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Crítica | Cry Macho traz um Clint Eastwood ainda em boa forma

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•17 de setembro de 2021•6 Minutes

Aos 91 anos Clint Eastwood ainda atua e dirige seus próprios trabalhos, pelo menos foi assim em A Mula e agora em Cry Macho: Caminho para a Redenção, produção em que o ator surge imponente e inspirador em uma faixa de idade que não se vê grandes nomes trabalhando. O astro que atuou e dirigiu alguns clássicos do faroeste, como O Estranho sem Nome (1973) e Os Imperdoáveis (1992), não perde a majestade e se mantem na ativa, mesmo tendo algumas limitações físicas visíveis. Nada disso impede o ator a se desafiar e trazer para o espectador outra bela história.

Baseado na clássica história do livro Cry Macho: A Novel, de N. Richard Nash, o longa segue a vida de Mike Milo (Clint Eastwood), um ex-cowboy de rodeios e criador de cavalos e que, no ano de 1979, recebe a missão de ter que buscar o filho de seu ex-chefe que está sob a tutela da mãe no México. O que se vê a partir daí é uma emocionante aventura de descobertas pelo México rural, e é aí que mora a grandiosidade da narrativa, desconstruindo totalmente tudo o que Eastwood havia feito em filmes anteriores.

Um Homem à frente de seu tempo

É de conhecimento público que o Leste americano realizou uma grande corrida pela colonização para o Oeste, e é óbvio que o período foi retratado no cinema americano com vários personagens sendo apresentados, inclusive os cowboys e os índios. É nesse cenário que surgiria também grandes nomes do cinema, inclusive Clint Eastwood. É importante conhecer essa parte da história do cinema, pois ao assistir Cry Macho a experiência acaba se mostrando bastante agradável, seguindo o protagonista em uma jornada de auto descoberta.

O mais interessante da trama é que não é uma história de ação como estamos acostumados a ver na tela, tendo geralmente várias sequências de tiroteio e muita pancadaria. Em Cry Macho a ação é mais lacônica, com Mike Milos e o jovem Rafo (Eduardo Minett) atravessando o México em busca da promessa de o menino ter uma vida melhor com o seu pai nos EUA. Há cenas de perseguição, lutas e em todas essas cenas Clint está fantástico, trabalhando no seu tempo e mesmo assim se saindo muito bem no papel.

Cry Macho também trabalha com intensidade a questão do drama familiar, do garoto Rafo que tem uma mãe alcóolatra e do pai que o deixou para trás, e do próprio Mike Milos que parece se redescobrir como pessoa, ajudando animais em um pequena vila, sendo carismático com crianças e encontrando um grande amor. Todas essas situações mostram que o antigo cowboy durão se transformou em um poço de simpatia, nos dizendo que não há mais espaço para o personagem ser truculento e sair pegando em armas a qualquer momento. É como se Clint fizesse uma redenção de seus antigos personagens ao mostrar que criou uma moral.

Uma Relação Familiar

Uma das coisas mais atraentes no roteiro escrito por Nick Schenk é a questão da família, um tema que é visto em inúmeras produções hollywoodianas e que já foram apresentados dos mais diversos jeitos. Em Beleza Americana (1999) era mostrada uma família tipicamente americana vivendo seus dramas particulares, em Capitão Fantástico (2016) é mostrada uma família que mora no meio do nada e pensa em viver uma vida naturalista. Já em Cry Macho o conceito de família é construído durante a trama, com Mike Milos olhando Rafo como o filho que perdeu há muito tempo, e o garoto enxergando em Mike a figura paterna que nunca teve.

Isso para não falar do grande amor que Mike encontra em uma vila perdida do México, um local que não seria atraente para muitas pessoas, mas que para o protagonista acaba se tornando uma zona de conforto. O roteiro é inteligente em mostrar essas relações familiares, que melhoram com o passar do tempo que a história vai se desenrolando, tudo sobre os olhares do diretor Clint Eastwood, que mostra para o público ainda é capaz de dirigir ótimos dramas humanos.

Cry Macho: O Caminho para a Redenção demorou mais de 30 anos para ser levado aos cinemas, sendo que a primeira tentativa, em 1991, teria Roy Scheider como protagonista, e depois em 2011 um projeto com Arnold Schwarzenegger foi imaginado. Clint Eastwood ficou com o papel e com a dura missão de fazer com que o filme acontecesse, e o que se vê na telona é um resultado entusiasmante e empolgante que somente um astro das antigas como Clint iria conseguir imprimir.

Cry Macho: O Caminho para Redenção (Cry Macho, EUA – 2021)

Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Nick Schenk, N. Richard Nash (livro)
Elenco: Clint Eastwood, Natalia Traven, Eduardo Minett, Dwight Yoakam, Fernanda Urrejola
Gênero: Drama, Ação
Duração: 104 min

Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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