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Crítica | Halloween: Ressurreição - Entre boas ideias e uma execução competente

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•16 de outubro de 2018•6 Minutes

Certos ciclos são eternos na máquina de Hollywood. Um sucesso sempre garante uma continuação, e isso é praticamente uma máxima na estrada sinuosa e cheia de lombadas que é o gênero de terror. Por isso, não importa qual fora a intenção de Jamie Lee Curtis e de todos os envolvidos na “celebração” de Michael Myers com Halloween H20: Vinte Anos Depois; se o filme fosse um sucesso, todos estariam de volta para uma continuação. Visto que o longa de 1998 permanece como o mais bem sucedido da franquia até hoje, a Dimension aposta em Halloween: Ressurreição para manter o trem andando. No entanto, mesmo que traga boas ideias, não é o bastante para reviver Halloween.

A trama começa alguns anos após o final de H20, com Laurie Strode (Curtis) internada em uma clínica psiquiátrica após ter matado um homem inocente; quando decapitou Michael Myers, na verdade tratava-se de um paramédico que o assassino usou para forjar sua morte. Quando o Myers verdadeiro enfim retorna para matar Laurie, ele acaba seguindo de volta para Haddonfield, onde sua antiga casa está sendo usada para para transmitir um reality show temático de terror.

Ressurreição é uma besta estranha. Os primeiros 15 minutos surgem como – literalmente – uma mera obrigação contratual, com Curtis sendo rapidamente eliminada da trama em uma sequência abrupta e pouco inspirada, que tenta extrair o suco que ainda resta dessa interação – e que já não era exatamente fresco em H20. Uma despedida ingrata e tão qualquer coisa para a personagem mais querida da franquia, e fico feliz que a atriz esteja retornando no vindouro reboot deste ano, visto que Laurie Strode merece um destino mais digno – ou ao menos uma morte que fosse mais impactante do que este exemplar da novela das oito.

Quando o roteiro de Larry Brand e Sam Hood caminha para o arco principal, envolvendo o reality show batizado de Dangertainment, temos o primeiro sopro de ar fresco na franquia em décadas. Tudo bem que nenhum dos personagens é capaz de gerar qualquer tipo de envolvimento ou empatia, sendo dos mais genéricos e irritantes que o gênero poderia fornecer (nem a ambição de ser Pânico está aqui), mas toda a ideia do reality é muito interessante, e rende uma metalinguagem inesperada. Por exemplo, os espectadores assistem no conforto de suas casas os adolescentes sendo perseguidos por um Michael Myers sanguinário, sem ter ciência de que se trata do verdadeiro, e reagem como se estivessem diante do entretenimento mais sangrento e realista que já viram – o que não deixa de ser uma surpreendente sátira da sociedade de consumo escondida ali, mesmo que a dupla de roteiristas não seja capaz de explorá-la.

Do ponto de vista da direção, este talvez seja o Halloween mais único da franquia desde o original. Trazendo de volta Rick Rosenthal (de Halloween II), o veterano da franquia mostra que entende o novo milênio ao apostar em diversas câmeras dentro da história para construir sua narrativa. É uma mistura do estilo de A Bruxa de Blair com aquele que veríamos alguns anos depois no espanhol REC 2: Possuídos, e que em determinado momento até oferece uma bela rima visual com o primeiro filme ao nos mostrar Michael segurando uma arma com uma câmera, onde literalmente acompanhamos o POV do objeto brando que o assassino usa para fazer uma de suas vítimas; e a própria imagem da máscara de Myers torna-se mais assustadora quando a vemos através de uma resolução pixelada e não clara. São bons momentos que se sobressaem a uma narrativa povoada por personagens idiotas, mas vale o experimento.

Nem de longe tão ruim quanto a maioria de suas sequências, Halloween: Ressurreição permite-se brincar e experimentar traços diferentes com a figura de Michael Myers, rendendo momentos inspirados de direção e algumas ideias interessantes. Infelizmente não o bastante para realmente trazer algo novo à franquia, e a qualidade da escrita definitivamente não ajuda, mas é um Halloween melhor do que a lembrança agridoce possa sugerir. 

Halloween: Ressurreição (Halloween: Resurrection, EUA – 2001)

Direção: Rick Rosenthal
Roteiro: Larry Brand e Sam Hood, baseado nos personagens de John Carpenter e Debra Hill
Elenco: Jamie Lee Curtis, Busta Rhymes, Bianca Kajich, Thomas Ian Nicholas, Ryan Merriman, Sean Patrick Thomas, Katee Sackhoff, Daisy McCrackin, Luke Kirby, Tyra Banks, Brad Loree
Gênero: Terror
Duração: 90 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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