investigação de sua mãe? O trailer também mostra vislumbres do "Hotel Runwood", local onde Alyssa teria morrido. Teria sua morte ligação com o caso que ela investigava?
A prévia de "Requiem" também exibe a icônica Raccoon City, completamente destruída após os eventos de "Resident Evil 2" e "3", sugerindo que o novo jogo pode conectar a conspiração atual com os pecados originais da Umbrella Corporation. A possibilidade de a Capcom ter planejado essa conexão familiar e essa trama de longa duração com oito anos de antecedência é um testemunho da complexidade e da profundidade do universo de "Resident Evil".
O que sabemos sobre "Resident Evil 9: Requiem"
Além da trama intrigante, o anúncio no Summer Game Fest confirmou que "Resident Evil 9: Requiem" será lançado em 27 de fevereiro de 2026, para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. A direção de Koshi Nakanishi, o mesmo de "Resident Evil 7", também foi confirmada, indicando um retorno ao terror mais claustrofóbico e psicológico que revitalizou a série.
Para os fãs, a descoberta da nota em "Resident Evil 7" adicionou uma camada extra de mistério e antecipação. Não se trata apenas de esperar por um novo jogo, mas de desvendar um quebra-cabeça que a Capcom pode ter cuidadosamente montado ao longo de quase uma década, provando mais uma vez por que "Resident Evil" continua sendo a franquia rainha do survival horror.
Estúdio de 'Atomic Heart' revela 'The CUBE', um ambicioso RPG de tiro multiplayer
A Mundfish, desenvolvedora do controverso "Atomic Heart", surpreendeu o público durante o Summer Game Fest na noite desta sexta-feira, 6 de junho, ao anunciar seu mais novo projeto: "The CUBE". Trata-se de um RPG de tiro multiplayer ambientado no mesmo universo retrofuturista de seu jogo anterior, mas com uma proposta focada na tecnologia e na cooperação online.
https://www.youtube.com/watch?v=YHHJM-KZfss&ab_channel=Mundfish%23AtomicHeart
Um novo desafio no Universo Atômico
"The CUBE" se passa vários anos após os eventos de "Atomic Heart", quando o mundo enfrenta uma nova e misteriosa ameaça. Uma gigantesca estrutura levitante, conhecida como "O Cubo", surgiu e se tornou o epicentro de fenômenos perigosos. Os jogadores deverão se unir para adentrar seus segredos e desvendar uma equação em seu núcleo que pode salvar ou extinguir a humanidade.
Descrito como um "lugar anômalo e mutável", o Cubo terá suas fileiras e bordas em constante rotação, criando cenários e desafios de combate inesperados. O jogo promete uma exploração rica em vastos biomas, missões emocionantes, chefes poderosos e um sistema de progressão de personagem profundo e persistente, que recompensa diferentes estilos de jogo.
A promessa de um salto tecnológico
Mais do que a premissa, a Mundfish focou seu anúncio em uma ousada promessa tecnológica. Robert Bagratuni, fundador e CEO do estúdio, afirmou que "The CUBE" utiliza uma tecnologia proprietária que o diferencia de qualquer outro jogo no mercado. "Na Mundfish, fomos os primeiros na indústria a implementar uma tecnologia que permite que milhares de objetos se movam e girem simultaneamente em enormes extensões de terreno — online e em tempo real. Nenhum outro jogo jamais fez isso antes", declarou Bagratuni.
Segundo ele, isso é possível graças a um "inovador sistema proprietário de renderização dividida", que redefine o tratamento de movimento em ambientes interativos, permitindo transições suaves e sincronização multiplayer em um mundo vivo e em constante evolução.
Uma nova direção após as controvérsias de "Atomic Heart"
O anúncio de "The CUBE" representa uma mudança estratégica para a Mundfish. O primeiro "Atomic Heart", lançado em 2023, foi um sucesso comercial, mas também o centro de uma intensa polêmica. Com fortes raízes russas, o estúdio foi duramente criticado por lançar um jogo que, para muitos, romantizava a estética e a ideologia soviética, em meio à guerra na Ucrânia. A situação levou o governo ucraniano a pedir um boicote e a remoção do jogo das lojas digitais.
Ao focar em um jogo multiplayer com uma forte ênfase na inovação tecnológica, a Mundfish parece buscar um novo caminho, distanciando-se de narrativas politicamente carregadas, mas sem abandonar o "Universo Atômico" que criou. A escolha de um formato multiplayer também pode ser uma tentativa de construir uma comunidade e um produto de serviço contínuo, em vez de uma campanha para um jogador.
Ainda sem data de lançamento, "The CUBE" chega com a promessa de ser um marco tecnológico.
Trailer de 'Resident Evil 9' promete retorno ao terror visceral sob o comando do diretor de 'Resident Evil 7'
A Capcom mergulhou o Summer Game Fest na escuridão nesta sexta-feira, 6 de junho, ao revelar um novo e sinistro trailer de "Resident Evil 9". Quase um ano após o anúncio inicial da sequência, a nova prévia confirma o que os fãs do mais puro terror de sobrevivência esperavam: o jogo está sendo moldado pela visão de Koshi Nakanishi, o diretor que revitalizou a franquia com o aclamado e aterrorizante "Resident Evil 7: Biohazard".
https://www.youtube.com/watch?v=3CcNErRwmTU&ab_channel=GamersPrey
O mestre do horror claustrofóbico está de volta
Para muitos fãs da série de 29 anos, a presença de Nakanishi no comando é a notícia mais importante. Após "Resident Evil 5" e "6" terem levado a franquia para um caminho de ação intensa e exagerada – uma decisão criativa que alienou parte da base de jogadores –, "Resident Evil 7" foi um retorno chocante e bem-vindo às raízes do horror. O jogo trocou as batalhas em larga escala pela claustrofobia sufocante da mansão Baker, focando no suspense, na vulnerabilidade e no terror corporal grotesco.
O novo trailer de "Resident Evil 9" sugere que essa filosofia será o pilar da experiência. As imagens, descritas como "nauseantes" por quem as viu, indicam um foco renovado no horror íntimo, com corredores apertados, inimigos bizarros e uma atmosfera de constante opressão, muito distante das explosões e dos cenários de guerra de outros títulos.
O desafio de superar o terror de "Resident Evil 7"
Durante a transmissão de verão da Capcom no ano passado, o próprio Koshi Nakanishi admitiu a dificuldade de criar uma continuação que estivesse à altura do impacto de "Resident Evil 7". "Foi muito difícil descobrir o que fazer depois do 7", disse ele na ocasião. No entanto, o diretor demonstrou confiança na nova visão para a franquia. "Mas eu encontrei [o caminho]", continuou ele sobre "Resident Evil 9", "e, para ser sincero, parece substancial."
A nova prévia exibida no Summer Game Fest parece confirmar essa promessa. Para os jogadores que preferem a tensão dos braços decepados e do sangue borbulhante em vez das sequências de ação com "bombas e balas", a direção de Nakanishi é um selo de qualidade e uma garantia de que o próximo capítulo da saga será, de fato, um pesadelo.
Um novo padrão de medo na franquia
Com lançamento marcado para 27 de fevereiro de 2026, "Resident Evil 9" se posiciona como um dos jogos de terror mais aguardados dos próximos anos. A decisão da Capcom de confiar novamente em Koshi Nakanishi para liderar um título principal sinaliza um compromisso com o gênero de survival horror que ele ajudou a redefinir para a era moderna.
Enquanto a oitava entrada da série, "Resident Evil Village", equilibrou elementos de terror e ação, a expectativa é que "Resident Evil 9" penda muito mais para o lado do horror psicológico e visceral que consagrou "Resident Evil 7". Para os fãs que sentem falta da sensação de estarem verdadeiramente indefesos e imersos em um mundo de loucura, a promessa de Nakanishi de algo "substancial" é um motivo para esperar ansiosamente (e com um pouco de medo) pelo que está por vir.
'Game of Thrones: War for Westeros' é anunciado e propõe uma ousada reescrita da história
O universo de "As Crônicas de Gelo e Fogo" ganhará uma nova e surpreendente interpretação no mundo dos games. Durante o Summer Game Fest, na noite desta sexta-feira, 6 de junho, foi revelado "Game of Thrones: War for Westeros", um novo jogo de estratégia em tempo real (RTS) que promete reescrever os eventos da aclamada saga, apresentando cenários "e se?" que certamente dividirão e empolgarão os fãs.
https://www.youtube.com/watch?v=oTM5uHZuyEw&ab_channel=GamersPrey
E se Jon Snow se unisse aos mortos? O trailer que desafia o cânone
O trailer de anúncio, puramente cinematográfico, chocou o público ao apresentar uma versão alternativa dos conflitos finais da série. Na prévia, vemos batalhas que, a princípio, parecem familiares: Daenerys Targaryen sobrevoando o campo de batalha em seu dragão, Jaime Lannister liderando os exércitos de Cersei e Jon Snow em um confronto direto com o temido Rei da Noite.
No entanto, a narrativa toma um rumo drástico e inesperado. O dragão de Daenerys é abatido e cai dos céus, e, no momento mais impactante, Jon Snow, o herói da Patrulha da Noite, sucumbe e se junta ao Exército dos Mortos, tornando-se um dos generais do Rei da Noite. Essa ousada decisão de divergir do cânone estabelecido nos livros de George R. R. Martin e na série da HBO é o grande trunfo e a principal proposta do jogo.
Uma nova aposta no gênero de estratégia
"Game of Thrones: War for Westeros" será um RTS, um gênero que se encaixa perfeitamente com as batalhas em larga escala e as intrigas políticas de Westeros, remetendo a clássicos do gênero de fantasia como "Warcraft" e "The Lord of the Rings: The Battle for Middle-earth". A proposta de permitir que os jogadores controlem os grandes exércitos do continente e alterem o curso da história é algo que os fãs pedem há muito tempo.
Ainda não foram mostradas cenas de jogabilidade, mas o foco em uma narrativa "e se?" libera os desenvolvedores das amarras do controverso final da série de TV, permitindo explorar livremente as consequências de diferentes desfechos para as grandes batalhas e alianças.
Uma chance de redenção para os jogos da franquia
A história de "Game of Thrones" nos videogames é marcada por altos e baixos, com muitas tentativas que não conseguiram capturar a complexidade e a grandiosidade do material original. O exemplo mais recente, "Game of Thrones: Kingsroad", embora visualmente promissor, foi duramente criticado por sua estrutura de monetização, que muitos jogadores consideraram abusiva e mais adequada para dispositivos móveis do que para PC.
Nesse contexto, "War for Westeros" surge como uma oportunidade de redenção. Ao focar no PC, uma plataforma tradicional para jogos de estratégia, e em uma narrativa ambiciosa, o novo título tem a chance de finalmente entregar a experiência profunda e estratégica que a saga merece.
O jogo tem lançamento previsto para algum momento de 2026 e, por enquanto, foi confirmado apenas para PC. A revelação no palco do Summer Game Fest já posicionou "War for Westeros" como um dos títulos de estratégia mais aguardados dos próximos anos, prometendo uma guerra pelo Trono de Ferro onde, desta vez, o jogador poderá ditar as regras.