A atriz Carrie-Anne Moss, uma das estrelas da nova e aguardada série do universo Star Wars, The Acolyte, confessou que ficou surpresa com a forte reação negativa dos fãs após a morte de sua personagem, a Mestre Jedi Indara, logo na cena de abertura da produção. Em uma nova entrevista, a eterna Trinity de Matrix admitiu que não previu a revolta do público, mas que, em retrospecto, consegue entender os motivos da frustração.
A polêmica começou assim que a série estreou. Fãs recorreram às redes sociais para criticar a decisão de matar uma personagem interpretada por uma atriz tão icônica de forma tão prematura. Muitos se sentiram enganados, acusando a produção de “desperdiçar” o talento de Moss e de usá-la de forma proeminente no material promocional apenas para criar um choque barato.
A surpresa e a visão da atriz
Em conversa com o site Business Insider, Carrie-Anne Moss falou sobre a reação do público. “A reação dos fãs foi: ‘Nossa, como eu não pensei nisso?'”, disse, admitindo que não antecipou o tamanho da controvérsia. “Eu sirvo aos roteiristas e diretores. Não me passou pela cabeça. Mas depois, quando as pessoas fizeram um estardalhaço sobre isso, eu pensei: ‘Como eu não vi isso?’. Não achei que seria um grande problema”, acrescentou.
Ela também confirmou que sabia desde o início, quando assinou o contrato, que sua participação seria breve e que a personagem morreria logo no começo, como parte fundamental da trama.
A visão da criadora: um choque necessário para a história
A decisão de sacrificar uma personagem tão promissora na cena de abertura foi uma escolha criativa deliberada da showrunner da série, Leslye Headland. Em uma entrevista anterior ao GamesRadar+, ela explicou que o objetivo era estabelecer imediatamente o tom sombrio e imprevisível da série.
“Eu simplesmente senti que, com a abertura fria, especialmente com uma nova história, você simplesmente tem que ir com tudo”, defendeu Headland. “Você tem que dizer que os Jedi vão levar algumas derrotas; você não vai saber quem são os mocinhos e os bandidos. E vai ser muito visceral”.
Headland ainda elogiou a performance de Moss, afirmando que a escolha de uma “lenda do cinema de ação” e “atriz fenomenal” para o papel foi proposital. A morte de uma personagem interpretada por ela teria um impacto muito maior no público, servindo como o catalisador perfeito para a trama. “Ela conseguiu interpretar todas aquelas cenas da luta, além, é claro, da cena da morte”, concluiu, justificando a escalação como essencial para o peso emocional daquele momento. A revolta dos fãs, de certa forma, apenas provou que a estratégia de usar o prestígio da atriz para criar um momento chocante funcionou perfeitamente.