Charlie Sheen está de volta e contando sua história sem filtros. Na estreia de sua nova série documental da Netflix, “aka Charlie Sheen”, nesta quinta-feira (4), em Hollywood, o ator e o diretor do projeto revelaram uma das histórias mais inacreditáveis de sua jornada: seu próprio traficante de drogas foi uma peça fundamental para que ele ficasse sóbrio, substituindo secretamente os narcóticos por bicarbonato de sódio.

O evento de lançamento, que contou com a presença da ex-esposa Denise Richards e do próprio ex-traficante, Marco, marcou o início da divulgação do documentário e de um livro de memórias, que prometem uma visão crua sobre a ascensão, a queda e a recuperação do astro.

‘Não se pode escrever isso’: a incrível história da sobriedade

A revelação mais chocante da noite veio do diretor Andrew Renzi. Ele contou que, no auge do vício de Sheen, seu pai, Martin Sheen, e seu terapeuta abordaram o traficante, Marco, com um pedido desesperado de ajuda.

“Eles disseram: ‘Você poderia nos ajudar a tirá-lo das drogas?’ Então, ele simplesmente parou de dar drogas fortes a ele e, eventualmente, passou a dar apenas bicarbonato de sódio, e ele se livrou das drogas dessa forma”, contou o diretor. “Não se pode escrever isso.” Charlie Sheen complementou, descrevendo a tática como “uma espécie de pouso na lua de uma solução dentro daquela insanidade”.

A ausência de Martin Sheen e Emilio Estévez

Apesar da participação de alguns familiares, a ausência de seu pai, Martin, e de seu irmão, Emilio Estévez, no documentário foi notada. Charlie explicou que eles assistiram a uma versão preliminar e decidiram, em um gesto de apoio, que a história deveria ser contada por ele. “Eles adoraram e decidiram: ‘Esta é a história de vocês. Não queremos atrapalhar’”, explicou Charlie, garantindo que a relação com a família hoje “é ótima”.

Olhando para o passado e o futuro

Sóbrio há quase oito anos, Charlie Sheen reflete sobre o passado com honestidade. Ele admitiu que houve momentos em que pensou que estaria melhor morto, mas a ideia do impacto que isso teria em seus filhos o manteve vivo.

O ator também falou sobre a vontade de fazer uma reunião de Two and a Half Men para dar um final adequado à série. “Seria incrível e eu adoraria fazer isso”, disse ele. “Acho que seria um presente para os fãs… e, para mim, pessoalmente, seria um ponto final.” A jornada completa de Charlie Sheen poderá ser vista no documentário “aka Charlie Sheen”, que estreia na Netflix em 10 de setembro, um dia após o lançamento de seu livro, “The Book of Sheen”.

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Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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