A guerra da Nintendo contra a pirataria de seus jogos atingiu um novo e drástico patamar. O FBI (a Polícia Federal dos Estados Unidos) apreendeu nesta semana um popular site que hospedava milhares de versões piratas de jogos do Nintendo Switch. A ação, que tirou o site do ar, foi executada com base em um mandado de apreensão emitido por um Tribunal Distrital dos EUA, marcando uma das mais diretas intervenções de uma autoridade federal no combate à pirataria de games para o console.
De acordo com o site de notícias Kotaku, o site já era um alvo conhecido das autoridades e constava na lista de vigilância de pirataria da União Europeia desde o início do ano. A ação do FBI representa uma vitória significativa para a Nintendo em sua longa e contínua batalha para proteger sua propriedade intelectual.
A longa batalha contra a pirataria do Switch
Desde seu lançamento, o Nintendo Switch sofre com a pirataria em uma escala que, segundo especialistas, é maior do que a de seus principais concorrentes. A facilidade com que o console original foi desbloqueado permitiu a proliferação de cópias ilegais de seus jogos.
O problema se tornava especialmente visível nas semanas que antecediam os grandes lançamentos da empresa. Era comum ver centenas de pessoas transmitindo ao vivo em plataformas como o TikTok e o YouTube versões piratas dos novos jogos das franquias Zelda ou Pokémon, muitas vezes obtidas a partir de uma cópia de varejo que vazava antes da data oficial e era amplamente compartilhada na internet.
A guerra contra os emuladores
A apreensão do site é o mais recente de uma série de movimentos agressivos da Nintendo no campo legal. No ano passado, a empresa moveu uma ação judicial de grande repercussão contra os criadores do Yuzu, um popular emulador de Nintendo Switch para PC. Na ocasião, a Nintendo alegou que o programa estava “facilitando a pirataria em escala colossal”.
A batalha judicial terminou com um acordo, no qual os desenvolvedores do Yuzu concordaram em pagar US$ 2,4 milhões em indenização à Nintendo e encerrar completamente as atividades do emulador. Como consequência, o Citra, um emulador de Nintendo 3DS desenvolvido pela mesma equipe, também foi desativado.
Com o sucesso em sua investida contra os emuladores, a Nintendo, com o apoio de autoridades como o FBI, agora parece estar focando seus esforços em derrubar as fontes de distribuição dos jogos piratas. Embora a empresa ainda não tenha enfrentado problemas de pirataria na mesma escala com o (fictício) Nintendo Switch 2, as ações recentes enviam uma mensagem clara e intimidadora para a comunidade de pirataria em todo o mundo.