Crítica | Bagagem de risco é um thriller que intriga

Taron Egerton estrela esse bom thriller da Netflix.

Taron Egerton surgiu em Kingsman: Serviço Secreto (2014) como um potencial futuro astro de filmes de ação. Em Bagagem de Risco, longa da Netflix, ele interpreta Ethan Kopek, um agente de segurança de aeroporto responsável por inspecionar as malas na esteira, mas que sonha em crescer na carreira e atuar em outra área da segurança no aeroporto.

Durante a trama, outros acontecimentos ajudam a desenvolver tanto o personagem quanto a história, como a descoberta de que sua esposa está grávida e o fato de ele ter sonhado em ser policial — sonho esse que acabou sendo abandonado ao longo do tempo.

Na véspera de Natal, enquanto trabalha, Ethan recebe uma ligação estranha de um homem que exige que ele permita a passagem de uma mala suspeita sem inspecioná-la. Caso contrário, sua esposa, Nora (Sofia Carson), será morta.

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É a partir desta premissa simples e que vai direto ao ponto que Bagagem de Risco, dirigido por Jaume Collet-Serra (Desconhecido) e com roteiro de T.J. Fixman, entrega um thriller que, apesar de não trazer algo novo, consegue prender a atenção e oferecer bons momentos de tensão.

Pegando no tranco

O primeiro ato de Bagagem de Risco não prende a atenção do espectador e pode até causar tédio devido à rotina monótona do protagonista. Seguindo a fórmula já conhecida de desenvolver a vida dos personagens sem trazer novidades e deixando o mistério para depois, o filme se arrisca e quase perde o interesse do público logo no início.

Após um início entediante, é no segundo ato que o suspense começa a surtir efeito. Todo o mistério envolvendo a mala e a identidade do vilão de voz misteriosa é o suficiente para despertar o interesse do público. O longa então aposta na ação no terceiro ato, com cenas bem coreografadas e executadas.

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Sendo um thriller, é natural que o suspense esteja presente ao longo da trama. A curiosidade sobre o conteúdo da mala mantém o espectador atento, ainda que sua revelação não seja tão impactante, já que era previsível que se tratasse de uma arma de destruição em massa. Mesmo assim, a reviravolta final deixa o público ligado e preso no ritmo imposto.

Ação Eficiente

Ao assistir ao filme, é impossível não lembrar de diversas produções semelhantes a Carry-On (título original), como Voo Noturno (2005). O mesmo acontece na tentativa de moldar em Egerton a imagem de um novo Tom Cruise, mas, ainda que entregue um suspense competente, a obra está longe de ser um Missão: Impossível.

As cenas de ação, que ganham mais destaque no ato final, são bem executadas, e a trama mantém o ritmo mesmo com reviravoltas previsíveis. O próprio vilão, Traveler (Jason Bateman), foge do clichê do antagonista cruel, mas acaba caindo na previsibilidade, com um objetivo raso.

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Bagagem de Risco desperdiça a oportunidade de explorar melhor o dilema ético de Ethan e se apressa em resolver todos os conflitos do protagonista. Como entretenimento, funciona e, se fizer sucesso, é provável que uma sequência seja confirmada em breve.

Bagagem de Risco (Carry-On, EUA – 2024)
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: T.J. Fixman
Elenco: Taron Egerton, Jason Bateman, Sofia Carson, Danielle Deadwyler, Logan Marshall-Green, Dean Norris
Gênero: Ação, Crime, Thriller
Duração: 119 min.

Sobre o autor

Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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