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Crítica | Autópsia

Guilherme Coral Guilherme Coral
In Catálogo, Cinema, Críticas•5 de maio de 2017•5 Minutes

Para a surpresa de todos, o gênero terror tem nos entregado alguns belos exemplares de filmes nesses últimos anos, com destaque para Invocação do Mal 1 e 2, O Homem nas Trevas, A Bruxa e, mais recentemente, A Cura. A Autópsia, terceiro longa-metragem do diretor André Øvredal, mais conhecido por O Caçador de Troll, é mais uma obra que consegue se configurar como um belo filme do gênero, ainda que esteja longe de ser perfeito, já que o realizador cai em velhos problemas comuns a esse tipo de filme.

A trama acompanha Austin (Emile Hirsch) e Tommy Tilden (Brian Cox) filho e pai, respectivamente, que trabalham como legistas em uma pequena cidade americana. Em um dia como outro qualquer, prestes a encerrarem o expediente, o xerife local, Burke (Michael McElhatton), chega no local com o corpo de uma mulher não identificada. Antes da noite terminar os dois precisam descobrir a causa da morte dessa “Jane Doe”, o que não esperavam, contudo, é que estranhos acontecimentos ocorreriam a partir daí, ao mesmo tempo que o mistério acerca desse cadáver aumenta. Não demora para que tudo se torne uma luta por sobrevivência.

Durante a primeira hora de A Autópsia, André Øvredal consegue criar um instigante clima de suspense, que imerge o espectador na narrativa, ao passo que ficamos cada vez mais curiosos para descobrir o que há de diferente nessa mulher desconhecida. O roteiro de Richard Naing e Ian B. Goldberg insere diálogos mais técnicos entre o pai e filho, de forma que não canse o espectador pelo excesso de vocabulário médico – pelo contrário, através das constatações desses legistas entendemos que há algo de errado com aquele corpo na frente dos dois e isso somente aumenta a nossa perplexidade, visto que tentamos entender o que ocorre ali.

Conforme as coisas estranhas começam a acontecer, o longa claramente tem sua narrativa alterada, mas isso não prejudica sua progressão, já que tudo dialoga com as descobertas de Austin e Tommy. Sabiamente, Øvredal não mostra demais ao espectador, deixando muito a cargo de nossa imaginação, o que, claro, funciona muito bem quando se trata desse gênero. Com uma decupagem que não nos permite criar um mapa mental daquele cenário, aos poucos nos sentimos mais claustrofóbicos, a tal ponto que queremos fugir dali tanto quanto os personagens em si. Curiosamente, isso entra em oposição à nossa vontade de descobrir mais sobre a “Jane Doe”.

Ironicamente, o grande problema da obra é justamente a necessidade que sente de explicar tudo. Veja, evidente que grande parte dos espectadores vão querer ter a resposta para tudo, mas isso nem sempre é o melhor caminho a ser seguido no terror, gênero que depende tanto de nosso imaginário para a construção do gênero. Dito isso, o caráter superexpositivo do ato final funciona como um banho de água fria depois de toda a tensão criada pela trama até aqui. Para piorar, temos ainda um epílogo completamente desnecessário e cliché. Igualmente dispensável é a presença da namorada de Austin, Emma (Ophelia Lovibond), que não desempenha qualquer papel ativo na narrativa.

Felizmente, os esforços de Brian Cox e Emile Hirsch nos distanciam desses problemas, embora não os apaguem por completo. Ambos trazem reações perfeitamente plausíveis, aliados, é claro, de um roteiro que não trata seus personagens como estúpidos, fazendo-os se portarem da maneira que, na realidade, alguém poderia se portar. Dito isso, é muito fácil se aproximar dos personagens principais, especialmente considerando que o longa não perde tempo com conflitos internos desnecessários, focando no que deve.

A Autópsia, portanto, se configura, sim, como um belo exemplar do gênero, por mais que deslize em determinados pontos ao longo da projeção, fazendo com que a narrativa fique levemente dilatada, por mais que tenha apenas oitenta e seis minutos. Com uma direção que sabe exatamente o que mostrar e um roteiro que somente erra mais consideravelmente nos trechos finais, temos aqui um filme envolvente que merece seu lugar na lista de bons filmes de terror lançados nos últimos anos.

Norman (The Autopsy of Jane Doe, 2016)
Direção: André Øvredal
Roteiro: Richard Naing
Elenco: Brian Cox, Emile Hirsch, Ophelia Lovibond, Michael McElhatton, Olwen Catherine Kelly, Jane Perry, Parker Sawyers
Gênero: Terror, Mistério, Thriller
Duração: 90 min

Guilherme Coral

Refugiado de uma galáxia muito muito distante, caí neste planeta do setor 2814 por engano. Fui levado, graças à paixão por filmes ao ramo do Cinema e Audiovisual, onde atualmente me aventuro. Mas minha louca obsessão pelo entretenimento desta Terra não se limita à tela grande - literatura, séries, games são todos partes imprescindíveis do itinerário dessa longa viagem.

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