Uma tragédia envolvendo a jovem colombiana Ivonne Daniela Latorre Sánchez, de 24 anos, chocou a comunidade internacional. A jovem foi encontrada em estado de coma com sinais de agressão física dois dias após desaparecer no festival de música eletrônica Zamna, no Cairo, Egito. Após dias internada sem recobrar a consciência, ela morreu em 4 de maio, levantando suspeitas de sequestro e homicídio.
Mensagens de alerta e desaparecimento
Ivonne viajou ao Egito com a amiga Estefania Bedoy para participar do festival. Em 27 de abril, as duas teriam combinado de sair do hotel para uma suposta festa organizada por dois homens que se apresentaram como “produtores musicais”. Pouco antes de desaparecer, Ivonne enviou mensagens preocupantes aos pais, relatando que estava assustada com a dupla.
“Eles não querem nos transformar em uma banda. Ele está me assustando”, escreveu, referindo-se a um homem que identificou como “O Sérvio”.
Hospital e morte
Ivonne foi localizada apenas dois dias depois, em um hospital do Cairo, em estado crítico. Ela havia sido admitida no local com ferimentos severos e permaneceu inconsciente até falecer. A dificuldade da família para localizar o hospital foi agravada pelas barreiras linguísticas e pela falta de cooperação de envolvidos, segundo relatos da prima Alexandra Marin à mídia colombiana.
Investigações em andamento
As autoridades egípcias estão interrogando a amiga Estefania, os dois supostos produtores e uma pessoa local que teria tido contato com as colombianas. Ainda não há versão oficial dos fatos, mas nas redes sociais, amigos e parentes afirmam que Ivonne foi sequestrada e assassinada.
A complexidade do caso aumentou com a existência de várias versões conflitantes e a ausência de testemunhas diretas sobre o que ocorreu entre a saída do hotel e a internação.
Campanha por justiça e repatriação
A família de Ivonne lançou uma campanha no GoFundMe para arrecadar recursos para repatriar o corpo ao Colômbia, além de cobrir os custos da viagem da mãe da jovem ao Egito.
“A presença dela não é apenas um ato de amor, mas uma necessidade urgente neste momento tão delicado”, escreveram os familiares.
O caso gera grande repercussão, especialmente entre latino-americanos preocupados com a segurança de mulheres viajando sozinhas ou em grupos em eventos internacionais.