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Crítica | Mulher-Maravilha 1984 - Uma triunfal sequência

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•15 de dezembro de 2020•11 Minutes

Desde sua estreia, no ano de 2017, Mulher-Maravilha logo se tornou um grande sucesso de público e crítica ao trazer para as telonas as aventuras da Deusa Diana Prince, ao enfrentar vilões superpoderosos e dando conta deles com tamanha maestria o filme foi tamanho sucesso que obviamente não seria difícil de imaginar que a Warner iria investir em uma sequência, que pode não ser tão grandiosa em efeitos especiais como os fãs esperavam, mas que cumpre o papel de entreter o público. Mulher-Maravilha 1984 (Patty Jenkins) é sim tão espetacular e impressionante como todos apostavam que seria além de ser também um passo a mais no gênero dos filmes de super-heróis, ainda mais dentro do que a DC concebia em suas produções.

É normal, ao assistir a filmes de heróis presenciar muita destruição, pancadaria, invasões alienígenas e mais recentemente piadinhas aleatórias sendo jogadas no roteiro, mas muito antes dessa nova geração de produções de filmes de super-heróis, foi lançado no ano de 2002 o longa Homem-Aranha, dirigido por Sam Raimi, e que se pode dizer que Mulher-Maravilha 1984 tem muito em comum. Nessa continuação, a heroína faz tudo o que o herói da Marvel fez em seu filme solo e que é algo muito importante e que as produções do gênero acabaram por perder em sua essência ao só se importar com cenas impressionantes e impactantes. Em Wonder Woman 1984 (nome original) Diana salva crianças, pensa em salvar a humanidade, sonha em um mundo melhor e até mesmo pensa em salvar os vilões de suas próprias armadilhas egocêntricas.

Diana já era assim no primeiro filme, mas de um jeito meio romântico, o que a diretora Patty Jenkins fez de uma maneira bastante inteligente foi pensar a heroína e as situações que ela está inserida como algo mais sério, mas não de um jeito sombrio como Zack Snyder (Madrugada dos Mortos) pensaria se fosse o diretor. Patty cria ao seu estilo um jeito próprio de demonstrar pelo roteiro um caráter mais sério de contar a história, apresentando com o seu tempo os protagonistas e os vilões, sem pressa e atropelos, tanto que o filme é até longo para os padrões de filmes de super-heróis e mesmo assim não é nada cansativo, pelo contrário, o espectador nem vê o tempo passar de tão bom que é.

Spoilers

Nesta sequência a trama irá girar em torno de uma pedra dos desejos, que obviamente será o centro das atenções de toda a narrativa, e é justamente ela que faz rodar a história, um ótimo elemento que é muito bem inserido no filme e bem desenvolvido, não deixando buracos e não faz algo que a maioria dos filmes do gênero acabaria por fazer, que seria o de dar poderes mágicos ao ponto do vilão Max Lord (Pedro Pascal) os soltar e enfrentar de igual para igual a heroína. O que acontece é que Max Lord acaba realizar desejos e é uma sacada bastante interessante, pois nos quadrinhos Lord não é exatamente do jeito que é retratado no longa, ele é um vilão caricato, cheio carisma e malandro e que de início pensa em enriquecer facilmente, mas logo perceber que pode realizar mais e mais desejos. O mais interessante é que Jenkins não o retrata como um vilão que sonha em dominar o mundo, ele é apenas egoísta e ganancioso, quer ter tudo para si mais e mais, quanto mais poder ter em mãos melhor e isso também é algo diferente do que é visto em muitos filmes do tipo.

A criação dos dois vilões, Max Lord e Cheetah (Kristen Wiig), é muito bem concebida, fazendo com que ambos não sejam na realidade vilões no sentido conhecido da palavra, mas sim personagens que acabaram corrompidos pela pedra do desejo e que também acabaram por perder sua humanidade ao receber um poder ilimitado que não tinham antes e acabaram por encontrar o lado mais sombrio que tinham em si, algo foi despertado em suas vidas e a pedra apenas alimentou esse lado liberando o seu pior. É uma mensagem bastante interessante e que também dá uma grande reviravolta em relação ao que muitos filmes inspirados em quadrinhos tentaram fazer e não conseguiram e que em Mulher-Maravilha 1984 é feito de maneira muito bem trabalhada, por etapas, sem precisar atropelar os personagens e criando e apresentando seus dramas pessoais para o público.

Claro que por ser o foco da narrativa e ser o grande vilão da história o personagem de Pedro Pascal acabe por ter maior tempo de tela em relação a personagem de Kristen Wiig, o que é uma pena, já que Wiig está ótima no papel de Barbara Minerva, tanto que no primeiro ato chama bastante a atenção sua interpretação e acaba por ser um dos grandes destaques do filme. Outro dos grandes méritos de Jenkins é fazer com que a trama tenha uma reviravolta e que Pascal ganhe força com o tempo e se torne o grande vilão, mas que mesmo assim não se apague a força que Wiig havia recebido antes, a atriz apenas perde força mesmo e some em alguns momentos, aparecendo em momentos eventuais e em boas cenas de ação que fazem com que o filme ganhe mais e força.

A atuação de Pedro Pascal também é um destaque no filme, que é recheada de sarcasmo e acabou combinando perfeitamente com o que demandava para o vilão: um empresário do petróleo que queria enriquecer facilmente. Pascal tem um carisma e uma simpatia que impecavelmente se encaixa com o personagem e por ser um vilão que realiza desejos, obviamente, irá enganar muitas outras pessoas no longa. Gal Gadot também está ótima como a protagonista e da produção de 2017 para Mulher-Maravilha 1984 sua interpretação melhorou bastante no papel de Diana e isso não tem muito a ver com a atuação de Gadot em si, mas também com a personagem que melhorou bastante em relação ao filme anterior para esta sequência.

O que aconteceu nesta continuação foi que Patty Jenkins acabou por deixar Diana menos durona e mais humana, com problemas realmente que uma mulher poderia vivenciar em seu dia-a-dia, mas sem esquecer que ela ainda é uma heroína, ela apanha, sangra, fica exposta a tiros, questões que realmente são diferentes do que foram presenciadas até no cinema em relação a heroína e que no primeiro filme não foram tão aprofundadas. Tais fatos são levados tão a fundo pela diretora que pode levar parte do público a ter pena de tanto que Diana apanha dos vilões.

Havia grandes expectativas a respeito de como seria o retorno de Steve Trevor (Chris Pine) e seu retorno é um dos acontecimentos mais interessantes do longa, pois traz um alívio cômico necessário para a trama além de dar mais intensidade para a personagem da Mulher-Maravilha. Fora que seu retorno é importante para acontecer algo que não havia sido feito com decência no longa anterior, que foi uma despedida entre Diana e Trevor, e isso acaba ocorrendo em uma cena emocionante e importante que serve como uma mensagem para que a heroína passe a viver seus dias sem olhar para o passado e passe a viver o presente sem precisar esperar o retorno de seu amor que se foi.

Mulher-Maravilha 1984 é entretenimento de primeira e provavelmente um dos melhores filmes da DC. Em efeito de comparação com Aves de Rapina (2020) é superior em roteiro, direção, protagonistas melhores definidos, e se comparar com outras produções mesmo da DC o longa de Jenkins acaba se sobressaindo por sua qualidade. Wonder Woman 1984 tem boas cenas de ação, mas não aquelas com destruição a cidades em grande escala, até porque não fazia o menor sentido para o roteiro, a destruição é mais em caráter mundial e metafórico, até porque o vilão quer criar um colapso mundial ao criar muros entre nações, criar uma guerra mundial entre Rússia e EUA com mísseis sendo lançados por ambas as partes. Que seja um aprendizado para a DC e que os próximos filmes não apenas do estúdio, mas também da Mulher-Maravilha continuem nessa pegada.

Mulher-Maravilha 1984 (Wonder Woman 1984 – EUA, 2020)

Direção: Patty Jenkins
Roteiro: Geoff Johns, Patty Jenkins, Dave Callaham
Elenco: Gal Gadot, Pedro Pascal, Chris Pine, Kristen Wiig, Connie Nielsen, Robin Wright, Kristoffer Polaha
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia
Duração: 151 min.

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Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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