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Crítica | Halloween H20: Vinte Anos Depois - Michael Myers enfrenta a nova geração

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•15 de outubro de 2018•6 Minutes

Quando John Carpenter lançou Halloween: A Noite do Terror em 1978, o diretor e roteirista havia deixado um dos marcos mais significantes no gênero do horror. Michael Myers havia se tornado um ícone, mas passava por problemas com a qualidade cada vez mais debilitada de suas continuações, que também sofriam com o afastamento de Carpenter, e o fracasso de A Última Vingança havia colocado a franquia na geladeira mais umae vez. E mais: agora os tempos eram outros. Myers pode ter moldado o gênero slasher, mas Wes Craven e o badalado Pânico haviam virado-o de cabeça pra baixo na metade dos anos 90, e Halloween precisava se adaptar se ainda pretendia tirar algum suco desse fruto.

Eis que para o aniversário de 20 anos da franquia, Moustapha Akkad e a Dimension Films preparavam algo especial, com H20: Halloween: Vinte Anos Depois servindo para celebrar o nascimento de Michael Myers e também entregar algo sob medida para uma geração sedenta por filmes de terror mais sagazes e autoconscientes. O resultado? Muito aquém do que prometia, mas definitivamente uma das mais dignas continuações da saga – o que não é necessariamente o maior dos elogios.

Como o próprio título já escancara, a trama é ambientada duas décadas após a noite de Halloween em que Michael Myers (Chris Durand) tentou assassinar sua irmã Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) enquanto trabalhava como babá e, consequentemente, se recuperava em um hospital. Laurie agora vive escondida com outra identidade, trabalhando como diretora de um colégio interno enquanto cuida de seu filho adolescente, John (Josh Hartnett). Assombrada pelos eventos de vinte anos atrás, ela precisará enfrentar Michael mais uma vez quando ele consegue encontrá-la.

H20 definitivamente trazia muita antecipação por parte dos fãs, mas convenhamos: apenas pelo retorno de Jamie Lee Curtis, já que a trama em si é a mesma de sempre. O grande atrativo do roteiro de Robert Zappia e Matt Greenberg (baseados em um argumento de Kevin Williamson, roteirista de Pânico) era ignorar as sequências anteriores, sendo uma continuação de Halloween II: O Pesadelo Continua e atuando como um retcom da franquia. O problema fica mesmo na falta de novidades, com os personagens de Josh Harnett, Michelle Williams, LL Cool J e companhia não trazendo nenhum tipo de empatia; a inspiração em Pânico está ali, em trazer os jovens mais irônicos, mas falta a metalinguagem satírica da cinessérie de Wes Craven. Isso sem falar que o então estreante Hartnett desperdiça todo o potencial dramático do jovem Strode em uma performance estranhamente preguiçosa e aérea, em um clássico exemplo de miscast.

O charme está mesmo com Curtis. Ver Laurie Strode tão transformada e lidando com o trauma daquela noite de vinte anos atrás rende alguns dos melhores momentos do longa, principalmente quando ela revela para seu namorado (vivido por um competente Adam Arkin) sobre sua real identidade, em uma cena que mistura o drama do trauma com uma estranha sensualidade, visto que Laurie faz a confissão durante preliminares de um encontro romântico. Além disso, o fato de vermos sua mãe Janet Leigh interagindo com ela é algo que provoca arrepios nos cinéfilos de longa data, sendo a ponte definitiva entre Halloween e Psicose ao trazer a veterana atriz da cena do chuveiro de Alfred Hitchcock.

Em termos de direção, é bom ver que Steve Miner almeja trazer o espírito Carpenter de volta, apostando em enquadramentos ricos e situações típicas do primeiro capítulo da série. O prólogo do filme (que traz participação de um jovem Joseph Gordon-Levitt) é um bom exemplo disso, com um clássico set up de casa invadida por um assassino que ainda não vemos por completo. As subsequentes sequências de terror acabam ganhando mais fôlego graças à inspiração em Pânico, tanto que o estúdio até mesmo usou faixas do trabalho de Marco Beltrami no filme de Craven como complemento ao sólido trabalho de John Ottman – algo que irritou profundamente o compositor original. O gore também surge mais forte aqui, algo que era de se esperar naquela época, e Miner o explora bem ao manter sempre o suspense, vide a cena em que Jodi Lyn O’Keefe tenta escapar de Myers através de um elevador de alimentos.

Halloween H20 com certeza ajuda a nos trazer um Michael Myers mais digno do que os pavoroso capítulos anteriores, ignorando as ressurreições e cultos satânicos a seu redor, e o retorno de Jamie Lee Curtis por si só é um fator que torna a visita agradável. Só faltava mesmo algo que justificasse a reunião, que trouxesse novidades e fosse além da proposta básica.

Halloween H20: Vinte Anos Depois (Halloween H20: Twenty Years Later, EUA – 1998)

Direção: Steve Miner
Roteiro: Robert Zappia e Matt Greenberg, baseado nos personagens de John Carpenter e Debra Hill
Elenco: Jamie Lee Curtis, Adam Arkin, Michelle Williams, Janet Leigh, Josh Harnett, Joseph Gordon-Levitt, LL Cool J, Jodi Lyn O’Keefe, Branden Williams, Nancy Stephens, Beau Billingslea, Matt Winston, Larisa Miller
Gênero: Terror
Duração: 86 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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