Em um cenário marcado por demissões na indústria de games, a CD Projekt RED rema na direção contrária. A desenvolvedora polonesa revelou em seu mais recente relatório fiscal que está em pleno processo de crescimento. Atualmente, quase 600 pessoas já trabalham diretamente no desenvolvimento dos aguardados novos capítulos das franquias The Witcher e Cyberpunk, um investimento robusto que desafia a tendência do mercado.
Números recordes para The Witcher e Cyberpunk
O relatório detalha o crescimento das equipes nos últimos meses. O time dedicado ao novo The Witcher (codinome Polaris) saltou de 422 pessoas em abril para 444 em julho deste ano. Já a equipe do próximo Cyberpunk (codinome Orion) também cresceu, passando de 96 membros em março para 116 no final de julho.
Para colocar em perspectiva, esses números já são históricos para o estúdio. Cerca de 240 pessoas trabalharam em The Witcher 3: Wild Hunt, considerado um marco da empresa. O time de Cyberpunk 2077, por sua vez, atingiu pouco mais de 400 membros perto de seu lançamento. Isso significa que a equipe do novo The Witcher já é a maior que a CD Projekt RED já alocou para um único projeto em toda a sua história.
Expansão não deve parar por aí
Os planos de crescimento não se limitam aos dois principais projetos. A companhia também confirmou que realizou novas contratações para o Project Sirius, o remake do primeiro The Witcher. Além disso, o misterioso projeto Hadar, uma nova propriedade intelectual do estúdio, continua em fase de recrutamento. Somando todos os projetos, a empresa conta com 799 funcionários.
O co-CEO Michal Nowakowski confirmou a estratégia durante a divulgação do relatório. “Antecipamos um crescimento gradual adicional em nossa contagem total de desenvolvedores até o final do ano, particularmente para os times trabalhando em projetos nos estágios mais avançados de produção”, afirmou.
Um contraste com o passado recente
Esta fase de expansão contrasta fortemente com a situação da empresa há exatamente um ano. Em meados de 2024, a CD Projekt RED demitiu 9% de sua força de trabalho. Na época, a justificativa foi a necessidade de tornar suas equipes “mais ágeis e eficientes”. Doze meses depois, o estúdio polonês não apenas reverteu o encolhimento, mas agora investe na maior força de trabalho de sua história para garantir o futuro de suas franquias.