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Crítica | Mulher-Gato - Uma aberração que não funcionaria nem com nove vidas

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•12 de novembro de 2017•6 Minutes

A cada ano pelo menos três ou dois filmes de super-heróis inspirados em personagens de histórias em quadrinhos estreiam nos cinemas. Isso não era tão comum no início dos anos 2000 em que produções desse estilo estavam começando a cair nas graças do público. Foi nessa época que a Warner lançou o longa da Mulher-Gato, personagem icônica e importante do universo da DC Comics. 

Provavelmente é um dos piores longas de super-heróis já feito e é uma das obras mais esquecíveis da DC nos cinemas. Uma tragédia do início ao fim, e os erros são tantos que é difícil encontrar algo de bom nele. É daqueles filmes que não deveriam nem ter sido lançados nas telonas.

Foi um grande erro a contratação de Pitof para dirigir uma produção de uma personagem tão importante dos quadrinhos. Pitof havia dirigido apenas um filme antes deste, que foi o regular Vidocq – O Mito. Portanto, não era nenhum estreante, mas claramente em Mulher-Gato mostrou não ter experiência suficiente, além de não ter consciência do que era a personagem nem o que significava a história de origem da personagem. 

Muitas de suas escolhas foram equivocadas. Desde a seleção do elenco e escolha dos papéis, passando pelo figurino carnavalesco de Halle Berry e finalizando com uma trama banal e hedionda. Os personagens são horríveis e parece terem saído de um filme B de ação. Isso tudo alinhado ao roteiro, no qual Pitof não teve participação direta.

Foram sete os roteiristas escolhidos para assinar a obra. Tanta gente junta nunca é um bom sinal, em qualquer tipo de produção audiovisual, e o resultado não poderia ser algo além de um longa pessimamente escrito. Sua história é patética, a começar pela natureza da personagem.

Uma mulher simples, ingênua e insossa. Sem motivo algum encontra um gato em sua janela e em um dia que fugia de capangas que queriam a matar acaba por quase morrer afogada e acorda em um lugar cheio de gatos. A partir deste encontro com os felinos se torna a Mulher-Gato. O porquê dela ter se tornado a heroína e de onde veio a força ou o poder para a tornar uma mulher diferente não dizem em primeiro momento. Depois aparece uma mulher contando que havia toda uma linhagem de felinos poderosos e de outras mulheres-gato pelo mundo e que ela era por natureza uma dessas mulheres. 

A partir do momento em que se torna essa nova pessoa passa a se meter em situações no mínimo cômicas. Há uma em particular que é bastante ridícula, em que entra em um bar vestida de catwoman (nome da personagem em inglês) e pede leite. Uma cena que não causa reação alguma, está lá apenas por estar entre tantas outras que vão aparecendo durante todo o tempo. Outro momento tragicômico é quando rouba uma moto e simplesmente vai roubar uma joia, isso do nada sem explicação ou motivação aparente. 

Não apenas a personagem de Halle Berry é péssima. Todo o elenco secundário é fraco, incluindo Sharon Stone que segue o viés da vilã maldosa e sem escrúpulos. Sua personagem é fraca e sem ambição e sua interpretação assim como todo o resto é patética. Benjamin Bratt faz praticamente o mesmo papel já visto em outros filmes que atuou como policial, casos de Miss Simpatia e O Demolidor. 

Assim como sua personagem é péssima, Halle Berry se mostrou tão ruim quanto seu papel. Dois anos antes de estrelar esta produção ela recebia o Oscar de Melhor Atriz em A Última Ceia. Sua interpretação é constrangedora e risível, ora rebolando, ora tentando ser sedutora ou malvada. Tudo muito forçado. Faz caras e bocas desnecessárias, além de seus diálogos e jeito de se expressar e agir soarem falsos. 

Mulher-Gato é um filme que se assiste e depois de um tempo se esquece que viu. Não é uma obra à altura de uma personagem tão importante para as histórias em quadrinhos e para o Cinema/TV. A Mulher-Gato de Christopher Nolan é muito mais interessante e profunda, assim como Michelle Pfeiffer, que fez uma leitura sensual da personagem. Quando não há química entre direção, roteiro, elenco acontecem todas essas tragédias, que fazem com que a produção naufrague.

Mulher-Gato (Catwoman, EUA – 2004)

Direção: Pitof
Roteiro: Angus Strathie, Bob Kane, John D. Brancato, John Rogers, Michael Ferris, Theresa Rebeck, Thierry Arbogast
Elenco: Halle Berry, Benjamin Bratt, Sharon Stone, Lambert Wilson, Frances Conroy, Alex Borstein, Michael Massee, Byron Mann, Kim Smith, Christopher Heyerdahl, Peter Wingfield
Gênero: Ação, Fantasia
Duração: 104 min

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Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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Anônimo
13 de novembro de 2017

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